quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Warren Buffet e Harley-Davidson

Warren Buffett tem seu nome associado à lendária Harley-Davidson, e já traz resultado
InfoMoney, 3/2/2009.
A crise já provou sua força sobre as grandes marcas internacionais. Empresas tradicionais, antes vistas como inatingíveis, ficaram de joelhos desde que os problemas se alastraram pela economia norte-americana. A GM é um bom exemplo do sonho americano que virou pesadelo. Outro selo lendário deste mercado que vem sofrendo é a Harley-Davidson.
Mas a companhia centenária fundada por Bill Harley e os irmãos Arthur e William Davidson conta com um forte aliado. Warren Buffett entrou em cena nesta terça-feira (3) e garantiu uma valorização de mais de 15% às ações do grupo ao ter seu nome associado à marca.
US$ 300 milhões
O mega-investidor não adquiriu participação na Harley-Davidson, como fez mais recentemente com Goldman Sachs e General Electric; irá emprestar cerca de US$ 300 milhões para o grupo, a juros de 15% ao ano.
Apesar de sentir a crise, a Harley não usará este dinheiro para cobrir prejuízo ou reforçar seu caixa. Destinará o montante a seus clientes, via estímulo ao financiamento de novas motos.
Marca forte, mas não imune
Os problemas de crédito são entrave para as vendas da empresa, muito dependentes das condições de financiamento. Os US$ 300 milhões de Buffett irão atuar diretamente sobre este foco, através do braço financeiro do grupo Harley-Davidson.
Para se ter uma idéia, as vendas da empresa caíram 2,3% no acumulado do ano passado, com recuo de quase 7% no quarto trimestre.
Na apresentação de seus últimos resultados, o CEO da empresa, Jim Ziemer, afirmou que "temos uma posição muito forte no mercado ancorada no poder de nossa marca, mas estamos certos que isto não nos torna imunes às condições econômicas".
Crise é parte da história
Além de impulsionar as ações - que já despencaram 80% desde seu pico em novembro de 2006 - o aporte de Buffett faz parte de uma estratégia de três pontos da fabricante de motocicletas para enfrentar a crise.
O objetivo é atuar sobre as condições de financiamento, cortar custos operacionais e fortalecer a marca da empresa. Os períodos de crise levam uma página especial na história da Harley-Davidson.
Foi na Grande Depressão de 1929 - na queda de 20% nas vendas - que a empresa decidiu mudar a cor original de suas motos, antes restritas ao verde oliva, para cores mais atuais, como algumas combinações de duas cores no tanque.
crédito da imagem: agência CNBC

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