Foi no segundo andar do Palácio do Planalto, em Brasília, que
a BMW comunicou oficialmente, nesta segunda-feira, ao governo brasileiro a
opção pela cidade de Araquari, em Santa Catarina, para construção da primeira
fábrica da montadora no país.
O porta-voz da boa notícia para o Estado foi o
vice-presidente e membro do Conselho de Administração da BMW AG, Vendas e
Marketing, Ian Robertson.
Serão investidos 200 milhões de euros para a primeira etapa da construção da fábrica. O primeiro modelo a ser produzido será o X1. Outra linha de montagem deve ser construída na ampliação da fábrica, que ainda não tem data para acontecer. Serão produzidos 30 mil carros por ano e devem ser gerados 1 mil empregos diretos.
Presidente Dilma Rousseff, Governador Raimundo Colombo e Ian Robertson, VP da BMW. |
Serão investidos 200 milhões de euros para a primeira etapa da construção da fábrica. O primeiro modelo a ser produzido será o X1. Outra linha de montagem deve ser construída na ampliação da fábrica, que ainda não tem data para acontecer. Serão produzidos 30 mil carros por ano e devem ser gerados 1 mil empregos diretos.
— A
produção seguirá as vendas. Escolhemos o Brasil por ser um forte mercado —
explicou Robertson, durante o encontro.
A
construção começará em abril de 2013 e deve estar concluída no final do ano
seguinte. A produção de veículos está planejada para iniciar entre o final de
2014 e início de 2015.
A empresa
confirmou a cidade de Araquari e a BMW vai comprar o terreno. A intenção é que
a documentação esteja em ordem até a próxima segunda-feira, dia 1º.
Em função da importância do anúncio, Dilma convocou a
presença dos ministros das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.
Ian Robertson informou ao governo um plano
detalhado sobre como será o procedimento de instalação da fábrica e os reflexos
positivos para a economia brasileira, como a geração de empregos em SC.
Coube ao governador Raimundo Colombo expor os detalhes dos
incentivos fiscais negociados com a montadora alemã para viabilizar a
instalação da fábrica.
O governador e os secretários de Estado do Desenvolvimento
Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, de Assuntos Internacionais, Alexandre
Fernandes e da Fazenda, Nelson Serpa, estavam presentes.
A comitiva catarinense na reunião foi formada, ainda, pelo senador Luiz Henrique da Silveira, pelo presidente
da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio, e pelo presidente da Fiesc, Glauco
Côrte.
Araquari, SC, no litoral norte do Estado. |
Decisão da BMW tem repercussão internacional
A instalação da fábrica da BMW correu os principais jornais
do mundo, incluindo veículos de imprensa sediados na Europa, Estados Unidos,
Canadá e Austrália. As matérias são bastante parecidas porque a quantidade de
informações a respeito do negócio são limitadas, mas cada um deu um enfoque
para a notícia. As redes de televisão americanas Fox News, CBS, NBC e a ABC,
que estão entre as maiores do país, ressaltaram os números: investimento de R$
1 bilhão e geração de 1,5 mil empregos.
Os alemães também deram espaço para a informação. O
Automobilwoche aproveitou a ocasião para uma longa matéria analítica sobre a
Audi e a BMW. Nos trechos que fala da unidade brasileira, ressalta que o
México, que tentou concorrer com o Brasil, foi descartado por causa de risco de
desastres naturais como terremoto e furacões, o avanço dos carteis de droga e
níveis salariais altos. O texto ressalta que SC se destacou porque tem grande
número de trabalhadores qualificados e remunerações menores. O Auto Presse
ressalta que a BMW vendeu 15,2 mil unidade na América do Sul no ano passado.
O britânico The Guardian deu espaço para a declaração do
governador Raimundo Colombo de que um encontro com a presidente Dilma Rousseff,
em Brasília, nesta segunda-feira, trará mais detalhes do projeto. O Financial
Times, publicação especializada com sede em Londres, deu uma longa reportagem
explicando os detalhes do plano brasileiro para receber R$ 5 bilhões em
investimentos do setor automotivo até 2017. A também inglesa Reuters lembra que
as negociações para a vinda da montadora alemã começaram em março de 2011.
Para o Business Spectator, da Austrália, a informação mais
relevante é de que a fábrica vai produzir sedãs médios. No Canadá, o foco do
site da rede de TV CTV é que a linha de montagem vai começar a produzir os
primeiros veículos no Brasil no prazo de dois anos.
Fonte: Diário Catarinense
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