A Harley-Davidson
emitiu sete chamadas (recalls) nos últimos dois anos, afetando cerca de 460,000
motocicletas da marca.
O número de
motocicletas afetadas, por modelo, variou de 3.000 a 185.000, que é o volume de motocicletas
do Projeto Rushmore atingidas com a chamada para substituir o suporte de montagem dos alforges nas Tourings. Outros recalls foram relacionados a transmissão, freios,
embreagem e chave de ignição.
Kristen Cunningham,
Executivo de Comunicações Corporativas da Motor Company, fez o seguinte comentário, em resposta a perguntas
feitas por Hilary Dickinson, repórter da BizTimes.com, uma revista virtual de
Milwaukee:
“Sabemos
como estas chamadas tem sido uma frustração para nossos clientes. Nós
compartilhamos esta frustração. Isto dito, nada é mais importante do que a segurança
dos motociclistas. Cada chamada implica numa situação diferente e, em alguns
casos, muito complexas, indo da identificação do problema à investigação e até à
solução da falha. As razões das chamadas variam, mas geralmente são devidas a
problemas de projeto ou fabricação, que não se manifestaram durante os
extensivos testes a que as motocicletas são submetidas, quando literalmente
levamos a motocicleta até o ponto de rutura. Toda a equipe da Harley-Davidson
tem muito orgulho em produzir uma motocicleta de alta qualidade que nossos
clientes vão usufruir por muitos anos. Estamos intensamente focados em cada
problema que implica numa chamada e de resolve-lo rapidamente.”
Mas o volume de recalls da H-D é uma pequena gota no oceano. A revista Fortune considera o ano de 2014 como o pior para
chamadas feitas pela indústria automotiva: 60 milhões de veículos foram
afetados, o pior ano desde 1999.
Os mais
atingidos são alguns dos líderes mundiais da indústria, como a General Motors,
cujo defeito na chave de ignição atingiu 2,6 milhões de automóveis, depois de
ter causado a morte de pelos menos 52 pessoas.
O ranking das
piores 10 montadoras, em volume de recalls, é o seguinte:
- 10. Mazda – o fabricante japonês fez uma chamada afetanto 273.000 veículos, a maioria por defeitos no airbag fabricado pela Takata.
- 9. Mitsubishi – fez recall em 166.000 veículos.
- 8. Subaru – defeito no engate para reboque e no airbag da Takata provocou a chamada de 677.810 veículos.
- 7. BMW – o renomado fabricante alemão fez chamada de 756.280 veículos.
- 6. Nissan – também afetada pelos airbags defeituosos fabricados pela Takata, fez chamada de 1.490.000 veículos.
- 5. Ford – uma falha potencial na direção hidráulica fez a tradicional montadora americana chamar de volta às oficinas dos concessionários 3,8 milhões de veículos.
- 4. Fiat Chrysler – nada menos do que 5,5 milhões de automóveis e utilitários da marca sofreram recall em 2014.
- 3. Toyota – mais de 5,6 milhões de veículos foram chamados, a maioria por falha nos airbags da Takata e defeito no acelerador eletrônico.
- 2. Honda – também atingida pelo defeito nos airbags da Takata, a montadora japonesa fez recall em 5,8 milhões de veículos.
- 1. General Motors – sem dúvida o pior desempenho do ano, mais de 5 vezes o segundo colocado: 28,9 milhões de veículos da montadora americana foram chamados para sofrer reparos em peças ou sistemas defeituosos. Sómente para os acidentes decorrentes de problemas na chave de ignição estima-se que a GM tenha gasto acima de US$2,7 bilhões.
Porque será que está tendo tanto recall dessa forma? Economia no projeto? Economia em materiais? Economia em mão de obra? Fazer duas vezes o mesmo serviço não sai mais barato!!! Como diz o ditado..... "O barato sai caro!"... Mas parede que os "engenheiros" nunca escutaram esse ditado. Arthur.
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