Você acha que este poster é referente à criação do Dia Internacional da Mulher (8 de março), instituído em 1975 pelas Nações Unidas?
Na realidade o poster representa Rosie, the Riveter (Rosa, a rebitadora, numa tradução livre), a estrela de uma campanha do governo dos Estados Unidos, destinada a
recrutar mulheres para as indústrias de defesa durante a Segunda Guerra
Mundial.
Ela se tornou a imagem mais icônica das mulheres americanas que entraram na força de trabalho em números
sem precedentes durante a guerra, pois o alistamento militar masculino generalizado
deixou muitos postos vazios na força de trabalho industrial. Entre 1940 e 1945, a porcentagem
feminina da força de trabalho dos EUA aumentou de 27% para quase 37% e, em
1945, quase uma em cada quatro mulheres casadas trabalhava fora de casa.
Ainda que mulheres trabalharam durante a Segunda Guerra Mundial em uma variedade de cargos anteriormente fechados a elas, a
indústria aeronáutica foi quem recebei o maior aumento delas.
Mais de 310.000 mulheres trabalhavam na indústria
aeronáutica dos EUA em 1943, representando 65% da força de trabalho total da
indústria (em comparação com apenas 1% nos anos anteriores à guerra). A
indústria de munições também recrutou fortemente mulheres trabalhadoras.
Rosie, the Riveter foi baseada em parte em uma trabalhadora de numa fábrica de munições, mas foi, na realidade, uma personagem fictícia. A forte e determinada Rosie, com uma bandana protegendo os cabelos, se tornou uma das ferramentas de recrutamento mais bem-sucedidas
da história americana e a imagem mais icônica de mulheres trabalhadoras durante a Segunda Guerra Mundial.
Em filmes, jornais, cartazes de propaganda, fotografias e
artigos, a campanha Rosie the Riveter enfatizou a necessidade patriótica das
mulheres ingressarem no mercado de trabalho e ajudar no esforço de guerra.
Um dos papéis menos conhecidos que as mulheres desempenharam
no esforço de guerra dos Estados Unidos foi o de Pilotos Femininos de Serviço
da Força Aérea (Women’s Airforce Service Pilots, ou WASPs). Essas mulheres, que
já tinham sua licença de piloto privado, se tornaram as primeiras mulheres a
pilotar aeronaves militares americanas.
Eles faziam o translado dos aviões das fábricas para bases,
transportavam carga e participavam de missões de simulação e alvos para
treinamento, acumulando mais de 60 milhões de milhas voadas e liberando
milhares de pilotos do sexo masculino para o serviço ativo na frente de batalha.
Mais de 1.000 WASPs prestaram serviço durante a guerra e 38
delas perderam a vida durante o conflito. Consideradas funcionárias do serviço
público e sem status militar oficial, essas mulheres que morreram em serviço
não receberam honras ou benefícios militares na época. Foi somente em 1977 que as
WASPs receberam status militar completo e foram reconhecidas como Veteranas de
Guerra.