domingo, 11 de outubro de 2015

Salão Duas Rodas 2015


Fomos mais uma vez ao Salão Duas Rodas. Desta vez escolhemos uma quinta-feira para visitar o Salão, evitando a confusão que enfrentamos (estacionamento lotado, filas, muita gente) em 2013, quando a visita foi feita num sábado.

Não mudou muita coisa. Ainda que com menos público, o calor estava insuportável (36 Celsius) dentro do pavilhão do Anhembi, o que demonstra que continuamos sendo uma país bem atrasado!
Na maior cidade, do estado mais rico da federação, o mais famoso Parque de Exibições é refrigerado a vento mecânico. Como a rainha da mandioca ainda não revelou a fórmula para estocar vento (seria ótimo ter um pouco do Minuano geladinho . . .!), o que tínhamos era o vento quente da cidade, mesmo!

O estacionamento é caro (R$40) e exige uma boa caminhada até o Pavilhão. Com o calor que estava, era tudo que eu podia sonhar! Claro, comparar com o Destination Daytona, onde o público é levado do estacionamento (grátis) até o local do evento em carrinhos elétricos, é covardia, eu sei! Mas a gente vota para presidente, né? Mas continua subdesenvolvido!

Todas as tradicionais marcas de motocicletas estavam em exibição: Harley-Davidson, Honda, Yamaha, Kawasaki, KTM, Ducati, BMW, Triumph. A novidade foi, sem dúvida, a Indian Motorcycles, estreiando no Brasil, depois de renascer das cinzas pelas mãos da Polaris Industries.

A Harley-Davidson estava com um estande bem maior, oferecendo um espaço reservado para os membros do HOG.



Não havia novidades na marca e a única atração extra era uma motocicleta elétrica do Projeto LiveWire em exposição. Ao contrário do que ocorreu nos EUA, não havia possibilidade de fazer um test-ride, nem vê-la em funcionamento.


Harley-Davidson LiveWire, elétrica.
O estante da Indian, bem em frente à Harley-Davidson, chamava muita atenção, até por ser uma marca desconhecida pela maioria dos motociclistas brasileiros.

Indian Roadmaster 2015


Indian Chieftain 2015
Veja também: H-D Sportster 1200 Custom vs. Indian Scout
Veja também: A India Motorcycles vai dividir o mercado com a Harley-Davidson?

Não havia novidades ou lançamentos que chamassem a atenção nos estantes das outras marcas, também bastante frequentados.

Interessante ver modelos da Triumph Bonneville, uma motocicleta que sempre me agradou visualmente. Talvez por me lembrar da Honda 750 Four, minha paixão por muitas décadas.

2015 Triumph Thruxton 900
2015 Triumph Bonneville T100 
Sempre me agrada ver as motocicletas mais antigas e bem conservadas. Estes três exemplos de Café Racer são muito bonitos.




Veja também: Café Racer: As Motocicletas dos Anos 1950

Sou um apaixonado pelos triciclos feitos a partir de motocicletas Harley-Davidson. O Tri Glide da H-D ainda é o meu preferido e objeto de desejo.

Mas esta adaptação feita pelo Celio Dobrucki, da America Motorcycles de Curitiba, ficou muito bonita.

Celio Dobrucki e dois exemplos de triciclos adaptados de motocicletas H-D
O kit utilizado foi fabricado pela Eurowing USA, de Miami, uma empresa relativamente recente no mercado (fundada em 2004), se comparado com a Lehmann Trikes, por exemplo, que produz triciclos convertidos desde 1985.

Mas a qualidade do trabalho e a pintura belíssima, marcas registradas do Celio Dobrucki, estão refletidas com excelência neste triciclo baseado numa Harley-Davidson Ultra Limited.





A America Motorcycles também mostrou um outro triciclo, construído a partir de uma Harley-Davidson Dyna.



Tive a satisfação de rever o grande designer Adonis Alcici, que estava fazendo pinturas ao vivo, no estande da Triumph.

Adonis Alcici e eu, no seu estande, no Salão Duas Rodas 2015
Um a das telas pintadas por Adonis Alcici, no S2R 2015
Conhecemos o Adonis no Harley-Davidson Rally de 2009, em Campos do Jordão. Ele fez dois quadros para nós, que temos numa parede do nosso apartamento.

Aquarela de autoria de Adonis Alcici, feita a partir de uma fotografia. 2009
O Wolfmann fez uma análise bem detalhada do S2R e recomendo sua leitura. Ele dividiu a matéria em várias postagens, portanto não deixe de ler todas.

Resumo da ópera: visitar o Salão Duas Rodas foi uma boa desculpa para passar uns dias em São Paulo e curtir a cidade que admiro e onde morei por algum tempo. Depois de Belo Horizonte e Curitiba é a melhor metrópole para viver, na minha opinião. E olha que eu não gosto de cidade grande!

Frequentar alguns dos restaurantes que gosto, visitar pontos agradáveis (o Mercado Público é parada obrigatória) e ver um Brasil que quase deu certo (pena não se separaram, em 1932!) é sempre muito bom.

Muito provavelmente voltaremos a São Paulo para o Salão Duas Rodas 2017.

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