segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O Estado admite falência na Segurança Pública - O sentimento separatista cresce


Parte do Brasil já está dividido. A soberania nacional já não cobre os 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro.

Segundo declarações do secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, há uma "nação"dentro daquele estado.

"O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou nesta segunda-feira (26) que o Estado possui uma "nação de criminosos", o que seria a causa do grande número de pessoas atingidas por balas perdidas nos últimos dias."

Beltrame foi questionado sobre os casos de vítimas de balas perdidas na região metropolitana do Rio nos últimos dias.  Desde o dia 17 de janeiro foram 13 casos, sendo 11 na cidade do Rio de Janeiro, um em Niterói e outro em São Gonçalo. Quatro vítimas morreram.

O caso mais recente ocorreu na madrugada desta segunda-feira, quando uma dona de casa foi atingida por uma bala perdida enquanto dormia, no bairro de Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro

O secretário admitiu a a incompetência da Polícia em combater o crime e colocar as favelas dominadas pelo tráfico sob a tutela da lei e da ordem.

"As ações policiais de combate à criminalidade são insuficientes para resolver o problema, pois a segurança pública não se faz apenas com polícia. Se a polícia tivesse sido responsável por essas balas perdidas, a população já teria ido para a rua queimar ônibus."

Segundo Beltrame, no interior das comunidade dominadas os moradores não protestam contra ações de traficantes de drogas por temerem represálias.

Mais adiante o Secretário, que ocupa o cargo há 7 anos e é Delegado da Polícia Federal desde 1981, admite que o Estado do Rio de Janeiro não tem condições de combater o crime organizado, instalado nas mais de 1000 favelas existentes no estado.

"Beltrame disse também que, no momento, o Estado do Rio de Janeiro "não tem condições" de promover novas ocupações de comunidades dominadas pelo tráfico, o que representa uma pausa no projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora)."

Desde a reeleição de Dilma Rousseff em outubro de 2014, aumenta o sentimento separatista no Brasil.

Soldados do tráfico exibindo armamento pesado, em Jacarepaguá, RJ
O trinômio Segurança-Saúde-Educação, totalmente negligenciado nos últimos 25 anos, além da doutrina da impunidade, que tem seus maiores expoentes no Governo Federal, transformaram o país em "tribos" distintas, que procuram sobreviver dentro do caos que se implantou.

Com a grande maioria dos recursos provenientes da enorme carga tributária paga pelos cidadãos brasileiros - que já atinge 40% do PIB nacional - controlados por Brasília, os Estados não tem condições nem recursos para investir nas necessidades básicas mais carentes de sua população.

Traficantes exibindo armas em Salvador, BA
Sem ver qualquer possibilidade de solução para a situação caótica em que o país se encontra nestes três itens básicos, naqueles estados onde a situação ainda não está totalmente fora de controle cresce o sentimento e a vontade de se separar da República, como forma de impedir que a criminalidade acabe por tomar conta da sociedade.

Com mais de 50.000 assassinatos por ano e 19 cidades listadas no topo das 50 mais violentas do mundo, o Brasil se rendeu à criminalidade.

A pá de cal foi dada pela própria presidente da República, ao enaltecer um traficante de drogas, executado dentro das leis do país onde cometeu o crime, e esquecer as dezenas de políciais mortos no Brasil em confronto com a criminalidade, todos os anos.

O Brasil, o gigante adormecido, está agora também amarrado pelas cordas da corrupção, da falta de segurança pública e da falência da educação e da saúde.

Um comentário: