sábado, 31 de julho de 2010

Lar Doce Lar - There is no place like home!

Saímos de Los Angeles na sexta-feira, dia 30/7, às 13:20 (hora local - 17:20 hora de Brasília) num vôo da LAN Chile, com destino a Lima, Perú. Em Lima trocaríamos de avião, ainda da LAN, para Guarulhos, São Paulo. O primeiro trecho foi sem incidentes, vôo diurno, não muito cansativo. Chegamos em Lima às 23:30, hora local, dentro do horário previsto. O segundo trecho, Lima/Guarulhos estava previsto para decolar às 01:20 de hoje, sábado, (03:20 de Brasília), mas não aconteceu. Um problema na turbina direita (um Boeing 767-300, bem novo) exigiu uma manutenção não programada. Um problema técnico que deveria tomar uns 30 minutos para ser corrigido se extendeu até as 04:00 horas locais. Neste ponto, já estávamos todos bem cansados (espera em aeroporto é de "matar"!) e a supervisora da LAN nos informou que teríamos que aguardar um outro avião, que chegaria do México, para fazer nosso vôo. Assim a previsão de decolagem ficou para as 07:00. Nesta altura, já sabíamos que nossa conexão Guarulhos/Curitiba estava perdida. Minha preocupação aumentou, pois me lembrei que estávamos no final das férias escolares e milhares de pessoas estariam voltando de suas viagem ao exterior. Os vôos de conexão deveriam estar lotados. Por sorte, a sede da empresa, em Santiago, autorizou substituir o componente que apresentava problemas por outro que foi retirado de um outro avião, que só seria usado mais tarde. Finalmente decolamos às 05:30 locais e aterrisamos em Guarulhos ao meio-dia. Nosso vôo de conexão já estava embarcando seus passageiros e ainda tínhamos que recolher nossas malas e passar pela Alfândega. Mesmo com o aeroporto cheio de pessoas em trânsito, conseguimos ser embarcados no vôo da TAM das 15:25 e chegamos em Curitiba às 16:30. Um atraso, final, de sómente 4 horas. Nada mal. A alegria de já estar quase em casa foi aumentada, ainda, pelo espetáculo do pôr-do-sol paranaense. Despedimo-nos dos companheiros de viagem, em especial do casal Volnei e Fátima Marx, com quem desfrutamos momentos muito agradáveis durante nossa aventura e seguimos para casa. Chegamos aqui às 19:20, cansados mas felizes de termos concluído esses 24 dias na estrada sem incidentes e com muita história para compartilhar com a família e com os amigos.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Coast-to-Coast - New York a Los Angeles - De Ragged Point a Los Angeles - Missão Cumprida

Este foi o último trecho da nossa viagem costa-a-costa, cruzando os Estados Unidos de New York a Los Angeles. O dia começou muito frio, com a temperatura em 5 graus, quando nos levantamos. Uma tremenda diferença, depois de vários dias sofrendo com temperaturas sempre acima dos 40 graus. Saímos do hotel às 08:30 e rodamos umas 20 milhas até um ponto onde se pode observar os leões-marinho descansando na praia. Toda esta região da costa do Pacífico é frequentada por leões-marinho e focas (e seus predadores, as orcas).

Paramos para tirar umas fotos e seguimos mais adiante para reabastecer e tomar o café da manhã. O hotel onde estávamos, por ser um resort, só começa a servir o desjejum a partir das 8 da manhã, o que era muito tarde para nós.

Seguimos no rumo sul passando por cidades bem conhecidas, como San Luis Obispo (campus da Escola Politécnica da Universidade da Califórnia), Santa Maria, e nos desviamos um pouco para conhecer a cidade de Solvang, Califórnia. Esta cidade foi colonizada por dinamarqueses no início do século 20 e mantém muito da tradição escandinava. Uma típica cidade voltada para o turismo.

Continuamos para o sul, desta vez pelo litoral, passando por Santa Bárbara e Ventura, parando em Oxnard para almoçar e reabastecer.
Depois do almoço, seguimos direto para Santa Monica, para concluir nossa viagem no marco final da Rota 66, no pier da cidade.

Uma fotografia mais, desta vez na placa dedicada a Will Rogers, que ajudou a fazer da Rota 66 uma das estrada mais conhecidas do mundo. Nossos amigos e companheiros de aventura, Fátima e Volnei Marx, compartilharam este momento conosco.

Foram 4885 milhas ou 7861 km, grande parte deles na Rota 66.
Enfrentamos temperaturas acima de 50 graus no deserto e 8 graus no litoral do Oceano Pacífico, na costa californiana.
Se valeu a pena? Pode apostar que sim!
Veja as fotos aqui.
Mais fotos sobre nossa estadia em Los Angeles, aqui.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Coast-to-Coast - New York a Los Angeles - De Fresno, CA to Ragged Point, CA

Depois de vários dias sofrendo com muito calor, finalmente sentimos temperaturas mais agradáveis, aos sairmos do hotel, pela manhã. Mas não tínhamos idéia do quanto a temperatura ia mudar.

Alguns quilômetros depois de Fresno, na altura da cidade de Los Baños, passamos pela represa de San Luis e a temperatura começou a cair. Começamos a subir a serra e a temperatura caiu bruscamente, obrigando-nos a colocar roupas mais adequadas. Por sorte estavamos com jaquetas para frio/calor e só foi preciso colocar o forro interno. A temperatura que estava em 32 graus quando saímos de Fresno, desceu para 10 graus à medida que subíamos a serra.

Para piorar, um vento lateral muito forte, com rajadas, começou a soprar criando uma situação bastante desagradável.

Um dos companheiros, pilotando uma Heritage Softail, chegou a ser “empurrado” lateralmente e raspou o alforge direito na mureta da rodovia. Paramos num ponto muito interessante, em Hollister, chamado Casa de Fruta, onde todo tipo de fruta produzida na Califórnia estava disponível para compra, além de vários tipos de vinhos.

O vento diminuiu ao passarmos por Monterey, onde entramos para apreciar as águas do Oceano Pacífico, pela primeira vez nesta viagem. Mais adiante, conhecemos Carmel-by-the-Sea, pequena cidade do litoral, que ficou famosa no década de 1980, quando o ator/diretor Clint Eastwood foi eleito prefeito. Paramos por lá para almoçar e reabastecer. Prosseguimos depois, sempre pela Pacific Highway One – que segue pelo litoral – até chegarmos em nosso hotel, em Ragged Point. Rodamos hoje 402 km. Veja as fotos aqui.

domingo, 25 de julho de 2010

Coast-to-Coast - New York a Los Angeles - De Ridgecrest, CA a Fresno, CA - via Parque Nacional das Sequoias

A cidade de Ridgecrest acomoda a Estação Aeronaval e de Armamentos da Marinha Americana, a maior base naval do mundo, que ocupa 4500 km² no nordeste do deserto de Mojave. Nesta base são testados os armamentos usados pela aviação naval dos Estados Unidos. Também aqui são treinados os pilotos navais, no uso dos mais sofisticados sistemas de ataque. A Base Naval também opera a maior usina geotérmica do mundo, capaz de produzir 270 megawatt/hora. Um total de 166 poços (profundidade variando de 166 a 3700 metros), de onde sai água fervente a 350⁰ Celsius, fornecem a energia necessária para operar os geradores da usina, em funcionamento desde 1987. Saímos do hotel por volta das 08:00, com destino a Fresno. Nosso objetivo do dia é visitar o Parque Nacional das Sequoias, onde se encontram algumas das maiores (em volume) e mais velhas árvores do mundo (mais de 3000 anos).

Com temperatura ao redor dos 42⁰ C, demos nossas despedidas ao Deserto de Mojave e partimos para áreas mais amenas.

Seguimos em direção oeste até Bakerfield, onde nos voltamos para o norte, passando por Delano, Tulare e Visalia até entrar no Parque Nacional das Sequoias.

Neste região fica localizado o Monte Whitney, com 4417 m de altura.

No Parque Nacional a temperatura melhorou um pouco, descendo para 36⁰C, um verdadeiro alívio comparado ao que enfrentamos nos dias anteriores.

Lá, visitamos a maior árvore do mundo em volume (1487 m³) e peso (1256 toneladas), a General Sherman, batizada em homenagem a um dos heróis militares dos Estados Unidos.

Ainda uma árvore relativamente jovem (só 2200 anos de idade), a General Sherman tem 83,8 m de altura e sua base tem 31 m de circunferência.

Depois de visitar algumas outras atrações no Parque, seguimos para Fresno, onde chegamos por volta das 19:00 horas.

Rodamos hoje cerca de 527 km.

Veja mais fotos aqui.

sábado, 24 de julho de 2010

Coast-to-Coast - New York a Los Angeles - De Las Vegas, NV a Ridgecrest, CA - via Vale da Morte

Hoje foi o dia mais difícil, de toda nossa aventura Costa-a-Costa nos Estados Unidos.
Atravessar o Deserto de Mojave, no Parque Nacional do Vale da Morte, no mês mais quente do verão é um desafio e tanto.
Saímos de Las Vegas bem cedo, pela manhã, para aproveitarmos temperaturas mais amenas. A idéia era fazer a parte pior do Vale da Morte na parte da manhã.
Na verdade, funcionou enquanto estávamos no nível mais elevado, a 3.300 metros de altitude. Mas à medida que íamos descendo em direção ao Vale da Morte, a temperatura aumentava progressivamente.
Saímos de Las Vegas com 34 graus Celsius e ao chegarmos na entrada do Parque Nacional, já tínhamos temperatura de 41 graus Celsius e ainda eram 9 horas da manhã!
À medida que seguíamos pelo Vale e continuávamos a descer, a temperatura ia aumentando e a paisagem ficava mais inóspita.
Quando chegamos a Badwater, o ponto mais baixo da América do Norte (85,5 m abaixo do nível do mar), já estávamos com 48 graus no termômetro.
Este ponto do deserto é como se estivéssemos num lago de sal. Brota uma água salgada do solo, mas com um índice de salinidade tão grande, que não permite a vida de quase nenhuma espécie, a não ser uns insetos que conseguem colocar seus ovos nessa água salobra.
Prosseguimos pelo Vale da Morte, com a temperatura aumentando ainda mais, até que chegou ao seu máximo do dia, por volta das 13:00 horas: 52 graus Celsius (125 graus Fahrenheit).
Neste ponto, a vontade era esquecer a motocicleta e pular, de cabeça, dentro da van de apoio e aproveitar o seu eficiente ar condicionado.
Mas não nos demos por vencidos e continuamos em frente. Depois de mais alguns quilômetros, começamos a subir, outra vez, até atingirmos o patamar de 2.000 m acima do nível do mar.
Ainda estávamos no deserto, mas a temperatura já havia retornado a níveis mais suportáveis (naquelas circunstâncias): agradáveis 43 graus Celsius.
As Montanhas Rochosas, ainda com seu gelo eterno, era uma visão deslumbrante neste "inferno" que estávamos atravessando.
Ao chegarmos em Ridgecrest, Califórnia, por volta das 15:00 horas, o corpo já apresentava o desgaste dessa aventura no deserto. Uma sensação de exaustão, sentida por todos os que estavam de motocicleta. Mesmo as pessoas que estavam em carros ou na van de apoio, reclamavam do calor excessivo.
Algumas lições aprendidas nestas passagens pelos desertos de 5 Estados na América: roupa apropriada é fundamental; água, muita água, é essencial.
Para enfrentar estas temperaturas elevadas, temos que ter o corpo todo coberto, para evitarmos uma exposição demasiada ao sol e ter uma insolação.
A maioria de nós havia adquirido jaquetas apropriadas para enfrentar tais condições. São jaquetas leves, feitas de tecido sintético e toda perfurada, permitindo a passagem do ar. Mesmo sendo muito leves, as jaquetas oferecem uma proteção adequada, inclusive no caso de uma eventual queda, pois são muito resistentes à abrasão.
O uso de luvas é fundamental, pois podemos ter queimaduras de até terceiro grau, se não tivermos as mãos protegidas. O uso de bloqueadores solar é recomendável, mesmo com as roupas adequadas.
Outra grata comprovação, foi verificar que minha decisão de trazer nossos capacetes do Brasil foi muito acertada. Ao alugar as motos, recebemos capacetes do tipo aberto, que deixa o rosto todo exposto ao sol e ao quente vento do deserto.
O meu capacete Shark provou ser uma excelente compra. Além de oferecer uma proteção maior para a cabeça, o uso deste capacete, fechado, mostrou-se ser muito agradável. O sistema de ventilação funciona perfeitamente, oferecendo uma proteção integral, sem desconforto.
Água, muita água, é essencial. E sempre comia uma ou duas bananas, para repor o potássio perdido na transpiração.
No final, rodamos 520 km pelo Deserto de Mojave, a maior parte no Vale da Morte.
Veja todas as fotos aqui.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Coast-to-Coast - New York a Los Angeles - Em Las Vegas

Las Vegas foi como um oásis, depois de passarmos alguns dias sofrendo com calor de 49 graus, no deserto do Arizona/Utah/New Mexico.
Não que aquí esteja menos quente. A temperatura à sombra é de 41-43 graus e a sensação térmica, na rua, é muito maior. Esta cidade é um bloco de concreto, asfalto, granito e vidro, no meio do deserto. O calor se irradia e aumenta ao se refletir nas superfícies da cidade. Não há verde.
Mas deixei minha Harleys no estacionamento coberto do hotel e aluguei um carro, que ninguém é de ferro . . .
Visitamos a revenda Harley-Davidson local. Uma bonita loja, muito grande, oferecendo tudo que podemos imaginar do catálogo da H-D.
Equipe muito atenciosa, amável, recebendo os clientes com muito profissionalismo. Sabe, aquelas coisas que a gente não está acostumado a ver na terrinha.
À noite fomos assistir o Cirque du Soleil, no MGM Grand. Um belíssimo espetáculo.
Vamos ficar aquí até sábado de manhã. Devemos sair bem cedo, para enfrentar a pior parte do deserto da Califórnia ainda com temperatura suportável.
Veja as fotos de Las Vegas, neste primeiro dia, aqui.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Coast-to-Coast - New York a Los Angeles - De Flagstaff, AZ a Las Vegas, NV - via Rota 66

Retornamos à Rota 66.
Saímos do Hotel Aspen, em Flagstaff por volta das 08:30, com destino à Grand Canyon Harley-Davidson, a revendedora H-D da região.
É uma revenda típica, uma das menores que visitamos. Entretanto tem todas as facilidades das outras revendas, só que em menor quantidade. Os preços, com sempre, dentro do nível sugerido no catálogo da H-D, oferecendo algum desconto se a compra for em volume mais expressivo (acima de US$200, neste caso). Uma excelente oficina, bem estocada em peças e com um loja de roupas/acessórios maior do que qualquer outra existente no Brasil.
Seguimos outr0s 100 km pela Interstate 40 até Seligman, Arizona.
Neste cidade nasceu o movimento de recuperação econômica das cidades às margens da Rota 66, sendo criada a primeira Route 66 Association, em 1987. Esta iniciativa se extendeu, depois aos demais estados por onde a Rota 66 passa.
Lá, encontramos três pessoas (um homem e duas senhoras), todos canadenses, que estavam cruzando os Estados Unidos desde o início de Julho. A missão voluntária que assumiram foi de percorrer os pontos mais significativos do motociclismo no país, arrecadando fundos para um ONG de apoio a mulheres que contraíram cancer de mama. Nestes primeiros 21 dias de estrada, segundo nos contaram, já haviam arrecadado cerca de 26 mil dólares. Isto mostra que os motociclistas são, mesmo, solidários.
De Seligman, continuamos 140 km pela Rota 66 até Kingman, Arizona, onde paramos para reabastecimento e almoço.

Depois do almoço, tomamos o rumo norte na US 93 em direção de Las Vegas. A temperatura começou a subir ainda mais, até atingir 49 graus Celsius, a mais elevada que tivemos, nesta aventura Costa-a-Costa.

Para atrapalhar um pouco mais, ventos fortes laterais, com rajadas, nos acompanharam durante todo o percurso. Neste trecho de 115 km, até a Represa Hoover, não há um ponto de parada onde se possa esconder do sol inclemente. É seguir adiante até a represa ou retornar a Kingman.

Para piorar, 16 km antes de chegarmos à Represa Hoover, a pista passa a ser de mão dupla, com um limite de velocidade máxima de 70 km/h. Neste trecho já não é pemitido o acesso de caminhões, por motivo de segurança, implantado depois dos ataques terroristas de Setembro de 2001.

Uma nova ponte sobre o Rio Colorado (e acima da Represa Hoover) foi construída e um novo trecho da rodovia está sendo finalizado, para tirar o tráfego de cima da represa, minimizando os riscos de um atentado terrorista. A Represa Hoover foi construída entre 1931 e 1935, com o objetivo principal de controlar o Rio Colorado, que provocava alagamentos ao sul desta região, por ocasião do derretimento do gela e da neve das Montanhas Rochosas, na primavera. Estes eventos provocavam prejuízos enormes nas cidades do vale.

Com a construção da Represa Hoover - o maior feito de engenharia até então - foi possível controlar o Rio Colorado, gerar energia elétrica e fornecimento de água para o sul da Califórnia, maior produtor da vegetais, legumes e frutas dos Estados Unidos.

Apesar da proximidade com Las Vegas, a energia elétrica da Represa Hoover é responsável por somente 20% do consumo da cidade dos cassinos.

Chegamos em Las Vegas às 16:00 horas. Guardamos as motocicletas no estacionamento coberto e nos registramos no Excalibur Hotel e Cassino. Elas ficarão no estacionamento, até nossa saída de Las Vegas, no sábado, dia 24, pela manhã. É simplesmente impossível andar de Harley-Davidson em Las Vegas, no verão. A temperatura média, durante o dia, está sempre acima dos 42 graus Celsius.

No total, pilotamos 428 km, hoje, sob um calor extremo. Mas valeu a pena, cada minuto.

Veja todas as fotos aqui.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Coast-to-Coast - New York a Los Angeles - De Cortez, CO a Flagstaff, AZ

Hoje rodamos por uma das regiões mais bonitas dos Desertos do Utah e Arizona - o Monument Valley.
Saímos de Cortez por volta das 08:30, seguindo na direção oeste para Bluff, Utah.
De lá, descemos na direção sul até quase na divisa com o Estado do Arizona, no Monument Valley. Este ponto dos desertos do Utah e do Arizona tem este nome pela existencia de formações rochosas que lembram o Vale dos Reis, no Egito, com suas pirâmides e outros monumentos aos deuses e faraós.
Esta região, há mais de 93 milhões de anos, era um oceano que ligava o Ártico com o que é hoje o Golfo do México. Este oceano, muito profundo, foi colocando sedimentos marinhos e vegetais no seu fundo, que hoje afloram na superfície. Os movimentos das placas continentais, mais tarde, elevaram o fundo desse oceano, criando montanhas formadas por fatias distintas de rochas. A erosão provocada pelos ventos e pelas águas das geleiras ao final das várias Eras do Gelo, criaram verdadeiras obras de arte no deserto.
Foi um dia memorável, com um temperatura muito agradável, em torno dos 30 C.
Depois de sairmos do Monument Valley, tomamos a direção sul para Flagstaff, Arizona onde pernoitaremos e retomaremos nossa viagem pela Rota 66.
Ao chegarmos próximo a Flagstaff (uns 20 km antes), a rodovia estava interrompida. Havia caído um temporal muito forte na região e a estrada havia sido alagada. Tivemos que esperar cerca de 2 horas, para que as equipes liberassem a rodovia. Foi interessante ficar na estrada, conversando com pessoas da região, muito curiosas sobre nossa viagem
Hoje rodamos 486 km, passando por 3 Estados.
No total, até agora, já passamos pelos Estados de New York, New Jersey, Pennsylvania, Ohio, Illinois, Wisconsin, Missouri, Kansas, Oklahoma, Texas, New Mexico, Colorado, Utah e Arizona. Estão faltando os Estados de Nevada e Califórnia.
Veja mais fotos aqui.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Coast-to-Coast - New York a Los Angeles - De Gallup, NM a Cortez, CO

Hoje a programação estava mais tranquila, já que o trecho que tínhamos de pilotar estáva previsto em apenas 265 Km. No fim do dia, foram 280 km rodados.
Saímos de Gallup por volta das 08:00 horas, seguindo para o norte na US 491 até Shiprock, NM.
À medida que nos afastávamos de Gallup e entrávamos no deserto do Novo México, a paisagem mudava, com o terreno mostrando-se árido, com muito pouca vegetação. O calor, no verão é muito forte levando-nos a perguntar como se consegue viver alí durante esta parte do ano.
Ao chegarmos em Shiprocks, viramos para o oeste na US 64 e fizemos meio círculo, passando pelo Four Corners (encontro dos Estados de Colorado, Utah, Arizona e New Mexico) e seguindo pela US 160 até Cortez.
A maioria da população no deserto do New Mexico é constituída de nativo-americanos da Nação Navajo, cuja Reserva ocupa parte dos Estados do New Mexico, norte do Arizona e sul de Utah. A grande maioria deles vive na pobreza (padrão EUA), com renda anual média, por família, em torno de US$ 22.000. A economia da região é basicamente pecuária, artesanato e um pouco de agricultura de sobrevivência.
Mas, ao cruzarmos a divisa com o Colorado, tanto a paisagem como as comunidades indígenas mudam claramente, com mais verde e uma economia mais desenvolvida.
A cidade de Cortez, Colorado, está a 1.890 metros acima do nível do mar. Toda a região fica coberta por neve e gelo durante o inverno, havendo inclusive algumas estações de esquí, na região.
Veja todas as fotos aqui.