sábado, 27 de abril de 2013

Academia de Marinha Mercante dos Estados Unidos


A Academia de Marinha Mercante dos Estados Unidos é uma das cinco academias militares americanas. As outras são a U.S. Naval Academy (Marinha e Fuzileiros Navais), U.S. Military Academy (Exército), U.S. Air Force Academy (Força Aérea) e a U.S. Coast Guard Academy (Guarda Costeira).

Estas cinco instituições de ensino militar são responsáveis pela formação dos Oficiais das Forças Armadas dos Estados Unidos, a maior e mais poderosa força militar do mundo.

As Academias Militares são responsáveis pela formação de 70% dos Oficiais que as  Forças Armadas necessitam. Os demais 30% vem do programa ROTC (Reserve Officer's Training Corps), que é um programa de treinamento militar voluntário, realizado com alunos das maiores universidades americanas.

Outro fato interessante é que graduados da Academia de Marinha Mercante americana constituem a segundo fonte de suprimento de oficiais-aviadores para a Força Aérea dos Estados Unidos.

A Marinha do Brasil tem um acordo de cooperação com a U.S. Merchant Marine Academy e vários Oficiais da Marinha Mercante brasileira foram formados nos Estados Unidos.




quinta-feira, 25 de abril de 2013

Harley-Davidson: Crescimento Impressionante no 1º Trimestre de 2013


A Harley-Davidson Motor Company divulgou, ontem, o resultado de suas operações no primeiro trimestre de 2013.

Anunciou um lucro de US$224,1 milhões, um crescimento invejável sobre o mesmo período de 2012 (US$172 milhões).

A receita na venda de motocicletas, peças, acessórios e roupas cresceu 9,8%, atingindo US$1,57 bilhão, devido ao crescimento de remessas aos revendedores e distribuidores da marca em todo o mundo.

A margem positiva na receita bruta cresceu de 34,9% em 2012 para 36,25% em 2013.

O interessante é notar que este crescimento significativo acontece mesmo com a queda de vendas de motocicletas nos Estados Unidos, Canadá, Europa, Oriente Médio e África.

No trimestre, a Motor Company despachou 75.222 motocicletas, um aumento de 17,1% comparado com os primeiros três meses de 2012.

Traduzindo, o crescimento da Harley-Davidson está concentrado nos países emergentes (Brasil incluído) e em outros onde sua participação no mercado era tímida.

Na minha opinião, este crescimento só será sustentado se o atendimento pós-venda se igualar ao padrão disfrutado pelos consumidores nos países do chamado primeiro mundo.

Operando num segmento de alto custo de aquisição, o que acontece depois da venda é tão ou mais importante do que a venda por sí mesma.

Pelo menos no Brasil, não se vende Harley-Davidson. 
As pessoas compram as Harleys, apesar de tudo.

A questão é saber se continuarão fiéis à marca, depois de eventuais decepções com a má qualidade no atendimento, assistência técnica e disponibilidade de peças e acessórios, males que o Harleyro continua a sofrer no nosso país.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A Harley-Davidson Rejuvenesce

De acordo com pesquisa divulgada pela Polk Data Provider, a maior empresa de estudo de marketing automotivo dos EUA, a Harley-Davidson foi a campeã de vendas de motocicletas para jovens adultos (entre 18 e 34 anos) em 2012, incluindo homens e mulheres de todas as raças.


Os dados indicam que a HDMC aumentou sua participação neste disputado mercado americano em mais de 10%, entre 2008 e 2012.

Para o ano de 2012 a pesquisa indicou que Harley-Davidson vendeu mais motocicletas (de qualquer tipo ou cilindrada) do que qualquer outra marca nos Estados Unidos, inclusive para homens de mais de 35 anos. O resultado foi mais do que o dobro do seu concorrente mais próximo.


Segundo Mark-Hans Richer, Chief Marketing Officer da Harley-Davidson, o sucesso no mercado de jovens motociclistas é resultado do objetivo primordial da marca.

"Nós não fabricamos motocicletas, sómente," disse ele, "nós alimentamos o sentimento de liberdade".
"O desejo de expressão individual traz clientes de todos os segmentos da sociedade, por que este é um valor humano universal, que transcende culturas, gerações e história", completou.

O resultado da pesquisa indica que a Harley-Davidson vendeu mais motocicletas (de qualquer tipo ou cilindrada) do que qualquer outra marca nos Estados Unidos.

Para o crescente mercado de mulheres motociclistas, a Harley-Davidson vendeu mais motocicletas em 2012 do que todas as outras marcas somadas.



"É muito mais do que uma simples expressão, dizer que não existe duas Harley-Davidson iguais", comentou Richer. "O mesmo se aplica para nossos clientes. Os membros da comunidade Harley-Davidson vem de todas as culturas, tradições e gerações e todos compartilham o mesmo estilo de vida."

domingo, 21 de abril de 2013

Tiradentes - Um Verdadeiro Herói


Joaquim José da Silva Xavier (16 Agosto 1746 - 21 Abril 1792), foi um dos líderes da revolução brasileira conhecida como Inconfidência Mineira, cujo objetivo era a independência de Portugal e a criação da República do Brasil.

Quando o plano foi descoberto pelos portugueses, ele foi preso, julgado e executado em praça pública por enforcamento. Ele recebeu o apelido de Tiradentes, criado pelos portugueses para desmoralizá-lo durante o julgamento e execução.

Nascido em uma família pobre em Pombal, hoje município de Ritápolis (perto de São João Del Rey, MG), Tiradentes foi adotado por seu padrinho e mudou-se para Vila Rica, hoje Ouro Preto, MG, depois da morte de seus pais.

Ele foi criado por seu tutor, que era um médico. Apesar de não ter tido uma educação formal, Tiradentes lia muito e foi um autoditada, tendo exercido várias profissões, inclusive a de vaqueiro, trabalhador em minas e dentista. Mais tarde entrou para o Regimento de Dragões de Minas Gerais, precursor da Polícia Militar, da qual é Patrono. Como não era membro da oligarquia política na província, foi sistematicamente relevado nas promoções de carreira, nunca ultrapassando a patende de Alferes (2º Tenente).

José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, com o uniforme de 2º Tenente dos Dragões. 
Durante sua carreira nos Dragões, ele foi Comandante de Patrulha e percorreu várias vezes a Estrada Real, ligando Vila Rica ao Rio de Janeiro, por onde era escoado toda a produção de ouro, diamantes, esmeraldas e outras riquezas, enviadas para Portugal.

Tiradentes logo percebeu como era explorado o povo brasileiro, obrigado a pagar 20% de impostos à Coroa Portuguesa, um valor considerado exorbitante por ele e por muitos outros patriotas.

Suas viagens ao Rio de Janeiro permitiram que tivesse contato com pessoas que haviam viajado para a Europa e para os Estados Unidos, já independente naquela ocasião. Os ideais de liberdade, democracia e república logo se manifestaram na mente de Tiradentes.

Em 1788, Tiradentes conheceu José Alvares Maciel, filho do governador da Capitania das Minas Gerais, que havia recentemente retornado de uma viagem à Inglaterra. Comparando o progresso industrial britânico com a pobreza do Brasil colonial, Tiradentes não teve dúvidas de que a liberdade era a única esperança para o crescimento do país, como nação.

Naquela ocasião Portugal estava faminto por ouro, para sustentar a Coroa. A escassez das reservas auríferas e a profunda dependência econômica fizeram com que Portugal aumentasse os impostos e a fiscalização sobre as atividades empreendidas no Brasil. Entre outras medidas, as cem arrobas de ouro anuais configuravam uma nova modalidade de cobrança que tentava garantir os lucros lusitanos.

No entanto, com o progressivo desaparecimento das regiões auríferas, os colonos tinham grandes dificuldades em cumprir a exigência estabelecida. Portugal, inconformado com a diminuição dos lucros, resolveu empreender um novo imposto: a derrama. Sua cobrança serviria para complementar os valores das dívidas de impostos. A cobrança era feita pelo confisco de bens e propriedades que pudessem ser de interesse da Coroa.

Influenciado pelos escritos de  filósofos liberais franceses, como Jean-Jacques Rousseau, e pela Revolução Americana, Tiradentes procurou outros patriotas com os mesmos pensamentos. Muitos deles eram cléricos da Igreja Católica, militares e membros da aristocracia colonial, tais como Cláudio Manuel da Costa (alto funcionário público e conhecido escritor), Tomás Antônio Gonzaga (poeta e intelectual respeitado), Alvarenga Peixoto (eminente empresário), tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade (comandante dos Dragões) e o coronel Domingos de Abreu e Vieira. O grupo começou a difundir suas idéias revolucionárias entre os brasileiros da época.

Seu objetivo era criar uma República Federativa, nos moldes dos Estados Unidos da América. A capital seria São João del Rey e a primeira obra seria a criação de uma Universidade. Não existia ensino de nível superior no Brasil e, quem pudesse, tinha que estudar na Europa.

A bandeira da nova nação foi criada com um triangulo verde num fundo branco e com as palavras em latim Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade, Ainda Que Tardia), gravadas nos lados do triângulo.
A bandeira, substituindo-se o verde pelo vermelho, foi adotada pelo Estado de Minas Gerais e é usada até hoje.


O plano de Tiradentes era tomar as ruas de Vila Rica no dia da derrama (Fevereiro de 1789) e proclamar a independência e a criação da República. O plano foi denunciado ao governador, que cancelou a cobrança dos impostos, transferindo-o para outra data e ordenando a prisão dos líderes do movimento.

Tiradentes refugiou-se, conseguindo escapar. Sem saber que a denúncia tinha sido feita por um dos membros do movimento, Joaquim Silvério dos Reis, Tiradentes foi a seu encontro no Rio de Janeiro, onde foi preso no dia 10 de Maio de 1789.

Prisão de Tiradentes - quadro de Antonio Parreiras, 1914.
O julgamento durou três anos. Tiradentes assumiu toda a responsabilidade pelo movimento. No total, dez participantes foram condenados à morte, sob a acusação de traição e conspiração contra a Coroa. Todos, com excessão de Tiradentes, tiveram suas penas de morte comutadas pela Rainha Maria I e transformadas em exílio perpétuo.

No dia 21 de Abril de 1792, Tiradentes foi enforcado na praça que hoje tem o seu nome, no Rio de Janeiro. 

O Martírio de Tiradentes - quadro de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo.
Seu corpo foi esquartejado. Com seu sangue, um documento foi escrito  declarando sua memória e seus descentendes como infames. Sua cabeça ficou exposta num poste na cidade de Vila Rica e partes do seu corpo foram exibidas em várias cidades e vilas entre o Rio de Janeiro e Vila Rica, para amendrontar a população, que apoiava as idéias de liberdade de Tiradentes.

Tiradentes Esquartejado - quadro de Pedro Américo, 1893.
Tiradentes foi declarado Herói Nacional Brasileiro, depois da proclamação da República em 1889.

É bom lembrarmos quem foi, realmente, um herói no Brasil.

sábado, 20 de abril de 2013

Floripa Harley-Davidson - 1º Aniversário

A revenda Floripa Harley-Davidson, a primeira a ser instalada em Santa Catarina, comemorou o primeiro ano de atividade, neste sábado.



Wanderlei Berlanda e sua equipe receberam harleyros e motociclistas de outras marcas na loja da Floripa H-D de Florianópolis, numa belíssima e ensolarada manhã de outono da Bela e Santa Catarina.








Com uma apresentação da banda Pink Revolver, todos puderam apreciar um delicioso churrasco ao som do Rock 'n Roll que os amantes da Harley-Davidson tanto gostam.

Banda Pink Revolver
A ocasião serviu, também, para que a equipe da Floripa Harley-Davidson externasse seu agradecimento pela recepção que tiveram no mercado de Santa Catarina.

Ivan Coelho, em nome da equipe da Floripa H-D, agradece o apoio recebido.
Carente de uma presença da marca no Estado, os catarinenses apoiaram sua primeira loja HD e as atividades do HOG, iniciadas em Julho de 2012.

Rocco Belforte, Gerente de Pós-Venda da Harley-Davidson Brasil, entrega a bandeira oficial do H.O.G.
A participação foi bem expressiva e vários harleyros de outras cidades prestigiaram o evento, incluindo vários membros do Balneário Camboriú Harley-Club .





Desejamos à Floripa Harley-Davidson, ao Wanderlei Berlanda e sua equipe que este primeiro ano seja o início de uma longa carreira de bom atendimento aos seguidores e clientes da Harley-Davidson em Santa Catarina.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dia do Exército Brasileiro

















Exército Brasileiro - Braço Forte, Mão Amiga.

Instituição Pública que nunca traiu a confiança dos brasileiros.

domingo, 14 de abril de 2013

Kawasaki de Volta ao Mercado Policial

Depois do sucesso alcançado nos anos 1980, a Kawasaki Motors Corp. foi perdendo terreno e o mercado de motocicletas policiais voltou a usar quase que com exclusividade as Harley-Davidson Road King Police.

Algumas polícias estaduais e municipais também usaram a BMW R1200RT-P, mas sem uma presença muito forte. A grande maioria continuou a usar as H-D.

Em meados de 2010, a Kawasaki  voltou com toda força ao mercado dos EUA, com uma versão policial da Kawasaki Concours 14P, baseada no modelo civil que atende os segmentos Sport e Cruiser, da marca.

A Polícia Estadual de Idaho foi a primeira agência policial americana a usar as Concours 14P, seguido pela California Highway Patrol e o Arizona State Police.



Na Califórnia, as Kawasaki - famosas pela série de televisão CHiPs (1977-1983) - começaram a substituir as BMW que não atendiam as necessidades policiais, apresentando muitos problemas de manutenção.

Kawasaki Concours 14P, da Patrulha Rodoviária do Arizona.

A versão policial, entretanto, não é produzido pela fábrica. As modificações são feitas pelas concessionárias.

Isto criou um problema em meados de 2012, quando a Administração Nacional de Segurança nas Rodovias (NHTSA, em inglês) dos EUA emitiu uma notificação que provocou uma chamada (recall) para as Concours 14P, em função de riscos de acidentes.

Kawasaki Concours 14P, da Polícia da cidade de Mesa, Califórnia.

O risco está relacionado à instalação de uma segunda bateria, destinada a alimentar as luzes de emergência, rádio-comunicador e outras partes elétricas necessárias ao trabalho policial. Esta bateria adicional é instalada pelas concessionárias e ligada através do mesmo fusível de 30 amperes principal.

Segundo estudos da NHTSA, este fusível pode queimar, fazendo com que o motor pare subitamente, provocando um acidente grave.

O principal atrativo das Kawasaki é o preço de compra, entre US$2.000 e US$4.000 menor que suas concorrentes e um custo menor de manutenção, especialmente da embreagem, principal ponto de desgaste nas motocicletas policiais em uso nos EUA.

Segundo o fabricante, o modelo Concours 14P é mais ágil para uso urbano, mais leve e mais preciso na pilotagem, em função do controle de tração.

Especificações:

  • Motor de 4 cilindros em linha, de 998 cc e 88 hp, carburado.
  • Transmissão de 5 marchas.
  • Comprimento: 2,29 m
  • Peso em ordem de marcha: 270 kg.
Aparentemente o problema com o fusível foi superado, pois a Polícia de Gainesville, Georgia, acabou de receber um lote de seis Kawasaki Concours 14P.

domingo, 7 de abril de 2013

Cap. (R/2) Maccori - Um Ano de Falecimento

Hoje é um dia de muita tristeza. Completa um ano o falecimento do meu grande amigo, Capitão de Infantaria (R/2) Ricardo René Del Panta Maccori.

Amigo de toda hora, amigo dos amigos, sério, honesto, trabalhador e um grande patriota.
O Brasil precisa ter milhões de pessoas como êle. Tenho certeza que seríamos uma nação melhor.

Sinto muito a sua falta, meu amigo e irmão Maccori.









Que Deus o abençoe, onde quer que você esteja.

Autopista Litoral Sul Não Paga Multas



A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou ao Tribunal de Contas da União (TCU), que aplicou punições à empresa que administra a BR-101 todas as vezes que eram constatadas irregularidades.

Levantamento do jornal  "Diário Catarinense", de Florianópolis, constatou que 43 multas foram emitidas desde o início da concessão, em 2008. Somadas, ultrapassam R$ 23 milhões.

Os números impressionam e são ainda maiores se forem incluídas as seis advertências também aplicadas no período. As punições tratam, principalmente, do descumprimento do contrato e de obras e serviços feitos de maneira inadequada.


As multas vão desde pequenas infrações contratuais, como deixar a vegetação com altura superior à máxima permitida, até deficiências que podem causar acidentes e mortes: liberação de trecho em obras sem sinalização adequada, sinalização com baixo nível de visibilidade, não correção de defeitos no pavimento, não corrigir deformação na via, sinalização de obras deficiente, deficiência no sistema operacional da rodovia e liberar tráfego sem sinalização.

O problema é que a Autopista Litoral Sul não pagou nenhuma delas.

Por enquanto tudo não passa de processo administrativo, mesmo a primeira multa tendo sido emitida em 2008. Isso porque a aplicação de punições na ANTT funciona como na Justiça comum, em três instâncias. E em todas elas cabe defesa.

Enquanto isto, o cidadão brasileiro continua pagando por um serviço deficiente, além de toda a carga de impostos que tem que carregar.

É a versão contemporânea do Sistema Feudal da Idade Média. Onde se lia "barões", leia-se "políticos".
O resto é igual.

sábado, 6 de abril de 2013

110 Anos "Mudando Tudo Sem Mudar Nada"

Excelente texto no blog do Wolfmann, sobre a evolução das motocicletas Harley-Davidson nos últimos 110 anos.

Vale a pena a leitura, que recomendo: aqui.

Estradas de Santa Catarina Tem Nova Nomenclatura


As rodovias estaduais de Santa Catarina tiveram suas nomenclaturas alteradas para se adequar a lei federal 5.917, denominada "Plano Nacional de Viação", decretada pelo Presidente Médici em 1973.

Segunda a lei, "o objetivo essencial do Plano Nacional de Viação é permitir o estabelecimento da infra-estrutura de um sistema viário integrado, assim como as bases para planos globais de transporte que atendam, pelo menor custo, às necessidades do País."

Quem é usuário das rodovias estaduais e federais do Brasil, sabe que o planejamento estratégico da infra-estrutura viária da país tem sido fiel a este princípio legal e temos à nossa disposição rodovias de ótima qualidade . . .

De acordo com o Departamento de Infraestrutura (Deinfra) de Santa Catarina, a mudança vai facilitar a vida dos motoristas, principalmente aqueles que visitam o Estado.
Interessante como o governo de Santa Catarina levou sómente 40 anos para chegar à esta conclusão!

85 estradas tiveram suas siglas alteradas, de um universo de 112 estradas estaduais existentes. 

A nomenclatura segue uma lógica de localização. As rodovias iniciadas com o número um cortam Santa Catarina de Norte a Sul, e têm importância estadual. As que iniciam em dois seguem de Leste a Oeste. 

Desde 1990, o departamento se preparava para se adequar à antiga lei, mas somente há dois anos houve decisão política. Como se vê, fizeram um trabalho bem rápido em sómente 23 anos!

O presidente do Deinfra lembra que antes uma mesma via tinha trechos com diversas nomenclaturas e, agora, tem apenas uma. A mesma rodovia tinha diversas denominações porque a cada trecho construído, ao longo das décadas, recebia nova sigla.
(Seria a versão catarinense do "Samba do Crioulo Doido", de Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo do saudoso escritor Sergio Porto?).

Parte do novo mapa rodoviário de SC
Interessante notar que a pequena estrada que liga Itajaí a Gaspar, tem placas na via denominando-a de SC-470. O mapa mostra que, na realidade, era SC-419 e agora é SC-412. Incrível.

"A mudança facilita a vida dos motoristas. Alguém que está na nova SC-108 no Sul do Estado, vai subindo para o Norte e sabe que vai sair no Paraná, porque é uma rodovia Norte-Sul. Antigamente, havia trechos com nomenclaturas diferentes", explica o presidente do Deinfra, dando sua versão burocrata dos pontos cardeais.
Uma pérola de declaração. Afinal tinha muita gente pensando que indo para o Norte se chegava na Patagônia! Que bom que o Deinfra explicou tudo direitinho.

O gerente de Planejamento de Infraestrutura do Deinfra afirmou que a mudança hierarquiza as rodovias. Segundo ele governo saberá que precisa investir mais nas que iniciam com o número um, por suprir uma necessidade estadual, do que as iniciadas em três — aquelas em diagonal, que cortam apenas regiões. 

Ou seja, as iniciadas com número 3 ou 4 continuarão abandonadas, enquanto as de número 1 e 2 receberão aqueles famosos "tapa-buracos".

O Deinfra ainda levará até o final de 2014 para substituir as placas antigas pelas novas, com a nomenclatura correta.

As empresas de GPS foram comunicadas para atualizarem seus sistemas. Vai ser interessante você ver uma nomenclatura no GPS e outra, nas placas . . . 

O Deinfra publicou mapas atualizados no seu site. Confiram aqui

terça-feira, 2 de abril de 2013

Queremos Mais Vírgulas


As vírgulas sempre foram um problema. Na época da escola, a dificuldade era encontrar o momento exato para usá-las. Às vezes pecava-se pelo excesso, em outras, pela escassez.

Mas a resposta estava nas gramáticas, bastava aplicar as inúmeras regras.
  
Porém, é ao sair da escola que as coisas começam a complicar.

Continuamos com dificuldade de usar as temidas vírgulas.

Não conseguimos dar o respiro necessário, a pausa imprescindível, o fôlego essencial para seguir adiante.

Iniciamos uma leitura sem fim, sem pausa, em uma estrada reta, sem curvas.

Trabalhamos estudamos cuidamos dos filhos comemos dormimos um pouco agendamos reuniões marcamos médico compramos roupas.

Isso tudo sem vírgulas, sem aquela ruptura, sem a surpresa, sem a viagem de motocicleta, sem realizar aquele desafio sobre duas rodas que estamos planejando há meses ou até anos.

O pior é que não há regras a seguir, não há gramática que possa nos auxiliar.
  
E não são apenas as vírgulas que estão em extinção nos dias de hoje.

As reticências também andam sumidas. Ah, as reticências...

Como disse Mario Quintana, "as reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho".

Mas as pessoas desaprenderam a usar as incertas reticências. Preferem abusar de pontos finais.

São irredutíveis, convictas, previsíveis, racionais. Esquecem a beleza do incerto, do desconhecido, de partir em uma viagem não programada, sem destino ou roteiro milimetricamente pontuado.

Esquecem a adrenalina de apenas sair e rodar por aí....

Vamos aproveitar que estamos colocando os pontos nos i's e falar um pouco das aspas.

As aspas continuam em alta, utiliza-se sem parcimônia, porém o propósito nem sempre é o mais nobre.

Usam-se as aspas para incentivar um tal de "fulano disse que", "sicrana me contou", "beltrano falou".
  
Por isso, defendemos o uso consciente das aspas. Abra aspas para seu coração, escute e dê voz a ele.

Abra aspas para sua mente inquieta e pegue a estrada assim que ela estiver sussurrando (ou gritando) por um pouco de vento no rosto e curvas acentuadas.

Enfim, Fazedor de Chuva, abra aspas para você, mas sem ignorar as fundamentais (e um tanto esquecidas) vírgulas e ...



Excelente texto de Cesar Macedo, postado no site dos Fazedores de Chuva.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Fraude da Concessionária da BR-101 em SC?


O DiárioCatarinense, de Florianópolis, iniciou no domingo de Páscoa uma série de reportagens sobre os cinco anos passados desde a privatização das rodovias BR-116, BR-376 e BR-101, administrados pela Autopista Litoral Sul, do grupo espanhol OHL.

Trecho mais movimentado da BR-101, administrado pela Autopista Litoral Sul
Segundo o jornal, a Autopista Litoral Sul chegaria ao final da concessão com um lucro indevido de cerca de R$ 790 milhões. A empresa administra o trecho que liga Florianópolis a Curitiba, um dos principais acessos do sul ao centro do país e que já apresenta sinais de colapso no trânsito.

Um dossiê de mais de 2 mil páginas apontam para um suposto favorecimento financeiro, em que a empresa deixa de executar as obras previstas no edital, mas inclui os valores (como se tivesse realizado) no cálculo de reajuste anual da tarifa.

Com base nas informações de investigações abertas por órgãos judiciais do país, o Diário Catarinense afirma que vai mostrar que o preço do pedágio, aparentemente um dos mais baratos do Brasil, na verdade é altíssimo se levado em conta que o usuário da rodovia paga por obras que ainda não foram executadas.

O cálculo é de que a Autopista, ao descumprir o contrato assinado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), se beneficiaria indevidamente em cerca de R$ 790 milhões, segundo projeções para os 25 anos da privatização.

A administração do trecho Norte da BR-101 é alvo de investigações desde o início da cobrança do pedágio, em 2009. Só o Ministério Público Federal (MPF) já moveu oito ações contra a empresa. Todos os processos têm a autoria do procurador da República Mário Sérgio Barbosa, de Joinville, cidade-sede da Autopista.

Congestionamentos constantes, na região de Florianópolis

Nos processos, pede para que a Justiça obrigue a concessionária a baixar o preço do pedágio porque, segundo ele, nenhuma das principais obras teria sido concluída dentro dos prazos previstos no edital.
Entre as obras não feitas está o contorno viário da Grande Florianópolis, a principal do contrato, e que tem a função de desafogar o trecho da BR-101 que cruza os municípios da região. A obra é a que demanda maior investimento e deveria estar concluída em fevereiro de 2012.

O mais estranho é que nenhum orgão estadual ou municipal fez qualquer mobilização para pressionar a OHL, exceto a prefeitura de Biguaçu, que ingressou com ação na Justiça Federal para que o valor referente ao contorno viário da Grande Florianópolis seja bloqueado das contas da empresa até que as obras se iniciem.

A concessão da rodovia é tão vital para o desenvolvimento do Estado que a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) elaborou estudo técnico sobre todo o trecho pedagiado. Nele, comparou o que estava estabelecido no contrato com o que havia sido executado pela empresa.

A postura considerada passiva da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) diante do caso fez a agência reguladora se transformar, junto com a Autopista, em objeto de investigação.

Segundo o Ministério Público Federal, o pedágio cobrado na BR-101 foi reajustado indevidamente
Para o Tribunal de Contas da União (TCU), os problemas na administração da rodovia teriam ocorrido porque a ANTT não cumpriu com o papel de fiscalizar e aplicar multas em caso de irregularidades. Segundo as investigações, a situação da agência se torna ainda mais grave porque teria permitido reajustes da tarifa mesmo sabendo que o edital vem sendo descumprido.

A série de reportagem também dará  informações sobre a atuação da concessionária em outros estados. A suspeita é de que a OHL (hoje Arteris) – que é mantenedora da Autopista e tem matriz na Espanha – estaria repetindo deslizes semelhantes aos cometidos em Santa Catarina nos outros quatro trechos de rodovias que administra no país.

E o mesmo caso extrapolaria as fronteiras do Brasil. É de fora que vem o exemplo de atitude mais enérgica quanto as supostas irregularidades cometidas pela espanhola OHL. No México, onde a empresa também tem negócios, a suspeita de descumprimento de contrato custou a perda da concessão.

Veja, também, postagem anterior sobre o assunto.