Levantamento
realizado pela Safe Kids e Criança Segura alerta sobre o aumento do número de
adolescentes mortos em atropelamentos no Brasil.
Um estudo
realizado pela Safe Kids Worldwide nos EUA apresentou dados que alertam sobre
os perigos das zonas escolares para os estudantes. De acordo com o
levantamento, nos últimos 20 anos, a morte de pedestres de zero a 19 anos tem
diminuído nos Estados Unidos. Entretanto, nos dois últimos anos, esses óbitos
aumentaram 13% entres os adolescentes de 12 a 19 anos, o que representa mais do
que cinco mortes de pedestres dessa faixa etária por semana nos EUA.
No Brasil,
o cenário não é muito diferente. De acordo com dados analisados pela CriançaSegura, em 2014, houve um aumento de 10% no número de mortes de pedestres de 15
a 19 anos, o que representa sete mortes de pedestres dessa faixa etária por
semana no país. Além disso, os jovens dessa faixa etária representam 26% da
população com idades entre zero e 19 anos, entretanto, concentram 46% das
mortes por atropelamentos dessa faixa etária em todo o país, o que demonstra a
gravidade desse problema.
Para
entender melhor os motivos que vêm gerando esse cenário de aumento no número de
mortes por atropelamento, a Safe Kids analisou o
comportamento de 39 mil estudantes do ensino fundamental e médio e 56 mil
motoristas em áreas escolares dos EUA.
A
organização observou que um em cada quatro estudantes do ensino médio e um em
cada seis alunos do ensino fundamental do país andavam distraídos nas ruas da
área escolar. A maioria dos adolescentes usava fones de ouvido (44%) ou andava
enquanto enviava mensagens de texto (33%).
Notou-se,
também, que 80% dos estudantes se comportavam de forma insegura ao atravessar
as ruas e que um em cada três motoristas tinham comportamento inseguro no
embarque e desembarque dos alunos (como parar em fila dupla ou em cima da faixa
de pedestre).
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