Um acordo foi assinado em fevereiro de 2021 para desenvolver o primeiro rebocador
totalmente controlado por controle remoto do mundo.
O acordo foi assinado entre a operadora global de rebocadores
Svitzer (subsidiária do grupo A.P.Moller-Maersk), a empresa de tecnologia
marítima Kongsberg Maritime e a sociedade de classificadora American Bureau of Shipping (ABS). Juntos, desenvolverão o RECOTUG ™, planejado para ser um
rebocador portuário totalmente controlado remotamente, capaz de realizar
operações completas a partir de um centro de operações
remoto.
O rebocador será operado pela Svitzer, com a Kongsberg
fornecendo o sistema de controle remoto, tecnologia autônoma e integração. O
ABS fará a classificação técnica naval (acompanhamento e aprovação do projeto e da construção,
inclusive) necessária para obter a aprovação das autoridades marítimas. Depois
de construído, o rebocador vai operar no porto de Copenhague, Dinamarca.
"Embora ainda estejamos muito longe de ver rebocadores
operados remotamente sem tripulação a bordo em operação comercial, não há
dúvida de que a autonomia avançada está progredindo rapidamente em toda a
indústria marítima", disse Ingrid Uppelschoten Snelderwaard, COO da
Svitzer.
O projeto é uma continuação de uma parceria de 2017 entre a
Svitzer e a Kongsberg Maritime (então Rolls-Royce Marine) que envolveu testes
de operações por controle remoto usando o rebocador “Svitzer Hermod”, em
Copenhagen. A demonstração incluiu manobras não específicas de reboque, como
atracação e desacoplamento e manuseio básico de navios.
Rebocador portuário "Svitzer Hermod" |
“Começamos com um reboque e exploramos a partir daí como aproveitar melhor a tecnologia, melhorar a segurança e a eficiência e atender à demanda de nossos clientes por serviços confiáveis e econômicos, no futuro. A tecnologia está mudando nossas vidas em geral e, na Svitzer, queremos influenciar e conduzir como a tecnologia transformará o reboque com o tempo. A segurança vem em primeiro lugar e todo o projeto depende de ter segurança implícita ”, disse Snelderwaard.
Fonte: Portal gCaptain
Sociedades Classificadoras são empresas, entidades ou
organismos reconhecidos internacionalmente para atuarem em nome da Autoridade
Marítima na regularização, controle e certificação de embarcações nos aspectos
relativos à segurança da navegação, salvaguarda da vida humana e prevenção da
poluição ambiental.
As maiores e mais antigas Sociedades Classificadoras são o
Lloyd’s Register o Shipping (fundado em 1760), Bureau Veritas (1828), American
Bureau of Shipping (1862) e o Det Norsk Veritas Germanisher Lloyd (1864).
A Autoridade Marítima Brasileira (AMB), exercida pelo
Comandante da Marinha (CM), possui competência para o trato dos assuntos que
cabem à Marinha do Brasil (MB) como atribuições subsidiárias, ou seja, todas
aquelas conferidas à MB por norma legal e que não sejam
relacionadas com a defesa da pátria e a garantia dos poderes constitucionais,
da lei e da ordem, como estabelecido na Constituição Federal.
É exercida pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), subordinada à Diretoria Geral de Navegação, com a responsabilidade de elaborar normas no âmbito das suas atribuições, administrar o Sistema de Ensino Profissional Marítimo e suas atividades correlatas e realizar atividades técnicas normativas e de supervisão relativas à gestão ambiental das Organizações Militares da Marinha do Brasil, a fim de contribuir para a segurança do tráfego aquaviário, a prevenção da poluição hídrica e a salvaguarda da vida humana no mar.
A Autoridade Marítima Brasileira representa o país junto à Organização Marítima Internacional.
A Organização Marítima Internacional (IMO) é uma agência
especializada das Nações Unidas, responsável por medidas para melhorar a
segurança e proteção da navegação internacional e prevenir a poluição dos
navios. Também está envolvida em questões legais, incluindo questões de
responsabilidade e compensação e a facilitação do tráfego marítimo
internacional. Foi estabelecido em uma Convenção adotada sob os
auspícios das Nações Unidas, em Genebra, em 17 de março de 1948, com o nome de Inter-Governamental Maritime Consultative Organization (IMCO), tendo mudado o nome parar International Maritime Organization em 1982. Sua sede é em Londres, Reino Unido.
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