Rodovia
mais alta de Santa Catarina será inaugurada sexta-feira na Serra.
Mundialmente
conhecida pela sinuosa estrada da Serra do Rio do Rastro, cuja construção, há
25 anos, desafiou a engenharia e está entre as mais surpreendentes do mundo,
Santa Catarina passa a contar com uma nova proeza. Será inaugurada nesta
sexta-feira a rodovia de maior altitude do Estado, o que leva os viajantes a
terem a sensação de estarem pertinho do céu.
Construída
durante quatro anos e concluída há aproximadamente dois meses, num investimento
de R$ 16,7 milhões do governo estadual, a SC-112 (antiga SC-439) tem uma
extensão de 19,2 quilômetros e liga os municípios de Urupema e Rio Rufino, na
Serra.
O ponto
mais alto da rodovia, segundo o engenheiro Waldir Zanette, responsável pela
obra por parte do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), fica a
aproximadamente 1,6 mil metros acima do nível do mar, apenas 150 abaixo do topo
do Morro das Antenas, um dos pontos mais altos do Sul do país, a 1.750 metros.
É neste
local, inclusive, que acontecem três fenômenos raros no Brasil: o congelamento natural
de uma cachoeira localizada junto ao morro e a apenas 200 metros da rodovia, a
neve e o sincelo, que é o congelamento de um nevoeiro.
A
pavimentação da SC-112 terá dois benefícios principais: a facilidade de
escoamento das 18 mil toneladas da melhor maçã do mundo que Urupema produz por
ano e que respondem por praticamente toda a economia do pequeno município de
2,5 mil habitantes; e a abertura de uma rota segura, bonita e bem mais curta
para os cerca de dois mil turistas do Litoral catarinense que todo inverno
visitam a cidadezinha, considerada a mais gelada do Brasil.
Com o novo
asfalto, a distância de Florianópolis a Urupema, por exemplo, cai de 300 para
200 quilômetros. Porém, a economia de 100 quilômetros não contempla a passagem
por Urubici e São Joaquim, obrigatória pelo trajeto mais longo.
Mas para um
“bate-volta” da capital até o Morro das Antenas, a cascata que congela ou à
praça central de Urupema, uma das mais belas da região, localizada a apenas
sete quilômetros dali e por onde passa o Rio Caronas, um dos únicos habitats
naturais de trutas fora da América do Norte, a SC-112 é uma ótima opção.
O
engenheiro Waldir Zanette destaca que o asfalto da nova rodovia é como o de
qualquer outra. A maior dificuldade da pavimentação ficou por conta das grandes
encostas de montanha que levaram à necessidade de se fazer barreiras de
contenção em 60% do trecho de 19,2 quilômetros por conta dos vários e
acentuados escorregamentos.
Para evitar
o acúmulo de água sobre a pista, foram feitas canaletas e bueiros. Já para os
usuários, o grande risco da rodovia é a formação de gelo sobre o asfalto no
inverno e a forte neblina presente o ano inteiro.
Fonte: Diário Catarinense
Aí está uma bela sugestão para um passeio de moto. Com direito a visitar Villa Francione. Eu topo!
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