O
presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes
(Fecombustíveis), Paulo Miranda, afirmou que o repasse da Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis nos postos é uma
"tendência natural".
Ele
destacou, no entanto, que o setor defenderá a redução dos preços cobrados pela
Petrobras nas refinarias para evitar que o novo custo seja repassado nas
bombas.
"A
nossa expectativa era de que o governo não daria esse aumento sem antes ajustar
o preço da Petrobras", disse Miranda, em entrevista ao G1.
A
Petrobras vinha vendendo, nos últimos anos, combustível abaixo dos preços
internacionais, o que gerava perdas para a companhia. A recente queda de cerca
de 60% nos preços internacionais do petróleo, no entanto, deixou a estatal com
margem para reduzir seus preços, que estão hoje cerca de 70% acima dos cobrados
no exterior. A estatal, no entanto, afirmou na noite de segunda-feira que irá
repassar essa alta de tributos para as distribuidoras.
A volta
da Cide e a elevação do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) sobre os combustíveis foi anunciada nesta segunda-feira. O
impacto será de R$ 0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o díesel. O PIS e a
Cofins terão alta imediata, mas o aumento da CIDE só valerá daqui a 90 dias.
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