sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O Brasil que estamos construíndo

Uma das grandes vantagens que sempre alardeamos sobre o nosso país foi a capacidade de convivência pacífica do nosso povo. Sendo um país de imigrantes, seria natural que cada um se identificasse com suas origens, como se verifica em países como os Estados Unidos. Lá, um descendente de imigrantes irlandeses se identifica como irlandês, mesmo que sua família já esteja no país há várias gerações. Aqui no Brasil, sempre foi o contrário. Filhos de imigrantes se apresentam, sempre, como brasileiros e com muito orgulho! Agora, cada vez mais, vemos um movimento para criar um conflito racial entre nós. E a recente decisão da Câmara Federal joga mais lenha nesta fogueira ilógica e desnecessária. Se isto continuar, em pouco tempo deixaremos de ser brasileiros para sermos "negros", "índios", "portugueses", "italianos", "alemães", "poloneses", etc, etc, perdendo uma das grandes virtudes que temos. Tenho certeza, absoluta, que isto não reflete o desejo do nosso povo. Mas alguém se preocupa em consultar a população, através de um plebiscito, para saber se queremos ser rotulados? Não, os políticos não se preocupam com a vontade do povo, só em angariar dividendos para continuar com suas ações perversas e criminosas (na grande maioria das vezes, infelizmente). O artigo abaixo, postado no blog do Reinaldo Azevedo, retrata de forma clara, os erros que continuamos a cometer, neste Brasil que deixaremos para nossos filhos e netos. COTAS – QUE O SENADO RESISTA À LEGALIZAÇÃO DO ÓDIO RACISTA E DE CLASSE (do blog de Reinaldo Azevedo - http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/) Numa decisão estúpida, pautada pela demagogia mais rasteira e pela ignorância, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem o projeto que estabelece cotas de 50% das vagas nas universidades e escolas técnicas e de ensino médio federais para estudantes oriundos das escolas públicas. Dentro desses 50%, terão de ser reservadas as vagas para negros, pardos e índios na proporção da população de cada estado. Mais: metade dessa metade terá de ser preenchida por estudantes cujas famílias tenham renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio. “O Dia da Consciência Negra contribuiu para que eu tivesse a iniciativa de colocar essa matéria em pauta", disse o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), orgulhoso da besteira que fez. Trata-se de um esforço para legalizar no país o racismo e o ódio de classe. Que os senadores pensem bem no que têm em mãos. Se as cotas, na forma em que vigoram hoje, já são instrumentos óbvios de injustiça intelectual – e não é na universidade que se resolve a tal “injustiça social” - , aprovado este projeto e implementado, estará instituído, aí sim, em escala monumental, um claro instrumento de discriminação do estudante mais competente em benefício do mais pobre. Saiu hoje o resultado do Enem: o desempenho médio dos estudantes não chega a 42%. Uma tragédia, como vemos. E como é que esses gênios do racismo e do ódio pretendem resolver a questão? Melhorando a escola pública? Não! Eles preferem piorar a já combalida universidade brasileira. É um descalabro.

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