quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Risco de Apagão Energético?

Mais de 90% do petróleo produzido no Brasil vem das plataformas da Bacia de Campos. Aí está nosso "calcanhar de Aquiles" energético. Se sofrermos um ataque terrorista na Bacia de Campos, podemos ter um "apagão" energético de grande monta. É preocupante o depoimento do Comandante da Marinha, sobre o assunto: Comandante da Marinha alerta para precariedade de frota. Responsável pelos 4,5 milhões de quilômetros quadrados de águas jurisdicionais brasileiras, o comandante da Marinha, almirante Julio de Moura Neto, teme pela segurança das plataformas de petróleo na Bacia de Campos. Em entrevista a Zero Hora, o almirante admitiu a falta de embarcações para proteger as plataformas, defendeu a duplicação da frota de navios-patrulha e a compra de submarinos franceses como soluções emergenciais. – O governo tem plena consciência da necessidade da presença da Marinha junto às plataformas de petróleo. Ele não considera que as plataformas brasileiras estejam vulneráveis. Contudo, diz que para garantir a segurança desses pontos é necessário que a Marinha faça vigilância permanente dos locais, o que não tem ocorrido. O almirante não acredita que esteja ocorrendo uma possível corrida armamentista na América do Sul, fato que chegou a ser ventilado depois da passagem da 4ª Frota americana pela região. Ele diz que cada país está cuidando para ter os meios de que necessita para cumprir sua missão. – A política de defesa brasileira é de dissuasão. Como não temos inimigos claros e definidos, temos de mostrar capacidade de nos defender – afirma. A postura do Alte. Julio de Moura Neto não é alarmista, mas preocupa. Decisões de repotenciar a Força Naval levam anos para tornar-se realidade. Ou seja, se decidirmos construir mais navios para aumentar a presença Naval nas águas jurisdicionais brasileiras, alguns anos se passarão antes de ter o primeiro navio patrulhando a Bacia de Campos e protegendo nossas preciosas plataformas. Lembrem-se do atraso que sofreu nossos planos de auto-suficiência de petróleo, atrasados vários anos em função do naufrágio de uma plataforma de produção. É um risco que deveríamos eliminar ou minimizar.

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