sábado, 3 de março de 2012

O País da Estupidez

O Brasil continua assinando atestado de estupidez.

O país vive um caos na sua infraestrutura, com estradas esburacadas, sem pavimentação e sem sinalização (70% da malha rodoviária nacional é considerada ruim ou muito ruim. Sómente os estados do RJ e SP tem menos de 50% de suas estradas nestas condições).
Mais de 40 mil brasileiros morrem, todos os anos, nas ruas, avenidas e rodovias do país.

Rodovia federal no centro-oeste.

O dia-a-dia do paulistano.

Rodovia federal no sudeste.

Mais um brasileiro vitimado nas estradas federais.
Os aeroportos são um verdadeiro martírio para quem tem que usá-los, sejam passageiros ou profissionais da aviação. Corre-se perigo permanente pela precariedade do sistema de controle do tráfego aéreo e das pistas de pouso/decolagem, responsáveis por vários acidentes com elevado número de vítimas. Isto, sem mencionar a absoluta falta de condições, nos aeroportos, para o volume de passageiros do país.

Caos no aeroporto de Congonhas, São Paulo.
Os portos sofrem congestionamentos crônicos, com falta de investimentos na manutenção de sua acessibilidade, obrigação legal do governo federal. O chamado "Custo Brasil", somatório de impostos, burocracia e falta de infraestrutura, encarece os produtos brasileiros, que perdem competividade no mercado internacional. Em 2011, a fila de espera para atracar no porto de Santos, o maior do Brasil, chegou a ter 76 navios. A espera média chegou a 3 semanas, para alguns tipos de navios.

A educação, num dos mais baixos níveis de desempenho da história contemporânea, é uma piada de mau gosto para educadores, alunos e pais. Os estudantes brasileiros tem um dos piores rendimentos escolares entre as grandes economias (34º lugar, depois de países como Tunísia, Tailândia, Indonésia). Mais de 13 milhões de cidadãos brasileiros são analfabetos (Censo 2010).

A saúde pública, com excessão para aqueles que disponham de recursos financeiros próprios, é um desastre total, em todos os níveis: federal, estatual e municipal. Mesmo os planos de saúde, outrara uma saída viável para quem podia pagar, transformou-se num SUS de alto preço.

Fila para atendimento em hospital público em SP.
A defesa nacional está em perigo constante, com as Forças Armadas sucateadas. Exército, Marinha e Força Aérea usam equipamentos antiquados, sem manutenção adequada, expondo os recursos nacionais, incluíndo a Amazonia Legal e a Amazonia Azul (de onde tiramos 85% do petróleo), ao perigo da cobiça internacional. O orçamento militar brasileiro representa 1,3% do PIB, o menor entre os países do BRIC. Das 700 aeronaves da FAB, apenas cerca de 250 estão em condições de vôo. Na Marinha não é diferente: metade da esquadra brasileira não tem condição de combate. No Exército, apenas 25% dos blindados estão em condições de uso. O Brasil não precisa de Forças Armadas? Pergunte isso aos moradores das favelas do Rio de Janeiro ou ao cidadãos da Bahia, só para citar casos recentes.

Presença das Forças Armadas no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro.
A sociedade vive a maior crise de corrupção política da história, com escândalos quase semanais, em todos os níveis de governo. Estima-se que mais de 60 bilhões de reais são desviados, todos os anos (relatório da Consultoria Trevisan, SP). Para comparação, o orçamento do Ministério da Saúde para 2012, antes dos cortes anunciados recentemente, era de R$91 bilhões.

Segurança Pública é uma tragédia nacional, num país que tem um dos maiores índices de crimes violentos no mundo. Com excessão do Distrito Federal, as unidades da federação tem Polícia Civil e Militar com salários baixos, efetivos reduzidos, falta crônica de armas, veículos e equipamentos. Sómente 8% dos homicídios são esclarecidos no Brasil


A cidadania está esmagada pela maior carga tributária de sua história, pagando impostos que representam 37,7% do Produto Interno Bruto, um crescimento gigantesco se comparado com 1947, quando a carga tributária representava 13,8% do PIB. Lembrem-se que a Inconfidência Mineira foi resultado, principalmente, da cobrança de impostos pela Coroa Portuguesa, de apenas 20%, considerada abusiva pelos brasileiros de 1789 (como os brasileiros amansaram, desde então).

Mas o governo federal, em mais uma estupidez proporcional ao seu tamanho (2.039.449 funcionários públicos federais, crescimento de 21% desde 2000), resolveu aumentar o tamanho das placas das motocicletas.


Razão principal: melhor visibilidade para os radares.

Com certeza, todos os grandes problemas nacionais estarão resolvidos . . .

4 comentários:

  1. Enquanto tivermos futebol, carnaval e BBB, tah tudo certo Wilson. Não sou nem perto de histoirador, mas parece o lance de Roma, não?

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  2. Como sempre , tem gente ganhando com isso , assim como estao ganhando com a troca do padrao das tomadas eletricas etc etc .A bandalheira corre solta...

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  3. Texto tosco... Com dados completamente errados e com um final no mínimo infantil.
    O problema do Brasil são pessoas como você. Que não fazem nada para ajudar/mudar nada e quando surge alguma coisa que vai contra seus interesses totalmente particulares "bota a boca no mundo" a reclamar e fazer pirraça...
    E o pior de tudo é que deve se sentir fazendo seu "papel patriótico" quando na verdade está se enganando e enganando tolos que por aqui passam!

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  4. Prezado Anônimo,
    obrigado por acompanhar o blog. Os dados foram obtidos nos seguintes orgãos: Confederação Nacional dos Transportes, DNIT, Infraero, ANAC, IBGE, Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, UFRJ, FIESP.
    Sim, eu me sinto um patriota por não ser alienado, ver que "o rei está nú" e expor minha opinião, assinando em baixo. E, apesar de não conhecê-los todos, não acredito que os meus leitores sejam tolos. Talvez com uma única exceção.

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