Um alemão avisou ao amigo brasileiro que pretende
percorrer o Brasil de carro alugado, aproveitando uma longa licença que
conseguiu na empresa de comércio exterior.
Como
gerencia compra de alimentos do Brasil, Argentina e Uruguai, quer conhecer o
campo brasileiro por dois meses. O amigo
brasileiro preveniu-o de que ele irá encontrar estradas ruins, com asfalto
cheio de buracos. O alemão
não entendeu.
Pediu para repetir.
Como assim,
asfalto com buracos? A última vez em que ele ouviu falar de asfalto com buracos
na Alemanha fora na 2a Guerra - e eram provocados por bombas dos ingleses e
americanos.
Mas as
estradas logo foram consertadas, assim que a guerra acabou, melhoradas e
ampliadas.
O alemão
continua sem entender por que há buracos no asfalto brasileiro se o país não
sofreu bombardeios.
Só vai
entender quando vier, lá por agosto.
Pobres
brasileiros, que sofremos com isso desde que nascemos.
A maioria
de nós acredita que isso é normal.
Com
passagem aérea à prestação e a descoberta de hotéis e aluguel de carro mais
baratos do que no Brasil, estamos viajando mais para o exterior e descobrindo
como é, realmente, uma estrada.
E, quando
voltamos, ficamos furiosos.
Porque,
afinal, os impostos por aqui abrem crateras nos nossos bolsos.
A cada R$
100 que produzimos ou ganhamos, deixamos quase R$ 40 de impostos, taxas e
contribuições para o Estado nos prestar serviços que não presta, ou são
serviços medíocres como a infraestrutura que emperra esse pobre grande país
rico.
Os cabeças
do Estado - prefeitos, governadores, presidente - podem até querer, mas o
Estado não consegue, grande demais, incompetente, amarrado a uma cultura de
ineficiência e improdutividade.
Por
Alexandre Garcia
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