Explico: é um percurso numa área montanhosa, onde a estrada é muito sinuosa, com curvas marcantes. Um teste perfeito para o desempenho do Tri Glide.
Saímos de Missoula logo cedo. A temperatura era bem baixa. Quando acordei, estava em zero graus. Depois foi aumentando gradativamente, mas as primeiras duas horas foram rodadas em temperaturas entre 5 e 8 graus Celsius.
Havia muita fumaça, proveniente dos incêndios florestais. |
Todo o trajeto foi feito na rodovia US 12, passando pelo Passo de Lolo, onde os desbravadores americanos Meriwether Lewis e William Clark encontraram uma passagem segura nas Montanhas Rochosas para atingir o Oceano Pacífico, entre 1803 e 1806.
A estrada cruza a Floresta Nacional de Lolo e a Floresta Nacional de Clearwater, num percurso de 234 km em densos bosques, ao longo do Rio Clearwater.
Como sempre, a estrada estava em excelente condições de pavimentação, mas com muitas obras de melhoria no percurso, notadamente a construção de novas pontes sobre alguns dos centenas de córregos e ribeirões que alimentam o Rio Clearwater.
A maior parte da Floresta fica no Estado de Idaho.
Deixando o Estado de Montana, mas retornaremos à ele antes do final da semana. |
Kooskia é um nome índigena usado para denominar o encontro de um dos afluentes do Rio Clearwater. A pequena cidade, com sómente 675 habitantes, fica dentro da Reserva Indígena Nez Perce.
Desfrutando um delicioso cheeseburger no Kookia Café. |
Kooskia, Idaho |
O Tri Glide passou pela prova com nota máxima. Não tive nenhuma dificuldade em fazer as curvas, ainda que estranhando ter que exercer uma pressão significante no guidão. Acostumado com duas rodas, fazendo as curvas suavemente, tive que me concentrar nos primeiros quilômetros. Depois, tudo acontecia com naturalidade.
Os mesmos cuidados são necessários e recomendáveis: desacelerar um pouco antes da curva, fazendo-a com aceleração positiva. O Tri Glide "agarra-se" na pista com força e em nenhum momento perdeu a tração. Se a curva era muito pronunciada, eu reduzia a velocidade, para diminuir a força centrífuga e o esforço necessário, no guidão, para completar a curva. Nada de extraordinário. Com uma sinalização perfeita (é redundante, quando se trata dos ËUA, eu sei!), eu sabia exatamente o que me esperava, largamente auxiliado pelo GPS, com sua indicação precisa da orientação da estrada e da amplitude da curva.
Hoje, eu acho que ter a motocicleta equipada com um GPS é fundamental quando não se conhece a estrada.
Chegamos em Clarkston, passando por Lewiston, sua irmã gêmea. As duas cidades, situadas em dois Estados diferentes (Idaho e Washington), são separadas pela Rio Clearwater, mas tem uma vida em comum. Nota-se que saímos de uma e entramos na outra sómente pelas placas indicativas.
Ansiosamente aguardando meu Jack Daniel's. |
A Rô já devidamente "armada" com uma Piña Colada. |
O Tri Glide teve um desempenho de 17,6 km/litro de gasolina Premium, 91 octanas, sem alcóol. A baixa velocidade média, devido à sinuosidade da estrada, ajudou muito.
Roque e Rô, bateu aquela inveja boa de estar rodando com vocês. Este é o típico roteiro que eu gosto de fazer, pequenas cidades ou vilas, muita natureza e boas estradas. Já está na minha wish list.
ResponderExcluirna minha próxima ida aos EUA vou alugar uma Tri Glide para ver como é a pilotagem pois tem muito preconceito dos mais ortodoxos mas lendo o seu relato me pareceu uma excelente opção, para o futuro, kkk.
Forte abraço ao casal e continuem curtindo bastante.
Fraga
Fraga, o Tri Glide é muito bom de pilotar. Realmente uma opção que estou considerando. Forte abraços pra você e pra a Adriana.
ResponderExcluirRoque, Parabéns pelo post. Estou interessado no preço do kit (Se é que se chama assim) para transformar uma Electra ou uma Ultra em um triglide. Assim a Mylène (M2) aceita encarar uma Harley. Aguardo seu retorno. Reinaldo (Nado)
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