No nosso regresso a Santa Catarina, depois de visitar o interior de São Paulo durante os feriados da Semana Santa, continuamos com o propósito de evitar rodovias ou estradas já conhecidas.
Passamos por Saltinho, Arraial São Bento, Tietê, Cerquilho e Tatuí. Continuamos por Itapetininga até Capão Bonito, onde termina a SP-127 e sua excelente pista.
A partir daí, já a qualidade da estrada começou a se deteriorar, pois o trecho é compartilhado entre o governo federal (BR-373) e o estadual (SP-250).
Adivinhem o que prevaleceu: isto mesmo, estrada em mal estado de conservação.
Até Guapiara não foi de todo ruim, considerando-se ser uma BR . . .
No trecho restante até Apiaí piorou bem, mas ainda dava para seguir , sem grandes emoções.
Paramos em Apiaí para fotografias e para almoçar, no Tuk’s. É um restaurante com um bufê de comida caseira que me lembrou a infância, em Minas Gerais. Uma delícia.
Osmar e Terezinha Becher |
São 27,5 km de pura cratera. Parecia uma mistura de Bósnia com Iraque. Eu me pergunto se o Exército brasileiro anda usando a região como compo de treinamento de tiro real, para algum regimento de artilharia.
A cada 100-120 metros de asfalto, tínhamos uns 50-80 metros de montanhas e vales em miniatura. Claro que não eram um Himalaia, mas uma sucessão de buracos que deixariam a superfície lunar ruborizada.
Explico: quando eu era um menino pequeno em Barbacena, quero dizer, Santos Dumont, ir a Juiz de Fora era um programa sempre esperado. Afinal, havia o charme da Rua Halfeld com suas lojas. Em especial, a Lojas Americanas, numa galeria da Halfeld, onde apreciávamos um sanduíche Vitória, nome com que o festejado hamburguer era conhecido na época. Sem aditivos, só a mais pura carne bovina. Ah, os bons tempos de outrora . . .
Pois bem, os 48,5 km de estrada que separavam as duas cidades tomavam umas 2 horas para serem vencidos. Só buracos. E ficou assim até que a antiga BR-3 (hoje, BR-040) fosse construída, no governo JK. Na maioria das vezes, íamos de trem. Mais civilizado, com certeza.
Bom, a BR-373, entre Apiaí e Ribeira, não fica muito distante daquela realidade da metade to século passado. No país do “nunca antes”, tudo fica igual no “quartel de Abrantes”.
Depois de chegarmos a Ribeira e cruzarmos a divisa do Paraná, em Adrianópolis, encontramos a BR-476 em muito bom estado, sem problemas até chegarmos a Curitiba. Por volta das 18:00 horas já estávamos no Ibis do Batel.
Foto de Terezinha Becher |
Uma boa pedida, sempre.
Caro Wilson, estou estudando esta estrada para viajar de Santa Bárbara D'Oeste para Palmeira das Missões, passando por Curitiba. A minha ideia era não ir por São Paulo, pois, pelo Google até Curitiba seriam 458 Km. Já, passando por SP essa distância sobe para 530 Km. Você acha que é um bom negócio ir por Tietê e Apiaí. Ah, o seu post parece ser a melhor descrição dessa estrada na web. Abraços JAM Pigatto.
ResponderExcluirPigatto,
ResponderExcluircom exceção do trecho de 27,5 km entre Apiaí e Ribeira, a estrada está em boas condições de trânsito. Eu acho que vale a pena.
Boa sorte.
Wilson, pena que as condições das estradas federais em Minas não são muito diferentes da que estão na sua lembrança. A BR-040, apesar de ligar duas das maiores e mais importantes cidades deste nosso Brasil, em boa parte se parece com esta foto que você tirou. Uma vergonha!!!
ResponderExcluirParabéns pelo relato.
Caro Wilson! Estivemos nesssa estrada na mesma época, dias 21 e 22 de abril, podemos testemunhar os horrores do trecho entre Apiaí e Ribeira, realmente esta uma vergonha.
ResponderExcluirForte abraço iluminado
Hugo Zampa
Caro Wilson,
ResponderExcluirMuito obrigado pelas dicas. Passamos ontem por lá. A paisagem é deslumbrante, porém o trecho entre Apiaí e Ribeira realmente é deploráve. Há trafego apenas de caminhões que transportam calcário das minas que você deve ter visto ao longo da estrada. Sempre me perguntei porque não há uma alternativa econômica entre o interior de SP e Curitiba. Agora já sei o porque. Levamos 6 horas desde Santa Bárbara d'Oeste até Curitiba. Se tivessemos ido pelo Rodoanel e depois pela Régis Bitencourt teríamos levado o mesmo tempo (ou menos). Ainda assim, para quem quiser passear e não tiver pressa, trata-se de uma boa opção
Forte abraço
Pigatto (Palmeira das Missões - RS)
Grande Wilson!Sou harleyro tambem e estou saindo de Cabo Frio RJ p/ o Only bikers em Foz do Iguaçu nos dias 21 a 24/07/11.Vou fazer o rastro da serpente,mas só em ver essas fotos entre Apiaí a Ribeira me da tristeza.Mas vamos lá.Um grande abraço. PHD Valmir mota(valmirhm@bol.com.br)
ResponderExcluirSábado (14/04/2012) será minha vez de percorrer o Rastro da Serpente. Irei com minha Boulevard M800, meu Marido com uma FAT e um amigo com uma Boulevard M1500, espero que S.Pedro colabore com essa aventura e nos presenteie com um lindo dia de SOL ...
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