A
Astronomia é uma ciência natural que estuda corpos celestes (como estrelas,
planetas, cometas, nebulosas, aglomerados de estrelas, galáxias) e fenômenos
que se originam fora da atmosfera da Terra (como a radiação cósmica de fundo em
micro-ondas). Ela está preocupada com a evolução, a física, a química e o
movimento de objetos celestes, bem como a formação e o desenvolvimento do
universo.
Em astronomia,
equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como
vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre
projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto no qual a eclíptica
cruza o equador celeste.
A palavra
equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites
iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a
duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o
instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do Sol
(crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do
horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm
igualmente 12 horas de duração.
Os equinócios
ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em
março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono
no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o
início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.
A Astronomia Náutica foi fundamental para a expansãos dos impérios europeus a partir do século XV. |
As datas dos
equinócios variam de um ano para o outro, devido aos anos trópicos (o período
entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365 dias, fazendo com que
a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que
não se encaixa necessariamente no mesmo dia. O ano trópico é um pouco menor que
365 dias e 6 horas. Assim num ano comum, tendo 365 dias e - portanto - mais
curto, a hora do equinócio é cerca de seis horas mais tarde que no ano
anterior. Ao longo de cada sequência de três anos comuns as datas tendem a se
adiantar um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano
bissexto seguinte há um aparente atraso, devido à intercalação do dia 29 de
fevereiro.
Também se
verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar-se.
Isto implica que, ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendam a
ocorrer cada vez mais cedo. Dessa forma, no século XXI só houve dois anos em
que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o
equinócio tem ocorrido em 20 de março. Prevê-se que, a partir de 20443 , passe
a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só vai
desfazer-se no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns
consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três.
Devido à
órbita da Terra, as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano em um
número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do
Sol (periélio) viaja mais depressa do que quando está mais longe (afélio).
Tudo isto me fez lembrar o meu grande mestre nas matérias curriculares "Astronomia Náutica" e "Navegação Astronômica", Comandante Alberto Senra Guimarães.
Estas duas cadeiras, juntamente com "Instrumentos Náuticos" e "Física Aplicada ao Navio" eram os "monstros" que habitavam embaixo dos nossos beliches e nos tiravam o sono, na Marinha.
Exercício prático de navegação, durante viagem de instrução da EFOMM, a bordo de um navio da Marinha do Brasil. |
O Comandante Milton Pimentel era nosso professor de "Instrumentos" e o Comandante Manoel Cavalcante Monteiro era o mestre de "Física Aplicada".
Este trio de grandes mestres ensinaram as matérias básicas da Ciência Náutica, crucial na formação de milhares de Oficiais da Marinha Mercante Brasileira.
Minha profunda gratidão a eles, que já não habitam este planeta.
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