Sim, adeus às Tourings, mas não à Harley-Davidson!
Uma etapa na minha vida de motociclista se encerrou. Depois de quase nove anos, deixo a linha Touring da Harley-Davidson e volto para as Softail.
É verdade. Vendi a "Pérola Negra" e comprei uma H-D Heritage Softail Classic.
Durante estes anos rodamos cerca de 98.000 km no Brasil, Mercosul e nos Estados Unidos (40 Estados) em motocicletas H-D Ultra Glide e Tri Glide Ultra.
As motocicletas Touring são as mais confortáveis que existem para viagens longas, especialmente naqueles viagens quando se roda praticamente todos os dias.
Nas nossas andanças passamos por temperaturas variando entre 4 graus negativos nas Montanhas Rochosas até 52 Celsius no Vale da Morte, Deserto de Mojave, Califórnia. Nunca tivemos problemas ou desconfortos extremos na estrada. Antes do projeto Rushmore e da refrigeração híbrida, era desconfortável rodar no trânsito urbano, no verão, sómente.
|
Tudo começou com a "Belezura", no início de 2007. |
|
Fizemos viagens e passeios incríveis com esta excelente motocicleta! |
|
Indo para Assunção, Paraguai, no 2o. Encuentro Harley Paraguay, 2010. |
|
De New York a Los Angeles - Rota 66 - 2010. |
|
Em Adrian, Texas, no exato meio caminho da Route 66! |
|
Vale da Morte. 52 graus Celsius! |
|
Parque das Sequoias, California. |
|
Pier de Santa Monica, Califórnia - 2010 |
|
Tail of the Dragon, 2011. |
|
Vendo como as Touring são fabricadas - 2011. |
|
Cruzando o Noroeste dos EUA - Montanhas Rochosas.
4 graus Celsius negativos em Setembro de 2012 |
|
Monte Rushmore e Sturgis - Uma viagem inesquecível - 2012 |
|
Canadá e Nordeste dos EUA - 2013 |
|
Outra visita, mais detalhada, na fábrica de York, Pennsilvanya - 2013. |
|
Fevereiro de 2014 - A primeira Rushmore entregue no Brasil.
Nascia a "Pérola Negra". |
|
Com amigos queridos em Santo Antonio da Platina, PR. |
|
Parque Nacional dos Everglades, Florida - 2014. |
|
Key West, Florida. |
|
O ponto mais ao Sul dos EUA - Key West, 2014. |
|
Conferindo o Bagdad Café e a Route 66 em San Bernardino, Califórnia, 2015 |
Já não rodamos tanto no segundo semestre de 2015. As chuvas constantes no Sul do país, nos obrigaram a usar mais o carro. A Ultra Glide foi ficando mais pesada, mais difícil de manobrar na cidade, mais complicado para estacionar em pisos cobertos de brita, uma constante em postos de gasolina nas rodovias e estacionamento de restaurantes.
Quando fomos ao Salão Duas Rodas em São Paulo (Outubro 2015), já tínhamos a conscientização de que nosso tempo com a Ultra estava se esgotando. O objetivo do Salão foi conferir o que estava chegando ao mercado e quais eram nossas opções.
Claro, num cenário ideal eu estaria morando nos EUA e teria trocado a Ultra Limited por um Tri Glide Ultra. Mas a vida não é como sonhamos e sim como a realidade nos apresenta. Examinei os triciclos disponíveis no Brasil, transformados a partir de uma H-D Ultra Glide, mas não me entusiasmei.
Dali, partimos para outras marcas, vendo o que havia no mercado. Indian, Triumph, BMW, Yamaha Ténéré foram as consideradas. As Indians grandes não me agradaram. A Triumph, sómente a Boneville, que não nos atendia em todos os aspectos. Fiz pequenos test-ride em alguns modelos da BMW. A tecnologia embarcada e a suspensão me cativam. Mas a química não aconteceu. Será um boa amiga, mas nunca a namorada.
Eu e a Rô discutimos o assunto durante meses.
No final, o resultado era sempre o mesmo: HARLEY-DAVIDSON!
Com isto estabelecido, discutimos os modelos que nos atenderiam. A primeira opção, a Road King, foi descartada, assim como a Street Glide. A ter uma das duas, continuaríamos com a "Pérola Negra".
A segunda opção foi, naturalmente, as Softail. Meu filho tem uma Fat Boy. Excelente motocicleta, mas nem eu nem a Rô gostamos muito.
Voltamos nossa atenção para a DeLuxe. Tive uma, gostei muito. Mas, aqui no Brasil virou motocicleta de mulher. Não sei por que. Isto limita um pouco na hora de revender.
Voltamos nossa atenção para a Heritage Softail Classic. Um telefonema para o Elton Minatti, Gerente Comercial da Florida H-D e um test-ride foi imediatamente agendado.
Não precisamos de muito tempo, nem muitos quilômetros: a Heritage ganhou nossa atenção. Ágil, potente, confortável. Os alforges são equipamento de série e uma bolsa extra pode ser colocada na grelha, trazendo o espaço que precisaremos nas viagens mais longas. Fácil de manobrar, bem mais leve, a Heritage demonstrou ser o que procurávamos.
A negociação foi conduzida com muito profissionalismo pelo Elton e pelo Marcelo Henriques. O João Lajús ajudou muito com dicas sobre acessórios que podem nos dar ainda mais conforto com a Heritage, como a plataforma para a garupa, uma mordomia que a Rô não dispensa.
|
A "Pérola Negra" hoje, ao ser entregue na Floripa H-D.
Tenho certeza que dará muitas alegrias ao seu novo proprietário |
Como estamos acostumados com o intercomunicador e música sendo escutada no capacete, já encomendei o Cardo Scala Rider Q3. Este equipamento me pareceu a melhor opção, considerando o custo/benefício.
E estamos prontos para as estradas, mais uma vez. Nesta fase, com a Heritage Softail Classic com motor 103 cu.in. E sempre Harley-Davidson!