segunda-feira, 27 de junho de 2016

O fim da lâmpada incandescente no Brasil


Leio no jornal que a última lâmpada incandescente ainda em existência deixará de ser produzida, importada e comercializada no Brasil a partir desta quinta-feira, dia 30 de junho de 2016.

A mais recente consequência da Portaria Interministerial 1007 de 2010, lâmpadas com potência inferior a 40W ficam proibidas de serem vendidas no Brasil. As lâmpadas de potência maior já haviam sido retiradas do comércio, desde 2012 (acima de 150W), 2013 (entre 60W e 100W) e 2014 (entre 40W e 60W).

Desta forma, somente lâmpadas fluorescentes (CFL), conhecidas como lâmpadas econômicas, e as de LED (diodo emissor de luz) podem ser utilizadas no Brasil. Outras lâmpadas, para uso específico (decoração, iluminação pública, etc) podem ser comercializadas, dentro dos parâmetros definidos.

A lâmpada incandescente, como a conhecemos, foi inventada pelo empreendedor americano Thomas Alva Edison em 1878 e patenteada em 1880.

A patente da lâmpada incandescente
Sua primeira demonstração pública foi na cidade de Menlo Park, New Jersey, na semana de Natal de 1879.


A primeira utilização comercial da lâmpada incandescente foi no S/S Columbia, em 1980.

S/S Columbia, primeira aplicação comercial das lampadas incandescentes.

O Imperador Dom Pedro II, que era muito amigo de Thomas Edison, trouxe a lâmpada incandescente para o Brasil.

A cidade de Campos (hoje, Campos dos Goytacazes), no Rio de Janeiro, foi a primeira cidade a ter luz elétrica nas ruas, em virtude da presença de uma usina termoelétrica, desde 1883. Rio Claro, em São Paulo, foi a segunda cidade a ter luz elétrica nas ruas, também em razão da presença de uma termoelétrica. A cidade do Rio de Janeiro somente implantou o serviço de luz elétrica nas ruas no ano de 1904 e São Paulo em 1905.

Outras cidades, como Juiz de Fora, MG e  Curitiba, PR implantaram o serviço de iluminação pública elétrica bem antes que o Rio de Janeiro e São Paulo. Mas a implantação da luz elétrica nas ruas não substituiu totalmente os lampiões a gás – estes foram sendo substituídos aos poucos e conviveram com a luz elétrica durante muitas décadas.

Outras invenções de Thomas Alva Edison, utilizadas até hoje:
  1. Estrada de ferro eletromagnética - Apesar de relativamente pouco utilizadas no Brasil, as estradas de ferros eletromagnéticas surgem como alternativa eficaz e limpa para a mobilidade urbana e também para o trânsito entre cidades, estados e países em várias partes do mundo. Em 13 de maio de 1880, Thomas Edison fazia o primeiro teste de sua estrada de ferro elétrica em Menlo Park, nos Estados Unidos. O eletromagnetismo é a força que move os trens-balas existentes no mundo.
  2. Câmera cinematográfica - As filmadoras modernas registram e reproduzem imagens com áudio e vídeo em alta definição e apresentam dezenas de funções diferentes para garantir a qualidade do material produzido. Mas voltando na árvore genealógica das câmeras mais modernas da atualidade está a câmera cinematográfica de Edison. Ele inventou ainda uma tela para exibir as imagens que capturava em sequência e, quando reproduzidas de forma rápida, davam a impressão de movimento — se pensarmos que os filmes digitais estão aí há muito tempo, dá para dizer que a ideia básica de Edison perdurou durante um longo período na indústria cinematográfica.
  3. Bateria de carro elétrico - Thomas Edison poderia tranquilamente ser chamado de “homem-eletricidade”, pois a base de suas invenções era a energia elétrica. Outra prova disso foi a concepção de baterias de níquel-ferro que ele desenvolvia no início do século 20 e que serviam para prover energia a alguns veículos da época. Em 1901, ele apresentou a bateria de níquel-ferro e ela era mais eficiente do que as de ácido de chumbo usadas até então. Suas vantagens eram tanto ecológicas quanto de desempenho, pois causavam menos impacto ambiental e levavam menos tempo para serem recarregadas.
  4. Fonógrafo - Se você pode escutar músicas saindo dos alto-falantes dos mais modernos sistemas de som, saiba que o bisavô de tudo isso é o fonógrafo. Este aparelho, que lembra muito uma vitrola antiga, foi criado em 1877 para gravar e reproduzir sons por meio de um cilindro, o primeiro do gênero registrado pela humanidade.
  5. Microfone de carbono - Há uma dúvida sobre quem realmente inventou o telefone, se Graham Bell ou Antonio Meucci, mas uma coisa é certa: foi o microfone de carbono inventado entre 1877 e 1878 por Thomas Edison que deu mais eficiência ao projeto. O dispositivo contava com um sistema capaz de converter som em um sinal elétrico, permitindo que a voz fosse transmitida a longas distâncias. Então, até mesmo o captador de áudio do smartphone moderno que você usa hoje tem como ancestral o microfone de carbono de Thomas Edison.

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