sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O Brasil que estamos construíndo (2)

O cidadão brasileiro (ou qualquer residente no nosso país) sustenta a segunda maior carga tributária do mundo. Um profissional assalariado, hoje, trabalha 5 meses por ano só para pagar impostos. Mesmo assim, o governo não tem dinheiro para investimentos ou para custeio. Não há verba suficiente para a Saúde (querem de volta o famigerado CPMF). Não há verba suficiente para a Educação (uma dos mais baixos investimentos em pesquisa). Não há verba para infra-estrutura (estradas, portos e aeroportos à beira do caos). Não há verba para a Defesa (as Forças Armadas estão em frangalhos). Não há verba para Segurança (quem for policial, sabe do que eu estou falando). Mas há verba, sim senhor, para Banco do Brasil (uma estatal federal) comprar a Nossa Caixa (uma estatal estadual) por R$7,6 bilhões, com um ágio de 37,6%. Isto mesmo, de acordo com a cotação na Bolsa de Valores (BOVESPA), a Nossa Caixa valia exatos R$5.52 bilhões. Ou seja, o governo federal, que não tem recursos para custear o que é de sua responsabilidade (com impostos pagos por todos os brasileiros), dá de presente R$2,1 bilhões para o estado mais rico da Federação. Traduzindo: reforma tributária do governo Lula é assim; tira de onde não tem, para dar a quem tem mais. O presidente De Gaulle estava certo.

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