quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Será ?

Publicado hoje no Diário Catarinense:

Um mês depois dos atentados, forças de segurança se organizam para não serem surpreendidas


As forças de segurança se organizam para não serem surpreendidas com novos atentados. Há um mês, o Estado enfrentou uma onda de 68 ataques que causaram medo e horror na sociedade catarinense.

Além do recente período de violência, duas situações aumentam o nível de alerta do Estado: o indulto de Natal e a data de fundação do Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

Um trabalho integrado e sigiloso entre Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Justiça e Cidadania, Exército, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público foi intensificado para garantir a ordem em Santa Catarina.

Intensificação do compartilhamento de informações e reuniões entre setores de inteligência dessas instituições, das operações pente-fino nas cadeias, do patrulhamento nas ruas, prisões e investigações de determinados fatos recentes são algumas estratégias adotadas pelo Estado. Os detalhes desse processo de enfrentamento do crime organizado não são divulgados.

Três investigações ainda não concluídas poderão trazer explicações sobre os motivos dos ataques e ajudar a evitar novos atentados. Com a conclusão dos inquéritos, integrantes e lideranças da facção que comanda as cadeias em SC, o PGC, poderão ser identificados, presos e monitorados.

Uma das investigações é sobre a execução da agente penitenciária Deise Alves que teria sido assassinada no lugar do marido, o ex-diretor da penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves. A segunda são as supostas torturas contra detentos de São Pedro que teriam contribuído com o afastamento de Alves. E a terceira investigação é sobre a autoria dos 68 ataques, que teriam sido ordenados pela facção criminosa, concentrada em São Pedro.

O critério do Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap) de privilegiar presos do regime semi-aberto sem crimes hediondos no currículo para receberem o benefício de passar as festas de fim de ano em liberdade não é garantia de paz nas ruas. Geralmente, é este tipo de detento usado pela facção para cometer crimes. São entre 1 mil e 1,5 mil condenados em SC prestes a receber o indulto de Natal.

O Estado se diz preparado também para garantir a segurança de seus profissionais e da sociedade em relação as especulações de novos ataques nos 10 anos de fundação do PGC, em 3 de março de 2013.

O tempo dirá se realmente as forças de segurança tem controle da situação.

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