Eu nunca gostei de calor.
Nascido e criado na Serra da Mantiqueira, nas Minas Geraes, calor não fazia parte da minha vida. E o inverno não era rigoroso, tampouco.
Em 1964 entrei na Marinha e fui estudar no Rio de Janeiro, onde residi por 30 anos. Nunca me adaptei ao calor do verão no Rio de Janeiro e em Niterói. Eu morei na Região Oceânica de Niterói (1978-1995), onde a brisa vindo do mar é constante. Mas, mesmo assim, reclamava do calor.
Durante minha carreira, naveguei para lugares com climas bem extremos, como o Golfo Pérsico, com suas temperaturas atingindo os 50°C.
E tínhamos que nos expor a este calor. Os navios não eram automatizados e muitas das manobras de válvulas eram realizadas no convés. Imaginem este calor, refletido no aço do convés de um navio petroleiro!
Naveguei também no Mar do Norte e no Canadá, onde atingí meu recorde de temperatura baixa: -35°C.
Numa manobra de desatracação em New York, anos 1970. Ao fundo a Manhattan Bridge. |
Quebra-gelo canadense, nosso anjo-da-guarda para navegar no St. Lawrence River. |
O meu recorde de calor foram 52°C no Death Valley, deserto de Mojave, Califórnia, Julho de 2010.
Temperaturas amenas foram uma das principais razões de ter escolhida Santa Catarina para viver.
Com este, já são 8 verões catarinenses. Sem dúvida, o mais quente. Não estou gostando!
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