domingo, 27 de maio de 2012

Adeus, Cravinhos.

Eu e Cravinhos, Fevereiro de 2011
Antonio Cravinhos Silva Jr. - 29/01/1952 - 27/05/2012
Adeus, bravo Harleyro. Trocou suas duas rodas por duas asas.
Agora está rodando pelas estradas do Céu, na companhia dos bons.
Que Deus o tenha.

sábado, 26 de maio de 2012

Harley-Davidson do Tsunami Será Preservada


A Harley-Davison Softail Night Train 2004 foi parcialmente destruída no tsunami que devastou a região norte do Japão em Março de 2001 e será preservada no Harley-Davidson Museum, em Milwaukee.


A motocicleta foi encontrada por Peter Mark numa praia da British Columbia, Canadá. Através da placa e do número do chassis, o proprietário foi identificado e encontrado, no Japão.

Ikuo Yokohama perdeu sua casa e dois familiares no tsunami que destruiu sua cidade em 11 de Março do ano passado. Ele está morando temporariamente na cidade de Miyagi, Japão. A Harley-Davidson havia oferecido  para recuperar a motocicleta e enviá-la de volta ao Japão, mas Ikuo não aceitou.

Ykuo Yokohama
“Desde que a motocicleta foi encontrada, tenho discutido com vários amigos e familiares o que fazer com ela. Cheguei à conclusão que o melhor que podemos fazer é preservá-la nas condições em que está, no Museu da Harley-Davidson, como um tributo às mais de 15.000 vítimas do tsunami e um reconhecimento à comunidade Harley-Davidson de todo o mundo, que se movimentou no trabalho de me localizar e se ofereceram por recuperá-la”,  disse ele numa entrevista.

Peter Mark encontrou a motocicleta dentro de um container, junto com outros pertences, que foi carregado pelas correntes do Pacífico Norte, por mais de 7.300 km, até a costa oeste do Canadá. Com a ajuda de amigos a Night Train foi levada para a cidade de Victoria. Com o apoio de duas concessionárias H-D da região, o proprietário da motocicleta foi identificado.

A Night Train 2004, preparada para o transporte até Milwaukee.
Bill Davidson, Vice-Presidente do Harley-Davidson Museum disse estar honrado em receber a motocicleta, que será preservada e colocada em exibição no museu, como uma homenagem à vítimas do terremoto e do subsequente tsunami.

domingo, 20 de maio de 2012

GPS Garmin Zumo 220


Minha amiga Vera Filippetto pediu uma opinião sobre o GPS Garmin Zumo 220.

Este aparelho foi lançado em 2010 com o objetivo de atrair mais compradores para a linha Zumo, projetada para uso em motocicletas.

GPS Garmin Zumo 220.

Os dois irmãos mais velhos, o Zumo 550 e o Zumo 660 já estão no mercado há muito tempo e conquistaram um público fiel. O Zumo 660 é hoje o GPS mais vendido no mundo para uso em motocicleta, estando disponível na versão direta da Garmin ou nas comercializadas pela Harley-Davidson e pela BMW.

A comparação entre o Zumo 550 e o Zumo 660 já foi feita aqui e sua leitura é complementar ao que estou postando agora.

Básicamente o Zumo 220 executa as funções que precisamos para uma viagem de motocicleta, com alguns itens a menos, que justificam seu preço mais econômico. No mercado americano, o Zumo 220 é vendido por  US$400 no Amazon.com, enquanto o Zumo 660 custa US$650.

Garmin Zumo 220 - o que vem na caixa.
De tamanho reduzido, é o mais compacto da linha Zumo com apenas 209,2 cm³ e 215 gramas (O 550 tem 495 cm³/300 grama e o 660 tem 260 cm³/270 gramas).  

A tela do Zumo 220, de cristal líquido delgado, é exatamente do mesmo tamanho, tipo e resolução daquela encontrada no Zumo 550: 8,9 cm (2.8”) na diagonal, resolução de 320x240 pixels e tecnologia QVGA. 

A parte posterior do Zumo 220.
O tempo de uso, com bateria, está bem melhor. Segundo a Garmin, a bateria do 220 dura até 8 horas de uso, contra 4 horas no 550 e 5 horas no 660. Nos dois modelos maiores, na maioria das vezes o GPS está ligado na bateria do veículo, portanto o tempo de carga da bateria não é relevante. No caso do 220, é importante a bateria durar mais tempo, permitindo seu uso em motocicletas sem a ligação elétrica ao veículo.

O Zumo é resistente à chuva e vibrações. Vem equipado com uma entrada para um cartão microSD, permitindo aumentar a memória do GPS e a inclusão de mais mapas e rotas. Pode-se guardar 500 Pontos de Interesse (POI), a mesma capacidade encontrada no Zumo 550.

Igual ao Zumo 660, o 220 tem relógio universal, conversor de unidades e moedas e calculadora. 


Um problema, entretanto, é o teclado alfabético igual ao do 550, ao invés do padrão QWERTY, usado em computadores e encontrado no Zumo 660 e outros GPS mais completos da Garmin.

Teclado alfabético.
Outro inconveniente, pelo menos para mim, é não reproduzir mp3 e não ter saída de áudio, não permitindo a conexão ao sistema de som da motocicleta, como numa Ultra Glide, por exemplo.

Mas vem equipado com tecnologia Bluetooth que permite escutar as informações do GPS através do auricular de um celular ou do intercomunicador de capacete, tipo Scala Rider.

No mais, faz todas as demais funções encontradas na série Zumo da Garmin, tais como: excelente recepção dos sinais de satélite; uso de qualquer mapa compatível com o Mapsource; roteável; indicação sonora do caminho; escolha do tipo de rota (rápida, mais curta, fora de rodovias, evitar pedágios); limite de velocidade da estrada (nos EUA e Europa, é claro!), POIs individuais (favoritos), ver fotografias e compatibilidade com o sistema Windows XP ou mais novo e o Mac OS X 10.4 ou mais novo.

Resumindo, o Garmin Zumo 220 é um modelo econômico e que atende as necessidades básicas do motociclismo, com a tecnologia já provada da Garmin.

sábado, 19 de maio de 2012

O Pensamento de Willie G.

O que pensa Willie G. sobre . . .


. . . a divisória entre a fluidez mecânica e a tecnologia necessária nas motocicletas modernas:

"Quando penso em moto ciclo, estas duas palavras, isto é na realidade um motor e rodas. Algumas das motocicletas mais bonitas já construídas eram motos de trilha, só um motor e um par de rodas. A funcionalidade tem que liderar, mas o que é bacana a respeito da Harley-Davidson é que os engenheiros trabalham lado-a-lado com a minha equipe, de forma que podemos ter a melhor combinação que é visualmente agradável e que cumpre com os critério técnicos da funcionalidade. Assim, coisas necessárias são incluídas no projeto da motocicleta. O ABS, colocado no centro do eixo da roda da frente é um bom exemplo. Ele foi minimizado de forma a não estragar a beleza da roda dianteira da motocicleta."


. . . refrigeração a líquido no futuro da Harley-Davidson:

"Não posso dizer o que vai acontecer nos novos modelos, mas há certas vantagens num motor refrigerado a líquido. Nós sabemos disso. Mas há certos detalhes que tornam uma Harley-Davidson reconhecida, amada e desejada pelas pessoas. Nós queremos manter este visual. Uma V-Rod não precisa ter os cilindros expostos. O motor poderia parecer com uma bomba dágua. Mas não é. É um motor muito bonito, não é mesmo? Se você tiver que fazer a transição, tem que ser algo que mantenha o espírito. Você não pode passar do redondo para o quadrado. Um radiador é uma peça muito difícil de disfarçar num projeto, mas conseguimos escondê-lo na V-Rod e de uma forma bem suave. Como projetistas, podemos seguir por qualquer caminho, mas temos que ser muito cuidadosos."

. . . a Sportster:

"É uma Harley-Davidson clássica. Nos leva a 1957. Tem um grande valor. Nós a reinventamos várias vezes. Tenho orgulho do nosso departamento e da nossa habilidade em pegar esta motocicleta clássica e mantê-la atual. Dê uma olhada no que fizemos nos últimos seis, sete anos; o resultado é ótimo. Alguns modelos ficaram mais simples, outros mais clássicos, parecidos com motos construídas na garage de casa. A Seventy-Two nos leva ao visual dos anos 1960 e 1970. Tudo é questão de como você combina as partes, sem perder o conteúdo."


. . . a Harley-Davidson e os modelos antigos:

"Muitas pessoas perguntam se voltaremos a fazer uma Knucklehead ou alguma coisa do gênero. Temos que nos lembram que aquelas Knuckle e Panheads não tinham os detalhes que temos hoje. Eu tenho algumas dessas motocicletas antigas em casa e gosto muito delas, mas não podemos duplicá-las, hoje, pois não teremos como satisfazer certas exigências que não existiam naqueles tempos. Temos que continuar a reinventar nossas motocicletas. Elas tem que cumprir com as exigências modernas, sem perder a magia, a paixão, que despertam."

. . . a V-Rod e o desvio deliberado da tradição:

"As V-Rods são grandes motocicletas. O motor é uma maravilha. Não conseguimos produzí-las em número suficiente para atender o mercado latino-americano. Estas motocicletas são valiosas para nós pois, para ser uma empresa viável, temos que continuar a atrair novos clientes. Volume de vendas e resultado positivo é o que mantém uma empresa no mercado, assim temos que continuar inventando coisas novas e, ao mesmo tempo, manter aquilo que é nossa tradição de quase 110 anos. Motores refrigerados à ar representam o nosso maior volume. Por isso, temos que ter muito cuidado ao tentar coisas diferentes."

Parte de alguns depoimentos de Willie G. Davidson na imprensa especializada, depois do anúncio de sua aposentadoria. Willie G. foi o cérebro por trás da recuperação da Harley-Davidson e o responsável pelo projeto das motocicletas de maior sucesso mundial.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Triste Realidade do Trânsito


O trânsito matou 42.844 brasileiros em 2010, segundo dados recém-consolidados pelo Ministério da Saúde. Foram em média 117 mortes por dia. Um aumento de 13,9% em relação a 2009, quando os acidentes deixaram 37.594 vítimas.

Foi batido o recorde de 1996, quando 40.610 pessoas perderam a vida no trânsito. De lá para cá, houve algumas melhorias devidas a políticas públicas de segurança viária. Mas elas foram tímidas e duraram pouco. E a falta de rigor na fiscalização estimulou a imprudência e a confiança na impunidade.

A entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro, em 1998, trouxe alguns bons resultados, infelizmente passageiros. A legislação foi apontada como uma das mais avançadas do mundo por reunir normas rígidas, multas pesadas, apreensão da carteira de habilitação dos infratores e até prisão.

Radares eletrônicos se multiplicaram nas ruas e julgou-se, erradamente, ter aumentado a preocupação dos motoristas com os riscos do excesso de velocidade. Por dois anos consecutivos houve redução do número de mortes.

Mas entre 2000 e 2008, o total de vítimas voltou a crescer e só foi freado pela chegada da Lei Seca, em 2009, quando uma redução de 2% foi conquistada, graças às blitze que flagravam motoristas embriagados e os levavam às delegacias. O ânimo da fiscalização, porém, durou pouco e com ele as esperanças despertadas pela lei.

Os dados de 2010 - os de 2011 estão sendo consolidados - indicam que o maior aumento de acidentes foi registrado entre os ocupantes de motocicletas. Entre 2009 e 2010 aumentou em 16,7% o número de mortes de motociclistas e garupas, que chegou a 10.825.

Conforme o Mapa da Violência no Brasil, elaborado pelo Instituto Sangari, em cada três desastres com mortes registrados pelo Denatran, em 2010, um envolveu motociclista. Isso torna o Brasil o segundo país do mundo em número de vítimas de acidentes com motos.

São 7,1 óbitos para cada 100 mil habitantes, taxa que, nos últimos 15 anos, cresceu mais de 800%. A letalidade de um acidente é 14 vezes maior para o motociclista do que para ocupantes de automóveis.

Em dez anos, entre 1998 e 2008, o total de motociclistas mortos anualmente em acidentes passou de 1.047 para 8.939. Especialistas estimam que a tendência seja de agravamento da situação, tendo em vista a facilidade do crédito para a aquisição desses veículos, as deficiências da fiscalização dos motociclistas - muitos adquirem as motos sem ter carteira de habilitação - e a falta de infraestrutura urbana para abrigar essa frota crescente.

Dados do Denatran mostram que há mais de 18 milhões de motocicletas em circulação no País. O número equivale a 25% da frota nacional de automóveis e reflete um crescimento de 246% na última década.

Melhorar a malha viária, aprimorar as condições de segurança, investir em campanhas de conscientização e mudança de comportamento e estabelecer política educacional de longo prazo para melhorar a formação dos futuros motoristas são medidas fundamentais a serem adotadas pelo governo para tirar o Brasil do grupo dos países com maiores índices de mortos no trânsito - os outros são Índia, Rússia e China.

Os acidentes com pedestres também cresceram. O número de óbitos passou de 8.799 para 9.944 - uma alta de 13%. As mortes dos ocupantes de automóveis aumentaram 11%. Foram de 8.133, em 2009, para 9.059, no ano seguinte.

As duas regiões do País com maior índice de violência no trânsito são a Sudeste (15.598 óbitos) e a Nordeste (11.853). Outro dado preocupante - os jovens, de 21 a 29 anos, são as principais vítimas do trânsito, com 26,3% do total de mortos. Além de reduzir a expectativa de vida da população jovem, a tragédia do trânsito impõe altos custos sociais e econômicos aos sistemas de saúde e previdenciário.

A solução desse grave problema exige também que o governo - essa é a sua parte - se conscientize de que o aumento constante da frota de veículos exige a expansão e a melhoria da infraestrutura viária.

Fonte: O Estado de São Paulo

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Steve McQueen

O ator americano Steve McQueen é, sem dúvida, um dos ícones do motociclismo mundial.

Um entusiasta por corridas, ele participou de vários eventos pilotando carros e motocicletas, tendo se mantido durante anos, antes de se tornar um ator bem pago, com os prêmios obtidos em corridas de motocicletas por todos os Estados Unidos.

Era conhecido em Hollywood como um ator destemido, pois evitava que doubles fizessem as cenas mais perigosas, como é o costume na indústria cinematográfica.

Indian Scout, 1927, que pertenceu a Steve McQueen

As cenas do clássico "Fugindo do Inferno"(The Great Escape), filme lançado em 1963, são consideradas com uma das melhores do cinema, figurando ao lado de cenas vividas por Marlon Brando ("O Selvagem", 1953), Peter Fonda e Dennis Hopper ("Easy Rider", 1969).

James Coburn, Jamer Garner e Steve McQueen no set de filmagem de "Fugindo do Inferno"
Steve McQueen foi um veterano do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, tendo servido na Guarda de Honra do então presidente Harry Truman. Ele foi condecorado por bravura, ao salvar cinco Fuzileiros de um tanque que afundou no gelo, no Ártico, durante um exercício militar.

Steve McQueen e sua Indian Chief 1940

Steve McQueen em sua Triumph Boneville
Um colecionador de carros, motocicletas e aviões, Steve McQuenn faleceu aos 50 anos de idade, vítima de um câncer no pulmão.

sábado, 12 de maio de 2012

Onde Há Demanda . . .

Uma lei da economia é constantemente desafiada no Brasil. Trata-se da "Lei da Oferta e da Procura", que os miraculosos "planos econômicos" do período entre 1986 e 1994 - que devastaram nossa economia - tentaram revogar.

No Brasil do "nunca antes", insistimos na  busca dessa mesma utopia, como se a demanda por uma mercadoria ou serviço pudesse ser eliminada por decreto ou por cláusula contratual.

O mais recente exemplo é a onda de roubos de motocicletas Harley-Davidson, notadas já a partir do primeiro evento da Harley-Davidson do Brasil, o Rio Harley Days de Novembro de 2011. Naquele evento, segundo consta, três motocicletas foram roubadas no estacionamento vigiado e controlado.

Durante os idos do Grupo Izzo, as revendas H-D não tinham peças nem acessórios. Isto era um fato e todo Harleyro convivia com este problema, saciando sua sede nas dezenas de lojas e pequenos comércios e oficinas do país, que disponibilizavam a mercadoria que insistia em não marcar ponto na concessionária oficial e exclusiva. Complementavam com compras nos EUA, através da Internet ou em viagens de turismo ou trabalho.

Roubos de motocicletas Harley eram raros, quase inexistentes.

De repente, o Grupo Izzo se esfumaçou em sua própria incompetência e a comunidade Harleyra comemorou, com entusiasmo, a chegada oficial da Harley-Davidson no país do carnaval. E a festa momesca começou.

Como num enredo de Escola de Samba, a HD do B anunciou grandes planos para o Brasil, com a promessa de novas revendas - diziam que chegariam a 50 em 5 anos - um Centro de Distribuição de primeiro mundo e a realidade tão sonhada num futuro bem próximo. Como no carnaval, a festa acabou na terça-feira.

Temos uma dúzia de revendas, todas operando com muita dificuldade, um CD que teima em não decolar e uma cláusula contratual que proíbe os concessionários dos Estados Unidos de nos vender. Soma-se à isto a proibição de trazer peças na bagagem e o resultado? Uma sequência de roubos de motocicletas, para abastecer o mercado negro de peças.


Como numa narrativa Kafkaniana (1), continuamos a nos enveredar pelos caminhos tortuosos do terceiromundismo, transformando-nos num inseto monstruoso, eternamente deitado em berço esplêndido.

Um país que não tem infraestrutura para um fim-de-semana prolongado, se atreve a sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada. Um país com um dos maiores índices de corrupção mundial, que gera um dos piores sistemas de saúde, segurança e educação, faz um estardalhaço nas redes sociais contra uma enfermeira que maltratou um animal.

Este mesmo país tem a primeira linha de montagem da Harley-Davidson fora dos Estados Unidos, mas é incapaz de ter bateria original em suas concessionárias.

E os Harleyros ficam indignados quando começam a roubar as motocicletas, para gerar as peças que vão manter as Harley rodando. Seria cômico, se não fosse trágico.

E, assim, la nave va.

(1) Franz Kafka foi o autor de A Metamorfose, publicado em 1915, que narra o caso de um homem que acorda transformado em um gigantesco inseto.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Harley-Davidson Lidera Pesquisa de Satisfação


Dados da pesquisa de satisfação de potenciais clientes indicam que os concessionários Harley-Davidson lideram o mercado, com o melhor resultado entre as 16 mais importantes marcas de motocicletas comercializadas no mercado americano.

A pesquisa, realizada anualmente, é conduzida pela empresa Pied Piper Management Company, da Califórnia, especializada no desenvolvimento de programas de marketing e vendas para revendedores de veículos.


A empresa utilizou mais de 1.600 "clientes misteriosos" para testar como um potencial comprador de motocicletas é atendido numa concessionária. Entre os pontos pesquisados está a forma como o vendedor se aproxima, quando o cliente entra na loja, como se apresenta ao cliente e as facilidades que oferece para que êle tome uma decisão de compra, como, por exemplo, a oportunidade de fazer um "test ride" nas motocicletas.

Segundo a pesquisa, os revendedores Harley-Davidson apresentaram o melhor desempenho nos 16 itens analisados. A BMW e a Ducati ficaram empatados em segundo lugar.

O relatório completo está aqui.

domingo, 6 de maio de 2012

Reencontro de Dois Camaradas

Esta foto foi tirada pela minha amiga e ex-vizinha Linda Uhley, de Ocala, FL.
Um evento de aviões e carros antigos esta sendo realizado no Aeroporto Internacional de Ocala, neste fim de semana.

Foto de autoria de Linda Uhley, de Ocala, Flórida.
A foto bem poderia ter o título desta postagem, mas não temos informação se o senhor que aparece na fotografia é, de fato, veterano da Aviação Naval dos EUA ou se serviu em outra Arma.

A aeronave é um North American T-28 Trojan, avião de treinamento avançado desenvolvido no final da década de 1950 e que ficou em serviço ativo nas Forças Armadas de vários países até o final da década de 1990. Nos Estados Unidos eles foram utilizados principalmente para treinamento avançado pela Marinha e pelos Fuzileiros Navais, até 1984. O T-28 Trojan também foi utilizado como aeronave de ataque ao solo, durante a Guerra do Vietnam.

A Marinha do Brasil adquiriu 18 NA T-28R-1, repassando-os à FAB quando da edição do estúpido decreto de 1965, que tirou a aviação de asa fixa da Marinha (que só podia operar helicópteros, depois disso). Esse erro estratégico só foi corrigido no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso.

Para os saudosistas (como eu, é claro!), uma foto histórica, com cinco NA T-28R-1 no convés de vôo do porta-aviões NAeL "Minas Gerais", cuja chegada ao Brasil definiu minha intenção de ingressar na Marinha.

Porta-aviões "Minas Gerais", com cinco NA T-28R-1 no convés de vôo - 1964

sábado, 5 de maio de 2012

International Female Ride Day

Minha homenagem e meu carinho a todas as mulheres que andam em motocicletas: pilotando ou garupando!


O MUNDO É O SEU LIMITE!

Com história conturbada, Harley-Davidson vira fenômeno no Brasil

Interessante artigo publicado no UOL.com, por Roberto Agresti.


"Um inequívoco sinal da evolução do mercado de motos no Brasil é a proliferação de diferentes grupos que elegeram a moto como hobby. Apesar do mais visível motociclista entre nós ser o que rasga avenidas e ruas das grandes cidades para atender à crescente demanda por entregas seja do que for -- comida, documentos, remédios -- tal uso profissional da motocicleta não contém paixão, ao contrário de quem elege a moto como passatempo.

Foto de Doni Castilho/Infomoto
 A proliferação de diversos tipos de motos de diferentes segmentos fez nascer uma grande quantidade de "tribos". Num passado recente motos variavam apenas de marca e tamanho, mas hoje as subdivisões são muito mais intrincadas, e esse fator de multiplicação está refletido nos tipos humanos ao guidão.

Trails, custom, enduros, grã-turismos, supersports, adventurers, esportivas, choppers, cafe racers, bobbers, racing replicas, cross... No Brasil há hoje motos para todos os gostos e bolsos, deixando na poeira os automóveis e suas canônicas subdivisões (coupés, hatches, sedãs, SUVs e outros), modestas diante da inventividade segmentadora do mundo da motocicleta. Mesmo os especialistas no assunto se surpreendem com a velocidade na qual a indústria e os seus clientes criam novas "famílias".

Porém, um dos grupos mais vistosos é o formado pelos tradicionalistas fãs de motos estilo custom, cuja "mãe" de todas elas, exemplo máximo do segmento, são as norte-americanas Harley-Davidson.

Decadente nos anos 1960, a Harley foi comprada por uma fabricante de sistemas para pistas de boliche (!), a AMF, em 1969. Tal gestão agravou a crise e, moribunda, a lendária marca nascida no meio-oeste norte-americano, na cidade de Milwaukee, em 1903, só começou a renascer quando comprada em 1981 por um grupo de investidores capitaneados por Willie G. Davidson, neto de um dos fundadores. Desde então se iniciou uma dura caminhada de reconquista de clientes e prestígio.

Se entre os norte-americanos as Harley-Davidson sempre tiveram os status de mitos sobre rodas, foram mesmo os europeus a salvar a empresa, já que as H-D viraram moda a partir de meados dos anos 1990 entre italianos, alemães, franceses e espanhóis. Para conseguir virar o jogo, a empresa inteligentemente abdicou de seu passado de diversificação -- em que tentou, sem sucesso, enveredar por nichos diferentes, produzindo motos fora-de-estrada, utilitárias de baixa cilindrada e até mesmo scooters.

Harley V-Rod Muscle: modelo que fugiu à tradição da marca e não chegou a emplacarFoto de Doni Castilho/Infomoto

Focando sua produção em mastodônticos modelos, resolvendo problemas crônicos de confiabilidade e desovando infindáveis variações sobre o mesmo tema, sempre equipadas com o clássico motor em V a 45 graus, a Harley-Davidson floresceu, vivendo um intenso ciclo virtuoso que só foi abalado com a crise de final de 2008. No meio de seu auge, até mesmo para contrariar seus detratores que a acusam de fabricar a mesmíssima moto há 50 ou 60 anos -- algo que, se não é 100% verdade, também não chega a ser mentira --, a empresa lançou em 2002 uma moto com motor inédito, a V-Rod.
Em termos de arquitetura, o motor deste modelo não se distancia dos clássicos motores H-D, pois é sempre um bicilindro em V a 45º, mas a moto inovou no sistema de refrigeração, líquida, e numa interessante tecnologia de construção do chassi que utiliza água sob altíssima pressão para curvar os tubos de aço. Mesmo sendo um visível passo à frente em termos tecnológicos, a V-Rod ensinou à Harley-Davidson que seu cliente é pouco impressionável por tais esforços, e a V-Rod, sem poder ser chamada de fracasso, tampouco é sucesso.

Hoje, apesar da crise mundial que redundou no declínio de vendas e queda de seu valor de mercado, uma reengenharia teve início na empresa: para começar, a H-D limou dispersões como o braço esportivo (a marca Buell) e vendeu a italiana MV Agusta. Independentemente disso, as Harley-Davidson continuam mais prestigiadas e cultuadas do que jamais foram no passado -- mas a expansão em novos mercados é a chave para seu futuro.

PAÍS-CHAVE
O Brasil, onde a história da marca é longa e conturbada, é um alvo declarado dessa reinvenção da empresa. Suas motos entre nós no passado tiveram forte vínculo no uso militar, atendendo demandas dos batedores do exército, polícias rodoviárias federal e estaduais. Com o fechamento das importações em 1976, algumas unidades passaram a ser montadas em Manaus (AM), com escancarado objetivo de abastecer os clientes de farda. Na sequência houve um grande hiato para, com a abertura às importações dos anos 1990, voltarem ao mercado pelas mãos de um importador brasileiro, o Grupo Izzo.

O apetente mercado nacional induziu a matriz a se instalar em primeira pessoa também em Manaus em 1999, montando alguns modelos mas mantendo a parceria com o representante, que detinha exclusividade na comercialização. Anos de boas vendas não impediram que o diálogo entre a casa mãe e o Grupo Izzo acabasse em duelo jurídico, com a Harley-Davidson reivindicando para si o direito de retomar 100% da operação, coisa que desembocou em um acordo cuja cifra recisória paga aos ex-representantes estimula a imaginação de muitos.

Acordo firmado, a Harley-Davidson do Brasil estreou ao seu próprio "guidão" em fevereiro de 2011, e agora, um ano depois, inaugurou nova planta em Manaus, onde monta 18 modelos que vêm dos EUA em regime CKD. A duras penas "arruma a casa", tentando recuperar os arranhões à sua imagem causados pelas carências do passado recente e estabelecendo uma nova rede de concessionários. Especial atenção deu ao fornecimento de componentes e logística para evitar os fantasmas da assistência técnica aproximativa, capaz de minar qualquer marca, por mais sólida que seja sua imagem.

Em seu pioneiro ano operando em primeira pessoa, a Harley-Davidson no Brasil comemorou 4.322 emplacamentos, segundo dados da Fenabrave (associação das concessionárias), média mensal de 360 motos. Nos três primeiros meses de 2012 a cifra de Harley-Davidson que chegaram às ruas foi de quase 500 motos/mês, em um período onde o mercado como um todo decresceu, o que comprova que mesmo oferecendo modelos clássicos a um custo elevado -- a mais barata H-D sai por pouco menos de R$ 30 mil, e a mais cara, acima de R$ 70 mil --, a lendária marca de Milwaukee é também uma das mais desejadas entre os brasileiros."
Roberto Agresti é editor da Revista da Moto

Um comentário sobre a AMF (American Machine and Foundry), a companhia que controlou a Harley-Davidson entre 1969 e 1981: a empresa foi fundada em nos EUA em 1900 por Rufus L. Patterson, inventor da primeira máquina automática de produção de cigarros. Depois da Segunda Guerra Mundial, já sob a liderança de seu filho, Morehead Petterson, a AMF criou a primeira máquina automática de recolocação de pinos de boliche, fazendo o boliche crescer nos Estados Unidos como o maior esporte competitivo em equipe. A AMF começou a produzir bicicletas em 1950. Durante as décadas seguintes a empresa cresceu em vários segmentos, incluindo a produção de equipamentos de ginástica, esqui, cortadores de grama, fabricação de bolas esportivas, motos de neve, entre outros. Em meados dos anos 1980 a companhia enfrentou sérios problemas de gerência e teve que se desfazer de muitas subsidiárias, inclusive a HDMC, vendida a um grupo de executivos, liderados por Willie G.
Desde 1997, a empresa sómente fabrica e opera pistas de boliche, tendo 16.000 empregados.