"Celebramos
hoje o Dia da Marinha Mercante Brasileira, data em que os homens do mar
reverenciam a figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, figura
ímpar na história de nossa Marinha Mercante.
Nascido em
28 de dezembro de 1813, teve contato com o mar desde seus primeiros anos de
vida. Órfão aos 5 anos de idade, foi criado por um tio, Comandante de um brigue
mercante, com quem partiu de Arroio Grande, sua cidade natal, para o Rio de
Janeiro onde chegou com apenas nove anos de idade.
Inteligente
e capaz, trabalhou como balconista e caixeiro sem descuidar de seus estudos.
Assim, aprendeu Inglês, Contabilidade e Prática Comercial e, já aos 23 anos, se
tornava gerente da firma de comércio e importação em que trabalhava. Por sua
competência e dedicação, acabou se tornando sócio da mesma, contribuindo
decisivamente para seu crescimento.
Após 27
anos, viajou para a Europa, tendo oportunidade de observar, na Inglaterra, as
grandes mudanças técnicas que ocorriam naquela época, marcando o início da
industrialização européia.
De volta ao
Brasil, montou serralherias, companhias de iluminação, de transporte de
passageiros (bonde), de telégrafo submarino, ferrovias e um estaleiro,
lançando, assim, as bases da construção naval no país.
Em 1846,
após um ano de atividades, o estaleiro da Ponta da Areia, criado por Mauá em
Niterói, transformou-se na maior indústria do Brasil.
Sabedor da
importância do Comércio Marítimo para o nosso desenvolvimento, criou companhias
de navegação a vapor no Rio Grande do Sul e no Amazonas.
É tempo de
lembrar do espírito empreendedor do Barão de Mauá.
Não podemos
nos descuidar da formação e do preparo de profissionais do mar. A perspectiva
de ampliação de nossa frota mercante gera, de imediato, a necessidade de
ampliarmos a formação da mão-de-obra correspondente. E isto está acontecendo de
forma lenta.
Os recursos
escassos alocados para o setor poderão colocar em risco a garantia de
tripulações nacionais. Precisamos ampliar nossos esforços. Precisamos
contemplar o mar e toda economia que pode suscitar.
Olhemos
para o exemplo do Barão de Mauá investindo não apenas na construção naval mas,
sobretudo, na formação e preparo dos tripulantes de nossas futuras embarcações,
para que tenhamos no futuro um desenvolvimento do nosso comércio internacional,
por meio de uma Marinha Mercante compatível com a grandeza do Estado
Brasileiro."
Vice-Almirante
MARCOS MARTINS TORRES
Diretoria
de Portos e Costas - Marinha
do Brasil
Veja também: Marinha do Brasil - Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante.
Veja também: Marinha do Brasil - Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante.
DEUS ABENÇOE A TODOS DA MARINHA!!!!!!!!!!!
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