O domingo amanheceu de forma espetacular, com o melhor da primavera catarinense.
Lógico que a única opção possível era montarmos nas Harleys e pegar a estrada.
Já havíamos previamente combinado de visitar uns amigos em Jaraguá do Sul, que nos tinham convidado a participar do 22º Encontro Nacional de Veteranos da FEB que estava acontecendo lá, juntamente com o VI Encontro Brasileiro de Viaturas Militares Antigas.
Assim, seguimos pela BR-101 Norte, entrando depois na BR-280 e chegando na Praça do
Expedicionário, em Jaraguá do Sul, ainda bem cedo.
Harley-Davidson Road King Police, 1972, nas cores do Batalhão de Polícia do Corpo de Fuzileiros Navais
A Força Expedicionária Brasileira (FEB) constituiu-se de uma Divisão de Exército composta de 25.334 homens e mulheres (do Corpo de Saúde) que lutaram ao lado dos Aliados na invasão e ocupação da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.
A FEB permaneceu em combate durante 239 dias ininterruptos, sendo a décima-segunda divisão com o maior número de dias em ação, entre as 44 divisões americanas, inglesas e australianas que participaram das campanhas no norte da África e na Europa. Um total 475 soldados brasileiros, entre oficiais e praças, foram mortos em combate.
Além da FEB, outras organizações militares brasileiras participaram da 2ª Guerra Mundial.
A Força Aérea Brasileira (FAB) participou com o 1º Grupo de Caça (350 homens, sendo 43 pilotos). Voaram 445 missões de combate em grupo, 2.550 missões individuais e 5.465 horas de vôo em combate, com a perda de dezesseis aviões e oito pilotos. O piloto brasileiro com o menor número de missões voadas fez 34 missões e um deles chegou a completar 99 missões de combate. Como comparação, os pilotos americanos voavam um máximo de 25 missões antes de serem enviados de volta para os Estados Unidos. A FAB foi responsável pela destruição de 85% dos depósitos de munição, 36% dos depósitos de combustível e 15% dos veículos motorizados, durante a campanha, apesar de ter voado apenas 5% das missões do XXII Comando Tático Aéreo. Por sua atuação, o 1º Grupo de Caça recebeu uma honrasa citação do Congresso dos Estados Unidos.
A Marinha do Brasil teve participação ativa no conflito.
A Marinha Mercante continuou em atividade durante todo a guerra e teve 32 navios afundados por submarinos inimigos, com a perda de 1.074 vidas ou 52% do total de 2.043 brasileiros mortos no conflito.
Uma corveta da Marinha Brasileira atacando um submarino alemão
A Marinha de Guerra, responsável pela proteção aos comboios que navegavam entre o Rio Grande (RS) e Trinidad, na Guianas – além de defesa do litoral brasileiro – perdeu dois navios, a corveta "Camaquã" e o cruzador "Bahia", com a morte de 486 homens. Durante o conflito, 10 submarinos alemães e 1 submarino italiano foram afundados na costa brasileira. Vários outros foram atacados mas lograram escapar.
O evento em Jaraguá do Sul, com a participação de Veteranos da Guerra, Veteranos das Forças Armadas, da Marinha Mercante e da Polícia Militar e entusiastas das atividades militares, teve uma visitação expressiva, inclusive com centenas de crianças e adolescentes.
Depois de um delicioso almoço no restaurante do Parque Malwee, regressamos a Balneário Camboriú por outra rota. Desta vez utilizamos as rodovias SC-431 e SC-474, que estão em excelentes condições e apresentam uma paisagem muito agradável e uma opção interessante às BRs.
Veja mais fotos aqui.
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