Segundo
notícias vinculadas no final de 2013, o teor de enxofre da gasolina no Brasil foi
reduzido a partir do início de Janeiro a um quarto do atual, com qualidade
semelhante ao produto comercializado na Europa, Estados Unidos e Canadá.
O
combustível tem agora, em todo o território nacional, no máximo 50 mg/kg de
enxofre, ante uma proporção de 200 mg/kg em 2013 e 500 mg/kg em 2009, segundo a
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
"Com a
iniciativa da ANP, haverá redução da emissão de enxofre na atmosfera em 94 por
cento e a emissão de poluentes, em até 59 por cento, no médio e longo prazo,
nos veículos mais modernos, contribuindo para a melhora da qualidade do ar e
para a diminuição de doenças respiratórias", estimou a reguladora.
Para
atender às especificações da agência reguladora, a Petrobras teria realizado
investimentos pesados no parque de refino brasileiro, com a modernização das
refinarias.
Em função
do processo de refino adotado, a nova gasolina poderá apresentar coloração mais
clara e odor diferenciado, afirmou a agência em nota.
"Essas
características não influenciam o desempenho do combustível no motor. Não
haverá problemas com relação à gasolina importada, que já atende às novas
especificações da nova gasolina nacional".
Além do
teor de enxofre, outros componentes que contribuem para as emissões veiculares
--hidrocarbonetos olefínicos, hidrocarbonetos aromáticos e benzeno-- terão seus
limites reduzidos.
A gasolina
premium terá redução no teor de benzeno, ficando com o mesmo limite
estabelecido para gasolina comum. Assim, desde Janeiro de 2014 a única
diferença de especificação da gasolina comum e premium será o número de octanas.
"As
mudanças na gasolina automotiva acompanham a evolução tecnológica da indústria
automotiva mundial, alinhando alguns parâmetros da especificação do combustível
aos requisitos internacionais e atendendo às necessidades ambientais de redução
dos níveis de poluentes veiculares atmosféricos".
Já a partir
de primeiro de julho de 2015, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos e
México, a gasolina comum receberá a adição de detergentes dispersantes, o que
reduzirá a formação de depósitos nas válvulas de admissão dos motores, informa
a ANP.
Fonte: ANP
Segundo o site da Petrobrás, as novas gasolinas comum e premium - chamadas de S-50 - reduzirão as emissões de gases poluentes no escapamento de motores fabricados a partir de 2009, em até 60% de óxidos de nitrogênio (NOx), em até 45% de monóxido de carbono (CO) e em até 55% de hidrocarbonetos (HC). Elas apresentam ainda como benefícios a baixa formação de depósitos em válvulas, bicos injetores e na câmara de combustão; aumento do desempenho e prolongamento da vida útil do catalisador; redução do desgaste do motor; além de uma vida útil mais longa do lubrificante, mantendo a eficiência energética com menor custo de manutenção.
Os
benefícios atingem motores futuros, com tecnologias avançadas (por exemplo,
diminui consumo em conjuntos com injeção direta estratificada). Nos motores atuais haverá redução de depósitos e contaminação do óleo, diminuição de
poluentes, além de menor teor de aromáticos e olefínicos.
As novas gasolinas estão disponíveis na rede de postos de todas distribuidoras, e continuarão sendo identificadas nas bombas dos postos de serviço como “gasolina comum” ou “gasolina premium”, de acordo com seu tipo.
Já fiz dois
reabastecimentos na minha Harley-Davidson, desde o início do ano. Não deu para
perceber nenhuma alteração no desempenho ou no consumo. A ANP diz que não se pode esperar mudanças nestes itens, pelo menos não para os motores da quase totalidade de veículos em circulação no país.
Como não tenho como
aferir as emissões, resta acreditar no governo. Uma tarefa sempre difícil.
Vou verificar, mas acho que a gasolina S-50 ainda não teve início de comercialização.
ResponderExcluirEm tese não é uma gasolina melhor, mas sim uma gasolina mais limpa, assim como, em tese, não existirá mais gasolina comum já que a diferença entre as gasolinas será apenas de octanagem e como as demais são aditivadas, a gasolina comum passará a ser aditivada também.
Enfim, não espere mudanças no desempenho ou consumo, apenas uma queima com resíduos mais limpos.
As notas fiscais de venda da gasolina não tiveram alteração na descrição do produto, mas o assessor afirma que a nova gasolina já está a venda.
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