domingo, 24 de abril de 2011

Cruzando a Mata Atlântica no Estado de São Paulo

O objetivo da viagem foi conhecer o Museu da TAM, em São Carlos, SP (veja a postagem aqui).

Eu não queria seguir o caminho mais trafegado, que seria rodar pela BR-101 até Curitiba, BR-116 até São Paulo e depois a Rodovia dos Bandeirantes/Rodovia Washington Luís, até São Carlos. Estas rodovias já são nossas conhecidas de várias viagens anteriores. Seguindo o lema da Harley-Davidson, procuramos "the road never taken".

Assim, planejamos cruzar a Mata Atlântica paulista, subindo por Juquiá. 

Na companhia dos amigos harleyros Osmar e Terezinha Becher (Fazedores de Chuva, que rodaram do Ushuaia ao Alaska, em 2010), saímos de Balneário Camboriú na quarta-feira, dia 20 de Abril, por volta das 16:00 horas, seguindo direto para Curitiba. Pouco depois das 18:00 já estávamos em São José dos Pinhais, enfrentando um terrível congestionamento na estrada de acesso a Curitiba. Há um cruzamento com a avenida que vem do Aeroporto Afonso Pena, que é um trófeu ao péssimo planejamento de tráfego urbano. 

Ficamos hospedados no Hotel Ibis Batel, que tem bom estacionamento para motocicletas e que fica muito bem localizado.

Logo depois de chegarmos, João Zucolotto  um dos proprietário do Paraguassú Grelhados   foi nos buscar para jantarmos no seu restaurante. Lá um belíssimo bacalhau nos esperava e desfrutamos uma noite muito agradável, com uma conversa bem animada. O Paraguassú Grelhados já é uma tradição no ambiente Harley-Davidson de Curitiba, pois seus donos, os casais João/Néia e Adão/Silvana são harleyros e excelentes companheiros de estrada.

No primeiro plano, João Zucoloto. Ao fundo, Osmar e Terezinha Becher, Rô Tarnovski e Wilson Roque
Na manhã seguinte, quinta-feira 21 de Abril, saímos cedo, seguindo pela BR-116 sentido norte. Fizemos uma parada para reabastecimento no Graal Petropen, em Registro e seguimos para Juquiá.

Em Juquiá, deixamos a BR-116 e rodamos pela SP-79 (Rod. Ten. Celestino Américo). É uma estrada bem sinuosa, sem acostamento e com pouquíssimos trechos para ultrapassagem. Ao acessarmos a estrada, ainda em Juquiá, vimos um aviso da Polícia Militar Rodoviária informando que o tráfego de caminhões está proibido na SP-79, nos domingos e feriados, entre 12:00 e 20:00 horas. Já passava um pouco do meio-dia e, realmente, vimos uma viatura do DER no início da estrada, assegurando que nenhum caminhão iria trafegar por alí.

SP-79 Rod. Ten.Celestino Américo, entre Juquiá e Tapiraí.
Durante o trajeto, cruzamos com dezenas de motocicletas de todos as marcas e cilindradas, indicando que o trecho é um atrativo natural para os motociclistas.

A estrada está em condições razoáveis, com boa sinalização horizontal e vertical, mas com a pavimentação necessitando de reparos. Nada que criasse uma situação de perigo. Uma dificuldade que encontramos foram as sombras da vegetação da Mata Atlântica, que acompanha a estrada em quase todo o percurso entre Juquiá e Tapirái (67,5 km). As sombras confudiam nossa visão, mascarando os pequenos buracos e irregularidades da pista. Por outro lado, proporcionava uma temperatura muito agradável, o que foi bastante apreciado pois o dia estava bem quente com temperatura ao redor dos 31° C.
SP-79, entre Juquiá e Tapiraí. Foto Terezinha Becher
Depois de Tapiraí, a estrada transforma-se numa rodovia, com pista em excelentes condições, um exemplo da qualidade das rodovias paulistas que apreciaríamos nos dias seguintes.

De Tapiraí continuamos na SP-79, passando por Votorantim e contornando Sorocaba e seguindo pela SP-75 até a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), já na altura de Campinas. Depois continuamos pela SP-310 (Rov. Washington Luiz) até São Carlos, onde chegamos por volta das 17:30 horas.

Ficamos hospedados no Ibis São Carlos, que fica num bairro muito bonito, chamado Parque Faber, em frente ao Shopping Iguatemi.

São Carlos, SP
São Carlos, situada a 230 km de São Paulo, é um importante centro tecnológico,  industrial e acadêmico. Conta com duas universidades públicas (Univ.Federal de São Carlos e USP São Carlos), além de várias indústrias , como a própria Faber-Castell, Volkswagem, Tecumseh, Tapetes São Carlos, Electrolux e Husqvarna. No aeroporto da cidade está instalado o Centro Tecnológico da TAM e o museu aéreo.

A cidade de 222.000 habitantes foi fundada no final do século 19 pelo Conde  do Pinhal, tem uma forte colonização italiana e é conhecida como a “Piccola Italia”.

À noite jantamos no Khalifa, onde apreciamos um excelente buffet de comida árabe.


2 comentários:

  1. Wilson, muito legal a viagem, sou de Ribeirão Preto e conheço bem o percurso.

    Estou esperando seus comentários sobre o museu...é o maior Museu particular da América Latina...eu particularmente acho incrível!!!

    Abraço!

    Paulo

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  2. Paulo, obrigado.
    Foi uma viagem fantástica. Depois do relato sobre o Museu da TAM, vou contar a viagem de regresso pelas SP-127 e SP-250.

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