O Brasil continua construíndo estradas com tecnologia dos anos 1950. É fato.
A única exceção são as rodovias estaduais de São Paulo.
Adicione-se a isto péssima manutenção, quase inexistência de sinalização horizontal e vertical e o apetite insaciável dos governos, e o resultado não poderia ser diferente: uma das piores malhas rodoviárias do planeta. Para acrescentar insulto à injuria, o Brasil tomou a decisão de concentrar nas rodovias a maior parte das cargas transportadas no país. Ou seja, rodovias lotadas de caminhões sobrecarregados, que sofrem e provocam acidentes diários, pelo Brasil a fora.
Esta é uma rodovia federal. |
Qual a velocidade máxima, afinal? |
Ao invés de construir rodovias adequadas ao volume de tráfego e com geometria compatível, a solução que as autoridades encontram é simplesmente inundar as estradas e outras vias com radares, lombadas, quebra-molas e outras dificuldades mais, tornando a vida de quem trafega nestas estradas um inferno.
É impressionante a incompetência: estradas onde poderíamos trafegar a 80 km/h são limitadas a 60 km/h e fiscalizadas eletrônicamente por radares que, ora bolas!, multam a quem estiver acima de 40 km/h!
Uma rodovia duplicada, pedagiada, cuja velocidade normal é de 110 km/h, tem radares sem qualquer razão aparente, que multam quem estiver acima de 80 km/h.
Bom, eu poderia passar os próximos dias escrevendo sobre as barbaridades das nossas estradas, mas é clamar no deserto. O que interessa é arrecadar, cada vez mais, pelo mais inventivo imposto criado no país do "nunca antes:" multas de trânsito. Veja minha postagem sobre o tema, aqui.
Mas na vida, como na física, a toda ação corresponde uma reação em sentido contrário e de igual intensidade (tive um professor, na Marinha, que dizia que fora da física, a intensidade era sempre maior!).
Nas décadas de 1970 e 1980, nos EUA, a velocidade máxima das rodovias foi limitada a 55 milhas/hora (aprox. 88 km/h). Não que as estradas necessitassem esta limitação; foram as crises do petróleo que levaram as autoridades americanas a limitar a velocidade, pretendendo reduzir o gasto de combustível.
Os policiais tomaram de assalto as rodovias, com viaturas equipadas com radar, para flagrar os transgressores.
A reação? Desenvolveram instrumentos para se defender desta ação. Os famosos detetores de radar, muito em voga naquelas anos.
Detetores de radar da marca Cobra, foram muito populares. |
Assim, acabaram com a cretinice da limitação de 55 milhas/h e as estradas voltaram a ter o seu limite máximo permitido, dentro das condições de tráfego da via. Eu já pilotei em rodovias americanas onde o limite máximo é de 85 milhas/h (cerca de 134 km/h), durante semanas e nunca ter visto um acidente.
Bem, vamos voltar aos recursos que temos: o indispensável GPS, com mapas do Projeto Tracksource. Veja postagens aqui e aqui.
O site Radares Garmin costumava atualizar os radares e outros POIs quinzenalmente. Porém, notamos que não houve nenhuma atualização desde Fevereiro de 2014 e verificamos que muitos radares instalados em rodovias, avenidas e estradas estavam desatualizados.
Assim, resolvi fazer um teste com os POIs disponibilizados no próprio site do Projeto Tracksource.
A instalação é muito simples. Entre no site do Projeto Tracksource e vá para a página de download de mapas e selecione a pasta ALERTA e em seguida Download de Conjuntos de POIs para Alarme.
As instruções estão lá, mas vamos copiá-las aqui para melhor visualização:
- Na tabela do site, escolha os alertas para baixar, de acordo com suas preferências:
- Alertas com aviso sonoro, emitem um tom seguido de uma mensagem de voz;
- Alertas sem aviso sonoro irão apenas acionar o tom padrão que existe no GPS;
- Você poderá baixar todas as categorias de alertas ou apenas alguns;
- Assim, poderá combinar à vontade para transferir ao GPS o conjunto que melhor atenda às suas preferências. Por exemplo, se quiser ter Radar e Polícia com avisos de voz, Lombadas com o tom padrão do GPS e não quiser os demais tipos de avisos, baixe apenas as 3 opções, sendo as duas primeiras com som e a terceira sem som;
- Atenção: A única combinação que nunca deve ser feita é enviar para o GPS os alertas com som e sem som de um mesmo tipo. Isto irá duplicar os POIs no GPS.
- Baixe sucessivamente cada uma das opções escolhidas e salve em seu computador.
- Extraia os arquivos do tipo GPI contidos em cada um dos ZIPs.
- Conecte seu GPS ao computador e aguarde o mesmo ser reconhecido como um HD externo.
- Utilizando o Windows Explorer, localize no GPS a pasta "POI" que, dependendo do modelo de GPS, pode estar localizada na raiz do dispositivo ou na pasta Garmin.
- Copie os arquivos GPI descompactados para a pasta "POI":
- Caso seja apresentada uma mensagem de que o arquivo já existe, opte por substituí-lo. Neste caso, você estará atualizando um conjunto do tracksource já existente por uma versão mais atualizada;
- Caso você já possua alertas do Tracksource no GPS, que tenham sido instalados pelo sistema antigo, o arquivo GPI existente na pasta deverá ser deletado para evitar duplicidade de alertas.
- Caso existam outros conjuntos de alerta já instalados no GPS, que não os do Tracksource, os mesmos poderão ser mantidos. Entretanto, chamamos a atenção para o fato de que utilizar conjuntos de várias fontes diferentes pode resultar em alertas duplicados.
- Desconecte o GPS do computador e pronto, os alertas estão instalados!
Gostei! São atualizados com mais frequência e retratam bem a realidade, pelo menos no trecho que verifiquei aqui na minha cidade.
Atualização: veja também a atualização com os alertas do Mapa Radar.
Atualização: veja também a atualização com os alertas do Mapa Radar.
Boa sorte e lembre-se: Pilote sempre com segurança!