terça-feira, 21 de setembro de 2010

Final da Novela? Pode ser . . .

A colunista Marina Diana publicou uma nota ontem, em sua coluna no site www.ig.com, informando que a H-D pode chegar a um acordo com o Grupo Izzo, ainda esta semana.
O acordo, procurado pela Izzo segundo o site da própria empresa, colocaria um ponto final na novela da quebra de contrato de exclusividade na comercialização das motocicletas e acessórios Harley-Davidson no Brasil, que se arrasta desde o final de 2009.
Segundo a colunista, a possibilidade do acordo foi informada pelo advogado da Harley-Davidson, no processo que a marca move contra seu revendedor exclusivo.
Para o mercado, o fim da exclusividade do Grupo Izzo parece ser uma excelente perspectiva, que promete melhorar o atendimento aos consumidores da marca.
Campeã de reclamações por mal atendimento e não cumprimento de obrigações contratuais, o Grupo Izzo representa, para o proprietário de motocicletas H-D, o que é de pior numa concessionária. Esta é, pelo menos, a opinião de centenas de harleyros nos vários fóruns que tratam da marca, na internet. O percentual de proprietários que defendem o atual representante exclusivo da marca, é ínfimo.
Segundo divulgado em recente evento não oficial da marca, a Harley-Davidson pretende expandir sua presença no país, tão logo termine este imbroglio com o Grupo Izzo.
Um total de 50 revendas serão credenciadas em todo o Brasil e um Centro de Distribuição está sendo construído no Estado de São Paulo, para permitir a disponibilidade rápida de peças e acessórios, resolvendo um dos graves problemas nas atuais revendas da marca: falta de peças.
Enquanto isto, os preços de motocicletas novas continuam despencando, apresentando uma grande oportunidade para quem deseja trocar sua Harley por um modelo 2010 ou para quem pretende ingressar no mundo da marca de motocicleta mais valorizada por seus proprietários, no mundo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

HDPoint e MB Pimenta Unem Forças


A HDPoint, de Balneário Camboriú, SC e a MB Pimenta, de São Paulo estão agora operando sob a mesma bandeira.

Com o falecimento do Ivens Branco, em maio, o mercado do sul do Brasil estava curioso em saber qual rumo a HDPoint tomaria.
O sócio majoritário da empresa, Adilson Altrão, tinha planos ambiciosos para a HDPoint, com vistas à consolidação da marca na região Sul/Sudeste.
O herdeiro do Ivens, seu filho Diego, por outro lado, tinha planos de investir em outra atividade e pretendia sair da sociedade.
Esta decisão permitiu ao Adilson Altrão procurar um sócio de renome e de peso, para alavancar o crescimento da HDPoint. O novo sócio revelou ser a MB Pimenta, de São Paulo, um peso-pesado no mercado especializado em motocicletas Harley-Davidson, com uma reputação elevada na capital paulista. As negociações duraram várias semanas, entre o Altrão e o Antonio Pimenta e seus sócios no empreendimento paulistano. Procurando os pontos de vista em comum e as sinergias possíveis, HDPoint e MB Pimenta chegaram à conclusão que a associação era o caminho a seguir. Recentemente formalizada e tornada pública hoje, através do nosso blog, a parceria HDPoint-MB Pimenta promete fazer muito ronco nas estradas do Brasil.

domingo, 19 de setembro de 2010

Excesso de Velocidade

Sempre há dois lados de toda história (bem, na realidade há três: a sua versão, a versão da outra pessoa e a verdade).
Excesso de velocidade é um problema, mas não pela razão que a maioria das pessoas pensam. Exceder o limite de velocidade é só um lado da história.
Nas rodovias federais e estaduais duplicadas, qual é a velocidade que você espera que a maioria dos veículos trafeguem? 100, 110, 120 km/h? Se um veículo está trafegando a 50 km/h, é a diferença em velocidade que causa um perigo?
Estudos conduzidos nos Estados Unidos, indicam que colocar limites de velocidade abaixo da velocidade 85% , agrava os problemas relacionados com variação de velocidade, aumentando o risco de acidentes.
O que é “velocidade 85%”? Simplesmente a velocidade em que 85% dos veículos trafegam naquela rodovia.
Em outras palavras, numa rodovia como a BR-101, no Paraná (velocidade máxima 110 km/h), nenhuma redução de velocidade deveria estar abaixo de 90 km/h.
E no entanto, naquela rodovia, há pontos que obrigam a redução para 60 km/h e até 40 km/h (inclusive as absurdas reduções em frente aos postos da Polícia Rodoviária Federal)
Se as reduções de velocidade, imposta pela sinalização, forçam os veículos a velocidades abaixo dos 85%, a possibilidade de acidentes é muito maior. A maioria dos motoristas não acatam limites de velocidade desnecessárias ou sem aparente motivo, o que leva ao desrespeito à sinalização.
O correto seria não permitir construções próximas das rodovias, que venham a se constituir em um risco ao tráfego. Todo mundo conhece aquelas famosas placas “Consulte o xxx antes de construir próximo desta rodovia”, que existem em toda parte, no Brasil. No entanto, vemos de tudo: de bairros residenciais de baixa renda até escola de ensino básico (outro absurdo).
Daí, o veículo que vem trafegando a 110-120 km/h vê uma placa limitando a velocidade a 40 km/h. Uma redução de quase 60%!!!!!!
Na maioria dos países onde o respeito pela vida é prioridade (o que não é o caso do Brasil - veja a questão de segurança pública e saúde), estradas de alta velocidade (rodovias, freeways, etc.) tem as seguintes características básicas:
  • Pavimentação impecável
  • Sinalização perfeita
  • Acesso limitado

O que chamamos de “sinalização perfeita”, além do óbvio?

Uma sinalização inteligente, onde a necessidade de redução da velocidade seja avisada MUITO ANTES de se chegar ao local. Não é uma pequena placa dizendo “reduza a velocidade” ou “obras a 100 metros” ou, pior ainda, um pobre operário de empreiteira balançando uma suja bandeira vermelha.

Naqueles países que mencionei, 1 a 2 quilômetros antes do evento já há painéis luminosos, de tamanho considerável, indicando a necessidade de redução de velocidade.

No nosso país, quando a sinalização está 200 metros antes, já é um feito considerável. Muitas vezes a sinalização está junto com o obstáculo (obra, falha na estrada, acidente, etc.).

O acesso limitado (veja as rodovias estaduais de alta velocidade de São Paulo, como os únicos exemplos corretos no Brasil) evita a entrada de veículos em baixa velocidade, num fluxo de tráfego de alta velocidade.
O mesmo se aplica às saídas da rodovia. Na maioria das BRs, uma placa (quando há uma) indica “Saída a 200 m”, como se alguém pudesse reduzir a velocidade em 60%, para sair da pista principal, sem provocar freadas bruscas nos veículos que estão atrás.

E os limites de 40 km/h em frente dos postos das Polícias Rodoviárias (Federal ou Estadual)?

Quantas vezes você vê, realmente, um policial de pé, ao lado da pista, olhando os carros que passam e, eventualmente, parando um deles para fiscalização? Não sei no resto do Brasil, mas no Sul e no Sudeste, quase nunca.

Muito mais importante e de maior resultado, seria a construção de balanças para controlar o excesso de peso nos caminhões. Na Serra do Mar, sentido Sul, no Paraná, quase todos os dias há acidentes com caminhões que não conseguem fazer certas curvas (sempre as mesmas). Por que? Porque a curva é mal construída e os caminhões estão com excesso de peso e não conseguem diminuir a velocidade e completar a curva! Dois problemas, única e exclusivamente de responsabilidade das autoridades (leia-se DENIT e ANTT). E as balanças continuam fechadas ou operando precáriamente.

Mas, toda vez que há um grande acidente, o Inspetor da PRF ou o Oficial responsável da Polícia Rodoviária Militar sempre apresenta o condutor como o único responsável pelo acidente, por não ter “respeitado a sinalização”.

Sinalização?

Seja nas rodovias ou nos centros urbanos, sinalização viária no Brasil (horizontal ou vertical), é uma piada. De mau gosto.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mais Um Motivo Para Ir a Gramado

Tudo indica que o 3º HDPoint Gramado-Canela vai ser, sem dúvida, o melhor evento realizado pela HDPoint, de Balneário Camboriú, SC. Agora, com mais um motivo: visitar o recém inaugurado Museu da Harley, em Gramado.
O evento tem uma programação bastante atraente, como pode ser verificado no site HDPOINT Eventos.
O mês de Outubro é uma época excelente para visitar a Serra Gaúcha, pois as temperaturas são muito amenas, com pouco frio e ainda sem o calor do verão.
Muitos motociclistas vão aproveitar o evento e chegar mais cedo, para poder visitar todas as atrações que a região oferece.
Gramado e Canela tem atrações para todos os gostos e idades e uma gastronomia reconhecida em todo o Brasil.
Além do Dreamland-Museu de Cera, do Hollywood-Museu do Automóvel e do Harley Motor Show, recomendo conhecer o Mini Mundo, também em Gramado.
Outra sugestão é visitar a cidade de Nova Petrópolis, conhecida como o "Jardim da Serra Gaúcha", a apenas poucos quilômetros a oeste de Gramado, na RS-235. Sugiro a leitura da minha postagem "Gramado, Pela Rota do Sol", se você quiser mais informações.

domingo, 12 de setembro de 2010

Os 5 Maiores Erros de Pilotagem

Quem me acompanha neste blog, sabe que sou muito preocupado com segurança, um conceito que aprendí muito cedo, na Marinha, e que tive que exercer com muito critério em todos os anos que passei no mar. Pilotando motocicletas há mais de 50 anos, tive a felicidade de nunca me envolver em um acidente sério. Tive, é claro, minha pequena dose de quedas, todas com a motocicleta parada. E uma pequena colisão com a traseira de um carro, parado na minha frente num sinal de trânsito. O carro acelerou quando o sinal abriu e imediatamente freou, bruscamente. A colisão resultou num parachoque levemente amassado e nas bengalas da minha Honda 125 empenadas (isto foi em meados da década de 1970). O motorista do carro foi honesto em admitir sua participação no acidente, desculpando-me por estar conduzindo minha motocicleta tão próximo. O blog do Cmte Maccori publicou hoje uma postagem muito interessante sobre segurança nas estradas, cuja leitura recomendo. E me lembrou de listar os 5 Maiores Erros de Pilotagem em Motocicletas, como definidos pelo Comitê de Investigação de Acidentes Viários, da Polícia de Baltimore, Estado de Maryland, EUA: 1 - Falha em reconhecer o perigo antecipadamente
  • Pilotos inexperientes ou mal treinados normalmente não desenvolvem a capacidade de antecipar situações de perigo, que é fundamental na pilotagem segura. Quanto mais tempo você tiver para reagir, maiores chances terá para evitar um acidente. Ou, alguns, simplesmente não reconhecem um perigo e conseqüentemente não fazem nenhuma correção para evitá-lo. A triste realidade do motociclismo é que você é menos visível do que os veículos maiores. Sua habilidade em evitar perigos depende de sua capacidade em reconhecer situações no tráfego em que você pode estar invisível aos outros usuários da estrada e que exigem ajustes de sua parte, relacionados à velocidade e posicionamento na pista.

2 – Frenagem excessiva da roda traseira

  • Você conduziria seu carro com somente 30 a 40 por cento dos freios disponível? As investigações demonstram que pilotos inexperiente fream excessivamente a roda traseira, às vezes excluindo totalmente os freios dianteiros. Obviamente isto aumentará a distâncias de parada e a possibilidades de uma colisão. Muitos pilotos, interrogados logo após um acidente, não recordam nem mesmo se aplicaram os freios dianteiros. Por outro lado, usar exclusivamente os freios dianteiros, numa motocicleta de grande porte, provoca a mesma situação. A regra de ouro ainda é aplicar mais intensamente os freios dianteiros, mas agregar a frenagem dos freios traseiros, também.
3 – Negociação nas Curvas Os seguintes erros são os mais frequentes:
  • Entrar na curva com velocidade excessiva – incapaz de reconhecer a severidade da curva, o piloto normalmente decide aplicar os freios ao inclinar-se para reduzir a velocidade, levando à inevitável perda de aderência e de tração.
  • Não olhar através da curva, geralmente fixando-se em um obstáculo. A regra de segurança determina que você deve fixar sua visão aonde você quer estar e não no ponto à sua frente.
  • Falha na inclinação correta, de acordo com a velocidade. Muitos pilotos falham em usar a inclinação necessária para passar pela curva, inclinando-se demasiadamente (e perdendo tração) ou inclinando-se menos e saindo da faixa da curva.
  • Aplicar os freios enquanto se inclina. Na maioria das vezes, a quantidade de frenagem aplicada excede a capacidade de tração dos pneus, na inclinação em que se encontra a motocicleta.
  • Escolha da trajetória – o piloto escolhe uma trajetória que o leva a cruzar a faixa de separação das pistas ou o coloca muito próximo desta faixa, ficando no caminho dos veículos em direção oposta e que podem estar muito próximos da mesma faixa.

4 – Direção

  • As investigações demonstram, frequentemente, situações em que parece que o piloto virou em direção ao outro veículo, ao invés de distanciar-se dele. Ou não fizeram um movimento evasivo que poderia ter evitado a colisão. Ou, ainda, seguiram em direção a um obstáculo que poderia ter sido evitado. Este erro é atribuído à falta de conhecimento da contra-exterção. As motocicletas necessitam de comandos distintos em baixa e alta velocidade. Em baixa velocidade, ou quando estamos manobrando, normalmente giramos o guidão na direção aonde queremos chegar. Em alta velocidade, o movimento é ao contrário: se queremos ir para a direita, o guidão tem que ser movido para a esquerda.

5 – Falta de treinamento

  • A falta de treinamento é um erro gravíssimo. Muitos acidentes poderiam ser evitados se os pilotos tivessem treinamento adequado, antes de entrar numa rodovia. Pilotar na cidade, em baixa velocidade, é totalmente diferente de faze-lo numa rodovia, em velocidades superiores a 100 km/h. Muitos acidentes ocorrem com motociclistas inexperientes e mal treinados. Este é um erro terrível porque acidentes com motocicleta podem ser muito sérios.

A inexperiência conduz sempre a uma pilotagem além de sua capacidade ou habilidade.

Pilote sempre com a segurança em primeiro lugar.