Equipamento
de proteção de uso obrigatório, o capacete pode se transformar em uma
incubadora de fungos, bactérias e ácaros que se proliferam em ambientes escuros
e úmidos. A grande concentração destes microrganismos pode provocar problemas
respiratórios e irritação nos olhos e nas mucosas do nariz e da boca e, em
casos extremos, até gerar microtoxinas cancerígenas.
Tudo é
uma questão de higiene. Por isso o capacete deve ser comparado a uma roupa
íntima: a gente nunca empresta e deve ser lavado com sabão neutro. Quem quer
mais eficiência na limpeza do equipamento ainda pode recorrer a outros
recursos, como a higienização por ozônio, por exemplo, que dura cerca de 30
minutos.
Dentro
do casco
Os
capacetes são compostos por diversas partes removíveis e laváveis, algo que
deve ser feito, segundo os fabricantes, a cada 30 dias no verão e a cada 60
dias no inverno. “Para essa higienização, todos os acessórios removíveis do
capacete - forro, narigueira e viseira - precisam ser retirados e lavados em
separado. Pode se utilizar água morna, shampoo infantil, sabão neutro ou de
coco, ou seja, produtos com Ph Neutro. Conte também com o auxílio de uma escova
de cerdas macias”, explica Karin Obertopp, gerente de Marketing da BR
Motorsport, importadora e distribuidora dos capacetes da marcas AGV, LS2 e
NoRisk.
Segundo
Karin Obertopp, após a lavagem é só enxaguar com água morna e deixar secar na
sombra, lembrando que a exposição ao sol pode reduzir a vida útil dos
componentes do capacete. O mesmo pode acontecer ao utilizar água quente,
escovões, ou outros instrumentos de cerdas espessas, e produtos abrasivos que
comprometem a durabilidade do tecido.
Parte
externa
A
viseira deve ser lavada à mão apenas com água corrente, especialmente se tiver
algum tipo de tratamento (antiembaçante, antirriscos, UV etc). Utilizar sabão
ou esponjas em sua limpeza pode danificar as propriedades do mesmo. A secagem
também deve ser feita à sombra. É recomendado ainda a aplicação de cera
protetora automotiva, a mesma utilizada na lataria dos carros. Depois de limpo
– seguindo o mesmo procedimento da viseira –, o casco também pode receber uma
camada de cera automotiva, que o protegerá das ações do sol.
Higienização
por ozônio
Os
processos tradicionais de limpeza utilizam produtos químicos e procedimentos
que não garantem 100% de eficiência na limpeza do capacete. O ozônio, 100%
natural, não deixa resíduos ou odores. O recomendável é fazer este tipo de
higienização a cada dois meses. A higienização por ozônio elimina riscos de
contaminação de doenças, cheiros desagradáveis e oferece uma sensação de estar
usando um produto novo, que acabou de sair da caixa. A higienização por ozônio
pode ser encontrada em algumas concessionárias e lojas especializadas.
Aldo
Tizzani, publicado no site Moto.com.br
Obs.: Durante muito tempo usei o Desodorizador de Capacete, produzido pela Wurth. Produto difícil de encontrar, hoje em dia.
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