domingo, 31 de janeiro de 2010

Quebrei o recorde? Vou para o Guinness?

Quem me conhece sabe o quanto gosto da minha Harley-Davidson Ultra Classic Electra Glide 2007.
Já rodei com esta máquina 24.000 km, sem que tivesse um único problema. Tudo o que fiz foi instalar acessórios (muitos . . . ) e fazer as manutenções periódicas. Além disso, só hit the road!
Entretanto, alguns meses após comprá-la, minha garupa e fiel escudeira começou a sentir certos problemas no sistema de áudio e comunicação.
Em Maio de 2008, fui fazer a instalação das ponteiras Screamin' Eagle, na H-D de Curitiba e aproveitei para checar a instalação de áudio para o garupa. Foi constatado que o cabo estava com defeito, provavelmente alguns fios partidos internamente.
Abriu-se uma reclamação de garantia no dia 23/5/2008. Sómente em 4/6/08 fui informado que o Grupo Izzo em SP havia aprovado a troca por garantia e que a peça (chicote do intercomunicador Part #70160-06) deveria estar na loja em até 40 dias.
Bom, aí começou a longa espera.
Dois meses mais tarde, a peça ainda não havia chegado, mas já estava "pedida".
No final de Outubro de 2008, a H-D Curitiba informava que a peça estava por chegar a qualquer instante (?).
Em Dezembro de 2008, a peça ainda não havia chegado. Parei de segurar a respiração, pois o "qualquer instante" da Harley-Davidson Brasil era muito mais longo do que minha capacidade pulmonar.
Muitos telefonemas e visitas à H-D Curitiba depois, o defeito havia piorado muito. Em Março de 2009 o alto-falante direito, no capacete da minha garupa, já não funcionava. Mesmo "mexendo" no cabo, não se conseguia ouvir. Claro que o conjunto de áudio, no capacete foi checado, conectando-o no contato do piloto, verificando-se que funcionava perfeitamente.
Nesta ocasião ameacei reclamar ao Procon e outra reclamação foi aberta, desta vez marcada como "urgente".
No início de Abril de 2009, fui informado que o chicote havia chegado, mas fôra enviado à H-D Porto Alegre, por engano. Já haviam solicitado o reenvio para Curitiba e assim que eu voltasse da HOG Rally em Campos do Jordão, a peça estaria em mãos e pronta para ser instalada.
E eu acreditando em tudo isso.
Ao voltar do Rally, fui à H-D Curitiba, só para constatar que o chicote que já havia chegado era, na realidade, o cabo espiralado (Part # 77148-98A) que liga o capacete ao sistema de áudio da motocicleta. O chicote, na realidade, estava na nova H-D Cerro-Corá, em S.Paulo e já haviam solicitado o reenvio.
No início de Maio 2009, um ano depois portanto, quando liguei para Curitiba para saber o que estava acontecendo, atendeu-me outra pessoa dizendo-se ser o responsável pelos itens de garantia. Não sabia nada sobre o que havia acontecido, nem conseguia encontrar o registro da reclamação de garantia no sistema do Grupo Izzo.
Começamos tudo de novo. Desta vez eu mesmo tive que dar o código da peça, pois esta pessoa não conseguia encontrá-lo no catálogo da Ultra Glide.
Depois de dar todas as informações necessárias, fui informado que a peça seria solicitada dos Estados Unidos, em regime de urgência e que estaria em Curitiba em, no máximo, 10 dias.
No final de Maio 2009, não tendo recebido nenhuma informação, liguei para a H-D Curitiba, só para saber que aquela pessoa já não trabalhava mais lá.
Montei na Ultra e fui a Curitiba, conversar com o Fernando Buffara, gerente da H-D. Fui tranquilizado por ele, que prometeu que a peça estaria em Curitiba em poucos dias.
Muitas semanas e telefonemas, depois, no início de Setembro 2009, fui informado que o pedido emergencial (!) da peça havia sido autorizado pela Izzo SP e que a peça estaria em Curitiba até o final do mês.
No final de Novembro 2009, fui informado que a peça havia chegado, mas fôra enviado, por engano, para a loja JK SP, mas já haviam pedido o reenvio (a logística do Grupo Izzo deve ser gerenciada por uma ameba . . .).
Em 3/12/09 fui informado que a peça não fôra encontrada na loja JK e que teriam que fazer outro pedido, mas seguindo os trâmites legais, pois a Izzo SP não autorizou o pedido emergencial.
Esgotado todas as alternativas em Curitiba, solicitei o nome da pessoa responsável, no Grupo Izzo, por este assunto. Fui informado que se tratava da sra. Iza Correia, que seria a Diretora de Pós-Vendas do Grupo.
Durante vários dias tentei falar com a sra. Iza Correia, que sempre estava ocupada mas, que eu "não me preocupasse, pois a sra. Iza iria retornar minha chamada". Nunca aconteceu.
Finalmente conseguí falar com uma jovem que se apresentou como assistente da Sra. Iza. Ela me informou que a Diretora de Pós-Vendas do Grupo Izzo não falava com clientes!!!!!!
Mas, que eu mandasse um e-mail, com todos os detalhes, e ela comentaria o problema com a poderosa sra. Iza!
Acontece que nesta ocasião, meados de Dezembro 2009, recebí aquela tradicional pesquisa, enviada pela Harley-Davidson dos Estados Unidos, sobre minha experiência na compra da minha Sporterster 883R, que havia adquirido em Junho. Aproveitei o "gancho" e liguei para Milwaukee, perguntando à recepcionista que me atendeu, como poderia enviar uma mensagem para o presidente da Harley-Davidson Motor Company. Prontamente recebi a informação.
Escreví uma carta, contando de forma resumida, minha "excelente" experiência com o representante da marca, no Brasil, e perguntando-lhe se esta era a expectativa que tinham no mercado brasileiro.
Imagino que a carta deva ter chegado no gabinete do presidente da H-D no final de Dezembro 2009.
Coincidentemente e para minha surpresa, ao ligar para Curitiba no dia 25 de Janeiro, fui informado que a peça havia, finalmente, chegado a Curitiba. Detalhe: eu tive que ligar. Ninguém da H-D ligou para mim!
Assim, no dia 27/1/2010, exatos 614 dias ou 1 ano, 8 meses e 4 dias depois, minha reclamação de garantia foi atendida.
Será um recorde ou tem algum colega PHD com uma história mais horripilante?
P.S.: Ainda que eu não espere que isto aconteça, se alguém do Grupo Izzo tiver algum interesse de saber o nome das pessoas com quem tratei o assunto, durantes esses longos 20 meses, é só perguntar.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Batmoto Vendida por US$29,500

Aonde o Batman consegue todos aqueles brinquedos maravilhosos?
Parece que já temos uma resposta para a maior dúvida do Coringa: Batman compra no eBay, como todo mundo. E também vende lá aquelas ferramentas de combate ao crime, quando já não tem mais serventia para a Dupla Dinâmica.
Este é o caso da clássica Batmoto 1966, a primeira motocicleta construída para os heróis e que foi, recentemente, substituída por um bólido sobre duas rodas.

O Homem Morcego deve ter decidido, afinal, que a Batmoto poderia ter um melhor uso no combate ao crime, nas mãos de outro herói, ao invés de ficar juntando poeira num canto escuro da Batcaverna.

Assim, a Batmoto foi finalmente vendida no eBay por um lance de US$29.500.

Batman e Robin rodaram 13.000 km na máquina, antes de aposentá-la do duro trabalho de combater os malfeitores em Gothan City.

De acordo com o leilão eletrônico, a motocicleta foi projetada e construída pela Kustomotive, para o filme original de 1966 e participou nos episódios que se seguiram na televisão, entre 1966 e 1968. Um total de 120 episódios foram transmitidos pela rede ABC, nos Estados Unidos e continuam a ser mostrados em vários canais de televisão, principalmente em TV a Cabo, no mundo inteiro.

A Batmoto foi construída utilizando-se uma Yamaha Catalina de 250 cc, com um sidecar que se transforma em um kart, equipado com um motor de 50 cc.

Com certeza a Batcycle não era uma Harley, mas fez sucesso na série.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Encontro de Harleys em Maringá, PR

As informações que tenho recebido é que este evento vai ser um daqueles que ficam no calendário, todos os anos.
Vale a pena conferir. Maringá, localizada no norte paranaense, está a apenas 640 km de S.Paulo e 650 km de Balneário Camboriú.
Podem marcar na sua agenda.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Serra do Rio do Rastro?

Para nós, motociclistas, não seria tão difícil. Dá para ver que a curva, em baixa velocidade, se faz sem problema. Mas para o motorista desta carreta, a coisa é feia!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Materiais de Limpeza - Perigo Fatal

Este artigo foi escrito por Steve Garn e publicado na edição de Agosto/2009 da American Iron Magazine. A tradução livre é a seguinte: “Materiais de limpeza comuns podem transformar-se em veneno. É verdade, eu pensei que minha hora tinha chegado! Como foi fácil meter-me num risco quase fatal. Depois de ver e ler tantos rótulos nas embalagens, a gente tem a tendência de não mais prestar atenção neles. Compramos produtos químicos e aerosóis na loja de ferragens e pensamos 'Como isto pode ser perigoso, se posso comprar sem qualquer controle, direto da prateleira?' Vejam como uma pequena porção de fumaça tóxica quase me derruba. Eu tinha um serviço urgente para fazer, soldando quatro tanques de diesel. Tinha que fazer um reparo onde os tanques ficaram furados por causa da corrosão do sal. (*) . Normalmente, eu faço um spray no local com um produto para limpeza de carburadores, seco com um pano e pré-aqueço a área com a tocha de acetileno, para que se evapore todos os solventes. Onde eu compro o limpador de carburador estava com o estoque a zero, daí eu peguei uma lata de limpador de freios e fiz a minha rotina desse tipo de trabalho. Para trabalhar em segurança, eu até abrí a porta da oficina e liguei o exaustor. Comecei a soldar com minha solda TIG, na tarde de quinta-feira, e não tive nenhum problema a princípio. Mas quando eu comecei a soldar numa área que estava bem corroída, encontrei umas gotas do limpador de freios, num recanto meio escondido. Quando a solda se aproximou das gotas, um pequeno jorro de fumaça branca foi lançado no ar e eu quase desmaiei. Saí para o ar livre e sentei-me lá, por alguns minutos. Depois de uns 10 minutos, voltei e fui ao meu escritório checar, na internet, os avisos de precaução impressos na lata do limpador de freios que eu tinha usado. Foi quando todo o meu lado esquerdo começou a tremer descontroladamente, por uns 10 ou 15 minutos (fique sabendo, mais tarde, que estava tendo uma convulsão). Rótulo do Limpador de Freios Quando conseguí me controlar, relí o aviso na lata:”Vapores podem se decompor em gases prejudiciais à saúde ou até fatais, tais como ácido clorídico e, possivelmente, fosgênio ou cloreto de clorformila.” Depois de ler sobre ácido clorídico, comecei a pesquisar o fosgênio. O elemento ativo no limpador de freios é o tetracloretileno, muito usado na indústria química como solvente. Quando exposto a temperaturas excessivas e ao gás argônio (usado nas soldas TIG e MIG), ele libera o fosgênio. O gás fosgênio pode ser fatal se inalado numa dose tão pequena como 4 partes por milhão: basicamente uma baforada. Os sintomas podem ser retardados de 6 a 48 horas, depois da inalação. Não existe antídoto para o envenenamento por fosgênio. Se você sobreviver, os efeitos a longo prazo são bronquite crônica e efisema. Minha respiração estava ainda muito difícil, horas depois, mas eu me sentia melhor. Porisso não procurei um hospital. O gosto e o cheiro de cloro na minha boca e nariz era muito intenso. Por volta da meia-noite eu comecei a tossir e meu peito começou a doer, mas achei que os sintomas passariam depois de uma noite de sono. No dia seguinte, sexta-feira, os sintomas pioraram e meus ríns começaram a doer, assim tomei litros de água e suco de amora. Nos quatro dias seguintes fiquei com prisão de ventre e urinava um líquido claro, sem cheiro. Ainda que me sentisse melhor, algumas vezes, eu estava sempre com muitas dores, além de me sentir fraco e cansado. Aí minha urina ficou muito escura e com um cheiro horrível. Na segunda-feira, nove dias depois do envenenamento, eu perdí o equilíbrio. Ficava confuso e mal podia falar, então resolví ir a um hospital. Meus sintomas, quando cheguei na emergência era nível baixo de oxigenação, nível de açucar fora de controle, vertigem e muitas dores no peito. Fui colocado na UTI, imediatamente. Meus rins haviam parado de funcionar. Meus pulmões estavam danificados e tive que respirar por aparelho. Recebía doses de insulina para estabilizar o açucar no sangue. Como não há antídoto para o gás fosgênio, tudo que se podia fazer era descansar e rezar pelo melhor. Depois de toda uma bateria de testes e exames de sangue, pelo menos por agora, não foi verificada nehuma lesão permanente. Porém exames de ressonância magnética indicaram fluído nos seios nasais e líquido no cérebro. Os médicos disseram que eu tive muita sorte em sobreviver. Depois de quatro semanas, parece que posso vir a contrair efisema e bronquite crônica. Estou tomando remédios para o nariz e usando inalador. Além disso, meus nervos olfativos foram muito atacados. Ainda sinto um cheiro e um gosto de cloro permanente. A insulina estava fazendo pouco efeito, porisso agora estou tomando medicamentos mais fortes. Por que estou contando isso? Espero que possa ajudar a salvar a vida de alguém ou evitar doenças muitos sérias. Os aerosóis de limpeza encontrados em milhares de oficinas mecânicas podem ser muito perigosos, se usados de forma errada. Leiam os rótulos e os avisos de precaução. Verifique os efeitos dos produtos químicos que usa. Só porque nunca aconteceu nada, antes, não quer dizer que você seja imune aos efeitos maléficos.” (*) – É costume, nos países do hemisfério norte, jogar sal nas ruas e rodovias, para derreter o gelo que se forma no alfalto, durante os meses de inverno rigoroso. Os tanques de combustível dos caminhões são muito atingidos pelo sal levantado pelas rodas dianteiras. Steve Garn é o proprietário da Blue Ridge Electric & Welding, localizada no Estado da Carolina do Norte, EUA. Ele pilota uma Harley-Davidson Panhead 1961, montado num quadro feito por ele mesmo. É especializado na fabricação de quadros para motocicletas e bicicletas de competição. A Panhead 1961 do Steve Garn Muitos produtos de limpeza de uso doméstico, também podem causar danos à saúde. Leia sempre o rótulo dos produtos, antes de usá-los. Cuidados maiores devem ser tomados na cozinha, quando o fogão ou forno estiverem em uso.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Maccori's Garage

Antes de iniciar a leitura desta postagem, gostaria que vocês lessem a postagem "Mudanças na HD Point", publicada em 21 de Novembro de 2009.
O Ricardo Maccori, fundador e ex-sócio da HD Point, de Balneário Camboriú, SC, afastou-se da empresa no final de Outubro/2009. A HD Point, em novas e ampliadas instalações, continua a servir seus clientes e amigos, sob a tutela dos sócios remanescentes, Adilson Altrão e Ivens Branco. Veja a postagem sobre a inauguração, aqui.
Como comentei em Novembro, a vontade do Maccori é prestar serviços aos proprietários das motocicletas Harley-Davidson®, no espírito das "old garages".
Agora, seu sonho volta a transformar-se em realidade. No sábado, dia 23/1, a Maccori's Garage foi apresentada aos PHDs da região, com um churrasco. Instalada num boxe do Auto Posto PHD, em Balneário Camboriú, a Maccori's Garage tem, como proposta principal, "prestar manutenção de qualidade, com preço justo, nas motocicletas dos amigos," conforme palavras de seu dono e mecânico-chefe em uma mensagem eletrônica enviada aos PHDs de Santa Catarina.
Ainda segundo o Maccori, a Garage propõe, também " planejar e divulgar passeios e viagens; oferecer apoio mecânco; promover mensalmente um churrasco de confraternização; e atuar como ponto de partida e chegada para as grupos em viagem." Balneário Camboriú é uma cidade em constante crescimento, que vem se firmando como o destino turístico mais importante do sul do País.
Além da temporada de verão, quando recebe mais de 1 milhão de turistas, a cidade tem vida própria, com uma população de quase 100 mil habitantes e um fluxo de visitantes de outras cidades e estados, durante todo o ano.
Acontece que muitos desses visitantes são, também, proprietários de motocicletas H-D®. Agora, não sómente uma, mas duas oficinas se dispõe a prestar serviços de qualidade para estes pilotos.
A Maccori's Garage e o Auto Posto PHD, estão localizados na Av. do Estado, 5000, logo na entrada de Balneário Camboriú.
Veja mais fotos do churrasco de inauguração, aqui.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Harley-Davidson Registra Prejuízo em 2009

A Harley-Davidson Motor Company informou nesta sexta-feira que teve um prejuízo de US$ 218,7 milhões (US$ 0,94 por ação) no quarto trimestre de 2009, contra lucro de US$ 77,8 milhões (US$ 0,34 por ação) um ano antes. Trata-se do primeiro prejuízo trimestral da empresa desde 1993. Em 2009 como um todo, a Harley-Davidson perdeu US$ 55,1 milhões (US$ 0,24 por ação), contra um lucro de US$ 654,7 milhões (US$ 2,79 por ação) em 2008. A receita no trimestre passado caiu 40%, para US$ 764,5 milhões, contra US$ 1,28 bilhão um ano antes. A expectativa dos analistas era de um prejuízo menor no trimestre, de US$ 0,32 por ação, com uma receita de US$ 764 milhões. Segundo a empresa, foram colocadas nas concessionárias no ano passado 223.023 unidades, uma redução de 27%. Para 2010, o número de embarques de motos para as revendedoras deve cair entre 5% e 10%. A Harley-Davidson vem há um ano passando por uma reestruturação, para lidar com a queda na demanda por suas motocicletas, o que envolveu cortes de empregos, fechamento de unidades de produção e a venda ou a descontinuidade de marcas. A previsão é de que os resultados continuem a ser afetados por encargos ligados à reestruturação até 2012. Para este ano, esses encargos devem ficar entre US$ 175 milhões e US$ 195 milhões. No mês passado a empresa anunciou que fecharia uma de suas duas fábricas em York, no Estado da Pensilvânia (costa leste) e demitir cerca de metade de seu quadro de 1.950 funcionários no local. Em outubro a Harley informou que venderia a italiana MV Agusta, adquirida em 2008 por cerca de US$ 109 milhões, além de anunciar a descontinuidade e da marca Buell, para se concentrar apenas na marca principal. Fonte: Folha Online

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Por Que Pilotamos?

Em julho de 2009, a Harley-Davidson Motor Company contratou uma empresa de pesquisas para investigar as razões que levam homens e mulheres a pilotar uma motocicleta. Do total do universo de motociclistas entrevistados (quase o mesmo número de homens e mulheres), 77% dos homens e 67% das mulheres disseram gostar de estar por trás de um guidão, porque pilotar uma motocicleta aumenta a sensação de aventura e liberdade em suas vidas.
Além disso, 80% dos homens e das mulheres pesquisados, concordaram que aprender a pilotar uma motocicleta mudou suas vidas.
Agora, uma informação no mínimo interessante sobre as colegas motociclistas: quase metade das mulheres entrevistadas afirmaram adorar a cara de espanto que os motociclistas masculinos mostram, quando se dão conta que aquela máquina estava sendo pilotada por uma garota!
Acho que todos nós concordamos que o resultado da pesquisa, nos Estados Unidos, não será muito diferente se for feita no Brasil.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Harley Tem que Olhar para o Futuro

Tradução livre do editorial da revista American Rider, edição de fevereiro/2010, escrito por Reg Kittrelle, editor sênior. "A Harley-Davidson® fabrica motocicletas maravilhosas, ícones que fazem eco com o passado em todos os aspectos do projeto. Desde o motor V-twin em 45º, o morcegão das Touring, a mudança de marcha com o calcanhar, onde cada um deles – e muitos mais – tem uma ligação direta com o passado glorioso da marca. Isto é bom e correto e eu gosto da idéia de herança e tradição, mas só até um determinado ponto. Entretanto, venho notando, de maneira clara, que a Harley está evitando (na falta de uma expressão melhor) encarar o futuro. Nos anos recentes, The Motor Company lançou dois significativos melhoramentos de engenharia nos modelos Touring: os freios ABS da Brembo e um novo quadro. Ambos produziram uma imediata melhora e já estavam com anos de atraso. Acredito que estes melhoramentos foram mudanças reativas. Em outras palavras, as coisas estavam indo tão mal, que tiveram que fazer alguma coisa. Uma reação, portanto. A Harley coloca uma grande ênfase no estilo das motocicletas e isto é evidente, pois suas máquinas são obras de arte. O problema, para mim, é que isto vem em detrimento da funcionalidade. Um pequeno exemplo, o pedal de mudança de marcha com o calcanhar. Este é um instrumento arcaico, que vem dos dias quando realmente você necessita dele para mudar as marchas do motor. Hoje, serve apenas para os saudosistas e para congestionar a plataforma esquerda. Outro exemplo ainda mais significante: o velocímetro montado no tanque das Softails e da Road King. Colocar o velocímetro no tanque libera o guidão (arte), mas obriga você a tirar os olhos da estrada para checar a velocidade (funcionabilidade). Além disso, o indicador de setas (direita/esquerda) estão ainda mais abaixo da linha de visão do piloto. O botões de corte do motor/partida, instalados no guidão, também estão necessitando um re-desenho já há muito tempo. A Harley tem um projeto para mudá-lo, já há 2 anos. Com sorte, estarão presentes nos modelos 2011. Há outros itens que precisam uma modernização, mas vocês já entenderam o que quero dizer. Estes itens com design de décadas anteriores ainda existem por uma única razão: são sagrados! Eles foram declarados como intocáveis porque, se forem modificados, aparentemente vão afetar a condição de ícone da marca. O fato de que estes itens estão colocando a marca atrás dos concorrentes parece não merecer uma melhor consideração. Não estou sugerindo que a forma tradicional da Harley seja modificada para um jeito mais “redondo”. A Harley tentou isto na V-Rod, um modelo que não teve muito sucesso. Gosto do desenho da Harley, na maioria das vezes, mas alguns componentes poderiam ser modernizados com respeito à funcionalidade, sem causar uma histeria generalizada entre os puristas da marca. Ford, Chevrolet, Chrysler, todos modificaram seus ícones e os trouxeram para o século 21. A Harley poderia fazer o mesmo. Duas outras áreas necessitam a atenção da Harley: motor e suspensão. A suspensão convencional nos modelos mais pesados, já está chegando ao seu limite. Por melhor que seja o novo quadro das tourings, é mais “duro” e menos complacente. Nos modelos mais antigos, o quadro mais flexível funcionava como parte da suspensão; o novo quadro transfere todos os impactos com buracos e irregularidades da pista, diretamente para a suspensão. Gosto do motor Twin Cam 96. É macio, razoavelmente potente, confiável e tem uma boa quilometragem por litro. Funciona, para mim. Mas eu sempre piloto sózinho. Carregue uma touring com todo a bagagem para 15 dias, mais sua garupa e você vai sofrer nas subidas. A boa notícia é que há uma solução, já na prateleira: o Twin Cam 110, que equipa os modelos CVO. Mais de 50 anos atrás, o então presidente da General Motors, Charles Wilson, supostamente fez este comentário: “O que é bom para a General Motors é bom para o país.” Naquele tempo pode ser que havia uma verdade nisso, mas a arrogância que esta linha de pensamento trás é igual a um câncer que, lentamente, mata o seu hospedeiro. A Harley-Davidson® tem mostrado a mesma arrogância algumas vezes, acreditando que os outros vão sempre seguir suas tendências. Isto, também, pode ter sido verdadeiro no passado." Não concordo, necessáriamente, com tudo que o Reg Kittrelle escreve, mas ele tem razão em criticar os puristas por insistirem na manutenção de certos ícones da marca. Um ponto que considero totalmente relevante − e que não foi mencionado por ele − é o sistema de arrefecimento dos motores Twin Cam, a ar. A maioria dos concorrentes já usam arrefecimento a líquido. Claro que há soluções no mercado, para minimizar este efeito, bastante desagradável no verão. O próprio quadro das Touring, agora, tem um novo direcionamento do escapamento do cilindro traseiro, que amenizou o sofrimento do piloto nos dias quentes e com tráfego congestionado. Eu encontrei algumas adaptações que melhoraram o problema. Uso um pelego, constantemente, e instalei um radiador de óleo. Melhorou muito, mas ainda é um pouco desconfortável nos dias mais quentes.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Tamanho é Documento!

Desde o dia que entrei na Marinha, no início de 1964 (ah, que saudades . . .), até completar 50 anos, o tamanho das minhas calças sempre foi 34 (na medida dos EUA*) ou 44, no Brasil. Quando fiz 50, minha roupa cresceu uma medida e fui para os 36, lá nos States, e 46 aquí. Tudo bem, ninguém consegue ter o mesmo porte físico a vida toda. Quando completei 60, um processo de crescimento dos músculos abdominais (eu sou um otimista . . .) obrigou-me a mudar outra vez. Só que desta vez a coisa ficou complicada. O tamanho ideal é 37 nos Estados Unidos ou 47 no Brasil. Só que não existem calças nessas medidas. Nos Estados Unidos até que se encontra, apesar de muito raro. Aquí, simplesmente não há. Tive que tornar-me cliente costumeiro do Moretto, um alfaiate que tem um atelier na rua 901, aquí em Balneário Camboriú. Ele (ou suas ajudantes) ajustam as calças e bermudas que compro. O mesmo problema tem várias pessoas por serem muito altas ou baixas. Da mesma forma que os automóveis tem regulagem nos bancos, muitos inclusive em duas dimensões, as motocicletas também deveriam ter. Já resolveria parte do problema. Está bem, eu sei que alguns modelos de BMW tem esta facilidade, mas estamos falando de MOTOCICLETAS, aquí, ou seja de Harley-Davidson®. Bom, pelo menos lá nos Estados Unidos há uma solução, para qual você não tem que vender sua casa e empenhar seus filhos, para pagá-la. Chama-se Harley-Davidson® FIT SHOP. Nas concessionárias que participam do programa, você pode ajustar a motocicleta dos seus sonhos, de forma a combinar com sua estatura. Ajustes no banco (já bem comum, no Brasil, mas usando fabricantes nacionais), nos amortecedores, na suspensão e na posição ou modelo de guidão. No site da Harley, tem alguns exemplos reais de clientes com problema de altura e a solução encontrada. A que mais gostei foi de uma jovem senhora, que queria pilotar uma Road King, como a do seu marido. Só que ela tem 1,54m de altura e comprimento dos braços proporcionais à altura. Vale a pena ver a solução encontrada pela concessionária que a atendeu e ver o clip mostrando ela e o marido, pilotando suas Road Kings, juntos. Neste caso, além de troca do banco, foram trocados ou ajustados os amortecedores traseiros, a suspensão dianteira e o guidão. Ainda no site da Harley, encontramos os 5 sinais que indicam a necessidade de modificar sua H-D®.
  1. Calcanhar: não ter os calcanhares posicionados firmemente no solo, quando sua motocicleta estiver parada, constitue um risco de segurança e prejudica sua confiança como piloto. Abaixe a altura do banco e a suspensão, para um melhor controle.
  2. Joelhos: seus joelhos não podem ficar muito alto nem suas pernas posicionadas em posição desconfortável. Isto provocará um esforço demasiado em seus joelhos, quadril, pés e costas. Aumente o conforto com comandos avançados ou um banco que leve seu corpo mais para trás.
  3. Mãos: diâmetro impróprio nas manoplas pode causar fadiga nas mãos e punhos. Use manoplas que permitam um controle firme e confortável.
  4. Braços: seus braços devem ficar ligeiramente curvados, quando estiver pilotando, sem necessidade de manter os ombros para frente. Isto vai causar fadiga nos ombros, pescoço, braços e na parte baixa da coluna. Um banco que coloque seu corpo mais próximo do guidão ou um outro estilo de guidão podem ajudar.
  5. Coluna vertebral: Desconforto na parte baixa de suas costas é um indicador de que sua motocicleta não está ajustada para seu corpo. Pode ser o banco, a posição dos comandos de pé, o guidão ou uma combinação dos três.
É, realmente, uma pena que não tenhamos um programa semelhante, aquí no Brasil. Bom, na realidade é uma pena que não tenhamos concessionárias à altura deste nome, aquí na Terra Brasilis. (*) O uniforme da Marinha dos Estados Unidos e o da Marinha Mercante do Brasil são quase idênticos. Por isso, muitos oficiais (inclusive eu, é claro) costumavam comprar seus uniformes nas cantinas das Bases Navais Americanas ou nas lojas que vendem artigos militares. Eram de melhor qualidade e bem mais baratas.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Hipocrisia, seu nome é Brasil

Eu estava conversando com amigos, discutindo nossas respectivas experiências profissionais. No decorrer da conversa, um dos meus amigos comentou que "o Brasil é o país do faz de conta". E é verdade. Mas não é só o Brasil. Lendo as notícias internacionais, na internet, ví um artigo sobre um policial de Los Angeles, Califórnia, que sofreu um acidente de trânsito e morreu. O policial era um patrulheiro, que fazia seu trabalho pilotando uma Harley-Davidson Road King Police, o mesmo modelo usado pela nossa Polícia Rodoviária Federal e por algumas Polícias Militares. O acidente ocorreu no dia do pagamento. O policial em questão, junto com vários outros, foram ao Centro de Treinamento da Polícia, localizado nos arredores da cidade. Aparentemente existe um bar neste Centro, que serve bebidas alcóolicas. Os policiais costumam ficar lá, bebendo e conversando, até bem tarde. O policial de que trata o artigo, estava lá, até momentos antes de sofrer seu acidente fatal. O artigo diz que o Chefe de Polícia ordenou uma investigação profunda para determinar o volume de alcóol na corrente sanguínea do policial acidentado. Provavelmente farão dele um "bode expiatório". Lá, como aqui, nós sabemos que policiais e patrulheiros bebem e dirigem. Aliás, nós sabemos que policiais, patrulheiros, promotores, juízes, políticos e outras autoridades bebem e dirigem. O ser humano é assim. Quem me conhece sabe que eu quase não consumo bebida alcoólica. E digo quase, porque aprecio um bom vinho e, como bom harleyro, um Jack Daniel's com gelo e água-de-côco, de vez em quando. Mas sou conhecido como aquele cara que, na maioria das vezes, está tomando água sem gás ou água-de-côco, de caixinha. Quando estou dirigindo ou pilotando, minha restrição ao alcoól é ainda maior. Portanto, não estou advogando em causa própria. Mas conheço pessoas, que fazem parte das profissões acima mencionadas, que bebem e dirigem. Conhecí um promotor público, num evento motociclístico, que dizia a todos os que queriam ouvir (incluindo um Inspetor da PRF), que não usava cinto de segurança na cidade, quando dirigia um automóvel. E que toda multa que recebia era cancelada, pois usava seu cargo para que isto acontecesse. Daí o título dessa postagem. A hipocrisia faz parte da natureza humana, mas é exercida em grau elevado no nosso país. As mesmas pessoas que fazem as leis que somos obrigados a acatar e que nos vigiam e punem quando as infrigimos, cometem os mesmos erros e se livram, facilmente, usando seu cargo e sua influência política para isto.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Temperatura Ideal do Lubrificante

Esta é uma informação que não consta em nenhum "Manual do Proprietário" das motocicletas Harley-Davidson®. Já fiz muita pesquisa na internet sobre o tema, obtendo recomendações de especialistas e mecânicos. Mas só agora lí uma resposta oficial da própria fábrica. A pergunta foi: "Qual é a temperatura ideal de operação do óleo lubrificante, tanto para os motores XL como para os Twin Cam? Qual a temperatura máxima para cada tipo de motor?" A resposta dos engenheiros da Harley-Davidson®, foi: "A temperatura recomendada para os dois tipos de motor é, na realidade, dependente da temperatura ambiente e da maneira como se está pilotando. A temperatura do óleo lubrificante, no tanque de óleo, deve estar entre 220º F e 250ºF (entre 104ºC e 121ºC), durante a operação normal do motor. Isto permite que qualquer partícula dágua que entre no óleo, durante o processo de combustão, seja vaporizada e expurgado pelo sistema, através dos respiradores. No caso de temperatura ambiente elevada, o óleo no sistema pode operar com segurança em temperaturas até 300ºF (ou 148ºC), nos períodos de marcha lenta ou de altas velocidades em rodovias. Os óleos produzidos pela Harley-Davidson® (não disponíveis no Brasil), foram especialmente formulados para realçar suas proprieades anti-oxidantes e minimizar o risco de oxidação, acima de 250º F (ou 121ºC). A reserva de alcalinidade dos óleos H-D® também foram aumentadas para minimizar qualquer formação de ácidos que possa ocorrer com temperaturas elevadas do óleo lubrificante." Não temos indicação da temperatura do óleo lubrificante no painel das nossas Harleys. Assim, um bom investimento em acessórios é a instalação de uma tampa do tanque de óleo lubrificante, com termômetro. Básicamente existem dois tipos, disponíveis no catálogo da Harley. Um é o analógico. Modelo 62896-00B, para Softail (US$29.95) O outro é digital e indica, também, o nível de óleo no tanque. Modelo 63004-09, para Touring (US$139.95) O modelo analógico está disponível para todas as famílias de motocicletas. O modelo digital está disponível para as Softail e Touring, sómente. Fonte: Revista American Rider, edição de Fevereiro de 2010 e Catálogo da Harley-Davidson®.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Este Obscuro Objeto do Desejo

Meu objeto de desejo não é obscuro e nada tem a ver com o clássico do cinema de 1977, dirigido pelo gênio francês Luis Buñuel. Muito pelo contrário.
Tenho certeza que, um dia, me faltarão pernas fortes o suficiente para segurar os 500 kg ou mais, do peso da minha Ultra Glide (com bagagem). Ainda que procure manter-me em boas condições físicas com 3 sessões semanais na academia (com acompanhamento de uma personal trainer) e passeios quase diários de bicicleta, sei que vai chegar o dia em que uma motocicleta desse porte será muita coisa para mim.
Como não pretendo abrir mão das muitas vantagens que uma Ultra Glide oferece, a alternativa é pensar num triciclo, baseado na sua mecânica.
Aí, é claro, o Tri Glide Ultra Classic ou FLHTCUTG da Harley-Davidson® é a óbvia escolha.

Equipado com um potente motor OHV Twin Cam de 1.800 cilindradas, produzindo 70 HP no eixo traseiro e com caixa de mudança de seis marchas (e uma, elétrica, à ré, opcional, mas indispensável), o Tri Glide transformou-se no meu objeto de desejo. Para um futuro ainda bem distante, espero. Detalhe do botão da marcha-à-ré, no guidão.

É claro que o mercado está cheio de triciclos e que há incontáveis opções para escolher. Mas o triciclo clássico, que vemos nas estradas com sua roda dianteira querendo chegar mais cedo no destino, não é minha praia.

O que me atrai são os triciclos montados a partir de um quadro normal de motocicleta.
A Harley-Davidson® vinha estudando este mercado há mais de 15 anos e concluiu que poderia encontrar, aí, um nicho de mercado atraente.
Analisando os muitos empreendedores que fazem modificações nas motocicletas H-D®, transformando-as em triciclos, o pessoal de Milwaukee começou a procurar alguém que pudesse ajudar neste projeto.
A escolha caiu em John Lehman, que vem produzindo kits de transformação para triciclos, há mais de 20 anos. O pessoal da Harley conversou como êle e perguntou se ele estaria interessado neste projeto. Será que macaco gosta de banana?
Básicamente o que ocorre é o seguinte: a Harley manda a parte frontal de uma Ultra Glide para a fábrica do Lehman em Spearfish, South Dakota (a apenas 32 km de Sturgis), com o motor e a caixa de mudança padrão, de seis marchas, mas com uma embreagem reforçada (que equipa as motocicletas policiais), além de um quadro reforçado, para aguentar o peso adicional. Pilotar uma motocicleta em estradas não requer muito esforço, além do trabalho de contra-esterçar nas curvas. Com um triciclo, a história é outra e o piloto trabalha muito com o guidão, especialmente nas estradas sinuosas. Tem que estar com a musculatura em dia! Para diminuir este esforço adicional, os garfos do Tri Glide foram alterados, com um comprimento 5 cm maior e um ângulo de cáster de 32º, reduzindo o trail para 10 cm, o que melhorou muito a ciclística do Tri Glide. Em outras palavras, quando o Tri Glide está na estrada, a 120 km/h, o piloto pode reclinar-se e quase tirar uma soneca.

As rodas traseiras são de 15 polegadas, com pneus 205/65 mm. Para estacionamento, o Tri Glide vem equipado com um freio de mão.

A altura do solo é de sómente 12 cm, portanto não é um veículo para estradas em mal estado de conservação.

Além do tour-pack tradicional de toda Electra Classic, a própria cobertura do eixo e da tração gerou um porta-malas generoso, com volume duas vezes superior ao do tour-pack, substituindo, com sobra, os alforges.

A distância entre eixos é de 169,3 cm e o comprimento total é de 2,69 m, com uma largura (contando os pára-lamas) de 1,40 m. Definitivamente não é uma motocicleta para passar no corredor entre carros parados no engarrafamento!

Ao pilotar um triciclo como este, o piloto deve seguir religiosamente os limites de velocidade das vias e os avisos tipo “diminua velocidade”, “cuidado – curva perigosa”, etc.

Descer serras não é problema para o Tri Glide, que vem equipado com 4 freios a disco, sem necessidade de ABS.

Enquanto minha capacidade física continua em ordem e capaz de operar minha Ultra Glide, nenhuma outro motocicleta, ou triciclo, vai substituí-la. Mas se eu chegar naquela fase da vida em que o físico precisa de uma ajuda, com certeza o Tri Glide da Harley-Davidson® estará no topo da lista.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Monster Bikes

Pensando em trocar sua motocicleta por outra mais potente?
Talvez deva considerar algum dos modelos fabricados por Boss Hoss Cycles, nos Estados Unidos.
Veja alguns exemplos:
Modelo BHC-3 ZZ4

Motor V-8 refrigerado a líquido, 5,7 litros, 355 HP. Transmissão semi-automática de 2 velocidades. Comprimento total 2,7 m, peso vazio (sem combustível) 503 kg. Tanque de 32 litros.

Modelo BHC-3-LSMotor V-8 refrigerado a líquido, 6,2 litros, 445 HP. Transmissão semi-automática de 2 velocidades. Comprimento total 2,7 m, peso vazio (sem combustível), 484 kg. Tanque de 32 litros. Modelo BHC-9 ZZ4 Motor V-8 refrigerado a líquido, 5,7 litros, 355 HP. Transmissão semi-automática de 3 velocidades, com marcha-à-ré. Comprimento total 3,45 m, peso vazio (sem combustível) 680 kg. Tanque de 32 litros.

Outras motocicletas construídas pela Boss Hoss Cycles:

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Garmin Zumo 660 GPS versus Zumo 550

Vários amigos já estão instalando o GPS Garmin Zumo 660 nas suas motocicletas.
É interessante analisar as diferenças entre o novo Zumo e o anterior, o Garmin Zumo 550.
Zumo 550
Entrando no site da Garmin, podemos listar os dois e verificar as diferenças.
Inicialmente a tela é mais larga (widescreen), com 9,7 cm no 660, enquanto o 550 tem 7,2 cm.
Zumo 660
À primeira vista, a diferença não é grande, mas na estrada (ou na cidade), uma tela larga é mais confortável. Igual à sua TV, em casa.
Em seguida, vemos que a resolução das imagens é mais alta, com o 660 apresentando 480x272 pixels, enquanto o 550 tem 320x240 pixels. Isto é uma melhoria que não afeta muito, pois a resolução do Zumo 550 já é excelente, mesmo com o sol a pino. O 660 é um pouco mais leve, com 270 g, enquanto o 550 pesa 300,5 g. A bateria tem capacidade um pouco melhor, com 5 horas de vida útil, uma hora mais que o modelo anterior. A memória interna aumentou, também, permitindo 1000 POI (Pontos de Interesse), o dobro permitido no 550. Por outro lado, sacrificou o número de rotas possíveis de serem armazenadas: 20 rotas no Zumo 660, contra 50 rotas no Zumo 550. Em ambos os modelos, sempre se pode armazenar as rotas e POIs (e mapas, é claro), no cartão de memória externo. As instruções faladas, podem ser ouvidas no Zumo 660, mesmo se não estiver num suporte instalada na sua motocicleta (ou carro), pois vem com um alto-falante instalado, facilidade que o 550 não oferece. Outra vantagem interessante (válida para os EUA, não sei se funciona no Brasil), é o orientador de faixas. Quem já dirigiu ou pilotou nas grandes rodovias americanas, sabe que, às vezes, nós nos confundimos ao sair da estrada. São rodovias com 6 ou 8 faixas e ficamos sem saber em que faixa nos posicionarmos para seguir o nosso caminho. No Zumo 660, esta facilidade existe.
Visão em 3-D. O Zumo 660 nos oferece uma visão em terceira dimensão, muito útil na pilotagem por cidades que não conhecemos.
Ambos oferecem conexão com o celular ou capacete, através do Bluetooth. O Zumo 660, porém, vem com tecnologia A2DP, que permite a transmissão de músicas em MP3 estéreo.
Nas rodovias americanas (ou européias), o Zumo 660 mostra a velocidade máxima permitida, no trecho onde você está passando. Seria ótimo se pudéssemos ter o mesmo, aquí no Brasil, onde os limites de velocidade em rodovias são, muitas vezes, mal sinalizadas.
O Zumo 660 também oferece uma outra facilidade, que é o "Onde Estou?" (Where Am I?): com um simples toque, você sabe onde encontrar hospitais, polícia, postos de serviço, endereços e interseções/cruzamentos, nas cercanias de onde está. Outra grande melhoria no Zumo 660 é o teclado virtual. Agora você pode escolher entre o QWERTY (que é o formato do teclado do seu computador) ou o tradicional ABC. As vozes de orientação, também, melhoraram. No 660 podemos ter vozes diferenciadas para a motocicleta e para o carro. Isto pode ser importante para quem usa o mesmo GPS nos dois veículos. O Zumo 660 também vem equipado com calculadora, conversor de medidas/moedas e um relógio mundial. Estranhamente, o Zumo 660 não vem equipado com um receptor XM (rádio por satélite), muito interessante para quem viaja nos Estados Unidos. O Zumo 550 oferece esta facilidade. Isto explica, inclusive, por que o 660 é mais barato que o 550. Qual modelo escolher? Acho que depende muito do gosto de cada um. Eu tenho um Zumo 550 já há dois anos e estou muito contente com o seu desempenho. Outros preferirão o Zumo 660, com sua tela mais larga e o teclado QWERTY.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Os Novos Super Porta-Aviões dos EUA

A Marinha dos Estados Unidos, iniciou a construção do primeiro super porta-aviões do século 21, uma nova classe que substituirá os porta-aviões da classe Nimitz.

USS Nimitz CVN-69

 Os 10 porta-aviões da classe Nimitz, começaram a ser construídos em 1968 e o primeiro da série, o USS Nimitz CVN-69 entrou em serviço em Maio de 1975. 

O último da classe é o USS George H.W. Bush CVN-77, que entrou em serviço em Janeiro de 2009. 

Cada porta-aviões da classe Nimitz tem uma tripulação de 3.200 pessoas, além dos 2.480 militares da aviação naval embarcada. 

Com um comprimento total de 332,8 m e deslocando 103.000 toneladas em plena carga, é propulsado por 2 reatores nucleares que alimentam 4 turbinas a vapor, desenvolvendo 260.000 HP. 

A velocidade de cruzeiro é de 30 nós (56 km/h), mas a velocidade máxima pode chegar a 45 nós (83 km/h). Pode carregar entre 85 e 90 aviões de combate. 

Já a nova classe de super porta-aviões, dentro do Programa CVN-21 (onde 21 quer dizer século 21), tem avanços tecnológicos consideráveis e melhoramentos importantes, quando comparados aos da classe Nimitz.


Visão artística do USS Gerald R. Ford CVN-78 

Inicialmente chamados de classe Ford, em função do primeiro porta-aviões da série (USS Gerald R. Ford CVN-78), estes novos navios terão 333 m de comprimento e deslocarão 101.600 toneladas.

Incorporam 14 novos itens de avançada tecnólogia, sendo os principais um novo sistema de lançamento de aviões (eletromagnético ao invés de catapulta a vapor), radares de banda dupla, mísseis Sparrow RIM-162, novo desenho no reator nuclear (maior geração de força) e a capacidade de operar os novos caças F-35C Lightning II, previstos a entrar em serviço em 2016.


F-35C Lightning II 

O Congresso dos Estados Unidos aprovou, inicialmente, a construção de 3 super porta-aviões da classe Ford. Cada um custará em torno de 9 bilhões de dólares, o dobro do custo de um porta-aviões da classe Nimitz.

O USS Gerald R. Ford CVN-78 deverá entrar em serviço em 2017, substituíndo o USS Enterprise CVN-65, que deverá dar baixa depois de 55 anos de serviço ativo.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Snowmobile com motor V-8

Por falar em aquecimento global, o frio está fazendo história neste inverno no hemisfério norte. Até a Flórida, onde não nevava desde 1930, recebeu sua primeira neve em 80 anos, ontem à noite. Em Ocala, FL, onde morei, nevou cerca de 12mm na última noite. Não deu para fazer bola de neve e jogar nos vizinhos, mas "matou" as saudades dos meus amigos e ex-vizinhos, originalmente dos gelados estados do norte dos Estados Unidos. Com a quantidade de neve que tem caído, talvez seja a hora de pensar num "snowmobile" com um possante motor V-8. Vejam as fotos desse modelo:

Dicas para Road Captains

Agora que as festas de fim-de-ano acabaram, mas o verão e as férias ainda estão por aí, muitos grupos se preparam para viagens ou passeios. Estas dicas são bastante importantes e foram inspiradas por Lem McMaster, chefe dos Road Captains do First State HOG, no estado de Delaware, EUA.

A primeira parada: quando começamos o passeio ou a viagem, logo cedo de manhã, todo mundo está cheio de café, croissants, bolos ou o que gostem de comer e a primeira parada deve acontecer depois de uma hora de estrada. É um bom tempo para uma ida ao banheiro e ajeitar a vestimenta. Algumas vezes saímos com muita ou pouca roupa e, já na estrada, nos damos conta disso. Assim, esta primeira parada é uma grande oportunidade para colocarmos nosso equipamento em ordem.

Pare longe da loja de conveniência: sempre que paramos para reabastecer, é comum todos os pilotos procurarem estacionar suas máquinas próximo da entrada da loja de conveniência, ou do restaurante, se a parada for para almoço. Faça exatamente o contrário. Pare mais longe e aproveite para uma caminhada, que vai ajudar seu corpo a irrigar aquelas partes que ficaram sem movimento, nas últimas duas horas.

Seja o último: todo Road Captain deve ser o último a abastecer, ir ao banheiro ou comer/beber alguma coisa, em qualquer parada durante a viagem. Assim, você saberá que quando estiver pronto, todo o resto do grupo também estará.

Pilote sua motocicleta: o Road Captain tem muitas tarefas durante um passeio/viagem, mas continua sendo um piloto, responsável por sua motocicleta. É comum (eu inclusive), ficarmos checando os demais pilotos, pelos retrovisores. Com isto, acabamos perdendo nossa concentração na pilotagem. Assim, quando estiver como Road Captain, concentre-se na sua pilotagem e no companheiro que vier logo depois de você. Os demais membros do grupo devem fazer o mesmo. Assim, todos estarão concentrados em suas motocicletas e cuidando só daquele que vem imediatamente depois. É mais seguro e mais efetivo.

Você sempre está no horário: pilotar uma motocicleta é um hobby, a não ser que você seja um patrulheiro ou escolta de autoridades. Assim, você sempre estará chegando no horário certo, não importa a hora que chegue. Se chegar mais cedo, você está no horário. Se chegar mais tarde, você ainda está no horário. Chegar bem e em segurança é o horário que devemos ter. Pilote com segurança e aproveite bem seus passeios neste verão.

Troque sua "jap" por uma Harley

A Harley-Davidson®, nos Estados Unidos, começou uma campanha para incentivar proprietários de motocicletas importadas (lá), por uma H-D® nova.
Compradores de Harleys novas, modelos 2008 a 2010, poderão dar suas motocicletas de outras marcas como entrada, e ainda receber mais US$500 de crédito, acima do valor de troca da motocicleta antiga.
A Harley-Davidson® espera um aumento substancial nas vendas de motocicletas novas, como resultado desta campanha.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Qual é o maior do mundo?

A inauguração do Burj Khalifa em Dubai, a mais alta estrutura construída pelo homem, com seus 828 metros de altura, me leva a discutir qual é o maior navio do mundo.
Frequentemente recebo, por e-mail, uma apresentação em Power Point mostrando o navio porta-containers Emma Maersk, como sendo o maior do mundo.
É e não é. Explico: O Emma Maersk é o maior navio porta-containers do mundo, sem dúvida, com seus 397 m de comprimento e 156.907 toneladas de porte-bruto, mas não é o maior navio em existência, no mundo, nem o maior já construído.
Este troféu pertence ao Knock Nevis, um super-petroleiro noruegues, com 458,5 m de comprimento total e 564.763 toneladas de porte-bruto.
Infelizmente, o Knock Nevis já está desativado e será sucateado, em breve.
Outros super-petroleiros construídos no mundo e já sucateados foram os da classe do Batillus (414,2 m e 550.000 TPB), da Shell francesa e os da classe do Esso Atlantic (406,6 m e 516.000 TPB).
Quando o Knock Nevis desaparecer, aí sim, o Emma Maersk e seus irmãos, serão os maiores navios em operação, no mundo.
Obs.: Toneladas de Porte Bruto (TPB) ou Deadweight Tons (DWT) em inglês, é a medida, em toneladas métricas, de peso que um navio pode transportar em segurança. Inclui o peso da carga, tripulação, aguada, combustível, lubrificantes, víveres e sobressalentes.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Estacionamento para motocicletas elétricas

Sinal dos tempos. Uma loja da cadeia IKEA (loja de móveis da Escandinávia, famosa na Europa e na Ásia) em Singapura, tem estacionamento exclusivo para motocicletas elétricas, equipado com tomada para recarregar as baterias. Enquanto isto no Brasil (pelo menos aquí em SC), os Shopping Centers cobram o mesmo valor para estacionar uma motocicleta ou um automóvel. O espaço ocupado por um carro, no estacionamento, daria para acomodar no mínimo 4 motocicletas ou motonetas, do tamanho médio da maioria que circula no nosso país. Pior, o estacionamento de motocicletas é num canto perdido, em espaços desenhados para Honda Biz (sem nenhuma crítica a esse tipo de motoneta), com acessos copiados dos "mata-burros" de fazendas do interior. É quase um pedido explícito para que você deixe a motocicleta em casa e venha fazer compras com seu imenso 4x4 Turbo!

2010 - Ano de Desafios

Neste ano vamos ter que tomar decisões importantes, que serão fundamentais para o nosso futuro e o futuro do nossos filhos e netos. Temos, por obrigação, que fazer uma limpeza nos governos Federal e Estadual, além da maioria do Congresso Nacional. Dependendo da maneira como vamos escolher as pessoas que ocuparão os cargos de maior relevância naqueles níveis, nosso futuro poderá ser de esperança ou de desespero. Nós, os brasileiros, temos uma história de escolhas erradas. Espero que este ano seja diferente. Como inspiração, reproduzo aquí as palavras de um grande político, um dos fundadores da maior e mais longa democracia republicana da história da humanidade. "Quem governará os governantes? Só há uma força na nação capaz de manter o governo puro e os governantes honestos, e está força é o povo. O povo sózinho, se bem informado, é capaz de prevenir a corrupção do poder e retornar a nação ao seu caminho correto, se tiver sido desviada. Somente o povo é o depositário seguro de todo o poder do governo". Thomas Jefferson - autor da Declaração de Independência e terceiro presidente dos Estados Unidos da América.