sábado, 30 de julho de 2016

Mais um recall da Harley-Davidson


Devido a um defeito no cilindro mestre da embreagem hidráulica, a Harley-Davidson Motor Company está fazendo uma chamada técnica para 27.232 motocicletas modelo 2016.

Os modelos atingidos são: Electric Glide Ultra Classic (FLHTCU), Electra Glide Ultra Classic Low (FLHTCUL), Ultra Limited Low (FLHTKL), Ultra Limited (FLHTK), CVO Street Glide (FLHXSE), Street Glide (FLHX), Street Glide Special (FLHXS), Road Glide Special (FLTRXS), Road Glide (FLTRX), Police Electra Glide (FLHTP), Road Glide Ultra (FLTRU), Fat Boy S (FLSTFBS), Softail Slim S (FLSS) e CVO Softail Pro Street Breakout (FXSE).

A notificação de recall feita na National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) indica que “o cilindro mestre da embreagem pode perder sua capacidade de gerar a força necessária para desengatar a marcha, especialmente se a motocicleta tiver parada por um período prolongado de tempo.”

2016 Harley-Davidson CVO Street Glide
Diz ainda que “quando o motor está em funcionamento e a marcha engrenada, se a embreagem não desengatar completamente a motocicleta pode mover-se repentinamente, aumentando o risco de um acidente.”

Documento anexado ao processo indica que os cilindros mestres cuja part number são 36700049B, 36700056B, 36700146 e 36700186, em alguns modelos 2016 das famílias Touring e Softail, podem apresentar este defeito.

Este é o terceiro recall envolvendo defeitos na embreagem hidráulica, em modelos a partir de 2013. 

O primeiro, em outubro de 2013, afetou 25.185 veículos. O segundo, em 2015, ocorreu em quase 46.000 motocicletas dos modelos 2014 e 2015 das Electra Glide, Street Glide, Ultra Limited, Road Glide e Road King. No momento em que foi feito este recente recall, 27 acidentes tinham sido registrados, com quatro pilotos levemente feridos.


A causa aparente do problema é uma reação química dentro do sistema hidráulico, causando bolhas de gás que provocam a perda de pressão hidráulica no acionamento da embreagem. Segundo documentos anexos ao processo, o piloto pode observar uma distância anormal no acionamento da alavanca da embreagem, quando acionada pela primeira vez depois que a motocicleta esteve parada por um período grande de tempo.

Nos Estados Unidos o recall começou a ser feito nas concessionárias Harley-Davidson a partir do dia 25 de julho.

O site da Harley-Davidson do Brasil não apresenta nenhuma notícia sobre esta chamada técnica, ainda.

Você pode saber se sua motocicleta está incluída no recall, através do site da HDMC. Veja aqui.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

E a tradição continua

A tradição da família Roque com a Harley-Davidson começou em 1937, quando meu pai comprou sua primeira H-D. Já falei sobre isto aqui.

E parece que vai continuar por muito tempo. Meu sobrinho-neto, Nicolas Roque Strube, tem sómente 3 anos mas é apaixonado por motocicletas.

No final de semana passado esteve aqui em Curitiba me visitando, junto com a mãe - minha sobrinha Natalia Roque - e a avó, minha irmã Edméa.

Natália, Nicolas, Rô e Edméa.
Pediu muito para dar uma volta na Sunshine.

Com muito cuidado (não mais que 10 km/h) e dentro do perímetro do nosso condomínio, o Nicolas teve sua primeira experiência com a lenda.






Parece que gostou muito. E assim nasce mais uma Harleyro na família Roque!

sábado, 23 de julho de 2016

70 Anos e contando . . .


Na República de Curitiba!
Pois é, completando 70 anos de vida. Quem diria?

Quando tinha 20 e poucos anos, sem qualquer motivo, eu me convenci que não passaria dos 40. E aquilo ficou na minha mente durante muitos anos.

Quando estava próximo a cumprir a data, entrei em parafuso! E agora, pensei?

Bom, completei os 40 e depois passei pelos 50 e pelos 60, sem maiores complicações.

Sinto-me uma pessoa privilegiada. Estou saudável, com bastante disposição para viver, tenho uma esposa que me ama e a quem amo muito, um filho querido, dois netos maravilhosos.


Meu irmão - mais velho do que eu - e minha irmã caçula estão com ótima saúde e estamos sempre muito presentes nas vidas de cada um. Apesar da distâncias físicas, continuamos unidos, procurando participar dos momentos importantes das nossas vidas.

Amigos, tenho muitos. Amizades que ultrapassam a barreira dos 50 e muitos anos. Amigos que participaram da minha adolescência e com quem mantendo contato constante. Isto é muito gratificante!

Muitas mudanças, nestes setenta anos. Desde Conselheiro Lafaiete e Santos Dumont, nas Minas Geraes, onde nasci e passei minha infância, respectivamente.

Foto escolar no Ginásio Santos-Dumont, anos 1950
Três Rios, RJ, onde cresci na minha adolescência, e que tem um lugar especial no meu coração.

Minha Niterói, cidade onde vivi por 21 anos, depois de ter passados alguns anos morando no Rio de Janeiro. Sem esquecer Londres, onde fiz minha primeira pós-graduação.

Caracas, na Venezuela e Ocala, na Flórida, cidades que foram moradias permanentes e simultâneas durante os 10 anos que vivi no exterior, numa louca ponte aérea, acumulando centenas de milhares de milhas voadas.

Com meus amigos Bob Gale e Herb Brokhof, na minha casa em Ocala, FL.
Balneário Camboriú, na Bela e Santa Catarina, que me acolheu com os braços abertos e me hospedou durante 10 anos e cinco meses. Onde conheci minha querida esposa e onde fiz muitos bons amigos.

Na Interpraias, Balneário Camboriú, SC.
E finalmente - por enquanto! - República de Curitiba!

Tem sido uma trajetória interessante. Afinal, tudo o que eu almejava era uma casinha no subúrbio e um fusca zero!

Junto com os 70 anos completados, 2016 traz outro evento que me emociona. Minha turma está completando 50 anos de formatura, como Oficial da Marinha Mercante. E no final do ano estaremos recebendo o reconhecimento da Marinha do Brasil, por este fato.


Vai ser um ano bacana!

sábado, 16 de julho de 2016

De vinhos e de rolhas


Muitos são os materiais usados como vedantes das garrafas de vinho. 

Por muito tempo, entretanto, a única maneira de tampar uma garrafa era com a rolha de cortiça, material extraído da casca do sobreiro, carvalho da espécie Quercus suber, extensivamente cultivado em Portugal e na Espanha.

Existem em torno de 2.200.000 hectares de florestas de sobreiro no mundo.  Mas Portugal (34%) e Espanha (27%) tem as maiores reservas. Os dois países são responsáveis por 70% da cortiça consumida anualmente.

A árvore pode alcançar até 20 m de altura, vive cerca de 300 anos e pode fornecer até 12 extrações da cortiça ao longo da sua vida.

A cortiça é um tecido vegetal impermeável e flexível ao mesmo tempo, com estrutura que pode ser comprimida até metade do seu volume, sem perder elasticidade.

A árvore do sobreiro (Quercus suber). A parte de onde foi extraida a
cortiça está protegida.
A retirada da cortiça.
O tronco do sobreiro, mostrando uma área onde a cortiça foi retirada.
Apesar de suas vantagens reconhecidas ao longo da história, com o aumento na produção dos engarrafados no século XX, alguns problemas foram atribuídos à rolha de cortiça – o que desencadeou algumas polêmicas a respeito de sua utilização – resultando no aparecimento de vedantes sintéticos.

Os principais tipos de rolhas fabricadas com cortiça são:
  1. A rolha maciça, considerada a de melhor qualidade, pode chegar a dimensões de 55 mm de comprimento e 25 mm de diâmetro;
  2. A rolha de aglomerado de cortiça, feita de sobras da cortiça maciça, moída e unificada com cola. Tem elasticidade e durabilidade menores e são mais baratas;
  3. A rolha para espumantes, feita em formato de cogumelo, com duas partes distintas: parte de cima mais rígida feita de aglomerado do material e a parte de baixo, mais elástica e maciça.
Produzindo as rolhas de forma manual. Também se
utilizam máquinas.

O uso da rolha só foi adotado quando se utilizou o armazenamento do vinho em recipiente de vidro de forma padronizada. Isso ocorreu a partir do século XVII, quando se estabeleceu o formato da garrafa de vinho que conhecemos.


Rolha para espumante, feita em três camadas de densidade diferentes.
Inicialmente as rolhas de cortiça natural eram no formato cônico. Já no século XIX, o seu formato cilíndrico foi adotado com o desenvolvimento  dos equipamentos capazes de introduzi-la no gargalo das garrafas. As primeiras rolhas feitas a partir de aglomerados surgiram ainda neste século, e já no começo do XX surgem as rolhas de duas peças.

Rolha de cortiça ou Tampa sintética?

Com o aumento da produção vinícola em todo o mundo a demanda por rolhas de cortiça também cresceu, diminuindo substancialmente sua qualidade. Na década de 1970 muitos vinhos foram contaminados por uma substância chamada Tricloroanisol (TCA), que deriva das rolhas naturais defeituosas, onde fungos e impurezas da cortiça reagiam quimicamente com bactericidas utilizados na sua fabricação. 

A indústria norte-americana criou rolhas sintéticas para dar conta de sua produção e acabar com a contaminação, garantindo a qualidade do vinho. Logo após, outros tipos de vedantes passaram a ser utilizados, como a tampa de rosca.

Instalou-se desde então uma polêmica a respeito do material de fabricação das rolhas. Argumentos científicos, por vezes contraditórios, são apresentados tanto por quem defende a rolha de cortiça quanto por quem prefere a rolha sintética. 

Os primeiros afirmam que o elemento natural da cortiça é indispensável para o melhor amadurecimento do vinho, além de ter um caráter de defesa da tradição; afinal são três séculos de uso. 

Já os que defendem a rolha sintética afirmam que, por se tratar de um produto industrializado e pouco sujeito a variabilidade, está livre de qualquer contaminação.

A realidade é que nove em cada dez garrafas de vinho têm uma tampa alternativa à cortiça natural, atualmente. 

Quais vantagens ou desvantagens ela oferece para os consumidores de vinho?

Segundo o International Wine Challenge (IWC) - o maior concurso de vinhos do mundo - cerca de 6% dos vinhos que participam da contenda apresentam algum tipo de defeito associado ao fechamento da garrafa; o TCA é o responsável pelo metade dos defeitos.

No início da década de 1980 algumas indústrias vinculadas à elaboração de plásticos e borrachas apresentaram uma primeira solução alternativa: tampas sintéticas. Elas oferecem um fechamento seguro e inerte ao vinho. Paralelamente, as tampas Stelvin – chamadas de tampa de rosca, também foram apresentadas como solução. 

A tampa de rosca. Quase a totalidade dos vinhos da África do Sul
são engarrafados desta maneira.
Mas na corrida para se estabelecer a futura tampa para as garrafas de vinho, as alternativas atravessaram experiências boas e más. Entre as más, a dificuldade de utilizar o saca-rolhas em alguns tipos de rolha sintética  ou a dureza da extração. Já a tampa de rosca não conseguiu cativar o consumidor, que ainda hoje, segundo estudos, considera que são usadas em vinhos de baixa qualidade. O que não é necessariamente verdade!

Entre as experiências boas, por outro lado, é que se eliminaram os riscos de contaminação por TCA.

Mas há outros defeitos, como os que estão associados à óxido-redução do vinho, que, representam a metade dos defeitos que se encontram no vinhos.

Uma vez que o vinho está na garrafa,  as poucas moléculas de oxigênio que ficaram presas no interior ou que entram através da rolha natural, são a chave para sua evolução dentro do recipiente . Esta questão foi reconhecida recentemente, na mudança de milênio, quando as tampas alternativas foram responsáveis, em certa medida, pelo defeito de redução, produzindo um odor desagradável.

A solução veio de mãos dadas com a ciência. Empresas começaram a estudar a forma em que o oxigênio penetrava na garrafa, depois de fechada.  E descobriram que a rolha natural oferecia uma filtração na ordem de uma parte por milhão, que era a chave para que o vinho não se reduzisse e apresentasse odor desagradável. 

O problema é que a rolha natural não garante uniformidade dessa dosagem. E assim, é a responsável pela oxidação, quando dosificada em excesso. Trata-se do defeito inverso da redução, que é a cor de telha ou marrom, sem aromas atrativos e caráter diluído.

Com isso, a indústria começou a trabalhar na hipótese de obter uma tampa de goma expandida que, além de evitar o TCA, permitisse dosificar o oxigênio previsivelmente. 

Rolhas de goma expandida, de densidades diferentes.
Na década de 2000 criaram uma gama de tampas chamadas Select Series, que oferecem diferentes níveis de oxigenação: um vinho tinto, por exemplo, pode resultar em frutado ou reduzido, conforme se utiliza uma ou outra tampa no mesmo prazo de tempo, enquanto que outro reduzido pode ficar frutado assim que for cumprido o processo de oxigenação programado. 

Desta forma, a tampa também é uma ferramenta enológica. Para que um vinho chegue ao ponto ótimo de consumo, o enólogo sabe que pode engarrafá-lo com uma tampa que, aos dois meses, permita ao vinho uma evolução plena. Ou propositalmente o contrário. 

Qualquer que seja o caso, uma coisa é certa: com a nova geração de tampas os defeitos na hora de se tomar um bom vinho são coisa do passado.


Cada vez mais os vinhos de consumo imediato e os de consumo a médio prazo são fechados com tampas técnicas, como são denominadas. São tampas que oferecem um segredo invisível para o consumidor, e que garantem, na hora de pagar uma garrafa,  que você vai beber aquilo que comprou, e não uma surpresa.

Saúde!

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Por que comprar a Harley-Davidson?


Há inúmeras razões que podem atrair um private equity fund a comprar a Harley-Davidson Motor Company, numa operação que poderia faze-la maior e mais forte no mercado.

As especulações sobre o tema, impulsionadas pela recente e abrupta subida do valor de suas ações na Bolsa de Valores de New York, continuam sendo assunto no mercado financeiro dos EUA.

Não há dúvida sobre a liderança inconteste da legendária marca no mercado americano, com uma confortavelmente participação acima dos 50%. 

Sua mais próxima concorrente, a Polaris Industries – que fabrica as motocicletas Indian e Victory – tem uma fatia de somente 6%.

É evidente que a legendária marca de Milwaukee está sofrendo uma concorrência forte no mercado norte-americano, responsável por 61% das vendas. 

O melhor ano para a HDMC foi 2006, quando vendeu cerca de 350.000 motocicletas. A grave crise financeira que atingiu o mundo todo logo após, baixou significantemente este número. Em 2015 as vendas totalizaram cerca de 265.000 motocicletas, uma queda de 1,3% sobre os números de 2014. 

Os números de 2016 (até o primeiro trimestre) indicam uma pequena queda nas vendas da Harley-Davidson e um aumento na fatia de mercado das motocicletas produzidas pela Polaris Industries.

Ainda assim a Motor Company é uma empresa saudável e lucrativa, com uma marca icônica e vibrante que continua a gerar um fluxo de caixa respeitável. 

Os analistas financeiros argumentam que há dois aspectos importantes a considerar e que continuam sendo um atrativo para os fundos de private equity:

Motocicletas
A venda de motocicletas novas representa a maior parte da receita de mais de US$ 6 bilhões anuais da Harley-Davidson e o mercado norte-americano é responsável por grande parte deste resultado, ainda que não tenha crescido ultimamente. O mercado asiático, no entanto, tem contemplado crescimento sustentável. Na realidade, é o único mercado que vem mantendo um crescimento constante para a H-D. Desde 2010 os países asiáticos registram um crescimento constante, em média de 9% anuais. Por outro lado, a América Latina que vinha apresentando um crescimento anual acima de 14%, sofreu uma retração de 4% em 2015 – resultado da grave crise política e econômica na região – e deve demorar algum tempo antes de retomar o crescimento. Os demais mercados tem se mantido estáveis.

Serviços Financeiros
A Harley-Davidson Financial Services tem uma carteira de US$7,4 bilhões em financiamentos de curto e longo prazo e gera cerca de US$686 milhões em receita líquida. Teve um crescimento de 4% em 2015. O risco, como em toda empresa que financia bens de consumo, é a inadimplência. Como a política da HDMC é evitar descontos nos preços das motocicletas – prática largamente usada por seus concorrentes – a única opção disponível é aumentar o crédito para seus clientes. A HDFS é a ferramenta perfeita para isto.

No final das contas a Harley-Davidson Motor Company é um alvo precioso para quem tem muita grana para brigar no mercado.  Mas a compra, se ocorrer, será por aquisição hostil, com um elevado custo para o comprador.

O tempo dirá.

sábado, 9 de julho de 2016

Rodando por Curitiba . . .


O dia amanheceu frio (8 graus) mas com o sol mostrando seu esplendor. Dava para sentir que seria um lindo dia de inverno, com aquela temperatura que nos remete para a estrada.

Mas resolvemos curtir Curitiba. Esta é uma cidade muito boa para rodar, especialmente nos fins de semana. Muitas avenidas boas para se andar.

Eu trouxe a Sunshine de Balneário Camboriú na quarta-feira. Peguei uma carona com um amigo de lá, que tinha vindo a Curitiba para uns exames médicos e aproveitei para ir com ele.

Assim, hoje foi o primeiro sábado em Curitiba com nossa Heritage Softail. Com um tempo deste, não há como ficar em casa.

O primeiro passo foi nos dirigirmos para a The One Harley-Davidson, tomar um café e encontrar com os amigos curitibanos. Como sempre, fomos muito bem recebidos, o que já é uma rotina para nós, aqui na República.


Como se aproximava da hora do almoço, fomos conferir o Distrito 1340, um local temático, próximo da The One, que tem quase tudo o que um motociclista precisa. Veja só:



O chope é ótimo, fornecido pela Queen's, uma cervejaria artesanal de Arapongas, PR. Claro, só deu para tomar um (350 ml), pois estávamos de motocicleta!

As opções de hamburger e outros petiscos são bem variadas.


Experimentamos o Super Series, que estava muito saboroso!
O local é muito agradável, fácil estacionamento e um ambiente acolhedor. Vamos voltar lá, é claro!




Depois de almoçarmos, demos uma esticada para saborear uma sobremesa e cumprimentar os amigos do Paraguassu Grelhados. Com um dia muito bonito de sol, o local estava lotado! Mas o atendimento continua excelente.


Foi um sábado muito bom, sem dúvida!

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Harley-Davidson sob investigação por falha em freios ABS


O governo dos EUA está investigando reclamações de harleyros que afirmam que os freios de suas motocicletas H-D tem falhado sem qualquer aviso ou alerta.

A investigação, conduzida pela Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA, na sigla em inglês), está examinando modelos de 430.000 motocicletas Harley-Davidson fabricadas entre 2008 e 2011 e que são equipadas com sistema de freios ABS.

Os pilotos reclamaram que os freios, tanto dianteiro como traseiro, não funcionaram, causando a colisão de uma motocicleta contra o portão de uma garage, entre outros. A NHTSA recebeu 43 reclamações, três relatórios de acidentes e relatórios de ferimentos em dois motociclistas.

A NHTSA diz que é possível que algumas motocicletas tenham tido falha nos freios por não terem substituído o fluído a cada dois anos, como recomenda os manuais publicados pela HDMC e entregues com toda motocicleta nova vendida. 

Segundo a Agência governamental, um fluído de freios fora de validade pode corroer algumas válvulas no sistema ABS, prejudicando seu funcionamento. Ainda que isto tenha acontecido, a Agência considera a falha repentina dos freios como motivo de "preocupação."

A Harley-Davidson divulgou nota nesta sexta-feira, afirmando que está ciente da investigação e que está cooperando com a NHTSA.

DENATRAM decide: Lâmpadas de LED (DRL) podem ser usadas


Na véspera de entrar em vigor, a lei que obriga o uso do farol baixo em rodovias e túneis mesmo durante o dia foi consertada pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O órgão decidiu equiparar LEDs a faróis baixos e, com isso, motoristas de carros mais atualizados não serão multados a partir desta hoje (8/7/2016). 

Por meio da assessoria, a Polícia Rodoviária Federal informou que um ofício circular emitido nesta semana pelo Denatran determina que as luzes diurnas de LED devem ser interpretadas como farol baixo pelos agentes federais, estaduais e municipais de trânsito.

Este tipo de iluminação é o mais usado pela indústria como DRL, do inglês daylight running lamps, ou lâmpadas de circulação diurna - alguns poucos modelos usam outros tipos de lâmpada na função (Fiat 500 e Jeep Renegade são exemplos), mas o LED é mais eficiente por ser, de fato, mais fácil de se visualizar e por consumir menos energia do carro.

Essa intervenção é necessária para fechar uma brecha e está entre as atribuições do Denatran. A lei se tornou polêmica ao ignorar a tecnologia atual de muitos carros de passeio fabricados no Brasil e também importados, que já saem de fábrica seguindo o padrão europeu, pelo qual LEDs se ligam automaticamente durante o dia para aumentar a visibilidade do carro por pedestres e outros motoristas.

Fonte: UOL Carros

terça-feira, 5 de julho de 2016

Harley-Davidson Inc. está sendo vendida? Parece que não!

Evolução das ações da HDMC na NYSE
As ações da Harley-Davidson Motor Company cairam 11,5% nas negociações na Bolsa de Valores de New York, descendo a US$48,00 por ação, quando os rumores de um "take-over" não foram corroborados.

Aparentemente os rumores eram só . . . bem, rumores!

Continua tudo como antes no quartel de Abrantes.

Harley-Davidson Inc. está sendo vendida?

Evolução das ações da HDMC na Bolsa de Valores de New York nos últimos anos.
O mercado de ações nos EUA esteve muito agitado na sexta-feira, 1 de julho, com as ações da Harley-Davidson Motor Company experimentando uma movimentação muito grande e uma valorização inédita de 19,8% em um só dia, alimentando as especulações de que a Motor Company estaria sendo comprada pela empresa de private equity KKR & Co.

Não é a primeira vez que estes boatos surgem.

As ações da HDMC estão em queda desde o final de 2014, depois de ter atingido o pico de US$73,00 por ação negociada na Bolsa de Valores de New York em meados daquele ano.

A H-D está enfrentando um grande desafio com a valorização do dólar perante outras moedas e um aumento muito forte na concorrência, que vem atacando o mercado de motocicletas de grande porte com grandes descontos nos preços.

A estratégia da HDMC é aumentar sua participação no mercado internacional, mas tem sofrido com a valorização do dólar.

Ontem foi feriado nacional nos EUA, pelas comemorações do Dia da Independência e o mercado de ações não operou. Vamos ver como as ações da HDMC se comportam quando o mercado abrir hoje, em Wall Street.

sábado, 2 de julho de 2016

Com uma moto e um sonho

Anna Grechishkina
A frase que segue de guia para a ucraniana Anna Grechishkina é a mesma que ficou famosa ao sair da boca de Martin Luther King em 1963: I have a dream [Eu tenho um sonho]. O dele era que todas as pessoas, independentemente de cor, pudessem viver em harmonia. O dela, viajar o mundo em cima de uma moto e conhecer o máximo de lugares e pessoas que conseguisse, além de levar adiante a mensagem de que sonhos podem se tornar realidade. Tudo isso com pouco dinheiro e esperança das pessoas.

Anna - que há três anos está na estrada - afirma que, apesar de todas as diferenças culturais que encontra nos lugares, as pessoas, independentemente da cultura ou religião, estão dispostas a ajudar e fazem o que podem para viverem felizes, com amor e paz em seus países. “Mais do que conhecer os lugares, eu amo conhecer pessoas e mostrar para elas que essa história de que sonhos não se realizam é mentira. Se uma ideia apenas passou pela sua cabeça, isso é uma prova de que ele pode se tornar realidade”, disse a ucraniana, que está de passagem por Curitiba.

Apesar da aparência tímida, Anna, hoje com 36 anos, deixou Kiev, capital da Ucrânia, no dia 27 de julho de 2013, levando apenas US$ 1 mil e a confiança de que conseguiria dar a volta ao mundo com a ajuda e apoio de quem encontrasse pelo caminho. “Até agora, tenho tido sucesso”, brinca.

Ela, que sempre gostou muito de motos e de viajar, buscou apoio das grandes fabricantes de motocicletas para que patrocinassem a viagem. Demorou um pouco, mas conseguiu apoio da KTM, que, ao saber do seu sonho, entregou as chaves de uma moto novinha para pegar a estrada. A moto virou sua companheira e hoje carrega adesivos de todos os países que visitou - de acordo com Anna, já foram cerca de 25, mas o número deve passar de 60 até o fim da aventura.

De Kiev, Anna seguiu para a Rússia, de onde despachou sua moto de navio rumo à Tailândia e levou um susto: a companheira de viagem demoraria três semanas para chegar. Ela já estava com a passagem comprada para Bangkok e sem lugar definido para ficar - ainda mais por três semanas. “Se tem uma coisa que eu aprendi durante essa viagem é que, de uma forma ou de outra, as coisas sempre dão certo”, afirma.

Um amigo que morava em Kiev participou de uma conferência, onde encontrou a princesa da Tailândia. Resolveu então contar a história de Anna, na expectativa de que ela pudesse ajudá-la a encontrar um lugar para ficar. A resposta foi incrível: a princesa ofereceu o próprio palácio como hospedagem. Ao receber a ligação do amigo, a motoqueira jurou que era mentira. “Ela me recebeu, me emprestou um quarto, colocou um segurança para me proteger e contratou até um cozinheiro particular”, conta, rindo. Ela, que visita escolas e hospitais contando suas aventuras na busca de inspirar as pessoas a seguirem seus sonhos, diz que essa é a história preferida das crianças. “Eu digo para elas: se eu consegui conhecer uma princesa, por que o seu sonho é o impossível?”

Mas não é só de realeza que vive uma aventureira como Anna. Da Tailândia seguiu para Malásia, Singapura e depois Austrália. Chegou na América pelos Estados Unidos e guiou a moto de costa a costa. Seguiu para o México e depois para os países da América Central. Chegou à América do Sul pela Colômbia, passando pelo Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argentina, onde visitou o Ushuaia. Depois, foi para o Uruguai, Paraguai e enfim, ao Brasil. Em quase todos esses lugares Anna se hospedou na casa de amigos, amigos de amigos ou pessoas que conheceu durante a viagem. Ela conta que precisou ficar em hotéis em apenas 10% do tempo.

E o dinheiro?
Uma das perguntas que mais recebe é: “Como você banca tudo isso?”. Anna conta que não é fácil conseguir dinheiro, mas que a internet facilitou as coisas, já que escreve alguns artigos para revistas de motociclistas e recebe um pequeno pagamento pelo aluguel do apartamento que tem na Ucrânia. “Conto muito com os amigos, que sempre conseguem um lugar em que eu possa ficar e isso ajuda muito”, conta.

Uma das pessoas que conheceu enquanto dava uma palestra para crianças no Uruguai foi a sobrinha de Alfredo Mill, uruguaio que vive em Curitiba e está recebendo a ucraniana na cidade. “Ela era professora e me falou que tinha um tio que poderia me receber aqui. É incrível, passei no máximo uma hora com uma pessoa e ela já garantiu que eu teria um lugar pra ficar”, diz.

Alfredo diz que adora receber estrangeiros e fez questão de receber Anna e conhecer a sua história. “Esse mundo não tem mais fronteiras. Quer coisa melhor do que conhecer gente de todo o canto?”, diz ele.

Anna conta que tem um roteiro, mas que se sentir confortável em algum lugar, acaba ficando mais do que tinha planejado. Por isso mesmo que a viagem, que deveria durar dois anos, já passou dos três. E ainda deve continuar por mais um ou dois. Depois de Curitiba, ela vai para São Paulo, Rio de Janeiro e continuar a volta ao mundo na África do Sul. A motoqueira conta que quer voltar à Ucrânia, mas deve continuar viajando. “Depois preciso refazer todo este caminho para rever os amigos que fiz”, brinca.


De alguma forma, Anna, que tem a famosa frase “I have a dream” tatuada no braço, tornou o seu sonho e o de Luther King realidade. Ao seguir cruzando fronteiras em sua moto, ela conseguiu realizar o sonho de conhecer o mundo e empoderar pessoas para que acreditem nos seus próprios desejos. Além disso, sem querer, conseguiu provar que o velho sonho do pastor americano não está morto - muito longe disso. Enquanto houver pessoas dispostas a receber e ajudar as outras como fizeram com Anna, será possível continuar vivendo esse sonho. E, um dia, quem sabe, ele se torne realidade para todos.

Fonte: Gazeta do Povo, Curitiba

sexta-feira, 1 de julho de 2016

O Médico e o Monstro - Versão sobre 4 rodas . . .


Qualquer semelhança com o que se vê nas ruas e estradas, não é coincidência!
E pensar que este desenho já tem 66 anos . . .