domingo, 3 de abril de 2011

Falta PR na HD do B

Os Estados Unidos inventaram Propaganda & Marketing. Inventaram, também, “press release”, que são os comunicados ao público externo, através da mídia.

O Wolfmann publicou uma postagem interessante no seu blog, ontem, sob o título “Ecos do Sábado . . .”. O assunto da postagem não era Public Relations, mas ele abordou, com comentários bem posicionados, a falta de informação que continua a imperar na comunidade Harley-Davidson no Brasil. E por culpa exclusiva da filial brasileira.

As empresas americanas primam pela comunicação rápida e transparente com seus mercados. Mas este não parece ser o caso da Harley-Davidson Brasil.

Desde listagem de preços até nomeação de concessionário, os harleyros ficam sabendo da notícia (ou boato) por uma postagem em um blog, baseada em e-mail recebido de um amigo, que ouviu de outro, que parece que falou com alguém, que deve ter lido em algum lugar. Ou seja, coisa de amador. Até o pet shop que abriu recentemente, perto da minha casa, faz melhor. Nós estávamos acostumados com este procedimento, nos tempos do antigo representante exclusivo da marca no país. Mas esperávamos mudanças.

Eu estou no “mailing list” da Harley-Davidson americana e de vários concessionários H-D dos Estados Unidos. Recebo, semanalmente, mensagens com notícias da marca, desde novos lançamentos ou campanhas, até a programação do Chapter local para o próximo fim de semana. O site da Harley-Davidson dos EUA tem os preços de referência de todos os modelos comercializados pela marca. Não é segredo de Estado.

Alguém pode criticar, dizendo que estou “cobrando” muito do pessoal da Harley. 
Rechaço as críticas com um argumento: eles estão no mercado desde 1903! Ninguém é calouro, aqui. Deveriam estar preparados para isso, desde que decidiram defenestrar o incompetente representante que tinham no país. E esta decisão aconteceu há muitas luas, cara-pálida.

A Harley-Davidson Brasil não fala nada. O site brasileiro diz que há dois revendedores no Brasil: SP e BH. Sabemos, pelos mesmos meios tupiniquins de comunicação, que há outros nomeados. No seu comunicado à imprensa de 15/2, a H-D afirma: “Reiteramos nosso compromisso de manter os consumidores informados sobre cada passo do processo.” 
Qual será o tamanho de cada passo? Já se passaram 45 dias . . .

Quem são os outros revendedores e em que cidades, além das duas mencionadas no comunicado, estarão localizados?

Será que devo migrar para outra marca, como comentado na postagem do Wolfmann?
Não creio, tenho Harley no meu DNA (meu pai comprou sua primeira Harley em 1937 . . .)
Mas, com certeza, a afirmativa do amigo Wolfmann em outras oportunidades é cristalinamente verdadeira: a Harley não nos vende a motocicleta  – nós é que a compramos.

Nota para quem não é da área: PR são as iniciais de “Public Relations”, conhecida no português moderno como Comunicação Social. Acessório aparentemente em falta no catálogo da Harley-Davidson Brasil.

3 comentários:

  1. Bom dia Roque, um estudo bem audacioso e interessante e claro é muito prolongado aos Harleiros...
    Matéria muito boa....

    Abraços

    Ch@rles Br@w

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  2. Roque, em Curitiba a coisa também anda nebulosa... Não encontrei o endereço passado por eles, onde iria funcionar a oficina a partir de fevereiro. Não tenho certeza se a 00#Garage está fazendo o pós venda, enquanto a Harley Servopa não está disponível. Ainda bem que a gente pode contar com o Maccori.

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  3. Roque, o Wolfmann é quem mais próximo está da verdade! Primeiro, não existe Harley do Brasil. Existe um fabricante de Harley nos EUA e ponto final. Tudo o que aconteceu, acontece e acontecerá com a assistência técnica e revendas em todo o mundo é de responsabilidade (leia-se culpa) exclusiva da Harley dos EUA. Desde a contratação de concessionárias mal administradas e incompetentes no Brasil e no mundo, até seus HOGs mal organizados. Para nós, em verdade, vale a máxima do Wolfmann (perfeita!): nós compramos uma Harley, não importa quem nos vendeu. Segundo, não esperem qualquer modificação para melhor no Brasil, porque nem nos EUA a assistência técnica é eficaz. A única vantagem que teremos com as concessionárias no Brasil é o endereço para mandar as citações judiciais para exigir peças, na horas dos consertos. Quanto a mecânicas de confiança, procurem a sua, no google. E passeios... façam amigos.
    Marco, Porto Alegre/RS

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