domingo, 31 de maio de 2009

O medo causado pela inteligência

Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: - "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável ! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta". Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava numa carreira difícil. Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, no Brasil! Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: - "Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência". A maior parte das pessoas encasteladas em posições de poder é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas, é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos. Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do "Elogio da Loucura", de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém, até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência (por medo de perder seus maridos), também os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talentoso que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas... Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante ! Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues... "Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra". O problema é que os inteligentes gostam de brilhar! Que Deus os proteja, então, dos medíocres!...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ultrapassagem com Segurança - Rodovia Duplicada

Ultrapassagem em rodovia duplicada, ainda que seja uma operação mais simples do que ultrapassar em estradas de mão-dupla, requer muita atenção, para que possa ser executada com segurança.

Em primeiro lugar, deve-se ter cuidado com as seguintes condições, muito comuns nas rodovias brasileiras:

  • Veículo mais lento, saindo para a faixa da esquerda, à sua frente
  • Veículo mais rápido, vindo atrás de você

As velocidades médias mais altas, em rodovias duplicadas, torna necessário maiores cuidados antes de se fazer qualquer manobra que implique em troca de faixa de rolamento.

A atitude mais correta e segura é estar ciente, a todo momento, do que está ocorrendo à sua volta. Tanto no que concerne aos veículos à sua frente (na faixa de ultrapassagem ou na faixa da direita), como o que ocorre com o tráfego que vem atrás.

Para isto, a constante verificação do tráfego, através dos retrovisores, é uma rotina de segurança que deve ser empregada a todo momento. Claro que isto não se aplica somente quando vamos ultrapassar outro veículo.

Constantemente verifique se não há nenhuma interrupção na pista da direita, antes de ultrapassar outro veículo, pois este pode ter que mudar de faixa na sua frente. Especial atenção deve ser exercida próximo de cruzamentos ou viadutos com saídas e acessos à rodovia.

Preste atenção nos sinais, não explícitos, de intenção de ultrapassagem, de outros veículos. Tais sinais podem ser, entre outros:

  • Velocidade relativa (aumento ou redução)
  • Movimentos de cabeça do condutor
  • Movimentos do corpo (motociclistas)
  • Movimento inicial do veículo

Muitas vezes pode-se notar todos os sinais acima, antes que o condutor do outro veículo ligue a seta luminosa, indicando sua intenção.

É comum um condutor iniciar uma mudança de direção, antes de ligar a sinalização correspondente e, às vezes, faz a manobra sem dar qualquer indicação luminosa.

Cuidado especial deve ser observado quando ultrapassando veículos longos (bi-trens, carretas compridas, etc.), pois pode haver um veículo menor entre duas carretas e este veículo pode mudar de faixa abruptamente, à sua frente.

Conforme comentado pelo Wolfmann (http://wolfmann-hd.blogspot.com/), "um detalhe que muitas vezes passa despercebido é o espaço existente entre o cavalo e a carreta nos caminhões longos. Nesse espaço é comum a rajada de vento lateral, que muitas vezes pega o piloto desprevenido, pois já antecipa a manobra para entrar na frente do cavalo e esquece da turbulência que existe nesse espaço."

Não ultrapasse sem ter certeza que que está vendo os veículos trafegando na faixa da direita e os que estão entre duas carretas ou caminhões pesados.

Sempre indique claramente sua intenção!

É muito importante que os outros veículos saibam de sua presença (luzes acessas, sinalização acionada antes de fazer a manobra), especialmente em velocidades mais elevadas.

Às vezes um lampejo com a luz alta é recomendável, mas dê tempo do outro condutor reagir à sua solicitação de ultrapassagem.

Jamais force uma ultrapassagem, em qualquer situação.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ultrapassagem com Segurança - Estrada de Mão-Dupla

Ultrapassar em estradas de mão-dupla requer cuidados adicionais. Aqui vão algumas dicas e um vídeo, que podem ajudá-lo a fazer ultrapassagens com mais segurança. Estágio 1 – Seguindo o tráfego No primeiro estágio ou estágio onde você está seguindo o tráfego, sua tarefa consiste em observar e determinar se a estrada e as condições de tráfego são boas para permitir uma ultrapassagem com segurança. Observe:
  • O motorista do veículo a ser ultrapassada tomou conhecimento de sua intenção?
  • O formato da estrada apresenta algum perigo? Estrada sinuosa com curvas muito fechadas?
  • Algum veículo atrás de você também se prepara para uma ultrapassagem?
  • Há uma distância adequada para ultrapassar e retornar à sua pista?

Sua segurança vai depender da correta interpretação do que você vê. Em caso de dúvida, não tente a ultrapassagem!

Estágio 2 – Preparando-se para ultrapassar.

A posição de ultrapassagem minimiza a distância que você tem que percorrer para ultrapassar o outro veículo. Portanto, neste estágio você estará mais próximo do veículo a ser ultrapassado.

Mais próximo, contudo, quer dizer que seu tempo de reação aos movimentos que o veículo à sua frente faça, é menor. Assim, assegure-se que não exista nenhum obstáculo na pista, que provoque uma frenagem brusca do veículo a se ser ultrapassado.

Informação

Procure por detritos ou imperfeições na pista e, se não houver, coloque-se na posição de ultrapassagem. Evite os pontos cegos e certifique-se que tanto o veículo à sua frente ou o que vem atrás de você, sabem de sua intenção de ultrapassar (sempre acione a luz correspondente) .

Posição

  • Coloque-se na posição de ultrapassagem. Este é o ponto mais perto do veículo, à sua frente, que você pode estar, com ampla visão da estrada à frente e com segurança.
  • Olhe para os dois lados do veículo à sua frente e através dos parabrisas, se for possível.
  • Nunca se coloque nos pontos cegos de qualquer veículo que queira ultrapassar. Certifique-se que o condutor do veículo esteja vendo-o.
  • Concientize-se que quanto mais perto você se colocar junto ao veículo à sua frente, mais o condutor desse veículo vai se sentir “intimidado” com sua aproximação. Não provoque reações machistas.
  • Quando maior for o veículo à sua frente, mais afastado você terá que posicionar-se.

Velocidade

Ajuste sua velocidade à do veículo a ser ultrapassado.

Marcha

Selecione a marcha que lhe dê uma melhor resposta à aceleração, considerando que esta marcha é a que será usada na ultrapassagem.

Como a posição de ultrapassagem é mais próxima ao veículo a ser ultrapassado do que a posição de seguir o tráfego, observe cuidadosamente qualquer defeito ou imperfeição na pista. Se houver, diminua a velocidade e retorne à posição anterior (seguindo o tráfego).

Estágio 3 – Ultrapassando

A partir de posição de ultrapassagem continue observando a situação até identificar uma oportunidade segura de ultrapassagem.

Informação Identifique:

  • Um trecho seguro da estrada, na qual possa fazer a ultrapassagem com segurança.
  • Um espaço onde você possa retornar após a ultrapassagem.
  • A velocidade dos veículos que se aproximam.
  • A velocidade relativa de sua motocicleta e do veículo a ser ultrapassado.
  • O que está ocorrendo atrás de você. Cuidado com outro veículo que queira ultrapassar ao mesmo tempo.
  • Qualquer condições da estrada ou do terreno (elevações, vegetação ou ondulações), que possam esconder um veículo que esteja se aproximando em direção oposta.

Posição Tendo feito as verificações necessárias e decidido que é seguro ultrapassar, mova-se para a pista contrária, sinalizando bem sua intenção. Geralmente, neste ponto, ainda não há aceleração.

Nesta nova posição, confira se há comprimento de pista suficiente e não há nenhum veículo ou obstáculo que impeça a ultrapassagem com segurança.

Velocidade Ultrapasse se a situação é clara e segura, ajustando sua velocidade se necessário. Enquanto estiver na pista contrária, estará na zona de perigo potencial, portanto procure mover-se o mais rápido possível.

Marcha Antes de ultrapassar certifique-se que está usando a marcha de melhor torque para a manobra. Algumas vezes pode ser necessário mudar de marcha durante a ultrapassagem, mas, se puder, isto deve ser evitado.

Aceleração Ajuste sua velocidade para completar a ultrapassagem e entrar no espaço seguro que você identificou anteriormente. Quando possível, use a aceleração para ajustar sua velocidade, mas, se necessário, use os freios.

O vídeo abaixo foi filmado na Inglaterra e, portanto, os sentidos de direção estão invertidos. Mas os conceitos básicos são os mesmos.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Homenagem às Mulheres, pela Harley-Davidson

Vídeo-clip do "making of" da nova campanha publicitária da Harley-Davidson, nos Estados Unidos, que homenageia as mulheres e incentivam aquelas que ainda não pilotam a "experimentar a vida sem culpas" em duas rodas. As mulheres que aparecem na campanha são todas ricas e famosas, incluindo a apresentadora Jillian Michaels, da cadeia de TV NBC, a cantora e compositora Jewel, a atriz Tricia Helfer e a empresária de Los Angeles, Deborah DiMiceli.

Sistema de Navegação por Satélite (GPS) pode falir

Deu na Veja.com: Se o seu sonho de consumo era ter um GPS, está na hora de pensar em novas ambições. Um relatório do GAO (sigla para Government Accountability Office, órgão que controla as despesas federais dos Estados Unidos) avisa que o Sistema de Navegação por Satélite corre o risco de começar a falir no início do ano que vem. Segundo o documento, má administração e falta de investimentos têm feito com que cada vez mais satélites alcancem sua data de validade. Atualmente, existem 31 satélites em operação - sendo que alguns estão vencidos há mais de quatro anos. O GAO calcula que as chances de que esse número caia para menos de 24 - o mínimo necessário para o bom funcionamento do sistema de navegação, segundo o relatório - até 2011 e 2012 são de 20%. Tal desfalque não chegaria a comprometer todo o sistema, mas iria interferir em sua precisão, diz o estudo. A primeira substituição dos satélites, os quais são monitorados pela Força Aérea americana, deveria ter sido lançada em 2007. Devido a uma série de adiamentos, contudo, agora está prevista para novembro deste ano. "Não sabemos se a Força Aérea será capaz de adquirir novos satélites a tempo de manter o atual serviço de GPS sem interrupção", diz o relatório. "Do contrário, algumas operações militares e alguns usuários civis poderão ser afetados". Veja a matéria em: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-saude/sistema-navegacao-satelite-pode-falir-471553.shtml

domingo, 17 de maio de 2009

Acelerando em curvas

Quando uma motocicleta é mais estável? Quando seu peso está distribuído por igual entre os eixos traseiro e dianteiro, com o motor impulsionando, sem aumentar a velocidade e em linha reta. Acelerar para aumentar a velocidade, numa curva, diminui a estabilidade da motocicleta. Deixar que a velocidade diminua demais, também causa perda de estabilidade. Pilotar em curvas é o que nos leva a um novo patamar de satisfação no motociclismo. É uma sensação muito agradável e pilotar numa estrada sinuosa dá mais prazer do que numa estrada reta e entediante. Infelizmente, muitos motociclista tem problemas em fazer curvas ou, por ignorar os princípios que regem este momento, acabam se envolvendo em acidentes. Se você acelerar forte e mudar a direção ao mesmo tempo, corre o risco de estar exigindo demais da capacidade de tração e aderência do pneu. Se você perder tração, perde o controle da direção. Para obter o máximo de controle nas curvas, evite alterar sua velocidade ao mesmo tempo que altera a direção. No momento em que a motocicleta entra numa curva, a mudança da direção diminui a velocidade, em função da conjugação das forças centrípeda (em direção ao centro do raio da curva, provocado pela lei da gravidade) e centrífuga (para fora do centro do raio da curva, em função da velocidade). Se você mantiver a mesma aceleração constante em que vinha, perderá velocidade e o peso da moto mudará para a o eixo dianteiro, afetando a estabilidade. Você consegue melhor estabilidade mantendo uma velocidade constante. Acelere só o suficiente para compensar a perda de velocidade (pelas razões acima). O quanto necessitará acelerar é uma questão de sensibilidade, mas seu objetivo é manter a mesma velocidade com que entrou na curva, não aumentá-la. Pratique e desenvolva sua sensibilidade em curvas menos exigentes e vá melhorando sua capacidade de julgamento. Sempre olhe para onde você quer chegar. Jamais tire os olhos da estrada para verificar o velocímetro. Se necessitar “deitar” na curva e aumentar a velocidade ao mesmo tempo, use o acelerador com cuidado para manter a motocicleta dentro da capacidade de tração e aderência do pneu. Pontos importantes:
  • Entre na curva com uma velocidade consistente com sua capacidade de frear, levando em consideração as condições da pista e a presença de outros veículos.
  • Mantenha uma velocidade constante durante a curva.
  • Quanto maior a aceleração, maior o raio necessário para fazer a curva, pois a força centrífuga será maior que a força centrípeda, exigindo raios de curva maiores.
  • Use o acelerador com cuidado, evitando oscilações na aceleração, o que pode causar derrapagens.
  • Observe a pista para sinais que podem causar derrapagens (pista molhada, óleo na pista, asfalto escorregadiço) e ajuste sua velocidade de acordo, antes de começar a curva.

Recomendo, também, a leitura da postagem no blog do Wolfmann: http://wolfmann-hd.blogspot.com/2009/05/fazendo-curvas.html

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pilotando com Saúde

É sempre muito bom quando encontramos um colega motociclista que é, também, médico. E se este piloto ainda se dispõe a compartilhar seu conhecimento e sua experiência, melhor ainda. Estes são os conselhos do Dr. Wade Stoughton, um urologista de West Virginia, EUA. Segundo ele, além dos necessários cuidados com a manutenção das nossas máquinas, o piloto é a parte do conjunto que necessita de maior e mais intensa manutenção. Por isso, cuide bem de você mesmo. A primeira preocupação (que está em muito em evidência no Brasil) é o cuidado com seu peso corporal. Mantendo-o onde deve estar reduz o risco cardíaco, as possibilidades de diabetes e endurecimento das artérias (reduzindo os riscos de um enfarto ou de um derrame). Uma rotina de exercícios regulares, que inclua musculação, aeróbica e alongamento, quatro dias por semana, é a melhor maneira de manter sua força, sua disposição e seu bem estar em geral. Enquanto estiver na estrada, procure parar cada hora e meia ou duas horas. Desça da motocicleta, alongue-se, caminhe um pouco, beba água ou Gatorade (ou equivalente), nunca bebida com cafeína. Coma uma maçã ou uma laranja, nunca comida rápida. Aproveite o tempo do abastecimento e da ida ao banheiro de forma inteligente. Jamais tome bebida alcoólica ou refrigerantes. Só ajudarão a desidratá-lo e aumentarão sua fome. De volta à estrada, movimente-se no assento e procure esticar suas pernas (use aquela pedaleira instalada no mata-cachorro). Isto ajudará a evitar o congestionamento arterial nas pernas e nos braços, com sérias consequencias para sua saúde. Se estiver cansado ou com frio (ou muito calor), pare e descanse. Troque a roupa, se for o caso. Deixe a atitude de “machão” em casa, ao sair com sua motocicleta. Aquí, você não tem que provar nada a ninguém! Muitas motocicletas de grande porte tem alternadores que aguentam a carga de manoplas aquecidas. Esta tecnologia é ótima e vai ajudar muito a diminuir a fadiga ao pilotar, além de ajudá-lo a manter-se mentalmente alerta. Ao manter sua mãos aquecidas, elas estarão sempre prontas a fazer o que o seu cérebro mandar, sem demoras. Seu cérebro e suas mãos são muito importantes, quando pilotando. Mantenha-os confortáveis! Estar molhado acelera tremendamente sua perda térmica. Por isso, tenha sempre uma boa roupa de chuva na sua bagagem. E deixe-as sempre por cima, quando for arrumá-las nos alforges ou bagageiros. Assim você não perderá tempo nem deixará outras peças de roupa molharem, ao buscá-las. Existem no mercado roupas específicas que dão proteção em caso de uma queda, resistência à chuva e boa ventilação. A vantagem é que você não precisará levar dois tipos de roupas, nem trocá-las para enfrentar pequenas mudanças de clima. Basta abrir (ou fechar) os pontos de ventilação. Até mesmo uma chuva leve pode ser enfrentada, sem necessidade do abrigo de chuva. Síntético ou couro, cada um tem os seus prós e seus contras. Há defensores e críticos dos dois. Sabendo que nenhum é perfeito, escolha com calma. Lembre-se, você é quem tem que estar satisfeito. O capacete é fundamental para sua segurança. Procure adquirir um que ofereça a melhor proteção possível em caso de impacto. Outras características importantes: ventilação, ajuste correto e peso adequado. Ao parar nas cidades ao longo de sua jornada, mesmo que seja só para abastecer, tire o capacete e sorria para as pessoas. Pergunte como elas estão, como estão as coisas; pergunte sobre a cidade. As pessoas geralmente adoram falar sobre isto e você pode aprender muito. Resumo: ANTES DA VIAGEM Esteja preparado sobre a motociclete e em sua vida! Mantenha seu peso adequado: reduz o risco cardíaco, diabetes, endurecimento das artérias e provê outros benefícios para sua saúde. Pratique regularmente exercícios aeróbicos, um pouco de musculação e bastante alongamento: aumenta sua força, sua resistência física e seu bem-estar. NA ESTRADA Cuide de você mesmo! Alongue-se. Enquanto estiver reabastecendo, faça alongamentos. Na estrada, estique as pernas e movimente os braços e o corpo por sobre o assento: evita o congestionamento arterial. Mantenha-se hidratado. Beba água ou Gatorade, coma maçãs ou laranjas. Diga não a refrigerantes e bebidas alcoólicas: corpo hidratado e saudavelmente nutrido reage melhor e mais rápido. Não force a situação. Se estiver cansado ou com frio, pare e descanse. Troque a roupa por outra mais apropriada. Deixe o machismo em casa. Se começar a chover, pare e coloque roupa adequada: pilotar com conforto é pilotar com segurança. Seja bom com você mesmo! Equipe-se de forma correta. Roupas específicas para motociclismo, capacete integrado e luvas apropriadas: além do cuidado com o frio (lembra-se do que sua mãe sempre dizia?), pilotar ensopado de chuva, com frio e fustigado pelo vento vai colocar seu cérebro e seu corpo distraídos da função principal, que é pilotar com segurança!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Trânsito educado ou Imposto indireto?

Estava lendo um artigo, em uma revista americana e o autor criticava a prefeitura de um município (condado, nos EUA) de uma área rural, num estado do meio-oeste dos Estados Unidos. Ele falava de uma estrada estadual, cruzando aquele condado, onde a velocidade máxima estava estipulada em 55 mph (90 km/h). Explico: na primeira crise do petróleo, na década dos anos 70, uma lei federal determinou que todas as rodovias americanas teriam 55 milhas/hora como limite máximo de velocidade. A intenção era diminuir o consumo de combustível. Anos depois, com os preços do petróleo já absorvidos pela economia, esta lei foi revogada. Mas alguns poucos condados ainda mantém os limites antigos e colocam policiais ou ajudantes do xerife para multar os motoristas infratores. Isto é conhecido como “speed trap”(armadilha de velocidade) e é ressaltada na maiorias dos mapas rodoviários da AAA (Associação Americana de Automobilismo). Tendo vivido fora do Brasil por 10 anos, eu não presenciei o nascimento dos “pardais” e outros pássaros raros nas estradas e ruas brasileiras. Pois parece que este animais estão se multiplicando numa taxa astronômica e parecem não ter predadores naturais. Na realidade, os radares são uma forma indireta de cobrar impostos dos cidadãos. E a fórmula é muito fácil: construa uma avenida bem pavimentada, com capacidade de suportar um tráfego com velocidade de 80 km/h. Aí, é só colocar placas com limite de velocidade de 60 km/h e radares que aplicam multa se você estiver conduzindo acima de 50 km/h (ou mesmo 40 km/h, em algumas cidades).

Ou você compra um veículo com piloto automático, dirige com o olho no velocímetro ou acaba recebendo uma multa, pois seu veículo vai trafegar em velocidade superior ao limite imposto por baixo. Ora, se a velocidade da via é de 60 km/h, por que o radar está sempre limitado para 10 ou 20 km/h a menos? “Speed trap”, com certeza. Está aí mais um "imposto" criado.

Claro que nas BRs ocorre coisas semelhantes. Quem não conhece um trecho onde a velocidade máxima é reduzida (de 110 km/h para 80 km/h, por exemplo) sem qualquer razão visível?

Não há imperfeições nos asfalto, não há cruzamento ou outro motivo plausível. Mas, com certeza, terá um policial com radar! Nos Estados Unidos, onde a federação é um fato e não um faz-de-conta como no nosso Brasil, uma lei federal restringe o valor máximo que um condado (município) pode cobrar, anualmente, com multas de trânsito. Assim, se controla, de alguma forma, o apetite insacialmente de algumas prefeituras.

Deveríamos ter um controle semelhante.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Novidades das H-D Touring

A Harley-Davidson adicionou um panfleto em várias revistas americanas de motociclismo, ressaltando as novidades nos modelos da família Touring 2009. E não é que a motocicleta, que já é considerada a melhor “road bike” do mundo, ficou ainda melhor? A geometria ciclística foi aperfeiçoada com um quadro redesenhado, melhorando ainda mais a capacidade de curvas fechadas em baixa velocidade, tão necessárias nas cidades. Muitas partes da estrutura que eram de tubos e metal estampado, passaram a ser feitos com peças fundidas e moldadas. O pneu traseiro, é mais largo, dando uma maior aderência à pista. A própria estrutura do pneu foi modificada: um novo composto é usado na parte central do pneu, que aumentará sua vida útil. Estima-se que a troca poderá ser a cada 20.000 km, ao contrário dos atuais 15.000 km, em média. A estrutura lateral do pneu também foi redesenhada, aumentando ainda mais o desempenho nas curvas. Outro ponto de melhoria é relacionado às vibrações do motor de 1.600 cilindradas. Ao invés de 3 pontos de sustentação do motor, com coxins de borracha, agora são 4 pontos. O lay-out dos escapamentos também foi modificado, com a intenção de diminuir a exposição do piloto e do garupa, ao calor dos gases de descarga. O escapamento não passa mais por baixo do assento do piloto, nem perto dos pés do garupa, graças a um novo desenho. Isto, aliado ao modo de desfile (que diminui o calor do cilindro traseiro, quando em baixa velocidade), transformou as Tourings em motocicletas mais confortáveis, para os momentos de engarrafamento no trânsito das cidades (veja o post .http://wilsonroque.blogspot.com/2009/04/temperatura-dos-motores-harley-davidson.html)