"Um navio nunca se entrega ao inimigo e sua bandeira jamais se arria em presença dele. A Honra do Marinheiro o impede."
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Pilotando na Chuva - Dicas de Segurança
Parece que o verão deste ano será com bastante chuva, pelo menos aquí na Região Sul.
Assim sendo, vale a pena rever algumas dicas para enfrentar a chuva:
- Escolha uma roupa de chuva feita com membranas respiráveis, tais como a Gore-Tex, Reissa, Hipora ou material similar. Isto evita transpiração desnecessária.
- Coloque sua roupa de chuva por cima, nunca no fundo do seu alforge.
- Observe o parabrisa dos carros que vem no sentido contrário, para ver se há sinal de chuva adiante.
- Vista sua roupa de chuva antes que comece a chover.
- Use cores brilhantes, para aumentar a sua visibilidade para os outros veículos.
- Coloque sua carteira, celular, chaves, nos bolsos impermeáveis de sua jaqueta.
- Seu parabrisa deve ter a altura suficiente para exergar acima dele e não através dele.
- Impermeabilize o parabrisa com produtos repelente de água, disponíveis na lojas especializadas.
- Use o pisca-alerta em caso de chuva forte ou neblina.
- Aumente a distância para o veículo à sua frente e dê passagem para aquele que estiver muito próximo de você.
- Evite passar sobre poças dágua, pois podem esconder buracos ou detritos.
- Verifique a pressão dos pneus regularmente. Pneus com baixa pressão são mais suscetíveis a hidroplanagem.
- Dê um "toque" no freio traseiro, antes de aplicar os freios para parar ou diminuir a velocidade, para alertar o veículo que estiver atrás.
- Gentilmente aplique os freios periodicamente, para limpar as pastilhas de água, lama ou detritos.
- Cuidado com as pinturas de faixas e outras sinalizações horizontais, pois são escorregadias.
- Quando chegar ao destino, não guarde sua roupa de chuva antes de estarem bem secas.
DIRIJA COM SEGURANÇA E APROVEITE O PASSEIO !
domingo, 14 de dezembro de 2008
Anti-preconceito contra as motos - Dicas de Segurança
Primeiro, as definições:
- Moto é PILOTADA, não DIRIGIDA. Carro a gente dirige. Moto a gente pilota. E isso nada tem a ver com excesso de velocidade ou corridas e rachas.
- Moto: Veículo motorizado de 2 rodas plenamente capaz de circular pelas vias. Técnicamente designada como motocicleta ou motoneta, no CTB (Código de Trânsito Brasileiro – Lei 9503 de 23 de Setembro de 1997).
- Motoqueiro: Pessoa que sabe colocar uma moto em movimento e acha que sabe pilotar.
- Motociclista: Pessoa que sabe pilotar uma moto e pilota com prudência.
- Cachorro-louco: Motoqueiro que anda desrespeitando o maior número possível de leis de trânsito. Raramente pára em um semáforo, sempre está acima do limite de velocidade da via, e muito acima do limite de velocidade segura da moto que está pilotando.
- Motoboy: Pessoa que trabalha no ramo de transporte de mensagens e encomendas. É um trabalhador que usa uma moto como ferramenta de trabalho. Motoboys podem ser Motoqueiros ou Motociclistas, inclusive alguns são Cachorros-Loucos.
- Bandido: Pessoa que subtrai os pertences (ou tenta) de outra pessoa, por meio de intimidação, coação ou violência.
Agora, os fatos:
- Quem pilota moto não necessariamente é motoqueiro.
- Quem pilota moto não necessariamente é motoboy.
- Quem pilota a moto não necessariamente é bandido.
- Quem pilota moto raramente quer morrer (exceto se for Cachorro-louco ou Bandido) .
- Motociclistas trabalham, tem família, e usam a moto para ir e vir, ou passear, da mesma forma que os motoristas fazem com seus carros.
- Bandidos não trabalham, sua renda vem principalmente da subtração dos pertences e dinheiro de outras pessoas.
- Motos são pequenas e rápidas, por isso são muito usadas por bandidos, mas isso não faz com que toda e qualquer pessoa em cima de uma moto seja um bandido.
- Motos tem os mesmos direitos que os carros.
- Motos tem SIM o direito de andar pelos corredores. O Artigo 56 do CTB, que proibia as motos de circular pelos corredores foi VETADO pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso (ver nota, abaixo).
- Motos NÃO são perigosas. Perigosos são os pilotos irresponsáveis e os motoristas irresponsáveis em sua volta.
- Motos devem ser estacionadas a um ângulo de 90 graus (ou próximo disso) em relação a guia. Desta forma, ela ocupará a mesma largura que um carro ocuparia se estivesse lá, com a vantagem de ocupar pouco espaço no comprimento. No espaço de um carro podem estacionar até 6 motos pequenas ou 4 grandes.
- Existem motos de todos os tamanhos e preços, assim como carros. Motos podem estar em perfeito estado de funcionamento e conservação, ou quebradas, ou com problemas mecânicos, assim como carros. Motos exigem manutenção, assim como carros. Motos quebram, assim como carros. Motos são duráveis e boas, assim como carros.
Agora, as dicas:
- Procure não chamar qualquer pessoa que usa uma moto de Motoqueiro. Você pode acabar ofendendo esta pessoa.
- Procure não demonstrar pena, raiva, ódio, ira ou preocupação ao saber que alguém de seu meio usa uma moto. Isso não faz sentido. Se for uma boa pessoa sobre os dois pés, será também sobre uma moto.
- Procure não falar sobre os perigos de andar de moto. Acredite, ele ouve isso o tempo todo, já está cansado de tanta perseguição e provavelmente ele nem se importa com a sua opinião sobre isso.
- Procure não fechar uma moto no trânsito, da mesma forma como não faria se fosse um carro.
- Procure manter o corredor entre a primeira e a segunda faixas da esquerda livre para que as motos passem. Você está de carro e já está preso no transito, não há o que fazer a não ser esperar, seja paciente. Fechar o corredor não vai fazer o transito andar mais rápido. Pelo contrário, acabará por piorar a situação.
- Se você precisar trocar de faixas com seu carro, olhe no retrovisor antes, para ver se vem vindo uma moto. Se vier, aguarde que a moto passe antes de trocar de faixa. Dê a seta para sinalizar a sua intenção. Quando for trocar, faça-o rapidamente, evite demorar e ficar entre uma faixa e outra. As motos se aproximam muito rapidamente. Lembre-se da dica número 5 – Mantenha o corredor livre.
- Em auto-estradas e rodovias, motos podem andar na mesma velocidade dos carros. Motos não precisam costurar os carros para fazer ultrapassagens. Se uma moto pedir passagem, dê. Não espere que ela desista e o ultrapasse pela direita, afinal, isso é proibido de acordo com o CTB.
- Se uma pessoa de moto bater em seu carro, ela deve pagar seu prejuízo. Você tem todo o direito de anotar a placa e procurar uma delegacia. Se você danificar uma moto, o proprietário também tem o direito de procurar uma delegacia e exigir ressarcimento. Não resolva nenhum problema deste tipo na rua. A polícia existe para isso.
- Se você derrubar uma pessoa em uma moto, ou se uma moto simplesmente aparecer e bater em seu carro, PARE E PRESTE O SOCORRO. Por pior que seja a situação, ainda é melhor do que fugir sem prestar socorro. Sua obrigação é prestar socorro em qualquer situação, e não apenas quando você é o errado na história. Se preciso, peça ajuda a outros motoristas. Eles também são obrigados a ajudar, e se eles se omitirem, anote a placa e denuncie.
Nota:
Redação original do artigo 56 do CTB, vetado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso:
"Art. 56. É proibida ao condutor de motocicletas, motonetas e ciclomotores a passagem entre veículos de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos de fila adjacente a ela."
Razões do veto: "Ao proibir o condutor de motocicletas e motonetas a passagem entre veículos de filas adjacentes, o dispositivo restringe sobre maneira a utilização desse tipo de veículo que, em todo o mundo, é largamente utilizado como forma de garantir maior agilidade de deslocamento.
Ademais, a segurança dos motoristas está, em maior escala, relacionada aos quesitos de velocidade, de prudência e de utilização dos equipamentos de segurança obrigatórios, os quais encontram no Código limitações e padrões rígidos para todos os tipos de veículos motorizados.”
(Texto original de autoria de Simone Barreto, do MG Aranhas do Asfalto, de Camaçari, BA)
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Leptospirose
Com as enchentes, o perigo de se contrair a leptospirose é muito grande.
O texto abaixo foi encontrado no site da Universidade Federal do Rio de Janeiro. http://www.cives.ufrj.br/informacao/leptospirose/lep-iv.html
Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans. É uma zoonose (doença de animais) que ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões polares. Em seres humanos, ocorre em pessoas de todas as idades e em ambos os sexos. Na maioria (90%) dos casos de leptospirose a evolução é benigna.
Transmissão
A leptospirose é primariamente uma zoonose. Acomete roedores e outros mamíferos silvestres e é um problema veterinário relevante, atingindo animais domésticos (cães, gatos) e outros de importância econômica (bois, cavalos, porcos, cabras, ovelhas). Esses animais, mesmo quando vacinados, podem tornar-se portadores assintomáticos e eliminar a L. interrogans junto com a urina.
O rato de esgoto é o principal responsável pela infecção humana, em razão de existir em grande número e da proximidade com seres humanos. A L. interrogans multiplica-se nos rins desses animais sem causar danos, e é eliminada pela urina, às vezes por toda a vida do animal. O homem é infectado casual e transitoriamente, e não tem importância como transmissor da doença. A transmissão de uma pessoa para outra é muito pouco provável.
A L. interrogans penetra através da pele e de mucosas (olhos, nariz, boca) ou através da ingestão de água e alimentos contaminados. A presença de pequenos ferimentos na pele facilita a penetração, que pode ocorrer também através da pele íntegra, quando a exposição é prolongada.
Riscos
No Brasil, como em outros países em desenvolvimento, a maioria das infecções ocorre através do contato com águas de enchentes contaminadas por urina de ratos.
A infecção também pode ser adquirida através da ingestão de água e alimentos contaminados com urina de ratos ou por meio de contato com urina de animais de estimação (cães, gatos), mesmo quando esses são vacinados.
Medidas de proteção individual
Recomenda-se que se adote as medidas de proteção contra doenças adquiridas através do contato com a água e da ingestão de água e alimentos. O risco de adquirir leptospirose pode ser reduzido evitando-se o contato ou ingestão de água que possa estar contaminada com urina de animais. Deve ser utilizada apenas água tratada (clorada) como bebida e para a higiene pessoal.
Bebidas como água mineral, refrigerantes e cervejas não devem ser ingeridas diretamente de latas ou garrafas, sem que essas sejam lavadas adequadamente (risco de contaminação com urina de rato). Deve ser utilizado um copo limpo ou canudo plástico protegido. Em caso de inundações, deve ser evitada a exposição desnecessária à água ou à lama. Pessoas que irão se expor ao contato com água e terrenos alagados devem utilizar roupas e calçados impermeáveis.
Recomendações para áreas com risco de transmissão
Quando ocorrem inundações, deve ser evitado contato desnecessário com a água e com a lama. Se a residência for inundada, deve-se desligar a rede de eletricidade para evitar acidentes. O mesmo cuidado deve ser observado após inundações, antes do início da limpeza domiciliar, que deve ser feita com o uso de calçados e luvas impermeáveis. Quando há suspeita de contaminação da rede de água, a companhia responsável pela distribuição deve ser notificada. Nessas circunstâncias, a água deve ser fervida ou tratada com cloro. O mesmos cuidados devem ser adotados quando a água é proveniente de poços.
Empregar hipoclorito de sódio a 2-2,5% (água sanitária), segundo as recomendações do fabricante, para limpeza de locais onde são criados animais de estimação.
domingo, 30 de novembro de 2008
Desastre em Santa Catarina (4)
Polícia Militar coordena a maior operação aérea de defesa civil da história do Brasil
A Polícia Militar de Santa Catarina coordena a maior operação aérea de defesa civil da história do Brasil, com 19 helicópteros e 91 homens.
Missões de resgate de flagelados da chuva que destruiu várias cidades em Santa Catarina e o transporte de alimentos e roupas são cumpridas em 19 helicópteros, com um efetivo de 91 pilotos e tripulantes, além das aeronaves da Aeronáutica e do Exército.
— Não há registro de outra operação que tenha reunido tantos helicópteros para participar de um evento como o verificado esta semana, e que deve perdurar por mais algumas — disse o comandante do Batalhão de Aviação da Polícia Militar (BAPM), tenente-coronel Milton Kern Pinto, coordenador das operações aéreas da Defesa Civil Estadual.
Os vôos continuam se concentrando na região do Parque Ecológico do Baú, área cercada de morros na divisa dos municípios de Luis Alves e Ilhota, no Vale do Itajaí, onde muitas pessoas morreram soterradas e centenas de desabrigados foram resgatados pelas aeronaves.
sábado, 29 de novembro de 2008
Desastre em Santa Catarina (3)
Epagri/Ciram testa sistema que prevê inundações
Santa Catarina já tem operando, em modo piloto na bacia do Rio Araranguá, um sistema de monitoramento que possibilita prever com três dias de antecedência o nível do rio. Ou seja, as enchentes poderiam ser previstas três dias antes, possibilitando a emissão de alertas em tempo hábil para que autoridades e moradores tomassem as providências necessárias para evitar mortes e maiores prejuízos.
O projeto, denominado “Modelagem Hidrológica na Bacia do Araranguá” é desenvolvido pelo Recursos Hídricos da Epagri/Ciram.
O sistema consiste em um software produzido oir uma organização de agricultores dos Estados Unidos, que combina uma série de variáveis para prever o comportamento de rios.
Para fazer tal previsão é preciso que o programa esteja alimentado com diversas informações, como as condições de uso e ocupação do solo, relevo do terreno, tipo de solo e dados climatológicos. Depois começam os testes até que o sistema passe a reproduzir parcialmente a realidade.Também é necessário contar com uma rede de estações hidrológicas que possa alimentar o sistema com as informações coletadas diariamente.
Só na bacia do Araranguá a Epagri/Ciram conta com 35 unidades destas estações, que foram construídas com tecnologia desenvolvida na própria empresa. A relação entre o índice de chuvas e as cheias dos rios não é tão simples como se pode imaginar.
Além das chuvas, a vazão do rio é influenciada por outros fatores, entre eles o tipo e o uso que é dado ao solo nas regiões ribeirinhas. O que o sistema faz é combinar todas essas variáveis de forma a montar um modelo do comportamento esperado do rio nas diversas situações climáticas.
Além de possibilitar a emissão de alertas para cheias com mais precisão, o sistema traz a grande vantagem de possibilitar o planejamento de gestão ambiental. Ou seja, vai permitir aos pesquisadores conhecer que tipo de uso e ocupação deve ser dada ao solo para evitar as enchentes e, conseqüentemente, tragédias como a que assolou o estado de Santa Catarina.
Epagri/Ciram: http://ciram.epagri.rct-sc.br/portal/website/
Desastre em Santa Catarina (2)
Segundo os meteorologistas do EPAGRI-CIRAM (http://ciram.epagri.rct-sc.br/portal/website/), as fortes chuvas que afetaram o Estado de Santa Catarina foram geradas pelo encontro de duas massas de ar: uma fria vinda do oceano e outra quente formada no continente. Além disso, ventos intensos soprando do mar aumentaram a umidade das nuvens, que já estavam carregadas.
Segundo Maria Elisa Siqueira da Silva, professora de climatologia da Universidade de São Paulo (USP), o sistema que causou as chuvas em Santa Catarina ficou estacionado na região, provocando a convergência das precipitações no Estado. Para a professora, a permanência do sistema sobre o Atlântico Sul, sem movimentação, foi o fator de maior agrave para intensidade das chuvas.
O Estado de Santa Catarina tem um relevo elevado, montanhoso, o que pode ter contribuído para o aumento da umidade. “O relevo de maior altitude provoca a ascensão do ar, carregando a umidade para as nuvens”, comenta Maria Elisa. Ela também afirma que regiões de encosta são “naturalmente desprivilegiadas com chuva forte”, já que o solo encharca e tende a ceder.
“As pessoas e os órgãos de planejamento dão pouca importância para as pessoas que estão nas encostas, não há planejamentos para a ocupação dessas áreas”, diz a professora.
Ela também lembra que os vales são um tipo de relevo que favorece alagamentos. “A região de vale é mais propensa aos alagamentos se não houver um plano de escoamento de água. Nas cidades localizadas nessas regiões, é interessante que a sociedade, os políticos, se organizem para melhorar o planejamento sobre escoamento das águas”, aconselha.
Além disso, Maria Elisa lembra que a pavimentação das ruas das cidades impede a penetração da água nos solo, o que já contribui para as enchentes.
A professora ressalta, no entanto, que o relevo não justifica, sozinho, as chuvas intensas que tem provocado estragos em Santa Catarina.
De acordo com a Climatempo, Florianópolis registrou 550 milímetros de chuva, quando a média para este período do ano é de 130.
Em Indaial, no Vale do Itajaí, foram 520 milímetros, a média é de 120.
Entre as 10h da manhã do domingo (23) e as 10h da segunda (24) foram registrados 105 milímetros na cidade de Indaial. “Um volume de chuvas muito grande, para um curto período de tempo”, afirmou a meteorologista Patrícia Madeira.
Especialistas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da USP começam a realizar estudos e avaliações nos solos do Estado, principalmente no Vale do Itajaí, a partir de 2/12/2008.
Desastre em Santa Catarina
Muito da tragédia que está ocorrendo em Blumenau é resultado das enchentes de 1983 e 1984.
Explico: as pessoas que foram atingidas pelas águas naqueles anos, procuraram se mudar para as partes mais altas e a cidade cresceu para cima das encostas.
Tudo bem se não tivesse ocorrido este fenômeno incomum de 2008. Ao contrário de Itajaí, em Blumenau o problema maior não foi tanto de enchente e sim de deslizamento de encostas.
A tragédia começou muitos meses atrás. Na realidade o litoral norte e Vale do Itajaí começaram a receber muita água desde Agosto.
Nestes meses todos, os volumes de precipitação bateram todos os recordes anteriores, algumas vezes chegando a dobrar a quantidade, em milímetros, observada num determinado mês. Em Novembro foram mais de 900 mm, quando o normal é 115 mm.
O solo foi se encharcando, a capacidade de absorver a água foi diminuindo.
A combinação de uma massa muito grande de ar úmido, vindo da Amazônia e passando pelo Centro-oeste, com um ciclone extratropical no Atlântico, com ventos fortes de leste, criou as condições para o desastre.
Começou a chover forte na segunda-feira, dia 17 e continuou quase sem parar. Já na quarta-feira a correnteza do rio Itajaí-açu tinha atingido 5 nós (8 km/h) e as autoridades fecharam o acesso ao Complexo Portuário do Itajaí-açu. Só se permitiu a saída dos navios que se encontravam no porto, assim mesmo no estôfo da maré, quando a velocidade da corrente diminuía para 3 nós (5,4 km.h).
Na sexta-feira à noite a tragédia mandou o aviso de chegada: o nível do rio Itajaí-açu, em Blumenau, chegou a 8 metros (o normal é entre 2,80 e 3 m).
A Defesa Civil deu alerta de emergência para a região e começaram a preparar os abrigos tradicionais para receber as pessoas (colégios, quartéis, etc.). O ápice chegou no domingo dia 23, à noite, quando o nível do rio atingiu 11,5 m.
Vejam que não foi tão alto; nas enchentes de 83 e 84 o nível chegou a quase 16 m.
Algumas áreas mais baixas de Blumenau já ficam alagadas quando o nível passa dos 8,50 m.
No site da prefeitura tem uma relação de ruas e avenidas com o nível indicativo de alagamento.
A situação em Itajaí, por outro lado, foi o resultado de uma combinação malvada do rio Itajaí-açu e do rio Itajaí-mirim, que se encontram na cidade.
O volume de água do Itajaí-açu, mais alto, não permitiu o escoamento do Itajaí-mirim. Na realidade fez o papel de represa.
Itajaí inundou, com águas chegando a 9 m de altura em relação às ruas, em alguns pontos.
É interessante ver este fenômeno: em Itajaí, 90% da cidade ficou alagada. Do outro lado do rio Itajaí-açu, na cidade de Navegantes, sem alagamento expressivo.
O sistema que criou toda esta desgraça, ainda não se desfez de todo. A alta pressão continua no Atlântico, os ventos permanecem de leste e a humidade continua alta, favorecendo mais chuvas.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Risco de Apagão Energético?
Mais de 90% do petróleo produzido no Brasil vem das plataformas da Bacia de Campos.
Aí está nosso "calcanhar de Aquiles" energético. Se sofrermos um ataque terrorista na Bacia de Campos, podemos ter um "apagão" energético de grande monta.
É preocupante o depoimento do Comandante da Marinha, sobre o assunto:
Comandante da Marinha alerta para precariedade de frota.
Responsável pelos 4,5 milhões de quilômetros quadrados de águas jurisdicionais brasileiras, o comandante da Marinha, almirante Julio de Moura Neto, teme pela segurança das plataformas de petróleo na Bacia de Campos.
Em entrevista a Zero Hora, o almirante admitiu a falta de embarcações para proteger as plataformas, defendeu a duplicação da frota de navios-patrulha e a compra de submarinos franceses como soluções emergenciais.
– O governo tem plena consciência da necessidade da presença da Marinha junto às plataformas de petróleo.
Ele não considera que as plataformas brasileiras estejam vulneráveis. Contudo, diz que para garantir a segurança desses pontos é necessário que a Marinha faça vigilância permanente dos locais, o que não tem ocorrido.
O almirante não acredita que esteja ocorrendo uma possível corrida armamentista na América do Sul, fato que chegou a ser ventilado depois da passagem da 4ª Frota americana pela região. Ele diz que cada país está cuidando para ter os meios de que necessita para cumprir sua missão.
– A política de defesa brasileira é de dissuasão. Como não temos inimigos claros e definidos, temos de mostrar capacidade de nos defender – afirma.
A postura do Alte. Julio de Moura Neto não é alarmista, mas preocupa.
Decisões de repotenciar a Força Naval levam anos para tornar-se realidade. Ou seja, se decidirmos construir mais navios para aumentar a presença Naval nas águas jurisdicionais brasileiras, alguns anos se passarão antes de ter o primeiro navio patrulhando a Bacia de Campos e protegendo nossas preciosas plataformas.
Lembrem-se do atraso que sofreu nossos planos de auto-suficiência de petróleo, atrasados vários anos em função do naufrágio de uma plataforma de produção.
É um risco que deveríamos eliminar ou minimizar.
sábado, 22 de novembro de 2008
E a tradição é mantida
Minha família tem motociclismo no DNA. Meu pai foi Harleyro desde os anos 30. Eu comecei andando de Lambretta no início dos anos 60, progredí para CB 50, CB 125, CB 400, 750, 350 Trail, CBX 750 e Harley Softail Deluxe. Atualmente piloto uma belíssima Harley-Davidson Ultra Classic Electra Glide. Tenho, também, uma preciosidade: uma Honda CB750 F ( a famosa sete-galo), de 1976. Meu irmão, Adilson, começou mais tarde, mas também gosta muito da motocicleta que tem. Meu filho Marcus começou aos 15 anos, na Niterói onde ainda vive com a família, numa Honda 125 Trail. Depois vieram as Hondas 350 Trail, CB 400, Yamaha RD 350, Honda CBX 750, Yamaha DragStar 650 e, finalmente, uma Harley-Davidson Fat Boy, recentemente adquirida. Meu neto, Kiko, já começa a demonstrar o gosto por veículos de duas rodas, como bem demonstra a foto ao lado. Ele fica muito feliz quando o colocamos sentado numa motocicleta e adora andar com seu velocípede que imita uma moto. Inclusive, tem a mania de estacionar seu velocípede ao lado da motocicleta do pai (na foto, uma Yamaha DragStar).
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
O Brasil que estamos construíndo (2)
O cidadão brasileiro (ou qualquer residente no nosso país) sustenta a segunda maior carga tributária do mundo.
Um profissional assalariado, hoje, trabalha 5 meses por ano só para pagar impostos.
Mesmo assim, o governo não tem dinheiro para investimentos ou para custeio.
Não há verba suficiente para a Saúde (querem de volta o famigerado CPMF).
Não há verba suficiente para a Educação (uma dos mais baixos investimentos em pesquisa).
Não há verba para infra-estrutura (estradas, portos e aeroportos à beira do caos).
Não há verba para a Defesa (as Forças Armadas estão em frangalhos).
Não há verba para Segurança (quem for policial, sabe do que eu estou falando).
Mas há verba, sim senhor, para Banco do Brasil (uma estatal federal) comprar a Nossa Caixa (uma estatal estadual) por R$7,6 bilhões, com um ágio de 37,6%.
Isto mesmo, de acordo com a cotação na Bolsa de Valores (BOVESPA), a Nossa Caixa valia exatos R$5.52 bilhões.
Ou seja, o governo federal, que não tem recursos para custear o que é de sua responsabilidade (com impostos pagos por todos os brasileiros), dá de presente R$2,1 bilhões para o estado mais rico da Federação.
Traduzindo: reforma tributária do governo Lula é assim; tira de onde não tem, para dar a quem tem mais.
O presidente De Gaulle estava certo.
O Brasil que estamos construíndo
Uma das grandes vantagens que sempre alardeamos sobre o nosso país foi a capacidade de convivência pacífica do nosso povo.
Sendo um país de imigrantes, seria natural que cada um se identificasse com suas origens, como se verifica em países como os Estados Unidos. Lá, um descendente de imigrantes irlandeses se identifica como irlandês, mesmo que sua família já esteja no país há várias gerações.
Aqui no Brasil, sempre foi o contrário. Filhos de imigrantes se apresentam, sempre, como brasileiros e com muito orgulho!
Agora, cada vez mais, vemos um movimento para criar um conflito racial entre nós. E a recente decisão da Câmara Federal joga mais lenha nesta fogueira ilógica e desnecessária.
Se isto continuar, em pouco tempo deixaremos de ser brasileiros para sermos "negros", "índios", "portugueses", "italianos", "alemães", "poloneses", etc, etc, perdendo uma das grandes virtudes que temos.
Tenho certeza, absoluta, que isto não reflete o desejo do nosso povo. Mas alguém se preocupa em consultar a população, através de um plebiscito, para saber se queremos ser rotulados?
Não, os políticos não se preocupam com a vontade do povo, só em angariar dividendos para continuar com suas ações perversas e criminosas (na grande maioria das vezes, infelizmente).
O artigo abaixo, postado no blog do Reinaldo Azevedo, retrata de forma clara, os erros que continuamos a cometer, neste Brasil que deixaremos para nossos filhos e netos.
COTAS – QUE O SENADO RESISTA À LEGALIZAÇÃO DO ÓDIO RACISTA E DE CLASSE
(do blog de Reinaldo Azevedo - http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/)
Numa decisão estúpida, pautada pela demagogia mais rasteira e pela ignorância, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem o projeto que estabelece cotas de 50% das vagas nas universidades e escolas técnicas e de ensino médio federais para estudantes oriundos das escolas públicas. Dentro desses 50%, terão de ser reservadas as vagas para negros, pardos e índios na proporção da população de cada estado. Mais: metade dessa metade terá de ser preenchida por estudantes cujas famílias tenham renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio. “O Dia da Consciência Negra contribuiu para que eu tivesse a iniciativa de colocar essa matéria em pauta", disse o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), orgulhoso da besteira que fez. Trata-se de um esforço para legalizar no país o racismo e o ódio de classe. Que os senadores pensem bem no que têm em mãos.
Se as cotas, na forma em que vigoram hoje, já são instrumentos óbvios de injustiça intelectual – e não é na universidade que se resolve a tal “injustiça social” - , aprovado este projeto e implementado, estará instituído, aí sim, em escala monumental, um claro instrumento de discriminação do estudante mais competente em benefício do mais pobre. Saiu hoje o resultado do Enem: o desempenho médio dos estudantes não chega a 42%. Uma tragédia, como vemos. E como é que esses gênios do racismo e do ódio pretendem resolver a questão? Melhorando a escola pública? Não! Eles preferem piorar a já combalida universidade brasileira. É um descalabro.
domingo, 16 de novembro de 2008
Uma vez motociclista, sempre motociclista.
Muito divertido, este comercial.
Mas acho que também transmite uma mensagem de otimismo. Mesmo quando temos certas limitações, sempre podemos ser criativos e, com ajuda da pessoa certa, atingir nossos objetivos.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Estratégias de Pilotagem
Quando estamos na estrada, especialmente à noite, existem vários indícios que podem nos auxiliar na tarefa de cumprir uma viagem tranquila e segura.
- Reflexo nos olhos - Os olhos dos animais refletem a luz dos faróis. Quando pilotando à noite, preste atenção aos dois lados da estrada e ajuste a velocidade se notar algum reflexo. O comportamento de animais é imprevisível.
- Luzes com movimentos verticais - Ao ver as luzes dos veículos que vem na direção contrária à sua ou a lanterna dos veículos à sua frente fazendo movimentos verticais, isto pode ser uma indicação de "lombada" ou buracos/depressão na pista.
- Veículos parados - Fique sempre atento a veículos parados no acostamento, especialmente se estiverem aguardando para cruzar a pista. Parta do princípio de que eles entrarão na pista abruptamente e reduza a velocidade, permitindo uma frenagem segura, caso necessário.
- Cruzamentos - A maioria dos acidentes com motocicletas ocorrem em cruzamentos. Veículos, pedestres, tráfego intenso, distrações visuais, conspiram para tornar os cruzamentos no maior perigo para motocicletas.
- Animais - Quando trafegando em regiões rurais, o cuidado deve ser redobrado, por causa do perigo de animais na pista. A passagem por centros urbanos mais humildes também exigem maior atenção, por causa de cães soltos na rua.
- Fissuras na pista - As fissuras que surgem na pista, principalmente nos pavimentos de concreto, são preenchidos com pixe ou alcatrão, altamente escorregadios, especialmente nos dias quentes de verão ou quando chove. Diminua a velocidade, principalmente quando for efetuar curvas pronunciadas.
domingo, 9 de novembro de 2008
Estradas Catarinenses (2)
Mais uma vez as estradas de Santa Catarina recebem um destaque negativo na mídia.
A pesquisa Saúde Brasil 2007, publicada quinta-feira, 6 de Novembro, foi divulgada, com números colhidos e analisados até 2005. Portanto com 3 anos de defasagem.
Mas o números são incontestáveis, mesmo assim.
As mortes por acidentes de trânsito, no Brasil, cresceram de 29,7 para 32,7 óbitos para cada grupo de 100.000 habitantes. Em 2006 forma 35.155 mortes. Um "Vietnam brasileiro".
O Estado de Santa Catarina teve o pior desempenho proporcional à sua população fixa, com 31,7 mortes/100.000 habitantes.
Santa Catarina é um Estado com população relativamente pequena. Menos de 6 milhões de habitantes.
Mas é o maior destino turístico do Brasil e passagem obrigatória para todo o tráfego rodoviário ligando a Argentina, Uruguai e o Rio Grande do Sul ao resto do país.
E, o que é pior, as principais rodovias que cruzam o Estado são federais.
A BR-101, que já foi chamada de "estrada da morte" no trecho catarinese, foi implantada no final dos anos 60 e início dos anos 70, e é uma das principais rodovias longitudinais do país. Ligará Touros (RN) a Rio Grande (RS), com 4.551 quilômetros de extensão ao longo da costa brasileira, se e quando for concluída.
Com o crescimento econômico do país e o conseqüente aumento da frota nacional de veículos nos últimos 30 anos, a rodovia tornou-se obsoleta. No seu trecho Sul, que liga Curitiba a Porto Alegre, ela foi projetada para um tráfego de 7 mil veículos por dia. Atualmente, segundo dados do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), trafegam pela estrada diariamente oito mil caminhões, centenas de ônibus e cerca de 20 a 40 mil veículos de menor porte.
Os primeiros estudos de viabilidade da duplicação da BR-101 Sul, começaram a ser elaborados em 1994. Até hoje, 14 anos depois, a duplicação termina em Palhoça, na região de Florianópolis. A duplicação do trecho entre Palhoça (SC) e Osório (RS) continua em ritmo lento, com previsão de conclusão para o final de 2010. Serão 16 anos, se ficar pronta.
Por outro lado, a BR-116, que liga Curitiba a Porto Alegre, via serra gaúcha, ainda não foi duplicada.
Além dessas duas rodovias federais no sentido norte-sul, várias BRs cruzam Santa Catarina no sentido leste-oeste, também com tráfego intenso e sem duplicação.
Como tem sido marca registrada do governo federal nos últimos seis anos, a infraestrutura terreste (sem falar na aérea e marítima) estava no total abandono, até que, finalmente no final de 2007 algumas rodovidas foram privatizadas. Entre elas, a BR-101 e a BR-116 nos trechos que passam por SC.
Ainda não pagamos pedágio (que devem começar a ser cobrado no final do ano), mas já se nota uma melhora considerável na qualidade da pavimentação e na melhoria de sinalização horizontal e vertical.
Infelizmente os engenheiros de tráfego, no nosso país, parecem ser excelentes pintores abstracionistas. Quem planeja curvas fechadas de quase 90 graus numa autopista só pode estar vivendo em outro mundo. Ou que faz o traçado das rodovias passando por áreas urbanas de grande concentração populacional, com sinalização altamente precárias.
A grande maioria dos acidentes nas estradas catarinenses acontecem nos trechos urbanos da BRs. E esses engenheiros e técnicos acreditam, piamente, que placas do tipo "Reduza Velocidade", "Passagem de Pedestres", vão diminuir estes acidentes.
É, eles devem acreditar em Papai Noel e no Coelhinho da Páscoa, também.
(veja minha postagem sobre o assunto, com o mesmo título, em 24 de Abril de 2008)
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Os mares por onde naveguei - 5a. Parte
Para se ter uma idéia do que é estar sob tormenta, no meio do oceano, mostro algumas fotografias representativas.
Nenhuma delas foi tirada por mim. Infelizmente meu acervo fotográfico foi quase todo perdido e poucas fotos foram possíveis de recuperação.
As fotos abaixo são recentes.
A Marinha é uma carreira estimulante, para se dizer o mínimo.
sábado, 1 de novembro de 2008
Os mares por onde naveguei - 4a. Parte
Depois de terminar o estágio prático em linha, com duração de seis meses na rota para os Estados Unidos, fui nomeado para o S/S "Lóide Brasil", em Agosto de 1967 (puxa, ninguém acredita que foi há tanto tempo, não é mesmo?).
O "Lóide Brasil" era um dos navios de uma classe de 20, encomendados aos estaleiros Ingalls Shipbuilding Corporation, Pascagoula, Mississipi, Estados Unidos e Canadian Vickers Ltd, Montreal, Quebec, Canadá, no final da Segunda Guerra Mundial.
Coincidentemente o primeiro navio da classe, o "Lóide América" tinha tido seu batimento de quilha no dia em que lançaram a bomba atômica em Hiroshima. Daí, esta classe ficou conhecida como "Bomba" e todos os chamavam de "Bombas do Lóide".
Eram navios excepcionais. Todo em aço (inclusive os móveis), eram equipados com os mais modernos recursos de navegação eletrônica da década (agulha giroscópica, radio-goniômetro de precisão, telêmetro, ecobatímetro, radar de navegação), além de recursos avançados para o cuidado da carga transportada em seus porões: o sistema "Cargocare", que permitia o controle da umidade do ar, garantindo o transporte seguro do nosso maior produto de exportação da época, o café em grãos.
Sua propulsão era gerada por duas potentes turbinas a vapor General Electric de 6.600 shp, acopladas a um conjunto de eixo/hélice de 4 pás, que permitiam uma velocidade média acima de 18 nós (nó = um milha marítima/hora) ou 33 km/h. Esta velocidade era bem significativa, então, e continua a ser uma excelente velocidade, hoje em dia.
Neste navio eu serví sob as ordens de dois grandes Comandantes: o Capitão-de-Longo-Curso Constantino Kaili e o Capitão-de-Longo-Curso Benedito Paes Dias Pantoja.
O Comandante Kaili era nosso comandante quando, em Setembro de 1967, o furacão Beulah, de categoria 5, nos atingiu quando passávamos entre a Jamaica e Cuba, a caminho do Golfo do México, em rota para New Orleans, nos Estados Unidos.
O Beulah foi o segundo furacão da temporada de 1967 e o único que atingiu categoria 5, naquele ano. http://en.wikipedia.org/wiki/Hurricane_Beulah Com ventos de até 160 milhas/hora (260 km/h), o Beulah causou grandes estragos nas ilhas do Caribe, causando a morte de 58 pessoas e prejuízos de US$ 217 milhões (o equivalente a US$ 1.3 bilhões, em valores de hoje).
Foi uma experiência muito importante, no início da minha carreira naval. Sob a liderança de um grande capitão, a tripulação enfrentou os quase 5 dias de tormenta como uma verdadeira equipe, bem treinada. As avarias no navio, ainda que tenham causado algum dano à carga (especialmente nas sacas de café estivadas no porão 2), foram de pequena monta, considerando-se a violência do furacão. Lembro-me de termos registrado, no anemômetro, rajadas de até 130 milhas por hora (210 km/h), no hemisfério norte do furacão.
A tranquilidade com a qual o Comandante Kaili reagia e nos dava as ordens para as manobras necessárias, foram marcantes, para mim. Claro que eu não tive qualquer temor, pois com apenas 21 anos eu me considerava imortal (como é característico da idade, acho).
Mas esta tormenta e a forma como o Comandante Kaili conduziu o navio e sua tripulação foram fundamentais para minha formação marinheira.
No final daquele ano o comando do "Lóide Brasil" passou para o Comandante Benedito Paes Dias Pantoja e fomos transferidos para a rota da Europa. Além do rigor do inverno de 1968 e uma violenta tormenta no Golfo dos Leões, no Mediterrâneo, o resto da minha comissão neste navio transcorreu sem novidades. Aí, entretanto, teve início uma longa amizade entre eu e o Comte. Pantoja, que continua até hoje.
O "Lóide Brasil" era um dos navios de uma classe de 20, encomendados aos estaleiros Ingalls Shipbuilding Corporation, Pascagoula, Mississipi, Estados Unidos e Canadian Vickers Ltd, Montreal, Quebec, Canadá, no final da Segunda Guerra Mundial.
Coincidentemente o primeiro navio da classe, o "Lóide América" tinha tido seu batimento de quilha no dia em que lançaram a bomba atômica em Hiroshima. Daí, esta classe ficou conhecida como "Bomba" e todos os chamavam de "Bombas do Lóide".
Eram navios excepcionais. Todo em aço (inclusive os móveis), eram equipados com os mais modernos recursos de navegação eletrônica da década (agulha giroscópica, radio-goniômetro de precisão, telêmetro, ecobatímetro, radar de navegação), além de recursos avançados para o cuidado da carga transportada em seus porões: o sistema "Cargocare", que permitia o controle da umidade do ar, garantindo o transporte seguro do nosso maior produto de exportação da época, o café em grãos.
Sua propulsão era gerada por duas potentes turbinas a vapor General Electric de 6.600 shp, acopladas a um conjunto de eixo/hélice de 4 pás, que permitiam uma velocidade média acima de 18 nós (nó = um milha marítima/hora) ou 33 km/h. Esta velocidade era bem significativa, então, e continua a ser uma excelente velocidade, hoje em dia.
Neste navio eu serví sob as ordens de dois grandes Comandantes: o Capitão-de-Longo-Curso Constantino Kaili e o Capitão-de-Longo-Curso Benedito Paes Dias Pantoja.
O Comandante Kaili era nosso comandante quando, em Setembro de 1967, o furacão Beulah, de categoria 5, nos atingiu quando passávamos entre a Jamaica e Cuba, a caminho do Golfo do México, em rota para New Orleans, nos Estados Unidos.
O Beulah foi o segundo furacão da temporada de 1967 e o único que atingiu categoria 5, naquele ano. http://en.wikipedia.org/wiki/Hurricane_Beulah Com ventos de até 160 milhas/hora (260 km/h), o Beulah causou grandes estragos nas ilhas do Caribe, causando a morte de 58 pessoas e prejuízos de US$ 217 milhões (o equivalente a US$ 1.3 bilhões, em valores de hoje).
Foi uma experiência muito importante, no início da minha carreira naval. Sob a liderança de um grande capitão, a tripulação enfrentou os quase 5 dias de tormenta como uma verdadeira equipe, bem treinada. As avarias no navio, ainda que tenham causado algum dano à carga (especialmente nas sacas de café estivadas no porão 2), foram de pequena monta, considerando-se a violência do furacão. Lembro-me de termos registrado, no anemômetro, rajadas de até 130 milhas por hora (210 km/h), no hemisfério norte do furacão.
A tranquilidade com a qual o Comandante Kaili reagia e nos dava as ordens para as manobras necessárias, foram marcantes, para mim. Claro que eu não tive qualquer temor, pois com apenas 21 anos eu me considerava imortal (como é característico da idade, acho).
Mas esta tormenta e a forma como o Comandante Kaili conduziu o navio e sua tripulação foram fundamentais para minha formação marinheira.
No final daquele ano o comando do "Lóide Brasil" passou para o Comandante Benedito Paes Dias Pantoja e fomos transferidos para a rota da Europa. Além do rigor do inverno de 1968 e uma violenta tormenta no Golfo dos Leões, no Mediterrâneo, o resto da minha comissão neste navio transcorreu sem novidades. Aí, entretanto, teve início uma longa amizade entre eu e o Comte. Pantoja, que continua até hoje.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Desacelere
Esta é uma mensagem muito bonita.
Quero compartilhar com meus amigos, pois é muito importante.
sábado, 25 de outubro de 2008
Amigos
Amizade é uma das relações humanas mais importantes e talvez uma das poucas que você tem toda a capacidade de controlar.
Sim, por que amigo você escolhe e ele (ela) tem que lhe escolher, também. Eu tive (e tenho) a felicidade de ter muitos amigos e amigos de longa data.
Tenho amigos, com quem mantenho contato constante, cuja amizade originou-se nos tempos da pré-adolescência e que continua até hoje. Estamos falando de amigos de quase 50 anos!
Tenho amigos que já não estão conosco, que já passaram para outra dimensão. Penso muito neles, com muito carinho. Foram grandes amigos, que tiveram um impacto muito grande na minha vida.
Um deles foi o Comandante Ortega.
Roberto Ortega Stonis, comandante de MD-11 da Varig, que se aposentou com mais de 30.000 horas de vôo, a grande maioria como piloto em comando.
O Ortega era uma pessoa muito especial, que necessitava de pessoas especiais para serem seus amigos. Eu fui um deles.
Lamentei profundamente quando nos deixou, ainda no início da melhor idade.
Outro grande amigo, que sempre está presente nos meus pensamentos, foi o Zeca de Kaulino, apelido carinhoso que nós (minha família toda) lhe demos.
Dr. Carlos Roberto Kaulino dos Reis, excelente cardiologista, que minha mãe tratava e considerava como filho e eu, como um irmão.
O Kaulino foi um dos grandes amigos que tive, uma das pessoas mais leais que conhecí. De um coração maior que o corpo, que só queria o bem de todos.
Foi-se, trágicamente, em um acidente automobilístico, que nos deixou muito traumatizados.
Ambos são amigos que continuam a participar de minha vida, pois permanecem vivos nas minhas lembranças e no meu coração.
Tenho certeza que estão juntos, agora, conversando sobre aviões, motocicletas e amigos, temas que os dois tinham muito em comum, entre sí, e comigo.
Sim, por que amigo você escolhe e ele (ela) tem que lhe escolher, também. Eu tive (e tenho) a felicidade de ter muitos amigos e amigos de longa data.
Tenho amigos, com quem mantenho contato constante, cuja amizade originou-se nos tempos da pré-adolescência e que continua até hoje. Estamos falando de amigos de quase 50 anos!
Tenho amigos que já não estão conosco, que já passaram para outra dimensão. Penso muito neles, com muito carinho. Foram grandes amigos, que tiveram um impacto muito grande na minha vida.
Comte. Roberto Ortega Stonis |
O Ortega era uma pessoa muito especial, que necessitava de pessoas especiais para serem seus amigos. Eu fui um deles.
Lamentei profundamente quando nos deixou, ainda no início da melhor idade.
Dr.Carlos Roberto Kaulino dos Reis |
Dr. Carlos Roberto Kaulino dos Reis, excelente cardiologista, que minha mãe tratava e considerava como filho e eu, como um irmão.
O Kaulino foi um dos grandes amigos que tive, uma das pessoas mais leais que conhecí. De um coração maior que o corpo, que só queria o bem de todos.
Foi-se, trágicamente, em um acidente automobilístico, que nos deixou muito traumatizados.
Ambos são amigos que continuam a participar de minha vida, pois permanecem vivos nas minhas lembranças e no meu coração.
Tenho certeza que estão juntos, agora, conversando sobre aviões, motocicletas e amigos, temas que os dois tinham muito em comum, entre sí, e comigo.
domingo, 19 de outubro de 2008
As gatas na minha vida
Eu vivo com duas gatas.
Uma se chama Rebeca e a outra Raquel. Na maioria das vezes elas convivem bem e aceitam compartilhar minha vida, sem problemas.
Rebeca |
A Rebeca é sofisticada, fina, uma dama. A Raquel é mais "selvagem", do tipo que foi criada pela vida. Conversa fiada, as duas foram criadas por mim, desde uma semana de nascidas.
A Rebeca foi presente da veterinária de cuidava da Betina, uma cadela Irish Setter que tive. Rebeca nasceu em Janeiro de 1997, é uma senhora, pois.
Raquel |
A Raquel, bem, como disse acima, veio da vida. Foi achada, abandonada, num parque onde eu costumava caminhar, depois do trabalho. Tinha uma semana de vida, também. Isto foi em Setembro de 2002.
Quem nunca ouviu dizer que os gatos são traiçoeiros, que não se afeiçoam aos donos, que são interesseiros ...? Na verdade, tudo isto não passa de um mito, que começou na época da Inquisição, quando a Igreja Católica promoveu uma caça às bruxas e, junto com elas, seus animais de estimação: os gatos.
Mas já estamos no século 21 e está mais do que na hora de deixar essas crenças de lado. Até porque, assim como os cães, os gatos são extremamentes amorosos e apegados aos donos.
"O gato é um dos animais que mais desenvolvem problemas de saúde pela ausência dos donos. É amigo, fiel escudeiro, companheiro, só que não é submisso."
Estas palavras são da Dra. Luciana Deschamps, médica veterinária e presidente da "Felinos do Brasil".
Segundo ela, os humanos não entendem essa forma independente de amar dos gatos e, por isso, acham que os bichanos não gostam de seus donos.
Segundo ela, os humanos não entendem essa forma independente de amar dos gatos e, por isso, acham que os bichanos não gostam de seus donos.
"É um amor incondicional, mas, se ele não quer estar com você naquele momento, ele sai. E é essa liberdade de amar que muita gente não quer", diz.
Mas se você respeitar o espaço do felino, garanto que ele será um amigão para a vida toda. E melhor, um amigão que não é dependente de você.
A Rebeca e a Raquel são parte integrante da minha vida há muitos anos. E, recentemente, tiveram um papel importante nela, ao atuarem como minhas amigas e companheiras em momentos emocionais difíceis que passei.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Os mares por onde naveguei - 3a. Parte
O Curso de Formação de Oficiais compreende 8 semestres, dos quais 7 são acadêmicos e o último semestre é dedicado ao treinamento prático, em navegação de linha.
Na minha época, pela alta demanda por Oficiais em decorrência do crescimento da Marinha Mercante Brasileira, a Marinha do Brasil teve que concentrar a parte acadêmica em 6 semestres, o que implicava em curtos períodos de férias escolares, com viagens de instrução cobrindo vários meses, especialmente durante o verão.
O último semestre, dedicado ao treinamento prático, ocorreu, para mim, na linha para os Estados Unidos, em navios do então Lloyd Brasileiro, Patrimônio Nacional.
Um dos navios foi o "Cabo de Santa Marta", um cargueiro moderno (para a época), construído na Polônia.
Equipado com modernos instrumentos de navegação, o "Cabo de Santa Marta" tinha alguns confortos não tão comuns, naquela época, como ar condicionado em todas as instalações habitáveis e uma velocidade de 16 nós, bastante acima da média.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
No deserto ou na montanha
O inverno está indo embora e o verão, logo, logo, vai chegar.
Ainda temos dias frios, alguns com chuva e, provavelmente, vamos ficar com um clima assim, até o final de Outubro, pelo menos aquí no Sul.
Ficar aquecido, enquanto pilota, significava isolar o vento e o pescoço é a parte mais difícil de isolar do vento. O segredo é usar uma jaqueta que feche bem no colarinho e usar alguma forma de aquecer esta parte do corpo.
Existe uma grande variedade de protetores para o pescoço e você deve usar um que melhor se adapte ao seu corpo e como ele reage ao vento frio.
Outra parte do corpo que sofre muito, nessas ocasiões, são as mãos. Usar uma luva com um comprimento suficiente para cobrir a manga da jaqueta, na altura dos pulsos, é fundamental, pois evita que o vento frio penetre pela manga.
Uma luva muito grossa, entretanto, pode diminuir sua sensibilidade. Assim, procure uma luva feita com materiais sintéticos que podem isolar o frio e a àgua, no caso de chuva.
Outra saída, neste departamento, é o aquecedor de manopla, que algumas motocicletas permitem instalar.
Depois de passar muito frio no meu primeiro inverno em Santa Catarina, instalei um aquecedor de manopla na minha Harley-Davidson Ultra Glide. Puxa, que diferença isto faz.
O modelo que utilizei pode ser instalado em qualquer motocicleta que tenha o guidão de tubo e use bateria de 12 volts. Chama-se Heat Demon Grip Heater e é vendido pela J&P Cycles, nos Estados Unidos. Dê uma olhada em http://www.jpcycles.com/productdetail.aspx?PID=501-314
Em contrapartida, no verão o que procuramos é nos manter refrescados.
O perigo, nestes dias de temperatura elevada, é evitar a desidratação e o superaquecimento do corpo, pois as duas condições diminuem sua habilidade de pilotar.
A regra número Um é manter-se hidratado, bebendo muito líquido, de forma que o sistema natural do seu corpo possa mantê-lo em temperatura baixa através da transpiração.
Beba água ou bebidas tipo Gatorade, para substituir os eletrolídios que você perde ao transpirar.
Não beba alcóol, pois além de ser ilegal e diminuir sua capacidade de pilotar, é ainda um diurético, que provocará a perda de líquidos no seu organismo.
Beba líquidos antes de se encontrar na condição de calor, pois no momento que você começar a sentir sêde, já estará em perigo.
Se você não quizer carregar as garrafas plásticas em que água ou outras bebidas são vendidas, use aqueles usadas pelos ciclistas, que são baratas e fáceis de carregar.
Use roupas adequadas ao calor, de preferencia de algodão ou de tecidos sintéticos que permitam a fácil transpiração. Não pilote de camiseta ou de bermudas. Lembre-se dos filmes que você assiste ou já assistiu, passados no deserto. Os árabes sempre estão bem protegidos do sol. Isto permite que seus corpos mantenham a temperatura baixa, ao mesmo tempo que transpiram naturalmente.
O uso de luvas ventiladas e de jaquetas providas de "janelas" de ventilação é altamente recomendável, no verão.
Evaporação é o segredo, no verão. Use uma bandana ou outra peça de vestuário molhada, ao redor do pescoço. Ficando exposta ao vento e próxima das artérias no seu pescoço, vai ajudar a baixar a temperatura do seu corpo.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
O chamado da Primavera
A Primavera chegou e, com ela, aqueles dias maravilhosos que nos convidam para pegar a estrada.
Nada melhor que o clima ameno, com sol brilhante, característico das semanas que antecedem o verão. O volume de tráfego aumenta, especialmente nas rotas que levam às praias.
Aí, nós motociclistas, temos que aumentar nossa atenção e cuidados ao pilotar.
Copiei e traduzí/adaptei os conselhos abaixo, que lí num blog americano (http://roadcaptainusa.com/):
- Pilote sempre com os faróis acessos. Se sua motocicleta tem faróis auxiliares, mantenha-os ligados.
- Permaneça longe dos caminhões! Evite a zona cega! Assegure-se que o condutor do veículo na sua frente possa vê-lo pelo retrovisor.
- Nas pistas de 3 ou mais faixas, trafegue na faixa do centro; isto lhe dá mais opções. Se usar a faixa de ultrapassagem, não permaneça aí! Algum estúpido insistirá em voar para cima de você a 140 km por hora. Cuidado na faixa da direita, também, pois tende a ter a velocidade reduzida quando algum veículo for sair da rodovia.
- Observe o comportamento dos apressados. Motoristas agressivos são passíveis de mudar de faixa rapidamente, sem prestar muita atenção nos arredores.
- Não se iluda com os motoristas aparentemente complacentes. Você nunca sabe quando um veículo, que está colado atrás de um caminhão, durante vários minutos, fica impaciente e muda de faixa como um foguete.
- Pense no fluxo de trânsito como um rio. Qualquer interrupção ou diminuição no fluxo é motivo para aumentar o cuidado e atenção.
- E finalmente, use a Arte da Mudança "Macia" de Faixa; não mude de faixa bruscamente. Olhe seu espelho retrovisor, acione seu “pisca” na direção correta, cheque outra vez o retrovisor e então faça uma mudança gradual de faixa, com calma. Dê tempo para as pessoas que você não viu, possam reagir adequadamente ao seu movimento. Lembre-se, você não é dono da estrada . . .
sábado, 20 de setembro de 2008
Os mares por onde naveguei - 2a. Parte
A formação de um Oficial envolve muitos conhecimentos, acadêmicos e práticos. Neste campo, a Marinha do Brasil proporciona viagens de instrução em navios dos mais diversos tipos.
Aquí, fotos de alguns dos navios utilizados no treinamento militar e náutico, daquela época.
Contra-torpedeiro da Classe "Mariz e Barros"
Navio Transporte de Tropas "Soares Dutra"
A formação militar incluía, ainda, treinamento de infantaria na Base de Fuzileiros Navais da Ilha do Governador, RJ.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Os mares por onde naveguei - 1a. Parte
Dentro de 3 meses estarei comemorando 42 anos de formado e 45 anos desde que ingressei na Marinha do Brasil.
É um bocado de tempo, considerando que ainda estou na puberdade (afinal, a vida começa aos 50, não é mesmo?).
É sempre muito bom lembrar por onde passamos e onde forjamos nosso caráter, em especial para quem ingressou na vida militar com apenas 17 anos, saindo da proteção materna (minha mãe era, de verdade, a Supermãe. Acho que o Ziraldo se inspirou nela para criar o personagem da HQ).
A Marinha do Brasil ensinou-me a ser uma pessoa íntegra, com espírito de equipe e pronta para enfretar os desafios da vida. Mas, mais do que tudo, ensinou-me a ser um Brasileiro, orgulhoso de sua terra e de sua história, por quem juramos dar nossa vida, se necessário for.
Aquí, algumas fotos atuais da minha "alma mater", considerada um dos melhores centros de formação de Oficiais da Marinha Mercante, no mundo.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Fotos
Um amigo dos Estados Unidos, Brian Price, enviou-me umas fotos muito bonitas. Eu selecionei duas, das quais gostei muito. A primeira é de um avião de treinamento avançado (AT-6), responsável pelo treinamento de milhares de aviadores militares, entre 1941 e final dos anos 1970 (no Brasil). Esta imagem do AT-6 decolando e recolhendo o trem de pouso, num entardecer é espetacular. A segunda, com uma composição muito bem feita, acredito que deva ser obra do "Photoshop". Não existe nenhum navio do início dos anos 1950 encalhado, ainda nas condições em que este está. De qualquer forma, são fotografias muito bonitas. Quem estiver interessado em mais, procure no site http://www.fotocommunity.com/
sábado, 2 de agosto de 2008
Linha 2009 da Harley-Davidson
Harley-Davidson revelou no último dia 22 de julho a sua nova linha de modelos 2009.
Mantém-se cinco famílias: Sportster, Dyna, Softail, VRSC e Touring.
O maior destaque fica por conta da família VRSC que apresenta a nova V-Rod Muscle que, como todos de sua família, vem equipada com motor “V2” 1250cc Revolution refrigerado à água que produz 122 HP a 8.250 rpm e freios Brembo com ABS opcional, mas diferencia-se pelo largo pneu traseiro de 240mm e uma aparência muito encorpada e musculosa, como sugere seu nome.
A lanterna traseira é embutida na rabeta e funciona por LEDs, assim como os piscas dianteiros, que são integrados aos retrovisores. O garfo dianteiro é invertido e o radiador foi reestilizado e pintado com a mesma cor do quadro. Novas rodas de alumínio de 5 pontas foram desenhadas especialmente para a V-Rod Muscle e será comercializada com preço inicial de US$17.199,00 nas cores preto, prata, azul e vermelho.
Complementam a família VRSC a Night Rod Special e V-Rod.Maior destaque ficou por conta da nova V-Rod Muscle.A V-Rod Muscle vem equipada com motor “V2” 1.250cc Revolution refrigerado à água que produz 122 HP a 8.250 rpm e freios Brembo com ABS opcional, mas diferencia-se pelo largo pneu traseiro de 240mm e uma aparência muito encorpada e musculosa.
Também chamou muito a atenção o triciclo de fábrica da Harley-Davidson, o Tri Glide Ultra Classic, que, basicamente, é uma versão em três rodas da Ultra Classic Electra Glide (veja o "post" de 24 de Julho, abaixo).
A vantagem é que este modelo tem um chassi especialmente projetado para ser um “trike”, não sendo somente uma adaptação do modelo que lhe deu origem.
Como opção, pode ser equipado com uma marcha à ré de acionamento elétrico. Este trike é equipado com uma roda dianteira de 16 polegadas e pneu de 90mm de largura, enquanto as rodas traseiras são de 15 polegadas com pneus 205/65. “Cruise Control” já vem de série. O Tri Glide será comercializado nas cores preto, azul e vermelho.O Tri Glide foi outra grande novidade, sendo um triciclo de fábrica com chassis especialmente projetado.
O resto da família Touring contará com a Road King, Road King Classic, Street Glide, Road Glide, Electra Glide Standard, Electra Glide Classic e Ultra Classic Electra Glide. Estes modelos virão com um novo quadro, garfos, rodas, pneus, opção de ABS e acelerador “fly by wire”.
A família Touring recebeu vários melhoramentos tecnológicos, inclusive novo quadro.
Na família Softail não foram acrescidas muitas novidades técnicas. A transmissão é de 6 marchas e o sistema de injeção é o ESPFI. As mudanças maiores se deram em termos de grafismos e detalhes de acabamento e modificação de banco. A família mantém 8 modelos: Night Train, Softail Custom, Fat Boy, Softail Deluxe, Heritage Softail Classic, Rocker, Rocker C e Cross Bones.Na família Softail não foram acrescidas muitas novidades técnicas. A transmissão é de 6 marchas e o sistema de injeção é o ESPFI.
A "Rocker C" é um dos destaques desta família.A família Dyna se apresenta com uma ótima relação custo/benefício, com motor de 1584 cc refrigerado a ar e transmissão de 6 marchas. As modificações foram somente de grafismos e acabamentos. Mantém-se os modelos Super Glide, Super Glide Custom, Stree Bob, Low Rider e Fat Bob.A Super Glide pertence a família Dyna e apresenta muito boa relação de custo/benefício.
A "Cross Bones" também é da família Dyna e possui um estilo ousado com seu guidão "galho de macaco".
A família Sportster é a entrada de linha para a marca e mantém seus modelos equipados com opções de motores de 883cc e 1.200cc sem maiores modificações técnicas, também apenas em grafismos e acabamentos.
Mantém-se os modelos Sportster 883 Low, Sportster 883 Custom, Nightster, Sportster 1200 Low e Sportster 1200 Custom.
A família Sportster não apresentou mudanças técnicas significativas. Continua com as opções de motores de 883cc e 1.200cc e novos grafismos e acabamentos.
A Harley-Davidson mantém famílias desde entradas de linha, como a Sportster, até "tops" como as VRSC.
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