Vinte e
sete anos depois do lançamento do programa Lixo Que Não É Lixo, o curitibano
será convidado a reforçar o hábito de separar os resíduos que produz. Um
sistema de sacos de cores diferentes será distribuído aos moradores da cidade
para que eles façam a separação do material orgânico dos recicláveis dentro de
casa e, assim, ajudem o poder público a aumentar o reaproveitamento do lixo da
cidade. A novidade foi anunciada na quinta-feira (23) pela prefeitura, que
divulgou como será o novo sistema de gestão de resíduos da cidade.
Outra
mudança é que o curitibano também poderá virar uma espécie de “ajudante” de
gari no futuro. Tudo isso deve começar a ser implantado após uma licitação para
escolher a empresa que vai cuidar dos resíduos da cidade, a ser realizada ainda
em 2016. A ideia é que cada cidadão ajude a reduzir os custos do município com
o lixo, uma despesa que sempre aumenta e cujo custo acaba sendo repassado ao
contribuinte por meio da taxa de lixo, cobrada junto com o IPTU. No ano
passado, a prefeitura arrecadou R$ 95,3 milhões com a taxa de lixo e gastou
mais do que o dobro para fazer a gestão dos resíduos.
A empresa
que vencer a licitação da coleta e transporte de lixo em Curitiba deverá
fornecer para os moradores sacos plásticos coloridos para que os resíduos sejam
separados. O pacote para materiais recicláveis (plástico, vidro, metal,
papel e papelão) será azul em um tom transparente, que permita ver o conteúdo,
e o do lixo orgânico (restos de comida) será preto.
Uma das
novidades do sistema será o MBT, sigla em inglês para Tratamento Mecânico e
Biológico. Também chamado de biossecagem, será um sistema de separação do lixo
recolhido. Braços mecânicos com imãs “puxam” os materiais metálicos. A água –
que faz o resíduo ficar pesado – também será retirada. Parte do material que
pode ser queimada como combustível, será enviada para fornos de indústrias de
cimento. Aquilo que tiver potencial de reciclagem será retirado. O que sobrar
será compactado, para ocupar menos espaço, e enviado ao aterro sanitário. O
método pretende reduzir pela metade a quantidade de resíduos que são
enterrados.
Fonte: Gazeta do Povo
Em alguns países se vê lixeiras específicas para até 5 tipos de resíduos com colorações distintas. Aqui é uma dificuldade em se separar o que é orgânico (e deve ser encaminhado aos "lixões") e o que é reciclável (lixo seco que pode ser reaproveitado). E é impressionante a resistência de grande parte da população, principalmente em centros urbanos mais desenvolvidos em contribuir com esta pequena parcela de cidadania.
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