domingo, 5 de maio de 2013

Serras Catarinenses

Na sexta-feira foi o dia de conhecer a Serra do Corvo Branco, o Morro da Igreja e rever a Serra do Rio do Rastro.

Eu havia lido sobre a Serra do Corvo Branco e sabia de sua beleza e da precariedade da estrada que passa por ela.

Assim, recomendado pela minha pesquisa e por amigos que já conheciam a estrada, optei por deixar minha Ultra Glide no hotel e pegar uma carona com meu amigo Léo "Alemão Block" Ferreira e sua esposa Edileusa, que estavam de carro.

Foi uma decisão acertada. A estrada tem 28 km não pavimentados (de Grão Pará até o topo da Serra), dos quais cerca da metade é em aclive pronunciado, com piso precário. Não é estrada para uma motocicleta touring.


Rodovia SC-439, em direção à Serra do Corvo Branco.

Serra do Corvo Branco.

Rodovia SC-439, na Serra do Corvo Branco.


Mas a paisagem vale a pena.

Serra do Corvo Branco, Urubici,SC.

Serra do Corvo Branco, Urubici,SC.

Vista da Serra do Corvo Branco, Urubici, SC.

No topo da Serra, a 1150 m de altitude, fica o Passo do Corvo Branco, um corte feito na rocha arenítica, o maior do Brasil, com 90 m de altura. 

No Passo do Corvo Branco - Urubici, SC.
A Serra do Corvo Branco está situada na formação rochosa do Arenito Botucatu, que é a rocha sedimentar formadora do Aqüífero Guarani, com uma área de 1,2 milhão de km² (49.200 km² em SC) e espessura média de 200 metros. Ao longo de 500 km, passando por 47 municípios catarinenses, esta formação rochosa aflora, constituindo-se na Zona de Recarga Direta do Aqüífero, por onde a água da chuva infiltra-se diretamente na rocha.

A maior parte (70% ou 840 mil km²) da área ocupada pelo aquífero está no subsolo do centro-sudoeste do Brasil. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 mil km²), noroeste do Uruguai (58 mil km²) e sudeste do Paraguai (58,5 mil km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná. A população atual do domínio de ocorrência do aquífero é estimada em quinze milhões de habitantes.

O Aqüífero é considerada a segunda maior reserva subterrânea de água doce do mundo, com um volume estimado de 55 mil quilômetros cúbicos e profundidade máxima de 1.800 metros.



Passando pela Serra, descemos uns 300 m para a área rural de Urubici, SC, em direção ao Morro da Igreja. Cerca de 4 km depois do Passo do Corvo Branco, a estrada já é asfaltada, com a pavimentação em excelente estado. A partir daí são mais 27 km até o Morro da Igreja.

Morro da Igreja, Urubici, SC.
Pedra Furada, Morro da Igreja, Urubici, SC.



Rô e Edileusa.
Eu e Léo Ferreira.
Rô Roque.
No Morro da Igreja está situado o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA), um dos 15 destacamentos subordinados ao 2º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta), Organização Militar do Comando da Aeronáutica.

No heliporto do Destacamento de Controle
do Espaço Aéreo do Morro da Igreja.
O Cindacta II faz parte do Departamento de Controle do Espaço Aéreo brasileiro, que conta com quatro Centros Integrados no Brasil.


O Cindacta tem como missão garantir a vigilância e o controle da circulação aérea geral, além de conduzir as aeronaves da Força Aérea Brasileira, responsáveis pela integridade e soberania do espaço aéreo brasileiro.

Tela de um computador do Cindacta.
Cada conjunto de letras e números representa uma aeronave.

Uma Sargento do Cindacta, na sua mesa de trabalho.
Nos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo estão instalados estrategicamente radares, estações de telecomunicações e equipamentos de auxílio à navegação aérea.

Uma das torres de radar do DTCEA do Morro da Igreja.
Cerca de 3000 militares e civis trabalham nos quatro Estados sob responsabilidade do Cindacta II (MS, PR, SC e RS), responsável pelo controle de 30% da movimentação aérea no Brasil.

Do Morro da Igreja seguimos para Bom Jardim da Serra, SC, para almoçar na Churrascaria Cascata, ponto quase obrigatório de todos que passam pela Serra do Rio do Rastro, num total de mais 110 quilometros.

Churrascaria Cascata, Bom Jardim da Serra, SC.
Depois do almoço fizemos a tradicional parada no Mirante da Serra do Rio do Rastro, para mais uma fotografia.

Mirante da Serra do Rio do Rastro.
Rô, Edileusa e o quati.
Retornamos a Termas do Gravatal, encerrando um percurso de 240 km.

Foi um passeio muito bonito, com uma temperatura muito agradável.
Uma pena que não pudemos rodar com nossa Harley-Davidson.
Mas valeu pela companhia dos amigos e pela espetacular paisagem das Serras Catarinenses.


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