quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Reconhecimento, ainda que tarde.


Gen. Ray Odierno entrega a medalha Purple Heart ao Major (R/1) Jesus Baltazar
Hoje, com um atraso de 70 anos, o General Ray Odierno, Chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, entregou a medalha Coração Púrpura (Purple Heart, em inglês) ao Major da reserva Jesus Baltazar, um veterano da II Guerra Mundial de 94 anos de idade.

O Maj. Baltazar foi ferido em ação nas Filipinas e forçado a participar de infame Marcha da Morte de Bataan. A marcha foi composta por cerca de 70.000 prisioneiros de guerra filipinos e americanos, que foram obrigados a marchar a pé por quase 100 km, em terríveis condições, pouca alimentação e pouca água, sofrendo constantes agressões das tropas japonesas.

Mais de 4.000 prisioneiros morreram durante a marcha.

Apesar de ter sido ferido durante a guerra, antes de cair prisioneiro dos japoneses, o Maj. Baltazar não haviar recebido sua medalha. Parte do seu arquivo pessoal no Exército foi extraviado durante a guerra.

Nós últimos dois anos familiares e amigos pressionaram o Departamento de Defesa e conseguiram reconstruir os dados que faltavam em seus registros, inclusive com o testemunhos dos pouco mais de 60 sobreviventes da marcha, ainda vivos nos EUA.

O Secretário de Estado John Kerry, um veterano da guerra do Vietnam, foi um dos apoiadores da revisão dos arquivos do Major Jesus Baltazar.

Guarda de Honra desfila em continência ao Maj. Jesus Baltazar
Ao entregar a medalha o Gen. Ray Odierno disse: "Esta medalha é uma dívida de 70 anos. É importante para todos nós que envergam o uniforme das Forças Armadas americanas, assegurar o reconhecimento para aqueles que serviram com distinção e sacríficio, na defesa da liberdade."

A medalha Purple Heart é conferida, em nome do Presidente dos Estados Unidos, a todos os militares mortos ou feridos em ação.

Um exemplo que deveria ser seguido pelo Ministério da Defesa do Brasil, homenageando os militares  e policiais, mortos ou feridos em ação na defesa de nossa segurança, inclusive nos trágicos anos em que a guerrilha terrorista atuava dentro do país, nas décadas de 1960 e 1970.

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