Quando Anya
Violet decidiu abrir uma empresa de roupas com as mulheres motociclistas como
clientela básica, ouviu muita gente dizer que não havia um mercado para isto.
Na
realidade Anya, co-proprietária da marca Atwyld em Long Beach, California, diz
que mais do que nunca este mercado existe e está em expansão. A sua
empresa produz roupas de proteção e jaquetas de couro reforçadas com Kevlar, e
está vendendo muito bem.
Jaqueta em couro e Kevlar |
Mulheres
pilotando motocicletas é uma atividade antiga, que teve um crescimento notável
a partir dos anos 1940. Mas, até recentemente,
as motociclistas achavam que estavam invadindo um mundo totalmente
masculino. Não havia roupas, jaquetas, botas, luvas desenhadas e fabricadas
para as mulheres. Da mesma forma, as motocicletas eram projetadas para os
homens; as mulheres-pilotos tinham que encontrar um bom mecânico para fazer as
alterações nas pedaleiras e guidões, para que se adaptassem ao seu corpo.
Mas as
montadoras se deram conta deste mercado e apostam alto neste segmento.
Nos EUA o
número de mulheres motociclistas cresceu de 18,4% em 2003 para 24,6% em 2014,
de acordo com a Motorcycle Industry Council, que reúne os fabricantes de
motocicletas daquele país.
As
montadoras estão oferecendo modelos mais leves e com banco mais baixos, para
atender este exigente cliente.
A
Harley-Davidson Motor Company tem a maior parcela — cerca de 60% — do mercado
feminino sobre duas rodas e está fazendo muito esforço para trazer mais
mulheres para suas lojas.
Para isto,
seu departamento de criação está pesquisando e desenvolvendo motocicletas,
roupas, calçados e serviços para melhor atender suas atuais e potenciais
clientes, tais como “garage party” só para mulheres e cursos de treinamento
moldados para alunos do sexo “frágil”.
E as duas
atividades estão com muito sucesso. As vagas se esgotam com muita facilidade!
O
departamento de marketing da Motor Company está direcionando suas campanhas com
as mulheres como alvo, especialmente as nascidas no segundo milênio, que começaram
conduzir veículos em 2016 (a idade mínima para dirigir, nos EUA é de 16 anos).
A
Harley-Davidson também está atuante nas mídias sociais, através de parcerias
com os grupos The Throttle Dolls e The Litas, grupos de mulheres motociclistas que tem
seguidores em quase todo o mundo.
Da mesma
forma, a HDMC tem apoiado o encontro Babes Ride Out no Instagram. O evento,
criado em 2013 na California, com a presença de cerca de 50 mulheres
motociclistas. O último evento, ocorrido em outubro de 2016, reuniu 1.600
motociclistas.
No Brasil,
o maior apoio às mulheres motociclistas tem sido do Ladies of Harley, a
comunidade feminina dentro do H.O.G., o grupo oficial da Harley-Davidson que
congrega os proprietários de motocicletas da marca.
Esperamos que o crescimento do número de mulheres motociclistas continue, também ao sul do equador!
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