quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

NATAL, CONSUMISMO, POLÍTICA E O MEIO AMBIENTE

Outro dia eu estava conversando com meu filho sobre o Natal.
Eu  não gosto do Natal. Não sei por que. Simplesmente não gosto.

Acho o Natal, hoje, muito diferente do que era no meu tempo de criança ou adolescente. E deixei de gostar.

Peraí, não precisa chamar o SAMU e internar-me num hospício. Pelo o que eu pesquisei, milhões de pessoas no mundo ocidental, também não gostam do Natal.
Recebí, hoje, uma mensagem de um amigo, encaminhando a opinião de outra pessoa, que não conheço, mas que pensa muito parecido comigo. Compartilho com vocês.


A conhecida frase “me engana que eu gosto”, se tivesse atingido seu objetivo, na essência da inspiração com que foi criada, poderia, talvez, ter contribuído pra questão do meio ambiente.


Poderia, também, ter evoluído pra alguma coisa parecida com “eu me engano e gosto”


Nós, brasileiros, classe média, espectadores da destruição do planeta, vivemos contemplando os fatos, as notícias, os acontecimentos.


Sabemos tudo sobre o assunto, estamos sempre atualizados.. Um navio que derramou petróleo em tal lugar, um incêndio noutro, desmatamento, poluição.


Quando nos juntamos, então, seja em qualquer lugar, comentamos, “horrorizados”, o absurdo de tudo isto.


Mas, dificilmente, você vai ouvir, nestes encontros, alguém perguntar o que podemos e devemos fazer pra ajudar. Sabem por quê? Porque “nos enganamos” e acostumamos com isto.


“Me engana que eu gosto” é uma maneira banal e disfarçada de admitirmos que não temos capacidade de reverter uma situação, para a qual contribuímos, e que nos afeta diretamente.

Quando gastamos água em demasia, quando jogamos óleo de fritura no ralo da pia, sacolas plásticas no lixo ou simplesmente “CONSUMIMOS” sem parar, não aceitamos que isto contribui pra destruir o meio ambiente. Somos hipócritas.

Alguns dizem “é questão de educação” referindo-se sempre aos “outros”.


É mais ou menos, como o político corrupto, eleito com muitos votos, porém, “Ninguém votou nele”, ou seja; ninguém admite que votou nele. Mas ele está lá, eleito, soberbo, e corrupto.


Experimente discutir a questão do meio ambiente numa roda de amigos. Experimente discutir a questão do lixo em casa com sua esposa ou na empresa onde trabalha. Experimente discutir a questão do consumo exagerado e preste atenção no que ouvirá como resposta.


Ninguém se sente “forte” suficiente pra influenciar alguém nesta questão. Bem, eu quero tentar!


O Natal está chegando, dizem, os “estudiosos do assunto”, que 25 bilhões de reais serão gastos com presentes que ninguém vai utilizar. Roupas, adornos, brinquedos, enfeites, etc., que serão largados no fundo de algum armário por muitos e muitos anos.

Os economistas ficarão eufóricos, o comércio muito mais. Os índices de crescimento serão demonstrados, analisados e comparados com outros índices.


Milhões de sacolas e embalagens plásticas sofisticadas serão largadas no lixo ou nos ribeirões. Milhões e milhões de reais serão gastos inutilmente. E a justificativa será o Natal. É isto o Natal?


Para mim o Natal é a festa da família com Jesus. Reunimo-nos, oramos e agradecemos a Deus por tudo que nos deu.


Não vou comprar presentes. Vou substituí-los por abraços, beijos e muita alegria.

Vou ceiar com minha família e pedir a Deus que olhe por ela e por todos meus amigos.
Feliz Natal a todos.

Texto de Roberto Nunes

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