Aos
motoristas que passaram em alta velocidade por rodovias federais em Santa
Catarina depois de 30 de junho um alerta: a partir de segunda-feira as
notificações de multas devem chegar na casa dos infratores. O acerto de contas
vem do pacote de 204 radares que estão sendo instalados até o fim de 2013 pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Do total
previsto, 77 radares e lombadas eletrônicas já estão instalados. Destes, 49
foram ligados à rede elétrica e receberam certificação do Inmetro (Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e, por isso, estão autuando
motoristas desde o dia 30 de junho. Na prática, as notificações de multa ainda
não foram enviadas aos infratores porque faltava integrar o Dnit ao Registro Nacional
de Infrações, o que foi realizado e agora a previsão é que as notificações
comecem a ser enviadas.
Os
equipamentos estão sendo instalados desde dezembro de 2011 pelas empresas Kopp
Tecnologia e Esteio que realizaram um estudo dos locais mais propensos a
acidentes. O levantamento foi submetido depois ao Dnit e à Polícia Rodoviária
Federal (PRF), embasando a decisão definitiva sobre onde a aparelhagem iria
funcionar. Depois de instalados todos precisam ser conectados à fiação elétrica
e certificados pelo Inmetro para começar e emitir multas.
Apesar de
não ser mais obrigatório o aviso sobre a existência dos equipamentos, o Dnit
manteve as placas comunicando que a rodovia tem fiscalização eletrônica. A
instalação dos medidores faz parte do Plano Nacional de Controle Eletrônico de
Velocidade, do governo federal. São três tipos de equipamentos de fiscalização:
o radar fixo, a barreira eletrônica e o avanço de sinal vermelho, que irá
multar carros que pararem sobre a faixa de pedestres. O custo de instalação no
Estado é de R$ 118,3 milhões. No Brasil, estão sendo instalados 2.696
equipamentos.
A
justificativa do governo federal é reduzir o número de acidentes. Para o
presidente do Instituto de Certificação e Estudos de Trânsito e Transportes
(Icetran), José Leles, os radares funcionam como inibidores de excesso de
velocidade, desde que sejam colocados em trechos que não sofram grandes
variações de velocidade e haja o aviso de que a rodovia é fiscalizada
eletronicamente.
Para não
confundir
Além dos
equipamentos de fiscalização que podem gerar multas, o motorista que passar
pela rodovia BR-101 em Santa Catarina, do km 0,3, em Garuva, até o km 219, em
Palhoça, administrados pela Autopista Litoral Sul, irão perceber que a cada 1,8
quilômetro há um poste com um equipamento, que de longe pode ser confundido com
um radar, quando na verdade se trata de uma câmera de monitoramento 24 horas
que não emite multa, apenas monitora o tráfego e as condições da estrada.
A empresa
instalou 122 câmeras na rodovia. Todas as imagens são exibidas, em tempo real,
no Centro de Controle Operacional da Autopista Litoral Sul, que fica em
Joinville. Segundo a concessionária, a intenção do monitoramento é agilizar o
socorro de vítimas de acidentes de trânsito e dos motoristas com problemas
mecânicos para facilitar a liberação do fluxo na rodovia. O investimento
chega a R$ 30 milhões.
Fonte: Diário Catarinense.
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