sábado, 31 de outubro de 2009

Home Sweet Home

Depois de 23 dias on the road, estou de volta à casa.
Foram algumas semanas muito agradáveis.

Passei uns dias com meu filho e família, em Niterói e depois fui para os Estados Unidos, especificamente na Flórida.

Lá, visitei meus, agora, ex-colegas nos escritórios de Jacksonville e de Miami, com quem trabalhei nos últimos 20 anos (10 deles na terra do Tio Sam).

Passei alguns dias em Ocala, que considero minha "home away from home" e onde tenho grandes amigos, que foram meus vizinhos durantes os meus anos de expatriado.

A cidade continua muito bonita e o condomínio, onde morei, está cada vez melhor. Agora, na entrada do condomínio tem 2 grandes supermercados ( Winnie Dixie e Publix), uma grande drogaria (Walgreens), além das pequenas lojas que sempre acompanham estas âncoras.

Toda a região da SR 200 (State Road 200, que cruza a cidade de NE para SW) está bem urbanizada e, como sempre, com 3 faixas de rolamento em cada direção e velocidade máxima de 50 milhas/hora (80 km/h). Uma tremenda diferença para as nossas avenidas, normalmente com limitações bem mais reduzidas, de 50 ou 60 km/h.

Outro detalhe interessante, que mostra as diferenças entre nossos mundos: outro posto dos Bombeiros foi construído próximo ao condomínio. Por causa disso, o prêmio dos seguros residenciais foram reduzidos em quase 40%.

A cidade de Ocala é umas das "All American Cities", um programa de avaliação da qualidade de vida das cidades americanas, que reconhece as comunidades que oferecem excelência nos serviços prestados aos seus cidadãos. O tempo médio de atendimento de emergência (polícia, bombeiros, ambulância), no Condado de Marion (o equivalente a um município), onde está localizada a cidade de Ocala, é de 3 minutos. Isto mesmo, não foi erro de digitação, três minutos desde que uma pessoa chama o 911 (número de emergência) e a chegada de um veículo no local. Qualquer local. Em qualquer parte do Condado.

Mas, pela primeira vez desde que conheço os Estados Unidos (e conheço desde 1967), ví os meus amigos americanos preocupados com a situação econômica do país. Preocupações que são normais no nosso mundo "em desenvolvimento", como aposentadoria, atendimento médico e plano de saúde e desemprego, são, hoje, assunto das conversas diárias.

Um dos meus maiores amigos e ex-vizinho lá, é um Oficial de Polícia aposentado, de uma cidade da região de Detroit. Ele me mostrou um artigo na revista Time, sobre o que está acontecendo na cidade que era conhecida como a Capital Mundial do Automóvel. De uma população de 2 milhões de pessoas, nos anos 60, a cidade tem hoje cerca de 900 mil habitantes, dos quais 30% desempregados. Os impostos recolhidos pela municipalidade já não é suficiente para cobrir o custo dos serviços básicos, como educação, recolhimento de lixo e segurança pública. 70% dos homicídios não são solucionados. Os funcionários públicos estão se desdobrando para atender a todos, com um quadro de funcionários reduzido, pela baixa arrecadação.

Interessante, que ainda à pouco eu ví um artigo na Veja.com, sobre a violência no Rio de Janeiro. Aquí, no nosso país e numa das maiores cidades da nação, 96% dos homicídios não são solucionados.

Enfim, minha estadia na Flórida foi muito agradável, pelo carinho manifestado pelos meus ex-colegas de trabalho, ao se despedirem de mim em função da minha recente aposentadoria.

Foi ótimo rever meus amigos, curtir a cidade onde passeis anos memoráveis, com visitas a quase todas as revendas Harley-Davidson da região central-norte da Flórida.

Com certeza voltarei no próximo ano.

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