terça-feira, 11 de junho de 2013

11 de Junho de 1865 - Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha do Brasil


Francisco Manoel Barroso da Silva, Almirante da Marinha Imperial Brasileira.
Francisco Manoel Barroso da Silva nasceu em 23 de setembro de 1804, filho do Tenente-Coronel Teodósio Manuel Barroso e de Antônia Joaquim Barroso da Silva; veio para o Brasil, com seus pais e a Família Real Portuguesa, chegando ao Rio de Janeiro em 1808.

Ingressou como Aspirante na Academia Real dos Guardas-Marinha (antiga denominação da Escola Naval), em 1821. Como Guarda-Marinha e, depois, como Tenente, lutou na Guerra da Cisplatina. Participou de diversos combates; atuou na repressão à Revolta da Cabanagem, na Província do Pará, e na Guerra dos Farrapos, no Sul, durante o Período Regencial.

Comandou a Força Naval brasileira que venceu, em 11 de junho de 1865, a Batalha Naval do Riachuelo, no Rio Paraná. A vitória foi alcançada graças à coragem e a iniciativa de Barroso, que após conseguir sair da armadilha montada pelos paraguaios, nas proximidades da foz do Riachuelo (canhões e tropas na margem do rio, navios e chatas artilhadas), retornou ao local e empregou a Fragata "Amazonas", sua capitânia, para abalroar e destruir navios inimigos. 

A Esquadra paraguaia foi praticamente aniquilada, não tendo mais papel relevante nesta guerra. Manteve-se o bloqueio que impediu o Paraguai de receber armamentos e os navios encouraçados que encomendara no exterior. As tropas paraguaias retrocederam para dentro do território do Paraguai por verem seu flanco e sua logística ameaçados.

Barroso faz parte de uma geração que se destacou pela competência e bom êxito alcançado em uma fase da história do Brasil que foi fundamental para que as gerações atuais herdassem este País de proporções continentais, com riquezas invejáveis e uma cultura única. 

Sem a atuação determinada do Almirante Barroso e de seus comandados da Marinha Imperial Brasileira, possivelmente todo o Sul do Brasil teria sido anexado pelo Paraguai.

Barroso era um homem do mar, o paradigma do comandante de navio do século XIX, que passou grande parte de sua vida pisando num convés. Era austero, objetivo e disciplinador. 

Ao longo de sua brilhante carreira naval, o Almirante Barroso revelou-se possuidor da coragem e da audácia que caracterizam os verdadeiros marinheiros. Tendo sido designado para comandar a Corveta "Bahiana", que estava em operação na bacia do rio da Plata, em conturbada época de nossa história, fortaleceu ainda mais o seu prestigio profissional, ao novamente alcançar expressivo êxito no exercício de uma das mais nobres missões de um Oficial de Marinha: O Comando no Mar.

Deixou o serviço ativo como Almirante e fixou residência em Montevidéu, onde faleceu, em 8 de agosto de 1882.


Um comentário:

  1. A guerra do Paraguai foi uma das maiores atrocidades cometida pelo ser humano em todos os tempos. Um genocídio covarde e indigno!

    Robson BaLa

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