Um mês depois dos atentados, forças de segurança se organizam para não serem surpreendidas
As forças de segurança se organizam para não serem
surpreendidas com novos atentados. Há um mês, o Estado enfrentou uma onda de 68
ataques que causaram medo e horror na sociedade catarinense.
Além do recente período de violência, duas situações
aumentam o nível de alerta do Estado: o indulto de Natal e a data de fundação
do Primeiro Grupo Catarinense (PGC).
Um trabalho integrado e sigiloso entre Secretaria de
Segurança Pública, Secretaria de Justiça e Cidadania, Exército, Polícia
Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público foi intensificado para
garantir a ordem em Santa Catarina.
Intensificação do compartilhamento de informações e reuniões
entre setores de inteligência dessas instituições, das operações pente-fino nas
cadeias, do patrulhamento nas ruas, prisões e investigações de determinados
fatos recentes são algumas estratégias adotadas pelo Estado. Os detalhes desse
processo de enfrentamento do crime organizado não são divulgados.
Três investigações ainda não concluídas poderão trazer
explicações sobre os motivos dos ataques e ajudar a evitar novos atentados. Com
a conclusão dos inquéritos, integrantes e lideranças da facção que comanda as
cadeias em SC, o PGC, poderão ser identificados, presos e monitorados.
Uma das investigações é sobre a execução da agente
penitenciária Deise Alves que teria sido assassinada no lugar do marido, o
ex-diretor da penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves. A segunda
são as supostas torturas contra detentos de São Pedro que teriam contribuído
com o afastamento de Alves. E a terceira investigação é sobre a autoria dos 68
ataques, que teriam sido ordenados pela facção criminosa, concentrada em São
Pedro.
O critério do Departamento Estadual de Administração
Prisional (Deap) de privilegiar presos do regime semi-aberto sem crimes
hediondos no currículo para receberem o benefício de passar as festas de fim de
ano em liberdade não é garantia de paz nas ruas. Geralmente, é este tipo de
detento usado pela facção para cometer crimes. São entre 1 mil e 1,5 mil
condenados em SC prestes a receber o indulto de Natal.
O Estado se diz preparado também para garantir a segurança
de seus profissionais e da sociedade em relação as especulações de novos
ataques nos 10 anos de fundação do PGC, em 3 de março de 2013.
O tempo dirá se realmente as forças de segurança tem controle da situação.
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