Policiais
rodoviários federais apontados como solução para sanar a falta de efetivo nas
estradas do país estão em casa, à espera para ocupar vagas e vivendo sob a
insegurança de um futuro incerto. Em 23 de maio deste ano, 1 mil profissionais
se formaram na Academia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com a promessa de
que atuariam em apoio aos servidores que trabalharam na Copa do Mundo.
Por isso
também, as aulas teriam sido aceleradas. O curso iniciou três meses antes, em
fevereiro. Sonhando com a possibilidade de atuar nas estradas, os alunos
fizeram planos e mobilizaram-se para se dividir entre os 27 estados do Brasil.
Passados
dois meses do término da preparação, os futuros policiais ainda aguardam a
homologação das contratações. Enquanto isso, 10 mil PRFs que atuam nas estradas
federais do país estão se desdobrando para cumprir o quadro que deveria ser de
13 mil. Segundo o Sindicato dos Policiais Rodoviários de Santa Catarina, há
postos no Estado que precisam ficar fechados em determinados períodos devido a
falta de policiais.
Por meio da
assessoria de imprensa, o Departamento Nacional da PRF informou que entregou a
documentação necessária para o Ministério do Planejamento logo após o fim do
curso em Florianópolis. O órgão, inclusive, diz ter cumprido os prazos
previstos pela legislação eleitoral, que impede a nomeação de servidores a
partir de junho. O entrave agora, de acordo com a assessoria de imprensa, está
no ministério:
– É uma
decisão do Ministério do Planejamento. Estamos na expectativa também. É lógico
que a PRF tem necessidade de preenchimentos desses quadro. É interesse da
instituição – garantiu Diego Brandão, responsável pela comunicação da
corporação em Brasília.
De acordo
com o Ministério de Planejamento, via assessoria de imprensa por e-mail, os
documentos para homologação dos profissionais estão na Pasta desde 30 de maio.
Entretanto, eles “se encontram no aguardo de decisão, sem previsão de data”. O
ministério garante que as autorizações de nomeações são sempre concedidas
dentro do período de validade do concurso. Neste caso, é um ano, prorrogável
por mais um.
– Os
concursos e nomeações são autorizados a partir de análises criteriosas, caso a
caso, e sempre dentro das condições orçamentárias. O tempo de cada tramitação
varia conforme essas condicionantes – explicou a assessoria.
Com a
inclusão dos mil policiais no quadro de efetivo brasileiro, o Sindicato dos
Policiais Rodoviários Federais de Santa Catarina (SINPRF-SC) diz que o Estado
receberá 93 novos profissionais a partir dos formados e de servidores que serão
remanejados. Atualmente, há 530 policiais rodoviários federais no Estado, mas
60 deles terão possibilidade de aposentadoria no final deste ano, segundo o
sindicato.
Fonte: Diário Catarinense
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