Mais de um terço de tudo o que o Brasil produziu no ano
passado foi para os cofres públicos, de acordo com dados divulgados nesta
quinta-feira pela Receita Federal. A carga tributária no ano passado
correspondeu a 35,31% do PIB (Produto Interno Bruto), crescimento de 1,78 ponto
percentual em relação a 2010.
O Real corroído pelos governos. |
Até agora,
a maior carga tributária havia sido registrada em 2008, quando o percentual
alcançou 34,54%, na ocasião o maior índice da história do país.
Isto quer dizer que, em média, cada cidadão brasileiro trabalhou 4 meses e 8 dias em 2011, só para pagar impostos.
O número corresponde à arrecadação da União, dos estados e
municípios, dividida pelo PIB, que é a soma de tudo que é produzido no país. De
acordo com a Receita Federal, o crescimento da carga tributária resultou da
combinação do crescimento de 2,7% do PIB no ano passado e da expansão real
(descontada a inflação) de 8,15% da arrecadação tributária nos três níveis de
governo.
Apesar do aumento da arrecadação, a Receita alega que o
incremento da carga tributária decorreu muito mais do crescimento da economia
do que da elevação de impostos e contribuições. De acordo com o Fisco, isso
pode ser comprovado pelo fato de que, no ano passado, não foram observadas
medidas legislativas relevantes para aumentar a carga tributária.
Evolução da carga tributária nas últimas décadas:
1984 - Final do Governo Militar: 24,3%
1989 - Final do Governo Sarney: 24,1%
1992 - Final do Governo Collor: 25%
1994 - Final do Governo Itamar Franco: 29,8%
2001 - Final do Governo FHC: 32%
2010 - Final do Governo Lulla: 34,6%
Os tributos federais foram os que mais pesaram no bolso do
brasileiro, correspondendo a 24,73% do PIB em 2011. Em 2010, esse percentual
havia atingido 23,15%. Os tributos estaduais representaram 8,63% do PIB, índice
praticamente estável em relação a 2010, quando os tributos estaduais haviam
alcançado 8,53% do PIB. A carga tributária dos municípios subiu de 1,85% do
PIB, em 2010, para 1,95% no ano passado.
O Brasil tem a carga tributária mais pesada entre os países
emergentes e mais alta até que Japão e Estados Unidos. Só fica atrás para o
bem-estar social europeu, onde o imposto é alto, mas a contrapartida do
governo, altíssima.
Além de pesada, a tributação no Brasil é também complexa e
injusta: ao mirar o consumo, penaliza as faixas de menor renda.
Graças a esta brutal carga tributária, o Brasil tem os
melhores índices de educação, saúde e segurança do hemisfério.
Desculpem, eu
não deveria brincar com coisa séria.
Realmente seria cômico, mas, na realidade é trágico.
Não se esqueça de agradecer ao político que você elegeu. Mande um cartão de Natal . . .
"Governo é igual a um bebê: um apetite insaciável numa extremidade e total irresponsabilidade na outra."
"Políticos e fraldas devem ser trocados constantemente e pelas mesmas razões."
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