Não, não vou falar da marca de uísque que enfeitava todos as mesas do nosso clube, em Três Rios, RJ, nos carnavais dos anos 1960.
Vou falar da minha postura perante a lei.
Explico: fui criado e educado em uma família onde a ética, moral e valores sadios eram preservados e exercitados todos os dias. Não havia discussão: o certo era certo, errado era errado. Branco e negro. Não havia zona cinza.
Entrei para a Marinha do Brasil com 17 anos e jurei defender a Bandeira do Brasil e a República que ela representa. Uma república não existe sem uma constituição que represente a vontade dos seus cidadão. As leis e regulamentos se aplicam a todos, sem exceção. E não podem ser alteradas, adaptadas ao momento. Ou é legal ou é ilegal.
E assim foi, até 1988. A partir daí o que vemos é uma grande palhaçada, um circo. Um profundo e imoral desrespeito aos cidadãos deste país.
As leis, a Constituição, são descumpridas, rasgadas quase literalmente a cada dia. Até a Suprema Corte, o órgão cuja única razão de ser é defender o preceito constitucional, já se curvou ao "jeitinho", esta terrível invenção brasileira.
Tudo é permitido desde que seja para "ajeitar as coisas", para evitar o "mal maior".
O MAL MAIOR É O DESRESPEITO ÀS LEIS!
As duas entidades mais antigas deste planeta são a Igreja e as Forças Armadas. Ambas só existem por serem baseadas num conceito rígido por excelência: DISCIPLINA!
O Brasil é um país indisciplinado, corrupto, desrespeitador das leis. E não são os políticos, um simples reflexo da população. São todos, na sua grande maioria.
Cada dia que passa mais me convenço que o país onde nasci nunca deixará de ser a republiqueta a que está destinado.
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