sexta-feira, 31 de julho de 2015

Faixa de ônibus: Infração gravíssima



Transitar nas faixas exclusivas de ônibus em horários proibidos é agora infração gravíssima.

O motorista que desrespeitar a lei vai pagar uma multa de R$574,00, sete pontos na carteira e pode ter o veículo apreendido.


A alteração no Código Brasileiro de Trânsito (CTB) foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira, 31/7/2015. Antes da mudança, a infração era considerada leve, com multa de R$53,20 e perda de três pontos na carteira.

Quantos somos?


O “Dia do Motociclista,” comemorado em 27 de julho serve de estímulo para a realização de passeios em duas rodas, palestras e eventos de moto-clubes. 

A ocasião também é propícia para uma série de ações educativas visando a pilotagem defensiva e a segurança no trânsito.

Atualmente, o Brasil figura entre os seis maiores produtores mundiais de motocicletas. Segundo a edição de 2015 do Anuário da Indústria Brasileira de Duas Rodas, tendo por base os dados de 2014, entre as 23.027.875 motocicletas da frota nacional, 38,5% se encontram na Região Sudeste (8.873.235 unidades) e 27% na Nordeste (6.211.226 unidades), considerando-se as maiores concentrações regionais. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 15,3% (3.524.907 unidades), Centro-Oeste, com 10,2% (2.354.211 unidades), e Norte, com 9% (2.064.296 unidades).


Com base nos licenciamentos do Registro Nacional de Veículos Automotores – Renavam, pertencente ao Departamento Nacional de Trânsito – Denatran, o estado de São Paulo possui a maior frota de motocicletas do País, com 5.019.766 unidades, seguida por Minas Gerais, com 2.529.365, Paraná, com 1.334.785, Ceará, com 1.310.221, e Bahia, com 1.283.897 unidades.

Pela base oficial de dados de 2014, do total de 62.847.293 de brasileiros habilitados para conduzir todo tipo de veículo, 42,64% podem legalmente pilotar motocicletas, ou seja, 26.799.931 habilitados encontram-se classificados na categoria A. No Brasil, há 21.181.481 homens e 5.618.450 mulheres com habilitação para pilotar motocicletas.


Ente os homens habilitados a maior faixa etária, com 50,53% do total, está entre 31 a 50 anos. A faixa mais jovem, de 18 a 21 anos, representa apenas 6% do total. 


No caso das mulheres, predomina a faixa etária de 31 a 40 anos (33,63%), seguida por 22 a 30 anos (37,83). A faixa mais jovem, de 18 a 21 anos, atinge apenas 7,79%. As mulheres correspondem a 22% dos compradores do veículo no País.

A maior parte dos compradores de motocicletas no Brasil está na faixa de 21 a 35 anos de idade (49%). Em seguida, estão os brasileiros acima de 40 anos, correspondendo a 29% do total. Apenas 5% dos compradores têm até 20 anos.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Preços dos Pedágios Disparam

 

Valor dos pedágios dispara com Lei dos Caminhoneiros e alta da inflação.

Para dar fim à greve dos caminhoneiros, o governo concordou em retirar a cobrança do pedágio sobre os eixos suspensos dos caminhões - aqueles que não ficam em uso quando o veículo está descarregado ou com pouca carga. Agora a fatura chegou para todos os usuários de rodovias, que terão de bancar o custo que os caminhoneiros e, principalmente, que os donos das cargas deixaram de pagar.

Desde abril passado, quando a Lei dos Caminhoneiros foi sancionada, começou uma rodada de fortes aumentos nos pedágios de rodovias. As concessionárias alegaram que seus preços sempre levaram em conta a cobrança de todos os eixos dos caminhões. Assim, a mudança impôs perdas a elas, o que deu base a pedidos de reequilíbrio econômico financeiro dos contratos.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) acatou os pedidos e já começou a conceder os primeiros aumentos. A Concebra, dona dos trechos das BRs 060, 153 e 262, no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, conseguiu reajuste extraordinário de 13,14% por causa dos eixos suspensos. Somados a três anos de correção da inflação (23,21%) e pequenas intervenções, o reajuste total chega 39,4%. Esse índice já foi incorporado às tarifas dos pedágios, que começaram a ser cobradas em 1º de julho.


A história se repete nas demais rodovias concedidas. A Via 040, que administrará a BR-040 de Brasília a Juiz de Fora (MG) e foi autorizada a cobrar pedágio a partir de hoje, teve aprovação de um aumento de 37% na tarifa.
Desse total, 13,25% decorrem da Lei dos Caminhoneiros e 21,08% correspondem à atualização inflacionária de três anos.

Até o momento, a ANTT autorizou o repasse do fim da cobrança do eixo suspenso em quatro rodovias federais concedidas, mas as demais já entraram com pedidos de revisão de tarifas.

No total, são 21 as rodovias federais concedidas, das quais 10 já tiveram o reajuste ordinário autorizado. Esse aumento está previsto em contrato e ocorre anualmente. Aqueles ocorridos após a vigência da Lei dos Caminhoneiros, em abril, vieram combinados com o aumento extraordinário para compensar os eixos suspensos. Os demais aguardam decisão da agência reguladora.

São esperados reajustes elevados, por exemplo, nas duas concessões da BR-163, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, pois ambas são eixos de escoamento de cargas do agronegócio, sobretudo de grãos (soja e milho) e têm intenso tráfego de caminhões.

Nenhuma das duas concessões está autorizada, ainda, a cobrar pedágio, porque ainda não atenderam à exigência do governo de duplicar pelo menos 10% do trecho concedido. Mas essas obras deverão ser concluídas até o fim do ano. Até lá, os preços já estarão ajustados.

Outro traçado que promete um pedágio salgado é a "Rodovia do Frango". O trecho de 493 km, que corta os Estados do Paraná e Santa Catarina, liga um bloco de rodovias entre Lapa (PR) e a divisa de SC/RS, passando por Chapecó (SC).

Estão previstas seis praças de pedágio, duas delas com preço teto acima de R$ 14,00 cada. Como esse valor é de janeiro de 2014, precisará ser reajustado como os demais, incluindo efeitos de inflação e da Lei do Caminhoneiro. Ontem, a ANTT fez mais uma audiência pública para tirar dúvidas sobre a concessão, prevista para ir a leilão no fim do ano.


Em outras vias, como as litorâneas, o impacto deve ser menor porque é maior a presença de veículos de passeio. O aumento atrelado à Lei dos Caminhoneiros também é menor nas concessões mais antigas, porque o prazo sobre o qual a compensação será calculada, que vai até o fim do contrato, é menor.

A Rodovia Presidente Dutra, por exemplo, que é uma concessão de 1996, teve reajuste de 16,5%, dos quais 6,34% são explicados pelos eixos suspensos.

As tarifas de pedágio deverão ter reajustes maiores neste ano também por causa do efeito da inflação. 
Com exceção da concessionária Ecosul, que administra trechos das BRs 116 e 392, ambas no Rio Grande do Sul e que têm seus preços corrigidos segundo um índice específico, os demais contratos de concessão rodoviária federal são corrigidos anualmente, na data de aniversário, pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mesmo utilizado no sistema de metas do governo.

Esse índice já acumula 6,17% de janeiro a julho deste ano e, em 12 meses, chega a 8,89%. As projeções do mercado financeiro são que o IPCA atingirá 9,23% no fim deste ano.

Fonte: O Estado de São Paulo, 30/07/2015

Leia também: Cretinice Institucionalizada e Lei dos Caminhoneiros – Nós pagamos a conta

Harley-Davidson faz outro recall: Touring - Atualização


A peça a ser substituída e que pode apresentar defeito é a P/N 1090009 Receptacle Stud (suporte de montagem) e é a peça, provida de uma mola, que fica presa no quadro da motocicleta como suporte de retenção do alforge. Esta peça custa US$3.95, no catálogo da Harley-Davidson.

Suporte de montagem. Part # 1090009
A Harley-Davidson começou a enviar uma Carta de Chamada (recall letter) na segunda-feira, dia 27 de Julho, a todos os proprietários de motocicletas envolvidas, nos Estados Unidos. 

A tradução livre está aqui:

CARTA OFICIAL DE CHAMADA DA HARLEY-DAVIDSON (Recall No. 0166)

Esta comunicado se refere ao seu veículo, VIN # ________. 27 de Julho, 2015.

NHTSA Recall No. 15V-427. Prezado proprietário de motocicleta Harley-Davidson: Este comunicado está sendo enviado a você de acordo com a Lei Nacional de Segurança no Tráfego e em Veículos a Motor. A Harley-Davidson Motor Company, Inc. decidiu que um defeito relacionado à segurança de veículo a motor existe no suporte de montagem do alforge de certos modelos Touring dos anos 2014 e 2015 (FLHR, FLHRC, FLHX, FLHXS, FLHTCU, FLHTCU TC, FLHTCUL, FLHTCUL TC, FLHTK, FLHTKL, FLTRX, FLTRXS, FLHP, FLHTP, FLHRSE, FLHXSE, FLHTKSE, FLTRUSE). Estamos notificando-o pois nossos arquivos indicam que você adquiriu uma das motocicletas afetadas.

Qual é o problema?
Dentro de certas condições, a mola do suporte de montagem pode não estar mantendo a tensão adequada, permitindo que o pino de montagem se solte do suporte. Se estas condições permanecerem, o alforge pode se soltar da motocicleta em movimento, possivelmente criando um perigo para outros motoristas.

O que você deve fazer?
Refira-se à seção do manual do proprietário chamada “Alforge” para o desenho e um entendimento de como o sistema de retenção do alforge da sua motocicleta funciona.

Página correspondente no Manual em português.
IMPORTANTE:
Até que a substituição da peça tenha sido feita na sua motocicleta, é importante que você inspecione sua motocicleta ANTES de usá-la cada vez, para verificar o seguinte:
  • Abra o alforge e confirme se há uma arruela entre o pino de montagem e o anel de borracha. Depois, segure o alforge com as duas mãos na frente e na parte posterior, na parte superior, e verifique se o alforge está firme e seguro entre o suporte do montagem e pino de montagem.
  • Se a arruela estiver faltando ou se o alforge não estiver firmemente acoplado, sugerimos que você retire o alforge da motocicleta de acordo com as instruções do manual e use-a sem os alforges, até que o revendedor autorizado Harley-Davidson tenha feito a substituição da peça defeituosa.
  • Sugerimos que faça a inspeção acima cada vez que for utilizar a sua motocicleta.

Favor entrar em contato com o seu revendedor Harley-Davidson para confirmar a disponibilidade do conjunto de peças deste chamado e faça o agendamento para efetuar o reparo na sua motocicleta. O revendedor vai confirmar se a sua motocicleta está incluída neste chamado. Se estiver, o revendedor vai efetuar o reparo, usando o conjunto de peças providenciado pela Harley-Davidson sem custo. O reparo é feito em menos de uma hora. Entretanto, devido à programação, o revendedor pode necessitar que sua motocicleta fique na oficina por um período maior. Para conferir que o serviço foi completado, o revendedor pedirá que você assine a ficha da chamada.

Se você tiver vendido a sua motocicleta e tenha o endereço do proprietário atual, é importante que você envie esta notificação para ele. Alternativamente, você pode contatar a Harley-Davidson nos números abaixo e nos fornecer os dados do novo proprietário, para que possamos notifica-lo. Se você tiver feito a substituição do suporte de montagem por sua conta, você pode solicitar o reembolso das despesas.

O que fazer se tiver mais dúvidas?
Se você levou sua motocicleta ao revendedor na data e hora combinada e eles não forem capazes de efetuar o reparo à sua satisfação, entre em contato com a Harley-Davidson Motor Company, Inc.
Telefones para contato:
Nos EUA: 1-800-258-2464
Fora dos EUA: 1-414-343-4056

SAC H-D do Brasil: 0800-724-1188 ou  sac@harley-davidson.com.br

Atualização em 8/8/2015: fiz a troca das peças na minha Ultra Limited, hoje. Não levou nem 20 minutos.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Motocicleta Elétrica: Polaris à frente da Harley-Davidson?

2016 Victory Empulse TT
A Polaries Industries sai à frente da Harley-Davidson no mercado de motocicletas elétricas produzidas por grandes marcas.

A 2016 Empulse TT, produzida sob a marca Victory, foi anunciada no catálogo de 2016 e será comercializada na sua rede de revendedores.

A motocicleta é, na realidade, uma nova versão da Brammo Empulse R, produzida por uma subsidiária da Brammo Inc., recentemente adquirida pela Polaris. A motocicleta é montada na fábrica de Spirit Lake, Iowa.

A verdade é que a Harley-Davidson, ao apresentar a LiveWire ao mercado, deixou claro que a motocicleta elétrica da icônica marca levaria ainda alguns anos antes de ser ofertada comercialmente ao mercado. E não definiu quando isto acontecerá.

Harley-Davidson LiveWire
A LiveWire ainda está na fase de protótipo, enquanto os engenheiros da Motor Company continuam a trabalhar em vários detalhes, incluindo um dos mais importantes: autonomia. A LiveWire, por enquanto, faz somente 50 milhas (80 km) com uma carga na bateria, bem longe do que a H-D determinou como autonomia desejada: 150 milhas (240 km) por carga. 

A elétrica da Polaris, 2016 Victory Empulse TT tem autonomia declarada de 100 milhas (160 km), depois que os engenheiros da Victory ajudaram a Brammo Inc. a melhorar a capacidade da bateria. Mas segundo a revista Ultimate Motorcycling, os motociclistas devem ter, na realidade, uma autonomia ao redor de 65 milhas (105 km), antes de ter que recarregar as baterias.

Assim, parece que não será com a motocicleta elétrica que a Polaris conseguirá destronar a líder inconteste do mercado.

“Ser a primeira grande marca de motocicleta a oferecer um modelo elétrico ao mercado não é tão importante quanto produzir uma motocicleta de qualidade e dentro das expectativas dos clientes, como uma Harley-Davidson deve ser,” foi a reação da Motor Company ao anúncio, conforme declarações do engenheiro-chefe da H-D, Jeff Richlen.

Um encontro mais forte entre as duas marcas ocorrerá na próxima semana em Sturgis, quando a Polaris apresentará oficialmente o novo catálogo 2016 das motocicletas Indian, durante o 75º Rally Anual de Sturgis, em South Dakota. Atualmente a Indian é a marca americana mais próximo de incomodar a Harley-Davidson, na sua liderança no mercado americano de motocicletas acima de 650cc.

A Polaris está mantendo os preços de suas motocicletas, incluindo a Indian Scout, que tem o preço inicial de US$10.999. Já a 2016 Indian Roadmaster, o modelo que mais se aproxima das grandes Touring da Harley-Davidson, teve um aumento de mil dólares, ficando com o preço inicial de US$27.999.

2016 Indian Scout
2016 Indian Roadmaster
Mas a centenária marca de Milwaukee já havia partido na frente, ao assinar o acordo com os organizadores do Rally, fazendo a Harley-Davidson a marca oficial do encontro até 2090! 

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Qual te faz mais feliz?


segunda-feira, 27 de julho de 2015

Fortaleza de Santa Cruz - Vale a pena visitar

Fortaleza de Santa Cruz - Niterói, RJ
A Fortaleza de Santa Cruz da Barra localiza-se no lado oriental da barra da baía de Guanabara, no bairro de Jurujuba, município de Niterói, RJ.

Com arquitetura imponente e cruzando fogo com a Fortaleza de São João e com o Forte Tamandaré da Laje, a Fortaleza de Santa Cruz foi a principal estrutura defensiva da Baía de Guanabara e do porto do Rio de Janeiro. Hoje é o segundo ponto turístico mais visitado de Niterói, atraindo turistas e pesquisadores em busca de lazer e de história.

A Fortaleza de Santa Cruz com a Fortaleza de São João do outro lado
da barra da Baía de Guanabara.
Encontra-se guarnecida até hoje, atraindo uma média de 3.500 visitantes por mês, em visitas guiadas com a duração de cerca de 45 minutos. 

Alguns autores repetem, incorretamente, que a primitiva ocupação de seu sítio remonta a uma defesa improvisada por Nicolas Durand de Villegagnon à entrada da barra (1555), artilhada com duas peças e ocupada por forças portuguesas no contexto da campanha de 1565-1567. Na realidade esta narrativa se aplica à tentativa de instalação de uma bateria na Ilha da Laje, fortificada pelos portugueses muito mais tarde.



A posição onde está construída a Fortaleza de Santa Cruz foi efetivamente ocupada pelos portugueses a partir de 1584, na segunda gestão de Salvador Correia de Sá, enquanto governador da Capitania Real do Rio de Janeiro (1577-1599).

Em 1599, essa bateria repeliu a esquadra sob o comando do almirante neerlandês Olivier van Noort, indevidamente reputado por alguns autores como corsário. De acordo com os diários de bordo, a esquadra, vítima de escorbuto, buscava "refrescos" (suprimentos frescos e água potável), o que foi negado pelas autoridades coloniais portuguesas, receosas de um ataque.



Em 1612, sob o reinado de Filipe III de Espanha, contando com vinte peças de artilharia de diversos calibres, passou a ser denominada como Fortaleza de Santa Cruz da Barra, tendo o seu regimento sido aprovado em 24 de janeiro de 1613 pelo governador da Capitania, Afonso de Albuquerque (1608-1614) (em outras fontes, D. Álvaro Silveira e Albuquerque), que teria determinado a escavação de cinco celas na rocha viva, com as dimensões de dois metros de altura por sessenta centímetros de largura.

No início do século XVII, após a invasão holandesa de Salvador (1624-1625), a defesa da barra do Rio de Janeiro foi reforçada no segundo governo da Capitania do Rio de Janeiro por Martim Correia de Sá (1623-1632).

As suas defesas foram reforçadas no final do século XVII pelo governador da Capitania, Sebastião de Castro Caldas (1695-1697). À época estava artilhada com 38 peças.

Assim reforçada, o fogo da sua artilharia, com o apoio do da fronteira Fortaleza de São João, repeliu a esquadra de cinco navios e mil homens do corsário francês Jean-François Duclerc (1671-1711), em 6 de agosto de 1710.



Se não impediu a invasão de 18 navios, 740 peças de artilharia, dez morteiros e 5.764 homens do corsário francês René Duguay-Trouin, em setembro de 1711, foi por se encontrar desguarnecida por ordem do então governador, Francisco de Castro Morais (1710-1711). Contava então com 44 peças e foi ocupada pelos franceses até à sua retirada, em 13 de novembro de 1711.

Em meados do século XVIII,  a fortaleza foi assim descrita por um viajante francês:

"A Fortaleza de Santa Cruz, a mais importante do país, está situada sobre a ponta de um rochedo, num local onde todos os barcos que entram ou saem do porto são obrigados a passar a uma distância inferior ao alcance de um tiro de mosquete. A fortificação consiste numa compacta obra de alvenaria de 20 a 25 pés de altura, revestida por umas pedras brancas que parecem frágeis. Sua artilharia conta com 60 peças de canhão, de 18 e 24 polegadas de calibre, instaladas de modo a cobrir a parte externa da entrada do porto, a passagem e uma parte do interior da baía. Cada uma das peças referidas foi colocada no interior de uma canhoneira, o que gera um inconveniente: mesmo diante de um alvo móvel, como um barco à vela, elas só podem atirar numa única direção."

Com a transferência da Capital, de Salvador para o Rio de Janeiro (1763), uma de suas reformas mais importantes ocorreu no governo do vice-rei, D. António Álvares da Cunha, 1° conde da Cunha (1763-1767), que determinou a ampliação do seu poder de fogo, visando proteger o embarque do ouro e diamantes das Minas Gerais, então efetuado no porto do Rio de Janeiro para Lisboa.



É desta fase o Plano da Fortaleza de Santa Cruz, novamente reedificada, pelo Conde da Cunha, em 1765. O Vice-rei D. José Luís de Castro (1790-1801) fez instalar vinte e nove peças de artilharia em uma nova bateria baixa (à flor d'água), no mesmo nível de uma outra, que existira anteriormente.

À época do Império, durante o Período regencial, o Decreto de 24 de dezembro de 1831, determinou a redução do seu armamento à metade, ficando apenas uma peça de artilharia em bateria e outra sob abóbada ou rancho de palha. Em 1838 encontrava-se artilhada com 112 peças, e guarnecida por 1.568 homens, sob o comando do Coronel João Eduardo Pereira Colaço Amado.



No contexto da Questão Christie (1862-1865), as suas defesas foram reforçadas com a construção de casamatas sobre a antiga bateria ao nível do mar, em três pavimentos: 20 casamatas no inferior, 21 no intermediário, e uma bateria no superior, erguidas entre 1863 e 1870, ano em que se construíram os dois pontilhões que ligam a antiga "Bateria 25 de Março" ao segundo pavimento das novas casamatas. Recebeu moderno armamento estriado nas casamatas (1871), mantendo-se as peças antigas, de alma lisa, nas baterias descobertas.

Encontrava-se artilhada, em 1885, por cento e quarenta e cinco peças de grosso calibre, guarnecida pelo 1º Batalhão de Artilharia a Pé, servindo ainda de Registro para os navios à entrada da baía.

Quando da eclosão da Revolta da Armada (1893-1894), trocou tiros com o encouraçado Aquidabã e os cruzadores Javari e Trajano, das 14 às 16h de 30 de setembro de 1893. Posteriormente, na madrugada de 1 de dezembro desse mesmo ano, as suas baterias abriram fogo contra o encouraçado Aquidabã e o cruzador Esperança, enquanto o primeiro atraía o fogo da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Villegagnon para proteger a saída do segundo pela barra. Fez fogo novamente sobre o encouraçado Aquidabã e o cruzador República, quando ambos forçaram a saída da barra a 21 de fevereiro de 1894.



Passou a ser guarnecida pelo 1º Grupo de Artilharia de Posição (1910), sucedido pelo 1º Grupo de Artilharia de Costa (GACos), a partir de 1 de agosto de 1917.

Em 1922, durante a revolta do Tenentismo, a sua artilharia abriu fogo contra o Forte de Copacabana (5 de julho de 1922).

Disparou 33 tiros, no contexto dos levantes tenentistas de 1924, contra o cruzador São Paulo, que, amotinado sob a liderança do tenente da Marinha Hercolino Cascardo (4 de novembro), com o fogo de suas armas, forçou a barra da baía de Guanabara rumo a Montevidéu, onde os rebeldes obtiveram asilo político.

O último disparo de sua artilharia foi um tiro de advertência, por ordem dos militares legalistas sob o comando do marechal Teixeira Lott, contra o cruzador Tamandaré, que forçou a barra na Novembrada (11 de novembro de 1955), transportando Carlos Luz e alguns ministros rumo a Santos.

De propriedade do Ministério da Defesa, sob a administração do Exército, a Fortaleza de Santa Cruz e todo o conjunto de edificações situadas após o portão contíguo ao canal (área construída de 7.153 m²), foram tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional desde 1939. 



A partir de 2002 vêm sendo procedidas obras de restauração com a construção de esgoto sanitário, recuperação de telhados (atacados por cupins), restauro do emboço e pintura externa, impermeabilização da laje do Pátio de Comando e do Salão de Pedras (antigo paiol).

Atualmente, o visitante encontra quarenta e duas antigas peças de artilharia, de diversos períodos, distribuídas pelas três baterias.


Desde 2005 as suas instalações sediam o Quartel-General da Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército, subordinado ao Comando Militar do Leste.

Feliz Dia do Motociclista

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Harley-Davidson faz outro recall: Touring


A Harley-Davidson fez outro recall para as motocicletas touring do Projeto Rushmore.

Desta vez a peça defeituosa são os fixadores dos prisioneiros que prendem os alforges da Ultra, CVO, Street Glide e Road King, modelos 2014 e 2015

Segundo a fábrica, os fixadores podem soltar, desprendendo os alforges e provocando acidentes.

Sabemos de pelo menos um caso, aqui em Santa Catarina, acontecido com uma Ultra CVO.

As revendas brasileiras ainda não receberam os kits de substituição. Recomenda-se que entre em contato com a concessionária onde adquiriu a sua motocicleta e verifique se está no recall.

Outra forma é acessar o site da Harley-Davidson nos Estados Unidos, com o número do chassis.

Veja atualização da informação em 30/07/2015, aqui.

Somos todos atletas!


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Queen Mary 2: comemorando os 175 anos da Cunard Line

Queen Mary 2 passando no Estreito de Verrazano, entrada da Baía de New York
O transatlântico Queen Mary 2, chegou ao porto de New York na terça-feira, para a celebração dos 175 anos de criação da companhia de navegação Cunard Line.

O Queen Mary 2 faz uma homenagem à primeira viagem de um navio da companhia, o Britannia, que inaugurou o serviço de passageiros e mala postal da Cunard, em Julho de 1840.


Os navios da Cunard Line tem escalado no porto de New York desde meados do século 19 e mantém uma relação muito estreita com a cidade. O prédio onde se encontra o escritório da empresa nos Estados Unidos desde 1921, no número 25 da Broadway, foi declarado um sítio histórico da cidade.

Queen Mary 2 manobrando para atracar no Red Hook Terminal.
Características do Queen Mary 2:
  • Viagen inaugural: Janeiro 2004
  • Comprimento: 345m
  • Boca: 41m
  • Pontal: 72m
  • Deslocamento: 75.000t
  • Propulsão: 4 motores Wärtsilä 16V de 22.800 SHP cada e 2 turbinas a gás GE LM2500 de 34.000 SHP, cada.
  • Velocidade: acima de 30 nós (56 km/h)
  • Capacidade: 2.620 passageiros
  • Tripulação: 1.253 oficiais e marinheiros.

Queen Mary 2, Queen Elizabeth e Queen Victoria em Southampton.
Apesar de seus potentes motores e o desenho moderno do casco, o recorde de velocidade na travessia do Atlântico continua com o S/S United States desde 1952, quando cruzou o Atlântico Norte entre Southampton e New York com a velocidade média de 34,5 nós (64 km/h).

Cuidado com a chuva!


terça-feira, 14 de julho de 2015

Chegamos a Plutão!

Foto de Plutão, tirada pela sonda americana New Horizons em 14/7/2015.
Hoje, 14 de Julho de 2015, os Estados Unidos tornaram-se o primeiro país a alcançar Plutão. E também o primeiro país a explorar todo o chamado sistema solar clássico: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Uranos, Netuno e Plutão

A sonda interplanetária New Horizons, da NASA, está navegando para Plutão desde 19 de Janeiro de 2006. Durante todo este tempo tem proporcionado ao mundo fotos de alta resolução do Sistema Solar e do chamado “planeta anão”.


Hoje, às 08:49 – horário de Brasília – a New Horizons chegou à distância mais próxima de Plutão, cerca de 12.880km. 

A foto tirada pela sonda, apesar de ter sido enviada na velocidade da luz (300.000km por segundo), levou quatro horas e meia para chegar na Terra, cruzando os quase 5 bilhões de quilômetros de distância.

Parabéns aos Estados Unidos, por mais este feito em benefício de toda a humanidade.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Previsão do tempo: brincadeirinha?

Única previsão de tempo confiável, no Brasil.
Acho que os profissionais que trabalham na previsão do tempo no Brasil devem estar muito frustrados.

Desde que estudei Meteorologia no início da minha carreira na Marinha, tendo o grande mestre Comandante Luiz Fernandes da Silva como professor, sei que prever o tempo é algo extremamente difícil e que depende de muita pesquisa, estudo e equipamentos.

Coisas que não existem no Brasil, onde pesquisa e estudo são relegados ao último plano e verba para equipamentos é desperdiçada pela corrupção e pela incompetência.

Radar Doppler, equipamento raro no Brasil
Nestas últimas semanas estive acompanhando a previsão do tempo para Santa Catarina, em várias fontes diferentes, notando como estamos atrasados em mais este assunto.

Da queda brutal na temperatura (que nunca aconteceu) à alerta sobre chuvas intensas (que nunca caíram), os meteorologistas não acertaram uma.

Realmente, uma lástima. Países sérios investem pesadamente neste setor, como ferramenta de aviso e precaução. Postagem aqui no blog, sobre a tormenta que assolou o nordeste dos EUA, no início de 2015, é uma boa referência.

domingo, 12 de julho de 2015

Balneário Camboriú Harley-Club: Festa Julina


Neste sábado, 11 de Julho, foi realizada a Festa Julina do Balneário Camboriú Harley-Club.

Segundo a descrição no Facebook, o BCHC é um "grupo que reúne amigos que gostam de motocicletas Harley-Davidson, apreciam a boa conversa, boa comida e bons passeios. E, é claro, bons vinhos!"

O Grupo foi  Fundado em 11/3/2012.

Algumas fotos do evento:

























Nossos anfitriões, que gentilmente cederam o jardim de sua residência para a realização do evento: