segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Veteranos da FEB em Jaraguá do Sul

O domingo amanheceu de forma espetacular, com o melhor da primavera catarinense.

Lógico que a única opção possível era montarmos nas Harleys e pegar a estrada.

Já havíamos previamente combinado de visitar uns amigos em Jaraguá do Sul, que nos tinham convidado a participar do 22º Encontro Nacional de Veteranos da FEB que estava acontecendo lá, juntamente com o VI Encontro Brasileiro de Viaturas Militares Antigas.

Assim, seguimos pela BR-101 Norte, entrando depois na BR-280 e chegando na Praça do
Expedicionário, em Jaraguá do Sul, ainda bem cedo.

Os eventos tinham começado no sábado e a exposição de viaturas militares estava muito bem organizada. Nossos amigos Giorgio Donini e Anselmo Ramos já nos esperavam lá, com um lugar especialmente reservado para estacionarmos nossas motocicletas. E era um lugar realmente especial, pois ficava em frente a algumas viaturas da Marinha do Brasil e do Corpo de Fuzileiros Navais. Eu não poderia sentir-me mais à vontade.

Harley-Davidson Road King Police, 1972, nas cores do Batalhão de Polícia do Corpo de Fuzileiros Navais
A Força Expedicionária Brasileira (FEB) constituiu-se de uma Divisão de Exército composta de 25.334 homens e mulheres (do Corpo de Saúde) que lutaram ao lado dos Aliados na invasão e ocupação da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

A FEB permaneceu em combate durante 239 dias ininterruptos, sendo a décima-segunda divisão com o maior número de dias em ação, entre as 44 divisões americanas, inglesas e australianas que participaram das campanhas no norte da África e na Europa. Um total 475 soldados brasileiros, entre oficiais e praças, foram mortos em combate.
Sd Genival Máximo de Oliveira, Veterano da FEB, escoltado pelo Capitão Neto, do Exército Brasileiro
Além da FEB, outras organizações militares brasileiras participaram da 2ª Guerra Mundial.

A Força Aérea Brasileira (FAB) participou com o 1º Grupo de Caça (350 homens, sendo 43 pilotos). Voaram 445 missões de combate em grupo, 2.550 missões individuais e 5.465 horas de vôo em combate, com a perda de dezesseis aviões e oito pilotos. O piloto brasileiro com o menor número de missões voadas fez 34 missões e um deles chegou a completar 99 missões de combate. Como comparação, os pilotos americanos voavam um máximo de 25 missões antes de serem enviados de volta para os Estados Unidos. A FAB foi responsável pela destruição de 85% dos depósitos de munição, 36% dos depósitos de combustível e 15% dos veículos motorizados, durante a campanha, apesar de ter voado apenas 5% das missões do XXII Comando Tático Aéreo. Por sua atuação, o 1º Grupo de Caça recebeu uma honrasa citação do Congresso dos Estados Unidos.

A Marinha do Brasil teve participação ativa no conflito.

A Marinha Mercante continuou em atividade durante todo a guerra e teve 32 navios afundados por submarinos inimigos, com a perda de 1.074 vidas ou 52% do total de 2.043 brasileiros mortos no conflito.
Uma corveta da Marinha Brasileira atacando um submarino alemão
A Marinha de Guerra, responsável pela proteção aos comboios que navegavam entre o Rio Grande (RS) e Trinidad, na Guianas – além de defesa do litoral brasileiro – perdeu dois navios, a corveta "Camaquã" e o cruzador "Bahia", com a morte de 486 homens. Durante o conflito, 10 submarinos alemães e 1 submarino italiano foram afundados na costa brasileira. Vários outros foram atacados mas lograram escapar.

O evento em Jaraguá do Sul, com a participação de Veteranos da Guerra, Veteranos das Forças Armadas, da Marinha Mercante e da Polícia Militar e entusiastas das atividades militares, teve uma visitação expressiva, inclusive com centenas de crianças e adolescentes.
Viatura do Corpo de Fuzileiros Navais
Depois de um delicioso almoço no restaurante do Parque Malwee, regressamos a Balneário Camboriú por outra rota. Desta vez utilizamos as rodovias SC-431 e SC-474, que estão em excelentes condições e apresentam uma paisagem muito agradável e uma opção interessante às BRs.

Veja mais fotos aqui.

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