sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

S-40 Riachuelo, novo submarino da Marinha do Brasil

A primeira-dama Marcela Temer, madrinha do Riachuelo, batiza o navio.
O primeiro de uma frota de quatro novos submarinos de ataque da Marinha do Brasil entrou no mar nesta sexta-feira, 14/12, no Complexo Naval de Itaguaí, estado do Rio de Janeiro. O lançamento do S-40 Riachuelo teve a presença do presidente-eleito Jair Bolsonaro e autoridades dos três poderes, além de convidados.

Os submarinos são de tecnologia francesa, transferida e parcialmente modificada por especialistas brasileiros.

S-40 Riachuelo
O Prosub, programa de capacitação da força naval, começou há 10 anos. A meta é a produção de cinco navios – quatro muito avançados de propulsão diesel-elétrica  e um quinto submarino, de 6 mil toneladas, movido por energia nuclear, previsto para 2029. Os modelos convencionais serão concluídos até 2022. Em Itaguaí, da área de mais de 1 milhão de m², cerca de 750 mil m² são ocupados pelo novo estaleiro, mais um “espaço liquido” de manobra. O investimento, ao longo de 20 anos, vai ser de R$ 37 bilhões.

O Riachuelo tem 75,62 metros de comprimento, desloca 2.200 toneladas e tem grande poder de fogo  por meio de lançadores de torpedos de 533 mm, mísseis anti-navio e dispositivos para lançamento de minas. 

O navio será submetido a dois anos de testes e provas de mar, antes de entrar em operação. Os teste e provas incluem navegar na velocidade máxima por longos períodos – submerso e na superfície – em grandes distâncias, emergir em ângulo vertical agudo e submergir em condição crítica, além de batalhas e cercos virtuais de combate. Também fará exercício de tiro com todas as suas armas e ensaiará o desembarque e o resgate de equipes de mergulhadores de combate.


A Marinha opera atualmente cinco submarinos da classe Tupi, de tecnologia alemã. A primeira unidade, o S-30 Tupi, foi construída no estaleiro HDW em Kiel, Alemanha, onde foram treinados os técnicos brasileiros. Os demais S-31 Tamoio, S-32 Timbira e S-33 Tapajó, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Com a experiência angariada, foi possível introduzir modificações no projeto original, que deram origem ao S-34 Tikuna.


O projeto original do Scórpene, base para o projeto do Riachuelo,  foi modificado para atender as necessidades brasileiras. O submarino cresceu cerca de cinco metros e ganhou cerca de 400 toneladas.

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